Por José Mendes Pereira
Seguidores
sábado, 21 de outubro de 2023
MARTHA MENEZES
DESTINOS DIFERENTES - A FAMÍLIA DE LAMPIÃO EM JUAZEIRO DO NORTE, CE
Por: Leandro Cardoso
Na segunda vez, demandaram à cidade alagoana de Mata Grande, ocasião em que morreram os genitores de Lampião, José Ferreira (vítima da volante de José Lucena Maranhão) e Dona Maria (vítima de um ataque cardíaco).
Em 1922, o jovem cangaceiro Virgulino Ferreira da Silva, já definitivamente com o pé fincado no cangaço, assume a chefia do bando do célebre Sinhô Pereira, que deixava o Nordeste em fuga para Goiás.
A família Ferreira, sem possibilidade de retornar para Vila Bela, procura abrigo em Juazeiro do Norte. Com a morte dos pais, João Ferreira (o único dos irmãos que não entrou para o cangaço), assume a chefia da família. Após conversa com o Padre Cícero, recebe permissão para se estabelecer em Juazeiro com as irmãs, cunhados, primos (os Paulo) e sobrinhos.
Na passagem de Lampião por Juazeiro do Norte, em 1926, foram tiradas várias fotografias da família. Na célebre foto da família reunida (que é vista acima), vemos na extrema esquerda sentado, Antônio Ferreira e na extrema direita, Lampião; a segunda sentada da direita para a esquerda é Dona Mocinha (tendo seu marido, Pedro Queiroz, atrás de si); ao lado direito de Pedro está João Ferreira; do lado esquerdo de João está Ezequiel (que depois entraria para o cangaço com o vulgo de Pente Fino); e, finalmente, o segundo da direita para a esquerda, em pé, é Virgínio (seria o futuro cangaceiro Moderno, chefe de grupo), casado com uma irmã de Lampião, que logo morreria de parto em Juazeiro.
Na ocasião da foto, Dona Mocinha (Maria Ferreira de Queiroz) estava recém-casada com Pedro e, nas várias ocasiões em que a entrevistei, ela sempre externou a enorme benevolência do Padre Cícero, e que todos da família se sentiam seguros em Juazeiro. Dona Mocinha, hoje com 96 anos, única remanescente viva dos irmãos e irmãs de Lampião, mora em São Paulo e foi diversas vezes entrevistada por mim. Contou-me que aprendeu a dançar com Virgulino tocando “harmônica” no terreiro da fazenda “Passagem das Pedras”, em Vila Bela, e que o irmão vivia na casa da avó, Dona Jacosa Lopes. Refere-se aos irmãos sempre com muito carinho, dizendo que o mais fechado era Antônio e o mais brincalhão era Livino Ferreira. E, em todas as vezes que conversamos, sempre externou a excelente acolhida que a família teve em Juazeiro, e gratidão de todos ao Padre Cícero. Tanto é que seu primogênito é afilhado do Padre Cícero.
Rememora com muita satisfação dos familiares de João Mendes de Oliveira, de quem se tornaram amigos. Dona Mocinha casou em Juazeiro com Pedro Queiroz e só deixou a Meca nordestina quando a polícia pernambucana intimou seu marido em Vila Bela, e o prendeu arbitrariamente. Então, Dona Mocinha (e parte da família), teve que deixar Juazeiro em 1927 para residir em Serra Talhada.
Para finalizar, deixo minhas homenagens à Dona Mocinha, que hoje, quase centenária e lúcida, é um repositório vivo da história recente do Brasil e de Juazeiro do Norte, uma vez que foi expectadora de camarote de um dos períodos mais interessantes e polêmicos da nossa história recente, além de ser testemunha inconteste do desprendimento e da bondade incondicionais do Padre Cícero Romão Batista.
O autor é médico, cordelista, escritor, residente em Teresina, PI – Foto
A PRISÃO DOS MISSIONÁRIOS AMERICANOS POR LAMPIÃO
Beto
Klöckner Rueda
No dia 29 de
novembro de 1930 Lampião estava descansando na casa grande da fazenda Riacho
Verde do amigo José Malta, ao lado de Mata Grande, Alagoas. Trouxeram a sua
presença alguns sujeitos branquelos de fala enrolada que foram aprisionados
pelos cangaceiros a meia légua da cidade. Eram missionários americanos, havia
também uma mulher. O líder era o missionário Virgil Frank Smith, estavam
acompanhados do professor de matemática Maurício Wanderley. Lampião perguntou
ao missionário como era o seu nome e o que fazia. Como o americano não se
expressava bem em português, o professor Maurício explicou: - O nome dele é
Virgílio capitão. É um religioso americano e está ensinando o caminho certo ao
povo.
- Então somos
colegas, disse Lampião. Porque eu também estou corrigindo os erros dessa gente.
Diga a ele o que é que eu faço com mulher de vestido curto e cabelo cortado...
e diga também que eu quero onze contos para soltá-los.
Os
missionários entregaram tudo o que tinham, cédulas e umas moedas. Lampião
devolveu as moedas: -Toma isso que eu não sou cego para aceitar moedas de
vintem. Tratem de arranjar o resto do dinheiro.
Os
missionários não tinham mais dinheiro, mas quem disse que estavam preocupados?
Diziam-se felizes por terem a oportunidade de pregar o evangelho para aquelas
criaturas, que também eram filhos de Deus. Começaram a ler trechos da bíblia em
voz alta e cantar hinos de louvor. Lampião impacientou-se: - Meninos, soltem
esses cabras e mandem embora que eu não aguento mais essa "zuada"!!
Para rezar precisa gritar tanto? Será que eles pensam que Deus é surdo???
REFERÊNCIA:
IRMÃO, José
Bezerra Lima. Lampião, a raposa das caatingas. Salvador: JM Gráfica e Editora,
2014. 369p.
https://www.facebook.com/
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
PIMENTA NOS OLHOS DOS OUTROS É COLÍRIO.
Por José Mendes Pereira
Foi o caso do patriarca José Ferreira da Silva, homem íntegro, paciente, honesto, e não queria ver nenhum escândalo dentro da sua família, e nem desavenças com os seus vizinhos, principalmente causados pelos seus filhos, findou no que findou. Se desde o início José Ferreira da Silva tivesse endurecido o pescoço, como se diz, contra qualquer um dos seus vizinhos que tentasse lhe desrespeitar, juntamente com seus filhos, tinha evitado tamanha confusão, porque o inimigo, no caso o Zé Saturnino, teria temido, e a confusão perderia forças para seguir, morrendo ali mesmo. E como José Ferreira não apoiava os filhos, Zé Saturnino já sabia que um a menos na confusão não participaria, no caso José Ferreira, esperava vencê-los de qualquer jeito.
EUCLIDES CUSTÓDIO VULGO CACHEADO.
Acervo do Helton Araújo
Euclides
Custódio, vulgo Cacheado, esse cangaceiro apesar de pouco falado, era
extremamente perigoso, após a morte do cangaceiro Gato, Cacheado passou a
executar para Lampião algumas das missões mais cruéis designadas pelo rei do
cangaço. Assim como Santilio Barros, o Gato, Cacheado agia de modo sádico e
cruel.
Na foto
podemos ver Euclides Custódio, o Cacheado, detido na casa de detenção de
Salvador no ano de 1944.
Obs :
Importante não confundir esse Cacheado com outros da história. Esse é o mesmo
que aparece nas fotos e filmagens de Benjamin Abrahão no ano de 1936.
Créditos :
Jornalista Joel Silveira ( in memoriam ), Blog Lampião Aceso e Ivanildo
Silveira.
Edição :
Arquivo Digital Helton Araújo
Conheciam esse
personagem da historiografia do cangaço ?
https://www.facebook.com/groups/179428208932798/?hoisted_section_header_type=recently_seen&multi_permalinks=2299132910295640
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
𝐕𝐎𝐋𝐓𝐀 𝐒𝐄𝐂𝐀 𝐅𝐎𝐆𝐄 𝐃𝐀 𝐏𝐄𝐍𝐈𝐓𝐄𝐍𝐂𝐈𝐀́𝐑𝐈𝐀 𝐄 𝐏𝐑𝐎𝐌𝐎𝐕𝐄 𝐀𝐒𝐒𝐀𝐋𝐓𝐎 𝐄𝐌 𝐂𝐀𝐓𝐔(𝐁𝐀)
Acervo de Guilherme Velame Wenzinger
𝖭𝗈
𝗂𝗇𝗂́𝖼𝗂𝗈
𝖽𝖾
𝟣𝟫𝟦𝟦
𝗈
𝖾𝗑-𝖼𝖺𝗇𝗀𝖺𝖼𝖾𝗂𝗋𝗈
𝖵𝗈𝗅𝗍𝖺
𝖲𝖾𝖼𝖺,
𝗃𝗎𝗇𝗍𝗈
𝖼𝗈𝗆
𝖬𝖺𝗇𝗈𝖾𝗅
𝖯𝗈𝗋𝖿𝗂́𝗋𝗂𝗈,
𝖿𝗈𝗀𝖾
𝖽𝖺
𝗉𝖾𝗇𝗂𝗍𝖾𝗇𝖼𝗂𝖺́𝗋𝗂𝖺
𝖽𝖾
𝖲𝖺𝗅𝗏𝖺𝖽𝗈𝗋.
𝖭𝗈
𝖿𝗂𝗆
𝖽𝖾
𝖥𝖾𝗏𝖾𝗋𝖾𝗂𝗋𝗈,
𝗃𝗈𝗋𝗇𝖺𝗂𝗌𝗌
𝗇𝗈𝗍𝗂𝖼𝗂𝖺𝗏𝖺𝗆
𝗊𝗎𝖾
𝖺
𝖽𝗎𝗉𝗅𝖺
𝖺𝖼𝗈𝗆𝗉𝖺𝗇𝗁𝖺𝖽𝖺
𝖽𝖾
𝗆𝖺𝗂𝗌
𝗎𝗆
𝖻𝖺𝗇𝖽𝗈𝗅𝖾𝗂𝗋𝗈
𝗉𝗋𝖺𝗍𝗂𝖼𝗈𝗎
𝖽𝗂𝗏𝖾𝗋𝗌𝗈s 𝖺𝗌𝗌𝖺𝗅𝗍𝗈𝗌
𝖾𝗆
𝖢𝖺𝗍𝗎(𝖡𝖠),
𝖼𝗂𝖽𝖺𝖽𝖾
𝖽𝗂𝗌𝗍𝖺𝗇𝗍𝖾
𝖼𝖾𝗋𝖼𝖺
𝖽𝖾
𝟣𝟢𝟢𝗄𝗆
𝖽𝖺
𝖼𝖺𝗉𝗂𝗍𝖺𝗅.
𝖫𝗈𝗀𝗈
𝖽𝖾𝗉𝗈𝗂𝗌
𝖿𝗈𝗋𝖺
𝗋𝖾𝖼𝖺𝗉𝗍𝗎𝗋𝖺𝖽𝗈
𝖾
𝖾𝗆
𝖭𝗈𝗏𝖾𝗆𝖻𝗋𝗈
𝖽𝗈
𝗆𝖾𝗌𝗆𝗈
𝖺𝗇𝗈
𝖺𝗉𝖺𝗋𝖾𝖼𝖾
𝖾𝗆
𝗋𝖾𝗉𝗈𝗋𝗍𝖺𝗀𝖾𝗆
𝖽𝗈
𝗃𝗈𝗋𝗇𝖺𝗅
"𝖮
𝖢𝗋𝗎𝗓𝖾𝗂𝗋𝗈",
𝗌𝖾𝗇𝖽𝗈
𝖿𝗈𝗍𝗈𝗀𝗋𝖺𝖿𝖺𝖽𝗈
𝗃𝗎𝗇𝗍𝗈
𝖺
𝗈𝗎𝗍𝗋𝗈𝗌
𝖼𝖺𝗇𝗀𝖺𝖼𝖾𝗂𝗋𝗈𝗌
𝗉𝗋𝖾𝗌𝗈𝗌
𝖾𝗆
𝖲𝖺𝗅𝗏𝖺𝖽𝗈𝗋
𝗉𝗈𝗋
𝖩𝗈𝖾𝗅
𝖲𝗂𝗅𝗏𝖾𝗂𝗋𝖺.
𝖥𝗈𝗇𝗍𝖾:
𝖢𝗈𝗋𝗋𝖾𝗂𝗈
𝖽𝖺
𝖳𝖺𝗋𝖽𝖾.
𝟤𝟦
𝖽𝖾
𝖥𝖾𝗏𝖾𝗋𝖾𝗂𝗋𝗈
𝖽𝖾
𝟣𝟫𝟦𝟦.
https://www.facebook.com/groups/179428208932798/?hoisted_section_header_type=recently_seen&multi_permalinks=2299132910295640
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
SEU ANTÔNIO DA PIÇARRA
Por Helton Araújo
Foto raríssima
de Antônio Teixeira Leite, popularmente conhecido como Antônio da Piçarra,
grande coiteiro de Lampião no Ceará. Tempos depois se tornaria mais um desafeto
do rei do cangaço.
Geralmente
somos acostumados a ver fotos de Antônio da Piçarra já com uma certa idade,
nesta, vemos Antônio bem jovem, com apenas 23 anos de idade, no ano de 1918.
Créditos :
Wilton da Piçarra ( Vilson da Piçarra ), neto de Antônio da Piçarra.
EDIÇÃO ARQUIVO
DIGITAL HELTON ARAÚJO
Você conhecia
essa foto de Antônio da Piçarra ainda jovem ?
https://www.facebook.com/groups/179428208932798/?hoisted_section_header_type=recently_seen&multi_permalinks=2299132910295640
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
PEDRO DE CÂNDIDO, COITEIRO DE LAMPIÃO.
Esse homem foi
peça crucial para que as volantes conseguissem emboscar Lampião e seu bando na
grota do Angico, e assim dar cabo a vida do rei do cangaço em 28 de Julho de
1938.
Obs : Pedro de
Cândido foi torturado pela polícia para entregar o esconderijo de Lampião.
Qual sua
opinião sobre Pedro de Cândido ?
EDIÇÃO ARQUIVO
DIGITAL HELTON ARAÚJO
Foto/Fonte
Primária : Procuro informações, quem souber deixe nos comentários.
Deixo claro
que as fotos não me pertencem, apenas são frutos de pesquisas e passaram por edição
para entregar para vocês algo em melhor qualidade. Sendo assim, fazem parte dos
meus arquivos digitais.
https://www.facebook.com/photo/?fbid=340216971822011&set=gm.853987216388768&idorvanity=414354543685373
http://blogdomendesemendes.blogspot.com