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segunda-feira, 7 de setembro de 2015

“O FIM DE VIRGULINO LAMPIÃO” O que disseram os JORNAIS SERGIPANOS


O livro “O FIM DE VIRGULINO LAMPIÃO” O que disseram os JORNAIS SERGIPANOS custa:
30,00 reais, com frete incluso.

Como adquiri-lo:
Antonio Corrêa Sobrinho
Agência: 4775-9
Conta corrente do Banco do Brasil:
N°. 13.780-4

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NEM AS MARGENS OUVIRAM

Autora Lucia Bastos
Quadro do pintor paraibano Pedro Américo (óleo sobre tela, 1888) – Fonte – pt.wikipedia.org
O Grito do Ipiranga não teve qualquer repercussão na época.
Fonte – http://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/nem-as-margens-ouviram

“Independência ou Morte!” Consagrado pela História, o Grito do Ipiranga, em 7 de setembro de 1822, quase não causou repercussão entre seus contemporâneos. Na imprensa do Rio de Janeiro, somente o número de 20 de setembro do jornal O Espelho exaltou “o grito acorde de todos os brasileiros”. Na prática, a Independência estava longe de chegar.

Três séculos depois do descobrimento, o Brasil não passava de cinco regiões distintas, que compartilhavam a mesma língua, a mesma religião e, sobretudo, a aversão ou o desprezo pelos naturais do reino, como definiu o historiador Capistrano de Abreu. Em 1808, os ventos começaram a mudar. A vinda da Corte e a presença inédita de um soberano em terras americanas motivaram novas esperanças entre a elite intelectual luso-brasileira. Àquela altura, ninguém vislumbrava a ideia de uma separação, mas esperava-se ao menos que a metrópole deixasse de ser tão centralizadora em suas políticas. Vã ilusão: o império instalado no Rio de Janeiro simplesmente copiou as principais estruturas administrativas de Portugal, o que contribuiu para reforçar o lugar central da metrópole, agora na América, não só em relação às demais capitanias do Brasil, mas até ao próprio território europeu.

D. Pedro I do Brasil, D. Pedro IV em Portugal (1782-1847), Pinacoteca do Estado de São Paulo

O auge do questionamento das práticas do Antigo Regime aconteceu em 24 de agosto de 1820, quando estourou a Revolução Liberal do Porto. Clamava-se por uma Constituição baseada nas liberdades e direitos do liberalismo nascente. A revolução teve importante eco no Brasil, por meio de uma espantosa quantidade de jornais e folhetos políticos. Durante todo o ano de 1821, porém, não surgiu nesses impressos qualquer proposta favorável à emancipação.

Até o início de 1822, ninguém falava de Brasil. Ao partir para as Cortes de Lisboa, para a discussão da Constituição do Reino, os deputados americanos pensavam apenas em suas “pátrias locais”, ou seja, em suas províncias. Só os paulistas demonstraram alguma preocupação em construir uma proposta para o conjunto da América portuguesa. Nem por isso abriam mão da integridade do Reino Unido: sugeriam o Brasil como sede da monarquia, ou então a alternância da residência do rei entre um lado e outro do Atlântico. “Independência” significava, antes de mais nada, autonomia.

Ao longo daquele ano, porém, o discurso se radicalizou. A insatisfação com a metrópole crescia, pois das Cortes vinham propostas para retomar algumas das antigas restrições políticas e econômicas que tinham limitado a autonomia do Brasil no passado. Junto com o projeto constitucionalista surgia a ideia separatista, embora ainda não direcionada a toda a América portuguesa.

Aclamação de D. Pedro I no Campo de Santana, Rio. Quadro de Jean Baptiste Debret

Considerada na época como a data que oficializou a separação do Brasil de sua antiga metrópole, a aclamação de Pedro I como imperador, em 12 de outubro de 1822, não significou a unidade política do novo Império. A proposta foi aceita pelas Câmaras Municipais de Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Pernambuco titubeou durante algum tempo. Por causa das dificuldades de comunicação, Goiás e Mato Grosso só prestaram juramento de fidelidade ao Império em janeiro de 1823. Enquanto isso, Pará, Maranhão, Piauí e Ceará, além de parte da Bahia e da província Cisplatina, permaneceram leais a Portugal, refratárias ao governo do Rio de Janeiro. Foram tempos de guerra.

No início de 1823, enquanto várias províncias já escolhiam seus deputados para a Assembleia Legislativa e Constituinte do Rio de Janeiro, o Maranhão elegia deputados para as Cortes ordinárias de Portugal.

Enfim, apesar dos horrores da guerra e das tensões que não desapareceram, esboçou-se pela força a unidade territorial do Brasil. Mas o rompimento total e definitivo mantinha-se sub judice. Afinal, o imperador era português e sucessor do trono dos Bragança. Capaz, portanto, de reunir novamente, após a morte do pai, os dois territórios que o Atlântico separava.

Somente em 1825, depois de demoradas negociações, D. João VI reconheceu a Independência, em troca de indenizações. Mesmo assim, o gesto veio sob a forma de concessão, transferindo a soberania do reino português, que ele detinha, para o reino do Brasil, sob a autoridade de seu filho. E D. João foi além: reservou para si o título de imperador do novo país, registrado nos documentos que assinou até sua morte, em 1826.

Os laços de sangue faziam da Independência um processo ambíguo e parcial. Foi preciso esperar outra data, a da abdicação de D. Pedro I, em 7 de abril de 1831, para que se rompesse definitivamente qualquer vínculo do Brasil com Portugal. Assumia o poder um soberano-menino, também ele um Bragança, mas nascido e criado no Brasil. No linguajar dos exaltados do período regencial, acabava-se “a farsa da independência Ipiranga”.

Lucia Bastos Pereira das Neves é professora titular de História da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e autora de Corcundas e constitucionais: a cultura política da Independência (1808-1822) (Revan, 2003).

Extraído no blog Tok de História do historiógrafo e pesquisador do cangaço Rostand Medeiros.

http://tokdehistoria.com.br/2015/09/07/nem-as-margens-ouviram/

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LIVROS DO ESCRITOR GILMAR TEIXEIRA


Dia 27 de julho de 2015, na cidade de Piranhas, no Estado de Alagoas, no "CARIRI CANGAÇO PIRANHAS 2015", aconteceu o lançamento do mais novo livro do escritor e pesquisador do cangaço Gilmar Teixeira, com o título: "PIRANHAS NO TEMPO DO CANGAÇO". 

Para adquiri-lo entre em contato com o autor através deste e-mail: 

gilmar.ts@hotmail.com


SERVIÇO – Livro: Quem Matou Delmiro Gouveia?
Autor: Gilmar Teixeira
Edição do autor
152 págs.
Contato para aquisição

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Valor: R$ 30,00 + R$ 5,00 (Frete simples)
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JOSÉ GROSSO, UM BANDOLEIRO DO BEM

centroespiritavirtualfranciscano.blogspot.com

No ano de 1932, o Estado do Ceará foi açoitado por uma das piores secas de sua tão sofrida e heroica história. Não bastassem as convulsões causadas pelas transformações políticas e sociais vividas por nosso País, o Nordeste brasileiro se horrorizava com as estripulias de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, figura que assombrou os sertões nordestinos durante cerca de vinte anos com sua guerra de vinditas contra “aqueles que nele estreparam os espinhos da injustiça”, até 1938, ano de sua morte. Sua ação foi extensiva à grande área dos sertões de sete Estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, R.G. do Norte e Sergipe.

Possuidor de veia poética, compôs aquele celerado o seguinte sinistro soneto enaltecendo suas qualidades de cangaceiro e poeta: “Meu rifle atira cantando/Em compasso assustador. /Faz gosto brigar comigo/Porque sou bom cantador. /Enquanto o rifle trabalha/Minha voz longe se espalha/Zombando do próprio horror!” Também de sua lavra é a composição ‘Mulher Rendeira’, posteriormente imortalizada na voz do cantor Luiz Gonzaga, o Rei do Baião.

Coadjuvado por homens de caracteres semelhantes ao seu, Lampião e seu bando cumpriram uma infeliz sina em sua pungente romagem terrena. Ficaram famosos também os seus companheiros de infortúnio: Antônio e Livino (seus irmãos), Antônio Matilde, Luís e José Fragoso, Antônio do Gelo, Meia-Noite, Gato, Ioiô, Luís Pedro, André Sipaúba, Corró, Muriçoca, Sabiá, Chá Preto, Corneteiro, entre outros.

No ano de 1896, num lugarejo pobre, próximo do Crato, hoje próspera cidade do Estado do Ceará, nascia José da Silva, que posteriormente viria a ser conhecido por José Grosso, filho de Jerônimo e Francisca, pais de outros oito filhos. Começa aqui a teia do destino que vai ligar José Grosso a Virgulino.

Como dissemos acima, o ano de 1932 registrou uma das piores estiagens que assolaram o Estado do Ceará. Essa ocorrência climática e suas terríveis consequências vieram juntar-se ao fenômeno do cangaceirismo, fruto das condições sociais vigentes. Pelo sertão espalhava-se a fama de Lampião com sua figura romanesca associada à do herói que tira dos ricos para dar aos pobres, um Robin Hood das caatingas nordestinas.

Isso empolgou muito o ânimo de José Grosso que, em seu íntimo, sonhava, como de resto todos os sertanejos nordestinos, com uma terra de paz, sem fome e com a Justiça amparando também os pobres e os fracos. Animado por esses anseios, vai integrar o grupo de Lampião, por ocasião de sua passagem pela região de Orós, hoje um município do Estado do Ceará.

Por não concordar com as atitudes criminosas do bando, que feriam seus princípios de homem justo e bom, decidiu adotar uma perigosa atitude que mais tarde lhe traria graves consequências.

Sem intenção de delatar aquele bando às autoridades policiais, passou a alertar com antecedência às populações das cidades que Lampião tencionava invadir, impedindo, assim, que muitas pessoas viessem a ser violentadas ou assassinadas, na onda da fúria insana do cangaceiro e seus sequazes.

Denunciado por alcaguetes, foi levado à presença de Virgulino. Julgado e condenado pelo júri pessoal do bandoleiro, teve seus olhos perfurados à faca, como represália pela traição cometida.

Cego, foi abandonado, ficando perdido e sozinho, vagando desorientado naquelas solitárias e espinhentas brenhas sertanejas.

Não demorou muito e foi acometido de infecção generalizada causada pela mutilação que lhe fizera Lampião, motivando sua desencarnação, no ano de 1936, aos quarenta anos de idade.

Dizem que o Espírito José Grosso se comunica em muitos Centros Espíritas espalhados Brasil afora.

Entidade amiga, dotada de bons sentimentos, reencarnou diversas vezes na Terra. Exerceu poder e autoridade na antiga Germânia (Alemanha), quando então tinha o nome de Johannes, homem rígido, disciplinado e místico, tendo desencarnado por volta do ano de 751. Renasceu também na Holanda, onde exerceu o alto cargo de Adido Diplomático, convivendo, dessa forma, com a alta classe daquele país e também com a corte de Francisco I, rei de França.

Logo que desencarnou no Brasil, em 1936, foi recebido na Espiritualidade pelos Espíritos Scheilla e Joseph Gleber, os quais mantiveram laços com ele quando de sua romagem terrena na Germânia.

Em 1949, ano de suas primeiras manifestações, conduzido que foi ao Centro Espírita André Luiz, no Rio de Janeiro, pelos Espíritos acima citados, dizia “ser folha caída dos ventos do Norte”.

Entre os médiuns por meio dos quais se comunicava, destaca-se Peixotinho (Francisco Peixoto Lins), extraordinário médium de efeitos físicos, notabilizado pelas materializações luminosas, nascido na cidade de Pacatuba, Ceará, em 1° de fevereiro de 1905 e citado na obra Materializações Luminosas, de Rafael Ranieri.

Sua caminhada no plano espiritual recebeu também a orientação do Espírito Glacus. Tem-se a informação de que o Espírito José Grosso ainda hoje coopera nas reuniões de efeitos físicos em vários centros espíritas e que se dedica atualmente a trabalhos na Fraternidade Espírita Irmão Glacus.

Ombreando com Peixotinho e Bezerra de Meneses, este cognominado por muitos como ‘O Allan Kardec Brasileiro’, José Grosso integra as hostes espirituais onde provavelmente transitam outros Espíritos Benfazejos que viveram no sofrido mas abençoado Estado do Ceará, Terra da Luz!

Bibliografia:  
Site www.espirito.org.br.
Livro Lampião, Seu Tempo e Seu Reinado, de Frederico Bezerra Maciel, Editora Vozes Ltda. 1985.


http://www.oconsolador.com.br/ano6/272/estenio_negreiros.html

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O QUE REALMENTE PODE TER ACONTECIDO NO ANGICO, NAQUELE ANO DE 1938, QUE FICOU NA HISTÓRIA DO BRASIL?


Segundo depoimento do ex-cangaceiro Candeeiro, Lampião nas proximidades de Itaiba-PE, quando ia para o Angico, disse a Candeeiro que quando chegasse lá iria conversar com os meninos "cangaceiros", que iria abandonar o cangaço, quem quisesse acompanhá-lo iria juntos, quem não quisesse ficava.

Quanto ao tenente Joao Bezerra, todo comando da polícia de Alagoas sabia do " negócio" que ele tinha com Lampião. Joao Bezerra ao ser questionado, evitava comentar. Pedro de Cândido, irmão de Durval Rosa era coiteiro de Lampião de grande confiança. Pedro tinha um pequeno comércio em Entremontes-Al, isso facilitava para adquirir suas compras para Lampião, fazendo assim com que ninguém desconfiasse.

A ligação de Lampião com Bezerra tinha como ponte o rapazinho Pedro de Cândido. Lampião passava noites jogando baralho com Bezerra. O deputado estadual chefe político de Águas Belas-PE, afirmava que Bezerra com Lampião sentavam em uma grande mesa na sala da fazenda e esqueciam do mundo, jogavam baralho até de manhã a luz de candeeiro, Lampião reclamava muito a Audálio Tenório porque perdia muito. Audálio dava longas gargalhadas do rosto deles avermelhados com a fumaça do candeeiro.

Joca Bernardes, fazendeiro em Pão de Açúcar-AL, era grande coiteiro. Por desentendimento com Pedro de Cândido por causa de uma mulher, resolve se vingar de Pedro, procura o sargento Aniceto e diz: "-aperte Pedro que ela dá conta do cego".

Coronel José Lucena, comandante do 2º batalhão de polícia sediado em Santana do Ipanema-AL, recebe ordens severas do interventor do estado Osman Loureiro de Farias, sobre os supostos " negócios" entre Bezerra e Lampião.

Lucena procura Bezerra e diz que recebeu ordens para que Bezerra resolva de uma vez tal situação, ou seria expulso da polícia! Bezerra procura Pedro para o plano de veneno.

Lampião tinha muita confiança em Pedro de Cândido, o que comprova o envenenamento:

1º - Bezerra ao descer de Piranhas para o Angico, não permitiu que os canoeiros ficassem do lado de Sergipe, mandando eles voltarem para o lado de Alagoas.

2º - Bezerra mandou Pedro e Durval voltarem antes de chegarem no Angico.

3º - Quando a polícia desceu atirando para o coito, Bezerra esperou um pouco e depois desceu.

4º - A morte do soldado Adrião foi por "fogo amigo", suspeitasse que foi assassinado para comprovar um combate.

5º - Bezerra nunca foi baleado, forjou ser baleado para acreditarem em tiroteio, o que ele teve na perna foi um estilhaço de pedras quando ele desceu para o coito, alguns policiais ainda atiravam.

6º - Depoimentos de vários policiais disseram que atiraram, mais não sabiam em quem, só cumpriram ordens.

7º - Pedro de Cândido ao chegar no Angico com as mercadorias, perguntou a Zé Sereno quantos homens tinha no coito, Zé Sereno não gostava e nem confiava em Pedro.

8º - Zé Sereno viu um pequeno furo em uma garrafa de bebida, supostamente feito por uma agulha, foi dizer a Lampião: "- capitão o senhor é cego de um olho, mais do outro o senhor enxerga direitinho", mostrando o furo. Lampião o advertiu dizendo que Pedro era de confiança.

9º - Pedro tomou uns goles de bebidas, mais foi só de algumas, provavelmente demostrando que estava tudo em perfeita condições.
10º - Segundo Zé Sereno, no início da noite, alguns cangaceiros estavam sentados meio sonolentos, Zé Sereno perguntou o que eles tinham, responderam que não tinham nada.

11º - isso comprova que os que escaparam do Angico, não tinham provado da bebida com veneno.

2º - Depoimentos de Balão que escapou do Angico: “- eles beberam cachaça genebra e jogaram baralho até ás 23:30 da quarta-feira, dia 27 de julho.

13º - é bem provável que esta bebida (cachaça genebra) não tinha veneno.

14º - É bem provável que o veneno que matou Lampião estava no café, pois segundo depoimentos do cangaceiro Buriti que estava de vigia próximo à barraca do chefe, Lampião se levantou com alguns cangaceiros, rezaram o ofício de Nossa Senhora da Conceição, e muitos outros voltaram a deitar-se, pois vazia muito frio (cangaceira Sila comprova isso).

15º - Lampião saiu da tolda (barraca), com um caneco com água, lavou à boca com três goles. Maria Bonita acendeu o fogo e numa panela de barro com água, colocou café para fazer, adoçando com pedaços de rapadura.

16º - A versão da polícia que Maria Bonita foi pegar água e com uma bacia de queijo na mão, sendo em seguida atingida pelos tiros de cabo Panta de Godoy, é mentirosa, assim como é mentirosa toda conversa contada pelos macacos.

17º - O ex-cangaceiro Buriti, e o ex-cangaceiro Vila Nova, afirmam que Lampião ao provar o café, começou a sentir dores, soltando a caneca no chão, e pegando na barriga e voltando para barraca em passos longos, se deitou na rede com os pés fora revirando os olhos. Maria Bonita o seguiu ao ver Lampião deitado com a boca saindo escuma, gritou: " - corre que Lampião está morrendo". Vila nova e Buriti correm para barraca e virem a cena de Lampião se contorcendo, Maria Bonita gritou que estava com os lábios queimando. Isso comprova que o veneno estava no café.

18º - Luiz Pedro gritou, "- o capitão está morto"! Vila Nova ao ver a cena gritou, " - é veneno".

19º - logo em seguida a polícia começou a atirar, quem escapou disse que foi muita bala, uns cangaceiros corriam e atiravam a esmo, sem saber o que estava acontecendo.

20º - A volante afirmou também que atiravam sem saber em quem.

21º - A volante chegou em Piranhas comemorando o feito contando uma versão mentirosa, mas no decorrer de alguns dias, uns soltaram a língua pela região, dizendo que mataram quem já estava morto lá no Angico.

22º - Pedro de Cândido, esteve com o fazendeiro Gerson Maranhão coiteiro de Lampião e primo legítimo de Lucena, falando que envenenou Lampião a pedido de Bezerra.

23º - Depoimentos de Durval Rosa fala que Bezerra ao procurar Durval, Pedro estava junto. Bezerra mostrou um telegrama ameaçador do comando geral da polícia de Alagoas, dizendo que: "ou a cabeça do cego, ou a dos três" esses três seriam Bezerra, Pedro e Durval".

24º - Bezerra disse a um jornal uns anos depois do ataque no Angico, que recebeu ordem para matar Lampião, mas não importava como.

25º - Gerson maranhão procurou bezerra e disse da conversa que teve com Pedro, Bezerra disse a Gerson que tomaria uma decisão, Pedro estava conversando demais.

26º - Pedro de Cândido entrou na polícia de Alagoas como cabo (promessa de Bezerra, depois do feito do Angico). Pedro era casado e morava em Entremontes, tinha uma companheira em Piranhas de baixo por nome de Madalena, no dia 21 de agosto de 1941, Pedro vinha da casa de Madalena, já era começo de noite, no meio do caminho um rapaz por nome de Sabino Francisco, encontrou com Pedro dando-lhe 19 facadas. Foi preso e absorvido no júri, por dizer que confundiu Pedro com um bicho. Quando Sabino saiu da prisão foi assassinado misteriosamente. (queima de arquivo).

27º - Na época que Pedro foi morto, o tenente coronel Lucena, estava na região.

28º - Sargento Aniceto dizia em toda região que Lampião foi envenenado, pois Bezerra não tinha cumprido o que combinaram da sua parte em dinheiro que foi adquirido no Angico.

28º - Aniceto foi excluído da polícia por desertar, praticou muitas atrocidades, resultando em matar sua esposa em Piranhas, foi preso e recolhido a prisão em Maceió, foi solto e morto misteriosamente.

29º - Dois dias depois da chacina do Angico, os nazarenos Odilon Flor, Davi Jurubeba e Euclides Flor estiveram no Angico, ficaram surpresos em ver tantos urubus mortos e outros sem conseguir levantarem tontos.

30º - A autópsia da cabeça de Lampião feita em Maceió, inicialmente apontava envenenamento, porém o resultado foi mantido em segredo e omitido no laudo médico.


31º- Em 26 de abril de 1968, o Jornal do Brasil, estampou um resultado de exames efetuado pelo médico legista Antônio Carlos Vila rica, confirmando que Lampião foi morto por envenenamento. Isso resulta que realmente Lampião foi envenenado.

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HISTÓRIA DE SERGIPE - PARTE I


Lampião novamente tentando entrar na cidade de CAPELA (ver pg 16) e o cordel do cantador de feira e repentista Manuel Serafim, vulgo Manel Pitobeira (pg 17 em diante), no segundo volume, analisa os acontecimentos posteriores a 1930, enfocando a política e as realizações governamentais até 1972. É um livro de grande utilidade para aqueles que desejam conhecer as coisas e os homens de Sergipe, seus líderes, seus espíritos desenvoltos, às vezes, apaixonados, suas ideias, fatos e costumes de suas épocas. 


Livro editado no ano de 1973 pela Editora Pongetti, Rio de Janeiro - Guanabara.










CONTINUA...


Ver artigo sobre o autor, João Pires Wynne, por Luiz Antônio Barreto


Fonte: facebook



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FIM DO CANGAÇO: AS ENTREGAS

Autor Luiz Ruben F. de A. Bonfim

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Fonte: facebook

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