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domingo, 10 de março de 2019

UMA CASINHA ALI ADIANTE

*Rangel Alves da Costa

Já desde mais de três meses que fui presenteado com uma casinha de barro. Após um trabalho escolar, uma turma de alunos achou por bem me oferecer tal preciosidade sertaneja. E com tamanha perfeição que mais parece uma moradia de cipó e barro fincada no mundo sertanejo.
Perfeição na forma e na feitura. Avistar a casinha de barro é estar igualmente avistando uma casa de barro comum, normal, dessas que ainda podem ser avistadas ao longo das estradas, depois das cancelas, no meio do mato. O tamanho reduzido da casinha não implica em nada a compreensão e a presença do todo da outra casa de barro.
O barro é o mesmo, a estaca é a mesma, o pedaço de pau é o mesmo, o visgo endurecido é o mesmo, a textura é a mesma, a porta é a mesma, a janela é a mesma, a feição é a mesma, o jeito de ser na casinha é o mesmo jeito de ser de qualquer casinha de barro. Uma moradia sertaneja no mesmo estilo e feitio da outra morada matuta.
Então, depois que fui presenteado com esta casinha, logo procurei colocá-la em local de destaque, visível, bem aproximada do olhar, ainda que noutra sala do local do local onde escrevinho agora. Daqui, basta levantar o olhar e já estou diante dela em sua inteireza. E por isso mesmo é como se eu estivesse diante de sua porta e janela e desejoso de logo chamar seus moradores.
Moradores? Como existir moradores numa casinha de barro de pouca mais de meio metro de altura? Como existir vidas dentro daquelas paredes apertadas e além daquela porta que sempre está aberta? Como avistar moradores se a intenção de quem a construiu foi de somente representar a casa de barro verdadeira?


Mas tem moradores sim. Não duvido. Tenho certeza. A perfeição da casinha é tamanha que não posso duvidar da existência de moradores, de sertanejos ali viventes. E lá dentro também a mesa de madeira, o tamborete, a rede, a esteira, o fogão de lenha, a panela de barro, o pote, a moringa, a cabeça de alumínio.
Na cozinha o fogão de lenha de brasa apagada depois de preparar o cuscuz, de aprontar o ovo de galinha de capoeira ou de torrar a tripa de porco na banha. O café torrado e batido em pilão, a folha de chá sobre a mesa, o prato de estanho e a xícara já sem cor de tanto uso. Tudo na humildade sertaneja, na simplicidade do povo carente.
Daí que de repente eu me levanto e sigo até lá. E diante da casinha eu me sento para dialogar com aquele mundo, com aquelas vidas que eu sei ali existentes. E dialogo como se de lá dentro chegassem as vozes e as respostas. Falo sobre a seca e a chuva, sobre o bicho, sobre o sol e a lua, sobre tudo.
Não demora muito e para lá voltarei. A essa hora eu imagino que já estejam dormindo, vez que o sertanejo deita em noite ainda nova. Mas tem nada não. Importa mesmo a minha palavra nascida no olhar e no desejo de existência daquele sertanejo e do seu mundo.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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PATRIMÔNIO HISTÓRICO DE MISSÃO VELHA AINDA É POUCO EXPLORADO

Por Antonio Rodrigues, regiao@verdesmares.com.br / 09 de Março de 2019

Muitos casarões, com ricos traços arquitetônicos e dotados de importantes histórias que versam sobre o surgimento da região do Cariri cearense, estão abandonados. Junto aos imóveis, rui também a história de um povo


Casarão abandonado em Missão Velha
Muitos casarões da cidade estão em estado de abandono. A Prefeitura estuda o tombamento destes imóveisFoto: Antonio Rodrigues.

A cidade de Missão Velha, na região do Cariri, abriga um rico acervo imobiliário que data de séculos passados. Estudiosos acreditam que as primeiras casas construídas na Região foram no Município. Imóveis, porém, estão esquecidos.

Quem anda pelas ruas da cidade de Missão Velha, no Cariri, se depara com inúmeros casarões que datam os séculos passados. Para além da riqueza arquitetônico que este imóveis carregam, eles ajudam a contar a história da região. No entanto, tamanha riqueza está esquecida no tempo. Ao passear pelas vias, é possível ver o descaso em alguns imóveis. Na esquina entre as ruas Rosalvo Maia e 15 de Novembro, um deles preocupa os moradores vizinhos. "Há 23 anos está abandonado. A gente tem medo de desabar e machucar alguém. Aí também aparece usuários de drogas, bebedeiras. Está um perigo pra gente", conta a aposentada Maria de Fátima Silva. Um abaixo-assinado foi feito pelos vizinhos do antigo prédio comercial para que ele fosse demolido. "Se restaurassem, fizessem alguma coisa, pelo menos seria mais seguro", completa.

De acordo com o secretário de Cultura de Missão Velha, Moreira Paz, a gestão já pensou em entrar com processo de tombamento municipal em diversos imóveis, mas até agora não passou de uma ideia. "Inicialmente, estamos no trabalho de conscientização. Os donos sabem do valor que têm e o patrimônio que possui, mas vamos trabalhar o tombamento, que fica mais seguro", afirma. O gestor acredita que o Município tem entrado, aos poucos, na rota turística do Cariri, justamente pela preservação de seu patrimônio. Um exemplo de uso destes prédios acontece na antiga estação ferroviária, reconstruída em 1947, que sedia a Pasta e a Biblioteca Pública de lá.

Surgimento

No início do século XVIII, os primeiros homens brancos se estabeleceram no Sul do Ceará. Inicialmente, ocuparam as proximidades da Cachoeira de Missão Velha, onde surgiu o aldeamento jesuíta precedente na região. Em 1748, foi criada a freguesia de Nossa Senhora da Luz dos Cariris, que seria embrião para o povoamento de Missão Velha. Hoje, com aproximadamente 35 mil habitantes, o município caririense ainda guarda vestígios da história da região em suas belezas naturais, na oralidade e em dezenas de casarões históricos que se mantêm de pé no Centro da cidade e na zona rural.

Entre 1723 e 1727, a seca fez os colonizadores explorarem aquela região, chegando até ao batizado Sítio Antônio, onde encontraram levadas de águas e nascentes. Lá, no atual distrito de Missão Nova, foi erguido o primeiro templo católico do Cariri, a Capela de Santo Antônio, construída em 1725 pelos portugueses. No Sítio Cachoeira, a então "Missão Velha", no 28 de janeiro de 1748, foi erguida a Paróquia dos Cariris Novos tendo como padroeira Nossa Senhora da Luz. Onze anos mais tarde, com o acanhado templo arruinado, o padre Manoel dos Prazeres de Sousa obteve autorização do bispo de Olinda, dom Francisco Xavier Aranha, para erguer uma nova igreja que, curiosamente, ganhou um novo padroeiro: São José. Até hoje, se desconhece os motivos da saída de Nossa Senhora da Luz. Depois de ser parte de Crato, que era cabeça de comarca, e de Barbalha, que emancipou-se, apenas em 1864, Missão Velha foi desmembrada.

"A história daqui não é explorada", lamenta o memorialista Bosco André, natural do Município, que ano passado publicou o livro "Documentos para a História de Missão Velha". Para ele, boa parte da memória do Município tem desaparecido ao longo dos anos. "Aqui é lamentável, porque não existe interesse do Poder Público em preservar. Nós temos muita coisa. Por exemplo, a parede atrás do altar-mor de São José é de 1760, todo feito de pedra", conta.

Valor histórico

Entre os patrimônios históricos de Missão Velha há uma casa de pedra, dentro do Geossítio Cachoeira, território do GeoPark Araripe, que fica a cerca de 5 Km da sede do Município. Estima-se que este imóvel, construído no século XVIII, seja um dos primeiros erguidos no Cariri. Documentos inéditos consultados no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Lisboa, Portugal, pelos membros do Instituto Cultural do Cariri (ICC) indicam um sobrado usado pelos colonizadores. "Pelas características, creio que seja este imóvel", conta o pesquisador Roberto Júnior.

A casa de pedra fica no meio da mata, próximo ao Rio Salgado, no fim de uma trilha de aproximadamente 1,9 km da cachoeira, na localidade do Sítio Emboscada. Ao seu redor, há uma espécie de muro também feito de pedras, que deve ter sido construído para conter a criação de animais. Dentro do imóvel, há seteiras e camarinhas, indicando que mulheres também viveram naquele local. Há relatos de que até a década de 1990, o lugar foi habitado.

Uma das primeiras referências à casa de pedra foi no século XIX, durante a sedição de Joaquim Pinto Madeira, que marchou até a Vila do Crato e levantou o grito de rebelião em 1832, após a abdicação de Dom Pedro I ao trono. "Ali, chama-se 'emboscada', porque Pinto Madeira esteve por lá. Houve mesmo uma emboscada, morreu muita gente", explica Bosco.

Memórias

Além disso, o imóvel esteve possivelmente na rota de cangaceiros no início do último século. Apesar da importância, o local não foi tombado e não há, sequer, algum tipo de vigilância. O trajeto também é pouco explorado.

No Centro, alguns imóveis resistem ao tempo e trazem importantes memórias para a região. Dentre os casarões, se destaca a residência construída pelo coronel Izaías Arruda, primeiro prefeito constitucional do Município. Lá, há uma espécie de porão onde os historiadores acreditam que os cangaceiros e seu armamento ficavam escondidos. Inclusive, no local, foram guardadas as armas usadas no frustrado ataque de Lampião a Mossoró, no Rio Grande do Norte, em 1927. Muitos historiadores narram que a invasão à cidade potiguar foi arquitetada em Missão Velha pelo próprio Izaías Arruda, um dos principais cangaceiros de Lampião. "Houve notícia de que tinha inaugurado um Banco do Brasil e tinha chegado 400 contos de réis. Um conto de réis dava pra comprar 700 garrotes hoje", recorda Bosco

Arruda morreu no dia 8 de agosto de 1928, aos 28 anos, quatro dias após sofrer uma emboscada a tiros na estação de trem de Aurora, sua cidade natal, pelo seus rivais, os "Paulinos". Seu casarão permanece bem preservado, inclusive o porão, que teria sido construído para abrigar os cangaceiros. Outros casarões importantes se mantêm erguidos na Rua Coronel José Dantas. "Missão Velha não viveu a especulação imobiliária que viveu Juazeiro do Norte, por exemplo. Ao redor da Praça Padre Cícero, hoje, praticamente não há nada", compara Roberto. "Os imóveis falavam muito das cidades. Nas fachadas eram onde gastavam mais dinheiro, mostrando seu poder. As casas ajudam a entender como foi todo o processo de estabelecimento e desenvolvimento da cidade", acredita.



https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/editorias/regiao/patrimonio-historico-de-missao-velha-ainda-e-pouco-explorado-1.2072953?fbclid=IwAR3QUXrMlVYQN77jO1yEBlYHu-J99ds7IqFWueaMxLPZNd7GDlp7hSTy98E#gallery-10434475-1_2073018-1

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DADÁ DISSE QUE CORISCO MORREU, MAS AINDA ERA APAIXONADA POR ELE

Por José Mendes Pereira
Bando de Corisco. Ele é o primeiro da esquerda e ao seu lado está a sua companheira Dadá.

Eu não acredito nesta informação de Dadá em afirmar a alguns repórteres que Corisco morreu, mas ela continuava apaixonada por ele. Se ela não tivesse se casado novamente até dava para dar um pouco de credibilidade à sua informação. O amor dura, mas não tanto. Quando a pessoa adquire outro amor, aquele de antes já ficou para trás, isto é, já era. 

Dadá e seu segundo esposo Alcides - acervo do Volta Seca

Após deixar o cangaço juntamente com o companheiro Corisco por volta de 1940, saíram disfarçados para não serem reconhecidos por possíveis volantes de polícia, mas infelizmente foram atacados pela volante do tenente Zé Rufino. Corisco ficou em desgraça sem condições de ser salvo por médico, chegando a falecer posteriormente. 

Esta foto pertence ao acervo do Adauto Silva

A cangaceira Dadá foi baleada na perna e teve que ser amputada por não haver mais condições de recompô-la. Quando tratada foi para prisão e lá passou pouco tempo. 

E esta pertence ao acervo do Guilherme Velame

Posteriormente casou-se com um senhor chamado Alcides que era profissional em pinturas e também pedreiro, e do novo casamento Dadá não teve filhos. Se Dadá casou com outro com certeza  o amor que ela sentia por Corisco, foi-se embora.

“CORISCO NÃO SE ENTREGA PORQUE A MULHER (DADA) NÃO DEIXA -  DISSE O CANGACEIRO VELOCIDADE AO JORNAL A NOITE".

O Jornal A NOITE (Rio de Janeiro/RJ)

Na minha opinião, Dadá disse apenas para prolongar mais a conversa com algum repórter. O amor não dura mais do que três anos. E se logo adquirir outro amor, quer mais saber do primeiro? Ela mandava e desmandava em Corisco, segundo alguns comentários que tenho ouvido de pesquisadores, os quais foram ditos por cangaceiros.  

Nota: Este material não pode ser incluído na literatura lampiônica, porque eu não sou nenhuma autoridade no que diz respeito ao estudo cangaço. É apenas a minha humilde opinião e que não é proibido eu opinar.

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TURISMO RURAL:CASARÃO EM ÁGUA BRANCA PODE SE TRANSFORMAR EM MUSEU

Fazenda Cobra, em Água Branca

Os assentados que residem na Fazenda Cobra, em Água Branca, pedem ao Governo do Estado que transforme o o casarão do lendário coronel Ulisses Luna, seja transformado em um museu rural para visitação pública. O Casarão tem mais de 150 anos e pertenceu ao colonizador do Sertão de Alagoas Ulisses Luna e atualmente está prestes a desabar necessitando de reparos para continuar de pé.

O imóvel teve seus moveis levados pela família do coronel Ulisses Luna e atualmente o local possui espaço para se implantar um projeto de turismo rural, já que possui área estacionamento nos jardins que ainda tem resquícios do período que o lendário coronel viveu com sua família. Uma pequena capela também existe no local com o túmulos da esposa e da filha do colonizador do Sertão. O velho casarão foi usado também para gravação e várias cenas da novela Velho Chico e filmes e no início do século 20 abrigou o industrial Delmiro da Cruz Gouveia, que havia fugido de Pernambuco com a filha do governador daquele estado.

O casarão do coronel Ulisses Luna era usado para reuniões políticas daquela região e também foi um dos redutos, que o cangaceiro Lampião nunca tentou tomar ou saquear, pois temia o velho líder político. O casarão, segundo Maria Aparecida Sandes, neta do coronel Ulisses Luna, era uma dos mais belos do Sertão de Alagoas.  Possuía um lindo jardim com muitas rosas e arvores. Ao lado uma capela erguida para as celebrações religiosas da família, principalmente no Natal, quando todos se reuniam. A Capela ainda resiste ao tempo junto com o casarão.
A estrada em frente ao Engenho Cobra era passagem obrigatória dos colonos da época, que tinham o costume de sempre reverenciar o velho líder político. Os homens tiravam o chapéu e as mulheres se inclinavam um pouco, em respeito ao “coroné”, que era o protetor de todos na região. Engenho produzia cana e havia também a criação de gado e cabras e ovelhas.

 Coronel Ulisses Luna

Atualmente o antigo Engenho Cobra pertence aos assentados do Movimento Sem Terra. São doze famílias que foram beneficiadas com a propriedade do local que havia sido abandonada pela família do Coronel Ulisses Luna. O imóvel possuía um mobiliário raro do século 19 e inicio do século 20. Peças lindíssimas foram retiradas pela família e levadas, que segundo relatos dos moradores atuais, para o estado do Rio de Janeiro.

Atualmente o velho casarão se encontra em precárias condições, já que é de todo de sapé e possui um sobrado, que pesa sobre a estrutura, precisando urgentemente de reparos. Os lideres do MST, que são hoje os proprietários das terras, utilizavam até pouco tempo atrás, o casarão para o funcionamento de uma escola de crianças, mas diante do perigo de desabamento, as atividades foram suspensas. O local também foi utilizado nos últimos meses como cenário para gravação de cenas da telenovela Velho Chico, da Rede Globo.

Mozart Luna: Jornalista graduado pela Universidade Federal de Alagoas e pós graduado em Gestão Estratégica de Empresas e Markenting pelo Cesmac/Maceió. Exerceu o cargo de coordenador de sucursais da Gazeta de Alagoas e O Jornal.Foi apresentador e diretor executivo do Programa Circuito Alagoas na TV Pajuçara (Record)e TV Alagoas (SBT) durante 11 anos.Atualmente é produtor de programas de televisão e apresentador dos programas de televisão Conheça Alagoas e Conexão Municípios da TV Mar, canal 25 da net. Editor da Coluna Integração da Gazeta de Alagoas, e repórter do Boletim Integração da Rádio Gazeta de Alagoas.

Fonte:http://meioambienteeturismo.blogsdagazetaweb.com/2016/12/06/assentados-cobram-recuperacao-de-casarao-para-se-transformar-em-museu-do-sertao/

http://cariricangaco.blogspot.com/2016/12/turismo-ruralcasarao-em-agua-branca.html

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FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR

Por José Mendes Pereira

Amanhã, 11 de março de 2019, completa 1 ano que o escritor e poeta Francisco de Paula Melo Aguiar perdeu a sua esposa Betinha Aguiar.

Foto tirada na frente do altar mor da Igreja de Nossa Senhora da Luz, onde São Severino é venerado no Engenho Ramos - Paudalho - Pernambuco (03/04/2011).

Francisco de Paula é colaborador do nosso blog. Que Deus tenha escolhido um bom lugar para a sua esposa Betinha Aguiar.


O escritor não me informou qual foi a causa da morte da sua esposa Betinha Aguiar.

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VAIDADE

Por Francisco de Paula Melo Aguiar

Vanitas, vanus!
Vôo, oco, vazio...
Hipocrisia de humanus
Ser e não ser, baldio.

É a base do deleite
Da posse de dote...
Físico, material, enfeite
Intelectual real, sem trote.

Da riqueza material
Dote real imaginário...
Superioridade do ser desigual
Máscara do ser e não ser otário.

Amesquinhado, ofendido
Ah! Quando confrontado...
Desfavorável ao individuo
Vira a mesa, sente-se ferido.

O ser equilibrado, talento
Tem ciência do que fala...
Do ser e do não ser, atento
Visão de tudo, sem vara.

O ser humanus é estranho
Faz guerra entre vivos...
Dar flores aos mortos, insano
Quer céu ou inferno, inclusivos.

Na visão cega dos humanus
Toda honra está na morte...
E não no ser vivo, profanos
Jogada na sarjeta, boa sorte!

Enviado pelo autor

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JÔ SOARES E TIRIRICA, VOCÊ VAI MORRER DE RIR

https://www.youtube.com/watch?v=tXSy2Sn0TGQ

Publicado em 21 de dez de 2016
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QUANDO SE QUER ACHAR, SE ACHA.

Por José Mendes Pereira

O grupo "O Cangaço" administrado pelo pesquisador do cangaço Geraldo Júnior recebeu esta foto e algumas informações sobre a família de Massilon Leite, mesmo não sendo tantas informações para os estudiosos do cangaço, mas que vale igualmente a ouro. 

Leiam o que ele escreveu sobre esta sobrinha dos cangaceiros Pinga Fogo e Massilon

JOANA MARTINS ARAÚJO SOBRINHA DOS CANGACEIROS MASSILON E PINGA FOGO
Por Geraldo Júnior


Vamos lá, cabroeira...! Vamos parabenizar a nossa amiga pela atitude. Os amigos (as) vão chegando ao nosso grupo e vão trazendo novas imagens e informações que nos ajudam a conhecer um pouco mais sobre os envolvidos direta ou indiretamente na história do cangaço

Foi o que aconteceu recentemente aqui em nosso grupo com a chegada da amiga/membro JOANA MARTINS ARAÚJO filha do Sr. Fenelon Gomes de Araújo (Fenelon leite), e de Dona Joaquina Martins Lopes, que nos trouxe uma fotografia de seus pais que até então era desconhecida por todos (as) nós.
  


Perguntou  no facebook a Joana Martins Araujo sobre o cangaceiro Massilon Leite.

- Qual foi o seu paradeiro, D. Joana Martins Araujo

- Joana Martins Araújo respondeu:  

- Olha, sou filha do irmão caçula deles, a caçula de 14 irmãos, então não sei muito até o momento, o Geraldo e um senhor chamado irmão sabem mais do que eu. Tenho pessoas da família que sabem bastante. Desculpe por não saber informar.

Fenelon Leite (falecido) era irmão dos cangaceiros PINGA-FOGO e MASSILON LEITE que participaram do ataque à Mossoró/RN, promovido por Lampião e seu bando no dia 13 de junho de 1927, sendo Massilon um dos mentores do ataque.

FENELON LEITE (falecido) para quem não sabe era irmão do Cangaceiro PINGA-FOGO e de MASSILON LEITE que foi o principal instigador do ataque de Lampião à cidade de Mossoró/RN, ocorrido no dia 13 de julho de 1927.

Pouco tempo após o ocorrido Massilon Leite abandonou o cangaço e a partir de então vagas e incertas notícias sobre o seu paradeiro foram encontradas.

Meus agradecimentos à amiga/membro Joanamartins Araujo por ter nos fornecido essa preciosidade fotográfica que até então era conhecida apenas no ambiente familiar.

 
Joanamartins Araujo Este é meu tio José Leite irmão de Massilon Leite. Morei com ele, e os outros que aparecem na foto eu vou descobrir quem são. - Jose Tavares De Araujo Neto disse: Seu primo Valdecir Pereira, filho de Aurora, irmã de Massilon, disse-me que esta fotografia foi trazida de Imperatriz, MA, por Anésio Leite, outro irmão de Massilon. Nesta foto, ele identificou Manoel Leite e sua filha de nome Mista. Ele acha que este outro senhor é o esposo de Mista e seus filhos.

Espero que outras pessoas sigam esse exemplo e não deixem que esses materiais sejam destruídos com o passar do tempo.

Joanamartins Araujo perguntou: Quem é aquele com o cavalo? - Jose Tavares De Araujo Neto respondeu: É seu tio Anésio Leite, que localizou Pinga Fogo em Imperatriz? Aqui ficou um pouco confuso sobre quem pergunta e quem responde. Mas é um excelente trabalho. Valeu, Geraldo Júnior.

Joanaartins Araujo perguntou: Quem é aquele com o cavalo? - Jose Tavares De Araujo Neto respondeu: É seu tio Anésio Leite, que localizou Pinga Fogo em Imperatriz.

Vamos todos (as) juntos resgatar e preservar a memória dessas pessoas que testemunharam ou vivenciaram esse difícil período da nossa história chamado...

Fonte: facebook
Página: Geraldo Júnior
Grupo: O Cangaço

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CARIRI CANGAÇO FLORESTA-PE


Por Virgulino Ferreira da Silva

 Fazenda Jenipapo de Eloy Jurubeba. 

Na foto logo atrás o saudoso Paulo Gastão

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O CANGACEIRO VELOCÍPIDO


Por Manoel Belarmino Belarmino

“Oi, diga a papai José
Que tô chorando arrependido
Lá eu era Olímpio Grande
Aqui me chamam Velocípido”.


(Cantiga de autoria dos cangaceiros: Zabelê, Correnteza e Beija Flor).

Um menino apaixonado pelas coisas da roça e da caatinga, das vaquejadas e do cuidar das miunças (pequenos animais). Assim foi Olímpio, um menino nascido em Monte Alegre, filho do vaqueiro José Alves.

Era o tempo do Cangaço. Mortes e perseguições assolavam o sertão inteiro. O medo tomava conta das pessoas do sertão. Com isso os pais de Olímpio decidem mudar sua morada para o então povoado de Monte Alegre. O menino não se acostuma com aquela vida urbana. Sente saudades e retorna para a caatinga.

E, ali, em seguida, o rapazinho Olímpio, conhecido como Olímpio Grande, entra para o mundo bandoleiro do cangaço. É logo batizado por Lampião com o nome de guerra de Velocípido. O povoado de Monte Alegre viu ali o seu primeiro e único filho na condição de cangaceiro.

Com o passar de alguns dias, Velocípido sente o inferno que é a vida bandoleira. Não gosta da vida cangaceira. A tristeza e o desespero toma conta dos dias e da vida do menino Olímpio. Faz planos para desistir da vida cangaceira e fugir dali.

Os seus companheiros de cangaço brincam com a tristeza de arrependimento do menino Velocípido. Os cangaceiros poetas até compõem cantigas para animar o cangaceiro. Mas a tristeza continua na alma do menino bandoleira.

Sem pensar muito, numa manhã de sábado, antes do nascer do Sol, Velocípido fugiu do coito cangaceiro e foi para o povoado Monte Alegre. Logo procurou o senhor José Rodrigues da Silva, conhecido como Zé da Silva, aquele mesmo senhor que se tornou prefeito de Monte Alegre.

Zé da Silva não sabia o que fazer para proteger o rapaz. Teria que esconder o ex-cangaceiro das volantes e dos cangaceiros. Monte Alegre estava sob o comando policial do cabo Nicolau, terrível perseguidor e matador de cangaceiros. Com a intenção de proteger a vida do menino cangaceiro, Zé da Silva resolve levar o ex-cangaceiro até a capital Aracaju para entregar às autoridades.

A viagem para Aracaju foi marcada. Resolvem sair cedinho numa madrugada para Aracaju. Tudo pronto para o cangaceiro Velocípede ser entregue às autoridades da Justiça na capital. Mas o inesperado acontece. Antes de chegar em Nossa Senhora da Glória uma volante cerca os viajantes. Era o sanguinário cabo Nicolau. Zé da Silva tenta dialogar com o cabo, mas este estava irredutível.

Não teve jeito. O cabo Nicolau ordena que o cangaceiro se ajoelhe e com três tiros e duas punhaladas assassina o menino de Monte Alegre Olímpio Grande. Em seguida corta a cabeça do ex-cangaceiro e levando-a para o quartel de Nossa Senhora da Glória para exposição pública.

Assim foi a curta vida do único cangaceiro de Monte Alegre de Sergipe.

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