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quinta-feira, 14 de junho de 2012

Enquanto não vem cangaço - Paul McCartney "Get Back/Sgt.Pepper(Reprise)/The End" Live

REVENDO OS ANOS DE OURO 


Um dos maiores astros da música do nosso mundo, Paul McCartney - Ex-Beatles

Beatles atravessando rua


Enviado pelo poeta, escritor, pesquisador do cangaço e sócio da SBEC:
Kydelmir Dantas

Novo Livro na praça

Por: Rômulo José Francisco de Oliveira Júnior

Antônio Silvino - de Governador Dos Sertões a Governador da Detenção

Este livro apresenta a trajetória do cangaceiro Antonio Silvino e conta as várias versões que foram construídas pelos jornais, pelos folhetos de cordel e por fontes judiciais sobre as ações, a vida, o nome e o corpo de Silvino, desde quando esse chefiava um bando de cangaceiros em suas correrias, façanhas, venturas e desventuras por alguns estados da região Nordeste até quando foi ferido e preso passando a viver uma longa permanência de vinte e três anos num cárcere recifense, só saindo de lá indultado pelo presidente Getúlio Vargas, que pretendeu com o gesto simbolizar o fim do cangaço terminando seus dias na mais obscura miséria na cidade de Campina Grande.

Por R$ 30,00 nas
Livrarias Siciliano

lampiaoaceso.blogspot.com


Museu do Cangaço- Cantinho da Lilí


Para os apaixonados pelas histórias do cangaço, estando de passagem por Belo Horizonte, não deixem de visitar o Museu do Cangaço- Cantinho da Lilí.
O Museu mostra um riquíssimo acervo fotográfico sobre os cangaceiros Moreno e Durvinha (pais da Neli).
Além das fotografias podemos encontrar livros, jornais, revistas e vários  pertences usados no dia a dia dos ex-cangaceiros.
é o mais completo arquivo fotográfico sobre a vida desse casal que tantas histórias deixou.

Na foto: Neli (Lilí), João de Sousa Lima e João Souto (também filho de Moreno e Durvinha)


João Souto e Lilí posam em uma das alas do "Museu Cantinho da Lili".


Neli (Lilí), João de Sousa Lima e João Souto.


A Lilí exibe seu inconfundível figurino ao lado das relíquias deixadas pelos pais.


Recentemente em visita a minha adorável amiga Lilí ganhei  um abraço selando o amor de amigos que existe entre nós dois


João Lima e Lilí


Lili e seu rico acervo


Lilí mostrando uma fotografia onde aparece os pais.

Enviado pelo escritor e pesquisador do cangaço:
João de Sousa Lima

O facínora Lampião

Foto da página pribncipal do sítio oficial sobre Lampião

Em uma viagem que fez a Juazeiro do Norte, a convite do Padre Cícero Romão Batista, este considerado o "santo" do Nordeste Brasileiro, Lampião foi entrevistado pelo médico de Crato, Dr. Octacílio Macedo.

Dr. Octacílio Macedo - Cearense - da cidade de Crato

Lampião estava hospedado no sobrado de João Mendes de Oliveira, e, durante a entrevista, foi várias vezes à janela, atirando moedas para o povo que se aglomerava na rua para conhecer o famoso cangaceiro.

Algumas respostas da entrevista:

 Não se comove a extorquir dinheiro e a "variar" propriedade alheia?

Lampião - Oh! mas eu nunca fiz isto. Quando preciso de algum dinheiro, mando pedir "amigavelmente" a alguns camaradas.

Perguntado se deseja deixar esta vida:

Lampião - Até agora não desejei abandonar a vida das armas, com a qual já me acostumei e sinto-me bem. Mesmo que assim não sucedesse, não poderia deixá-la, porque os inimigos não se esquecem de mim, e por isso eu não posso e nem devo deixá-los tranquilos. Poderia retirar-me para um lugar longínquo, mas julgo que seria uma covardia, e não quero nunca passar por um covarde...

Perguntado sobre o cangaceiro mais valente do Nordeste:

Lampião - A meu ver o cangaceiro mais valente do nordeste foi
Sinhô Pereira. Depois dele, Luiz Pedro.

Sinhô Pereira e Luiz Pedro - Eram primos

Penso que Antonio Silvino foi um covarde, porque se entregou às forças do governo em consequência de um pequeno ferimento.

O ex-cangaceiro Antonio Silvino

Já recebi ferimentos gravíssimos e nem por isso me entreguei à prisão.

Sobre o futuro Lampião mostrou-se incerto, apesar de ter planos:

Lampião - Estou me dando bem no cangaço, e não pretendo abandoná-lo. Não sei se vou passar a vida toda nele. Preciso trabalhar ainda uns três anos. Tenho de visitar alguns amigos, o que não fiz por falta de oportunidade. Depois, talvez me torne um comerciante.

PORTO: UM CANTO DE CAIS (Crônica)

Por: Rangel Alves da Costa(*)
Rangel Alves da Costa

PORTO: UM CANTO DE CAIS 

Nunca uma música traduziu tanto a obra amadiana como a belíssima “Porto”, de autoria de Dori Caymmi, presente na trilha sonora da novela Gabriela, de 1975, e naquela oportunidade divinamente interpretada pelo grupo MPB4.

Nas primeiras chamadas (teaser) da nova adaptação do romance de Jorge Amado para a televisão, também na Rede Globo (de autoria de Walcyr Carrasco), ela era ouvida ao fundo, bem mansinha e leve, num canto de voz de porto, enquanto surgia na tela a nova Gabriela, na beleza de Juliana Paes.

Não há letra, poema, palavra dita pra ser ouvida, versos rimando um amor, um percurso, uma dor. Apenas a música instrumental acompanhada de um leve cantar murmurante e descompassado, assim como as águas do mar vão chegando de mansinho e se faz barulho ao rebentar na areia.


Suavemente, bem distante, bem lá no fundo das águas, se ouve em tom inebriante: “iaiê, iaiê, oni, onâ, iaiê, iaiê, oni, onâ, lele-ô, ananayô, ananayô, oni, onã, ananayô, oni, onã...”. E tudo navegando em meio ao violão, a flauta, ao chocalho, a percussão, além das vozes inconfundíveis dos integrantes do MPB4. Dori Caymmi também interpreta sua canção, mas com um vozeirão que afasta a singeleza cativante da melodia.

Como tema geral da novela, pontuou as aventuras e desventuras da inocente e bela Gabriela, do seu tão apaixonado Nacib, da libertária Malvina, da enamorada Jerusa, do opositor e romântico Mundinho Falcão, do mulherengo Tonico Bastos, da dona de bordel Maria Machadão, da prostituta Zarolha, e dos Coronéis Ramiro Bastos, Melk Tavares, Coriolano, Amâncio Leal e Jesuíno Mendonça.

Subindo ou descendo as ladeiras de Ilhéus, mostrando as distâncias das plantações cacaueiras, passando defronte ao Bataclan, enveredando pelas estradas e veredas dos latifúndios e casarões dos coronéis, cobra sinuosa apenas se admirando dos pés descalços da bela mocinha. Eis a música cantando o percurso do povo baiano colonizando suas vidas e território, abrindo fronteiras e trazendo a riqueza e a dor.


Ao compô-la, talvez Dori Caymmi, quase da parentela de Jorge Amado, trouxesse toda a essência da obra do amigo para a partitura, para as cordas de seu violão, para a flauta que apita o mesmo som da embarcação aportando no recôncavo, no cais da Bahia, em todos os cais. Daí sua leveza, seu ondeado, seu navegar murmurante até despontar perante os olhos da moça aflita que espera seu amor de lenço na mão.

Melodia que lembra o tão amado Jorge e reflete a Bahia, e nos dois a luta e os amores de um povo em meio aos ciúmes, desfeitas, disputas sangrentas, tocaias, mortes jaguncistas, corações perdoados, boêmios inveterados, prostitutas de colo de coronel, uma gente festeira e faceira que procura viver para fugir do sofrer.

Mas também melodia do barco, da pequena ou grande embarcação, cortando as águas e carregando o cacau, a bebida, os cestos de frutas, as encomendas importadas para os coronéis, os tecidos brilhentos para enfeitar gente feia, os temperos, tudo que vai de lado a outro, de cais a cais, de porto a porto. E quando sai a embarcação, quando ela se distancia e vai sumindo bem longe é como se a melodia existisse por si mesma.

Por isso mesmo Porto não é só uma melodia que novamente estará no remake de Gabriela, mas sim a essência visual da história, contando em acordes, numa perfeita visualização, os passos da bela morena agrestina caminhando de trouxa na mão em busca da sorte em Ilhéus. E ali a flor se misturando aos frutos do mercado, aos olhares que não se cansam em mirar. E depois a saga, a sina, o destino de um povo numa trama de aflitiva beleza.


Ao lado de Alegre Menina - de autoria de Jorge Amado e Dori Caymmi, e interpretada por Djavan -, Porto é romance, é a própria trama musicada. Basta ouvi-la e fechar os olhos. E logo o barco ancorando no porto, logo o passo pelo recôncavo, logo a morena brejeira encantando a vida, subjugando coronéis, trazendo uma receita de amor para o nosso deleite.

(*)Poeta e cronista
e-mail: rac3478@hotmail.com
blograngel-sertao.blogspot.com

Pérolas Musicais na Noite Cariri Cangaço-GECC

Por: Heldemar Garcia
A Música no Cangaço com Nirez na Saraiva Mega Store

Mais uma vez o Encontro Cariri Cangaço-GECC, acontecido na noite desta quarta-feira, dia 13, foi marcada pelo talento do Conferencista convidado. Com o tema A Musica no Cangaço, o musicólogo e colecionador Miguel Ângelo de Azevedo, o conhecido Nirez, encantou a todos com perolas raras da discografia ligada ao Cangaço.

Para um público prá lá de atento, Nirez trouxe pérolas musicais da época em que Virgulino Lampião ainda pisava as caatingas nordestinas, composições como "Vou pega Lampião" , de Castro Barbosa de 1931, "Negócios de Família" , de Assis Valente de 1936 e "Mulher Rendera" com Manezim Araujo, se juntam as composições da década de 50 e 60 como, "Bando de Lampião" de Dircinha Batista, "Maria Bonita" com Grande Otelo e "Rojao de Lampiao" de JB de Carvalho. Ao todo foram 20 composições garimpadas da ampla coleção de Nirez e apresentadas na noite cangaceira da Saraiva Mega Store do Shopping Iguatemi.

Miguel Ângelo - Nirez

Ângelo Osmiro

Ricardo Albuquerque

Wilton Dedê

Dra Maria Amélia e Aderbal Nogueira

O encontro teve seu inicio com as boas vindas do Curador do Cariri Cangaço Manoel Severo, ressaltando a importância de mais uma vez trazer uma Conferencia de muita qualidade para brindar ao publico presente. Logo apos, o Presidente do GECC, Ângelo Osmiro, passou a dá os informes referentes as atividades do Grupo e tudo o mais que aconteceu no universo do estudo e pesquisa do cangaço, no último mês. Depois o Conferencista da noite Miguel Ângelo - Nirez, iniciou sua apresentaçao, mesclando sua palestra com as muitas musicas selecionadas para a noite.

Ângelo Osmiro, Patrícia Veloso e Manoel Severo

Haroldo Felinto

Leo Kawisner

Comendador Mariano e Heldemar Garcia

Cel. Gutemberg Liberato e Lapa Carabajal

Adail Colares

Ângelo Osmiro, Nirez e Aderbal Nogueira

"Para o próximo encontro a diretoria do GECC e Cariri Cangaço preparam mais surpresas para a noite na Saraiva Mega Store, ja tradicional no fomento e fortalecimento da memoria e historia não só do cangaço, mas das coisas do nordeste" assegura Angelo Osmiro, presidente do GECC. Agora é aguardar o novo encontro Cariri Cangaço-GECC na primeira terça-feira do mês de Julho.

Heldemar Garcia
Assessor de Imprensa e Marketing
Cariri Cangaco

Tudo em ti (Poesia)

Por: Rangel Alves da Costa(*)
Rangel Alves da Costa

Tudo em ti


Basta-me a vida
e a eternidade
ou morrer agora
nos teus braços

basta-me ter tudo
e o que vier
ou só a vida possuir
se tenho a ti

basta-me o banquete
e o ouro infinito
ou apenas nada
se teu amor é tudo

basta-me mil amores
e mulheres do mundo
ou somente uma
que tenha o teu nome

basta-me ser
ou não ser
se tudo é nada
sem a ti merecer

basta-me a paixão
e o amor demais
ou apenas a esperança
que é semente em ti.



(*)Poeta e cronista
e-mail: rac3478@hotmail.com
blograngel-sertao.blogspot.com

O Lampião de Jô Fernandes

Por: Manoel Severo

Quem conhece o trabalho, a dedicação, o esmero e acima de tudo a alma deste paranaense sertanejo chamado Jô Fernandes; artista plástico de um talento incomum; não se surpreende ao visitar sua mais nova exposição "O Cangaço, sua Influência e Estética" que acontece na galeria BenficArte, no shopping Benfica, aqui em Fortaleza, e fica aberta à visitação até o dia 26 de junho.

Tive o privilégio de conhecer o amigo Jô Fernandes ainda em 1999, quando juntos enfrentávamos os desafios de uma gestão inovadora em nosso querido Maranguape; já naquela época via um paranaense apaixonado pelas coisas do nordeste e do sertão, muitas vezes traduzidas em suas linhas e nas cores de sua arte.

Desta vez sua coleção navega através desse universo mágico do cangaço, usando todos os elementos tão presentes nas mais diversas dimensões do fenômeno e suas repercussões e interferências estéticas. Ao todo são 16 quadros em tinta acrílica sobre tela, onde predominam as cores fortes, como forte é o sentimento sertanejo.
Jô Fernandes e seu "Lampião"


Segundo o grande Jô Fernandes : "A intenção foi representar além de elementos como os trajes e utensílios dos dia a dia, o legado deixado pelos personagens do cangaço, como a influência no cinema, na literatura, na música, nas tradições e no imaginário popular" e continua, "não faço apologia à violência, o que me encanta nos cangaceiros é a liberdade que tinham, que era também a causa pela qual lutavam".

Quem está em Fortaleza e ainda não visitou a Exposição  "O Cangaço, sua Influência e Estética" de Jô Fernandes, tem até o dia 26 de junho para conhecer esse belo trabalho que está em cartaz na Galeria BenficArte, no Shopping Benfica, Av. Carapinima, 2200 em Fortaleza. 

Manoel Severo

cariricangaco.blogspot.com