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quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

CANGACEIROS ANTÔNIO DOS SANTOS O CÉLEBRE "VOLTA SECA"...

... um dos mais polêmicos cangaceiros de toda a história do cangaço.

Filho de Manoel Antônio dos Santos e Arminda Maria dos Santos, nascendo no dia 18 de março de 1918. Era sergipano de Saco Torto, município de Itabaiana/SE. Primeiramente foi apelidado de Antônio da Pinta e depois de Bosta Seca. Juntou-se ao grupo de Lampião nos fins de 1928, quando ele estava reestruturando o bando na Bahia. Foi um dos mais selvagens cangaceiros que se tem notícia. Iniciou sua vida de cangaceiro com apenas onze anos de idade, porque matou um Soldado que tinha violentado uma irmã sua (É uma das versões).

Gostava de “Pepinar” suas vítimas com a ponta do punhal. Estuprou várias mulheres. Deu cabo, sem qualquer motivo, de uma dezena de sertanejos, sem contar os que caíram sob suas balas em combate.

- Estava no bando de Lampião que, no dia 19 de abril de 1929, visitou o povoado de Poço Redondo/SE.

Estava no bando que, no dia 21 de abril, invadiu o Saco do Ribeiro (Ribeirópolis), praticando algumas arruaças, espancamentos e extorsões.

- Participou do combate com a Volante baiana, do Tenente Manoel Campos de Menezes, em Pinhão/SE, em 22 de abril de 1929, onde Lampião e Luiz Pedro ficaram deridos.

- Em 30 de junho de 1929, participa do ataque e incêndio da Estação Ferroviária de Itumirim, município de Jaguarari/BA.

- Ao amanhecer de 04 de julho, sob o comando de Lampião. Participou do ataque à Vila de Brejão da Caatinga ou Brejão de Dentro, atualmente município de Campo Formoso/BA, surpreendendo e matando 04 Soldados e um Cabo sem dar-lhes nenhuma oportunidade de defesa.

- Participou dos ataques aos povoados de Santa Rosa de Lima, município de Jaguarari/BA, e Canoas, município de Senhor do Bonfim/BA, em 27 de setembro de 1929, onde cometeram saques, agressões, extorsões e depredações.

- Em 25 de novembro de 1929, participou das visitas ao distrito de Nossa Senhora das Dores, município de Capela/SE, onde extorquiram comerciantes e populares, depois partindo para Capela/SE, onde permaneceram várias horas na cidade, visitando comerciantes, salão de bilhar e prostíbulo, pagando setenta mil Réis à prostituta que lhe atendeu e extorquiram a quantia de seis Contos de Réis da população.

- Em 27 de novembro de 1929 integrava o grupo que estava na Fazenda Jaramataia, município de Gararu/SE

- Participou do massacre à Queimadas/BA, em 22 de dezembro de 1929. Quando foram mortos sete Soldados do destacamento local.

- Participou do assalto à Mirandela, distrito de Pombal/BA (Atual Ribeira do Pombal/BA), no dia 25 de dezembro de 1929.

- Participou do ataque à Aquidabã/SE em outubro de 1930.

- Participou do ataque à Floresta/PE, em 26 de novembro de 1930, fazendo parte de um grupo de aproximadamente 20 cangaceiros, quando mataram e degolaram vários inimigos de Lampião, extorquiram fazendeiros e praticando depredações.

- Participou do tiroteio na fazenda Umbuzeiro do Touro, município de Paulo Afonso/BA, no dia 24 de abril de 1931, quando morreu o cangaceiro Ponto Fino II (Ezequiel Ferreira). Neste combate a polícia perdeu aproximadamente treze praças, inclusive o Tenente Leonelino Rocha, além de outros seis que foram feridos.

- Logo após violento combate na Fazenda Maranduba, em Sergipe, no dia 09 de janeiro de 1932, do qual participou, desertou do grupo porque tinha tido uma discussão com Lampião e este havia lhe prometido uma surra.

Poucos dias depois, no dia 18 de fevereiro, foi capturado, na Fazenda Lagoa da Onça, próximo à Santo Antônio da Glória/BA pelos irmãos Adão e Roxo, juntamente com sua companheira Bidia.

Após ter sido julgado por seus crimes, foi condenado a uma pena de 145 anos de prisão. Por causa da sua pouca idade, teve sua pena comutada para trinta anos, dos quais cumpriu vinte. Em 1954, foi perdoado pelo Presidente Getúlio Vargas. Aposentou como funcionário da Rede Ferroviária (Leopoldina). Através de seus depoimentos – ele sempre gostou de dar entrevistas – foram reveladas muitas particularidades dos cangaceiros e muitos segredos do cangaço.

Faleceu aos 97 anos de idade de causas naturais na cidade mineira de Leopoldina, onde residia com sua família. Está sepultado na cidade mineira de Estrela Dalva.

Fonte das informações: Livro Cangaceiros de Lampião de A a Z de Bismarck Martins de Oliveira

Adendo: Geraldo Antônio de Souza Júnior


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ONTEM (05/08/2021) FOI DIA DE VISITAR O VELHO AMIGO JOÃO ANTAS O "SULTÃO DE PATOS DE IRERÊ"...

 ... e de fazer uma pesquisa campal pela região de Patos de Irerê (São José de Princesa/Paraíba), onde tive a oportunidade de vasculhar cada palmo de terra da histórica Fazenda Pedra, que no passado pertenceu a Laurindo Diniz, irmão do Major Floro Diniz pai de Xanduzinha de Marcolino e ex-prefeito de Triunfo/PE, onde supostamente Lampião e seu bando teriam sido fotografados por Genésio Gonçalves de Lima (Fotos em anexo), durante o segundo semestre do ano de 1922, pouco tempo após assumir a liderança do bando deixado por Sinhô Pereira (Sebastião Pereira e Silva).

Espero em um curto espaço de tempo voltar novamente a região para coletar maiores informações e tentar também resgatar partes da história desse importante personagem histórico chamado Luiz do Triângulo, que participou de inúmeros eventos ligados ao cangaço e a Guerra de Princesa. Um homem que entrou para a história cangaceira e paraibana devido a sua valentia e aos seus feitos e que ainda não teve o devido reconhecimento histórico.

Para um melhor entendimento deixo as fotografias abaixo:

01 - Capela São Sebastião (Patos de Irerê - São José de Princesa/PB), local onde está sepultado o famoso casal Marcolino e Xanduzinha.

02 - João Antas - Memorialista (Patos de Irerê).

03 - Casa sede da Fazenda Pedra.

04 - Casa que pertenceu a Luiz do Triângulo.

05 - Na porta uma tataraneta de Luiz do Triângulo.

06 - Detalhes dos batentes (Degraus) em pedra da calçada da casa que pertenceu a Luiz do Triângulo.

07 - Uma das fotografias que foram registradas por Genésio Gonçalves de Lima na Fazenda Pedra. A frente Lampião (Esquerda) e Antônio Ferreira (Direita). Atrás está Livino Ferreira (Esquerda) e Antônio Rosa "Toinho do Gelo" (Direita).

08- Outro registro do bando de Lampião na Fazenda Pedra (1922).

Espero ter colaborado.

Atenciosamente:
Geraldo Antônio De Souza Júnior








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MARIA FRANCISCA DA NATIVIDADE.

 Filhas de Zé Calú a época proprietário da Fazenda Melâncias no município pernambucano de Flores, que foi torturado por Lampião e bando no ano de 1925.

Maria Calú "Maria Francisca da Natividade" (Foto 01) e Leobina Calú (Foto 02).




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O CROQUE DE PELÉ

 Clerisvaldo B. Chagas, 5 de janeiro de 2023

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.824

Ainda quando rapaz, o Santos foi convidado para jogar em Maceió. Não dá para lembrar bem agora, mas parece que foi na inauguração do estádio do CRB, na Pajuçara, porém, o jogo foi com o Regatas Brasil e se não me engano, começou a partida ganhando de 1 x 0. Esse jogo também seria uma homenagem ao rei que estava no auge da sua carreira. Entretanto, com o placar à frente, os torcedores começaram a vaiar o Santos. No segundo tempo, o Santos retornou disposto a cobrir as vaias e meteu 6 x 1 no CRB “mode saber respeitar o visitante”. Essa goleada sofrida pelo time de Maceió, foi apelidada por “Sofia”. Até hoje o maceioense nunca se esqueceu da famosa Sofia em Alagoas.

Durante o jogo, um zagueiro batia muito em Pelé. Isso ia irritando o rei que arquitetou uma vingança à altura, já que o juiz não tomava providências mais severas. E assim aconteceu. Pelé aguardou até conseguir a oportunidade da vingança. Em uma bola alta vinda em sua direção e que foi dividida com o citado zagueiro, Pelé saltou muito alto e o zagueiro tentou tirar a bola de cabeça. Nesse momento, o rei Pelé, escondendo o braço para o juiz não vê, deu um tremendo croque na cabeça do zagueiro, vingando-se e dando lição que não se deve mexer com serpente. Os torcedores viram, porém, o juiz não.

Final de jogo, o Santos deixou a capital alagoana debaixo de muitos aplausos assim como chegara.  Ficou imortalizada a Sofia dos 6 X 1 e o croque de Pelé.

Não fomos ao enterro do rei, mas estamos aqui contando uma das suas milhares de ações pelo globo terrestre. É bem merecido o título no estádio público de Rei Pelé. Nos últimos tempos, devido ao entusiasmo de alguns, com o sucesso da jogadora Marta, sugeriram trocar o nome do estádio para o da jogadora. Um disparate! Bem que Marta merece ser homenageada com uma obra gigantesca, então, os entusiastas construam essa obra gigante e ponham o seu nome, não retirar a homenagem de outrem, em troca de uma recente, coisas de políticos analfabetos, sem noção de ética e cultura de um povo. Fica aqui, portanto registrado a Sofia do Santos e o Croque de Pelé, para os pesquisadores das coisas do futebol.

Ê “caboco véi!”

 Rapadura é doce, mas não é mole não”.

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