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terça-feira, 22 de março de 2022

REVENDO O CAMPO

 Clerisvaldo B. Chagas, 21 de março de 2022

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.676

 

Os barreiros representam a forma mais comum de se armazenar água nas propriedades rurais, sertanejas. É certo que existe o açude, também chamado barragem, porém, os custos particulares com um barreiro são muito menores. Ai da pequena propriedade que não possui um barreiro! Eles são formados em lugares onde existem uma excelente bacia que possa facilitar a captação d’água da chuva, até às condições financeiras do ruralista.  Pode ser feito com pequenas escavações usando-se ferramentas simples e manuais, até respeitáveis tamanhos com uso de máquinas como tratores. Nos intervalos das chuvaradas, são limpos e desassoreado para renovar as águas. Seu uso vai para matar a sede dos humanos, do criatório, do gasto da casa e para lavar roupa. Geralmente as mulheres conservam uma ou mais pedras chatas e cuias de cabaças na beira do barreiro para a lavagem de roupa.

O barreiro não aguenta uma estiagem longa. Mesmo assim, terá cumprido o seu papel depois de cheio. Hoje em dia, os governos municipais ajudam na limpeza periódica, contribuindo na tradição da armazenagem. Ilustramos abaixo com um barreiro seco na Reserva Tocaia, em Santana do Ipanema. Suas águas e a das imediações formam o riacho Salgadinho de pequeno percurso até despejar no rio Ipanema. Parece insignificante, mas já deu muito trabalho e interditou a estrada. É o riacho Salgadinho que divide os bairros da Floresta e Domingos Acácio. Aperreou tanto que ganhou uma ponte em uma das administrações do prefeito Adeildo Nepomuceno e que foi alargada pelo gestor Isnaldo Bulhões. Sua foz encontra-se no famoso Poço do Juá, a maior largura do Ipanema em trecho urbano.

Não confundir o bravo riacho Salgadinho, também chamado Joel Marques, com o riacho Salobinho. Ambas as denominações indicam água salgada, porém, o Salobinho nasce nas imediações do povoado Alto do Tamanduá, cruza a BR-316, banha o sítio rural Salobinho e despeja ao lado do antigo matadouro municipal, um tranquilo afluente do rio Ipanema. O barreiro tanto pode formar nascente de riacho quanto pode ser abastecido por ele. Algumas residências já dispõem de filtro de barro no uso da água do barreiro. É esse o Sertão que eu conheço.

BARREIRO SECO AGUARDANDO LIMPEZA E ÁGUA CORRENTE. RESERVA TOCAIA. (FOTO: B. CHAGAS).


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OS CORONÉIS - JÔ HOMENAGEIA CHICO ANÍSIO EM SEU PROGRAMA

 Por Vittorio Torres

https://www.youtube.com/watch?v=zv-b0qDsQv8

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LAMPIÃO E O ASSASSINATO DE ANTÔNIO DA ESPINHARA.

 Por Cangaçologia

https://www.youtube.com/watch?v=zL8oq7KHV5g

Essa é aquele tipo de história que mostra sem floreios ou romantismos como era a violência e a selvageria nos sertões do Nordeste no tempo do cangaço. Histórias que deixariam Jesse James, Billy The kid, Pancho Villa, entre tantos outros vilões famosos da história mundial, tremendo de vergonha. Assistam. Ouçam com atenção a história que será contada nesse documentário e digam se estou certo ou errado.
Assistam e ao final deixem seus comentários, críticas e sugestões. INSCREVAM-SE no canal e ATIVEM O SINO para receber todas as nossas atualizações e publicações. Forte abraço! Atenciosamente: Geraldo Antônio de S. Júnior - Criador e administrador dos canais Cangaçologia, Cangaçologia Shorts e Arquivo Nordeste. Seja membro deste canal e ganhe benefícios: https://www.youtube.com/channel/UCDyq...

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A MORTE DO CANGACEIRO JARARACA, HOMEM FORTE DE LAMPIÃO

 Por No Rastro do Cangaço

https://www.youtube.com/watch?v=mDvGCwQow4o&ab_channel=NoRastroDoCanga%C3%A7o

Na tarde de 13 de junho de 1927, feriado de Santo Antônio, Virgulino Ferreira da Silva, Lampião, o rei do cangaço, e seus 53 cangaceiros enfrentavam pelo menos 150 homens armados na defesa de Mossoró, uma das mais prósperas cidades do Rio Grande do Norte.

Um dia depois do combate, quando o povo de Mossoró ainda temia o possível retorno de Lampião sequioso por vingança, um dos principais cangaceiros do bando, Jararaca, foi capturado se arrastando por um matagal.

O que se deu a seguir foi um roteiro tragicômico, um dos mais intrigantes fatos da história do cangaço nordestino (lampiônico). O nome do cabra pernambucano Jararaca era José Leite de Santana.
Assistam e ao final deixem seus comentários, críticas e sugestões. INSCREVAM-SE no canal e ATIVEM O SINO para receber todas as nossas atualizações. #NoRastroDoCangaço

Vejam também: https://youtu.be/xxI3SMSW_d0 https://youtu.be/rdsFsqPrINU https://youtu.be/WgJ2gzzmbXQ https://youtu.be/w689lMdvUN0 https://youtu.be/sqhWYPAy2uE https://youtu.be/ZEE32oCF7oA https://youtu.be/HH4xN9FOiQg https://youtu.be/cRvkUIonWEc https://youtu.be/3wuCmkQyaII https://youtu.be/Y1kh7Js_lhA https://youtu.be/rl0RucODGec https://youtu.be/pmPvnN9JRL8 https://youtu.be/cPMXW02sFGs UM FORTE ABRAÇO!

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DOCUMENTÁRIO SOBRE O PADRE CICERO ROMÃO BATISTA PRODUZIDO EM 2019.

Por Adailton Ramalho 

https://www.youtube.com/watch?v=OgA4LDEuYcU&ab_channel=adailtonramalho

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"PADRE CÍCERO: OS MILAGRES DE JUAZEIRO" DE HELDER MARTINS [SEMANA DO AUDIOVISUAL CEARENSE]

 Por Cineteatro São Luiz Fortaleza

https://www.youtube.com/watch?v=yNKIus86-n0&ab_channel=CineteatroS%C3%A3oLuizFortaleza

Direção de Helder Martins | Ficção | Brasil | 1975 | 1h58

Sinopse: A primeira metade da vida e da obra religiosa da figura polêmica e excêntrica de Cícero Romão Batista, mais conhecido como Padre Cícero, um padre que sempre exerceu suas funções às margens das diretrizes da Igreja Católica, tornando-se um personagem político influente e um líder religioso fervorosamente adorado por milhões de fiéis até os dias de hoje. Esta exibição faz parte da faixa de programação “Semana do Audiovisual Cearense”, agora online, do Cineteatro São Luiz. Saiba mais informações sobre esse filme em: https://www.cineteatrosaoluiz.com.br/...

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MANUEL GAIPÓ IRMÃO DA CANGACEIRA DADÁ.

 Por José Mendes Pereira


A foto pertence ao acervo de Indaiá Santos - https://www.facebook.com/photo/?fbid=756310049086087&set=a.103720537678378

Este senhor de nome Manuel Gaipó é irmão da ex-cangaceira Dadá, que no cangaço, era companheira do ex-cangaceiro Corisco. Segundo revelado na foto, completou 113  anos de idade. Viver tanto assim, é ter uma boa saúde, amizade etc.

Dadá e Corisco foram os últimos cangaceiros do nordeste. Corisco faleceu no dia 25 de maio de 1940, sendo os penúltimos cangaceiros das caatingas Moremo e Durvalina.

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BENJAMIN ABRAHÃO, O HOMEM QUE ILUDIU O SERTÃO

 Por O Globo

Foto - O estrangeiro. Imigrante sírio tem a vida contada na biografia “Benjamin Abrahão — Entre anjos e cangaceiros”, do historiador Frederico Pernambucano de Mello / Divulgação

O livro do historiador recifense Frederico Pernambucano de Mello, principal estudioso do cangaço, revela a trajetória do imigrante sírio que foi secretário de padre Cícero e fotógrafo de Lampião 

O sírio Benjamin Abrahão fugiu do alistamento militar obrigatório em seu país porque temia ser convocado para a Primeira Guerra Mundial. Chegou ao Brasil em 1915, com uma carteira falsa de jornalista no bolso, e morreu com 42 punhaladas em pleno sertão, em 1938. Tinha apenas 37 anos.

Antes do fim trágico, partilhou do cotidiano de dois mitos que para os sertanejos encarnam o céu e o inferno, Deus e o diabo em terra de sol. Foi secretário particular de Padre Cícero, que até hoje atrai milhares de romeiros a Juazeiro do Norte, no interior do Ceará. E virou homem de confiança e único fotógrafo autorizado de Virgulino Ferreira, o Lampião. Embrenhou-se na caatinga com ele e seu bando de cangaceiros e documentou sua vida em fotos e num filme, que foi censurado pelo Estado Novo às vésperas de estrear nos cinemas nacionais.

Parte da história de Abrahão foi contada em “Baile perfumado”, de Lírio Ferreira e Paulo Caldas. Mas o longa de 1997 se limita ao período entre 1935 e 1937, durante a produção do filme sobre Lampião. A trajetória completa desse personagem singular surge pela primeira vez na biografia “Benjamim Abrahão — Entre anjos e cangaceiros” (Escrituras, 352 pgs, R$ 45), do historiador Frederico Pernambucano de Mello.

Pesquisador que se dedica ao estudo do cangaço há 40 anos, Mello diz que Abrahão foi, acima de tudo, um sobrevivente e um aventureiro:

— Sobrevivente por impulso de vida, e aventureiro por vocação e coragem. Da terra santa aos sertões nordestinos, onde não se mostrou capaz de avaliar o quanto o Estado Novo estava alterando a conduta dos homens ao seu redor, especialmente os da elite. Miopia, aliás, que também vitimou Lampião.

Frederico Pernambucano de Melo

Mello foi o primeiro a chamar atenção para a figura de Abrahão, em 1992. Desde então, sua curiosidade só aumentou. Detalhista, garimpou até a caderneta bilíngue do aventureiro, que pretendia transformar suas anotações em livro. Só a tradução desses escritos demandou quatro anos.

Abrahão fazia em português registros simples sobre rezas, batizados e amenidades do cangaço (chegou a anotar, ditados por Lampião, os nomes de 23 espécies vegetais da caatinga). Em árabe, gravava informações que poderiam provocar sua morte, como denúncias sobre as tropas que perseguiam Lampião: “Os soldados matam as gentes sem razão. E enviam telegramas para o governo dizendo que mataram um cangaceiro. E o governo promove a sargento o soldado que faz isso”.

Autor de “Guerreiros do sol” (Girafa, 2004) e “Estrelas de couro: a estética do cangaço” (Escrituras, 2012), Mello reconstituiu cuidadosamente os passos do estrangeiro, que desembarcou em Pernambuco com a recomendação de ficar na casa de parentes, ricos comerciantes, mas preferiu ganhar o mundo em busca de aventuras e oportunidades de fazer dinheiro.

A trajetória de Abrahão é contextualizada no turbulento momento histórico, marcado por fatos como a passagem da Coluna Prestes pelo Nordeste (entre 1925 e 1926), as ações do governo e dos rebeldes, o poder dos coronéis da caatinga, os movimentos messiânicos, a Revolução de 1930, a verticalização do poder politico no país.

Ourives, comerciante, jornalista, pioneiro do cinema documental brasileiro, Abrahão chegou a colaborar com jornais de São Paulo e Rio, inclusive O GLOBO. Em Recife, enquanto morou com os tios, trabalhou como representante comercial. Foi numa das viagens a trabalho a Rio Branco, hoje Arcoverde — a 250 quilômetros de Recife, naquela época de difícil acesso —, que se deparou com um grupo de romeiros que iam visitar o Padre Cícero.

Dizendo-se nascido em Belém, apresentou-se como “conterrâneo de Jesus Cristo” e conseguiu se tornar secretário do padre. Com “pouco escrúpulo”, como lembra Mello, transformou aos poucos a religião em negócio, tirando da “exploração de massas fanatizadas tudo que necessitava para manter padrão de vida invejável”. Morto o padre, restou-lhe negociar mechas de cabelo do milagreiro — que na verdade eram de outras pessoas. A trama acabou desmascarada, porque Cícero não tinha tanto cabelo assim.

Sem dinheiro, armou outra empreitada. Depois de conhecer Lampião em Juazeiro — quando o cangaceiro e seu bando foram convocados para lutar contra a Coluna Prestes — tentou aproximar-se dele para documentar sua vida. Fundou uma empresa, um pequeno jornal, e conseguiu com a alemã Abafilmes o empréstimo de uma câmera profissional, que gravava sem áudio. Fascinado por cinema, Lampião se rendeu aos encantos da câmera, muitas vezes assumindo a direção das filmagens.

— Em meados de 1936, Lampião era um chefe do cangaço inteiramente realizado na “profissão”. Seus dez bandos de cangaceiros dominavam, pelo terror, vastas porções rurais de sete estados do Nordeste. Participou do filme e das fotos com entusiasmo, conclamando todos os bandos-satélites a fazerem o mesmo. Estava entusiasmado com a possibilidade de mostrar ao mundo o seu “Cangaço S/A”, muito bem administrado, provido de riqueza de ouro e prata à flor da pele — explica o historiador. — A partir de 1930, quando o jornal “The New York Times” passou a acompanhar os passos de Lampião, ele se tornou figura internacional. Benjamim sabia disso, tinha forte intuição para o marketing.

Assassinato nunca foi esclarecido 

Foto | Capa do livro Benjamin Abrahão - Entre anjos e cangaceiros / Divulgação

O encontro do libanês com Lampião ganhou as primeiras páginas do “Diário de Pernambuco”, a viagem espalhou-se pelo noticiário nacional, e as imagens do grupo de cangaceiros correram o mundo. Maria Bonita virou a “Madame Pompadour do cangaço”, e os bandoleiros eram mostrados como pessoas comuns, no seu dia a dia. Benjamin virou celebridade, passando de entrevistador a entrevistado.

Em 1937, Lampião enviou um bilhete, em português claudicante, no qual afirmava que o sírio foi o único que “conceguiu filmar eu com todos os meus peçoal cangaceiros”, “noça vida nas caatingas”. E alertava que outra pessoa não havia conseguido nem conseguiria repetir a façanha: “nem eu mesmo consintirei mais”.

Abrahão tinha empenhado a alma na empreitada e se preparava para exibir o filme inédito em salas de todo o país. A revista “O Cruzeiro” chegou a publicar, em tom de crítica, a reportagem “De herói do cangaço a galã de cinema”. O fato incomodou as autoridades, o filme foi apreendido, e o repórter viu seu trabalho naufragar.

— Vivendo na corda bamba, ele teve de prometer a muitos o que não tinha para entregar. Enganou muitos, deixando desafetos pelo caminho. E quando pôde, finalmente, entregar um produto de qualidade, este já não interessava à “modernidade” do país sob a ditadura de Getúlio — avalia Mello.

Falastrão, o estrangeiro também acabou revelando segredos do cangaço, o que irritou Lampião. Cheio de desafetos, entre cangaceiros e poderosos, Abrahão foi assassinado em circunstâncias até hoje não esclarecidas.

https://blogs.oglobo.globo.com/prosa/post/benjamin-abrahao-homem-que-iludiu-sertao-482892.html

Dê um pulinho até Cajazeiras e veja sew o professor Pereira ainda o tem. Aqui está o seu endereço: 

franpelima@bol.com.br

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REEDIÇÃO DE LIVROS DO CANGAÇO

 Por Francisco Pereira Lima

A  bibliografia do cangaço e temas afins é extensa e diversificada. São centenas de livros à disposição dos estudiosos, pesquisadores, colecionadores e admiradores da história e cultura nordestina.  Mas, infelizmente, dezenas destas obras não são mais encontradas nas livrarias e sebos especializados. São consideradas esgotadas e, em alguns casos, raras. Quando são colocadas à venda, estão com preços exorbitantes, totalmente fora da realidade financeira da maioria das pessoas que desejam adquiri-las.

Faço, por meio deste artigo, uma indagação pertinente e natural: por que esses livros não são reeditados? Não é o meu propósito procurar identificar  e analisar os fatores que dificultam ou impedem essas reedições, mas contribuir, positivamente, com este processo, para que o resultado seja promissor. Aproveito a oportunidade para conclamar,  solicitar aos autores, herdeiros de autores já falecidos ou quem esteja na posse do direito destes trabalhos, que procurem reeditá-los, pois são obras extraordinárias, que demandaram milhares de horas de leituras, pesquisas, viagens e entrevistas, com muito sacrifício, principalmente, em épocas mais remotas, quando os autores não dispunham de meios de transporte, comunicação, e a internet, que podemos utilizar atualmente.

Professor Pereira entre, Kydelmir Dantas e Honório de Medeiros em dia de Cariri Cangaço

Então, não se justifica a ausência destas relíquias, na bibliografia disponível  do cangaço. Faço este apelo,  em nome de milhares de pessoas que necessitam dessas obras para a efetivação das suas pesquisas, descobertas e fundamentações teóricas de monografias, dissertações e teses, no Brasil e mundo afora.Os sites, blogs e comunidades virtuais ligados ao fenômeno do Cangaço, como: SBEC- Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço, O Cariri Cangaço,  Lampião Aceso, Cangaço em Foco, Tokdehistória, Lampião, Rei do Cangaço  entre outros, que estão sempre focados e à disposição da expansão do estudo da história e cultura nordestina,  divulgando  os  lançamentos de edições e reedições de livros, revista e  artigos referentes ao assunto, o que facilita  o acesso deste material pelos pesquisadores, colecionadores e interessados no tema.

Como consequência natural da utilização destas ferramentas,  observo um crescimento considerável de pessoas  interessadas no estudo do Cangaço. Além do uso da Internet na distribuição eficiente  desses livros,  o que contribui e incentiva  os autores a editarem e reeditarem suas obras.  Tomo a liberdade e a iniciativa de citar algumas obras, por ordem cronológica,  que gostaria de vê-las reeditadas e espero que os leitores acrescentem, por meio de seus comentários, outros trabalhos esgotados e raros aqui não relacionados:   

Os Cangaceiros, Romances de Costumes Sertanejos 1914, Carlos Dias Fernandes;  Heróes e Bandidos 1917, Gustavo Barroso;  

Beatos e Cangaceiros 1920, Xavier de Oliveira;  

Ao Som da Viola 1921, Gustavo Barroso;  

A Sedição de Joazeiro 1922, Rodolpho Theophilo;  

Lampião, sua História 1926, Érico de Almeida;  

Lampeão no Ceará, A Verdade em Torno dos Fatos 1927, Moysés Figueiredo;

   Padre  Cícero e a População do Nordeste 1927, Simões da Silva;  Os Dramas Dolorosos do Nordeste 1930, Pedro Vergne de Abreu; 

   Almas de Lama e de Aço 1930, Gustavo Barroso; 

 O Flagello de Lampião 1931, Pedro Vergne de Abreu;  

O Exército e o Sertão 1932, Xavier de Oliveira;  Sertanejos e Cangaceiros 1934, Abelardo Parreira; 

 Como Dei Cabo de Lampeão 1940, Ten. João Bezerra;  

Lampeão, Memórias de um Oficial Ex-comandante de Forças Volantes 1952, Optato Gueiros;

  Caminhos do Pajeú 1953, Luís Cristóvão dos Santos; 

 Solos de Avena s/d, Alício Barreto;  

Cangaceiros 1959, Gustavo Augusto Lima;  

 Rosário, Rifle e Punhal 1960, Nertan Macedo;  

Serrote Preto 1961, Rodrigues de Carvalho; 

 O Mundo Estranho dos Cangaceiros 1965, Estácio de Lima;  

Lampião e Suas Façanhas 1966, Bezerra e Silva; 

 Lampião, O Último Cangaceiro 1966, Joaquim Góis;  

Sertão Perverso 19 67, José Gregório;  

Lampião, Cangaço e Nordeste 1970, Aglae Lima de Oliveira;  

Cinco Histórias Sangrentas de Lampião, Mais Cinco Histórias Sangrentas de Lampião(dois livros)1970, Nertan Macedo; 

 Vila Bela, Os Pereira e Outras Histórias 1973, Luís Wilson;  

Terra de Homens 1974, Ademar Vidal;  

Bicho do Cão, Canga, Cangaço, Cangaceiro s/d, José Cavalcanti;  Cangaço:

 Manifestação de Uma Sociedade em Crise 1975, Célia M. L. Costa;  

Figuras Legendárias 1976, José Romão de Castro;  

A Derrocada do Cangaço 1976, Felipe de Castro;  

Antônio Silvino, O Rifle de Ouro 1977, Severino Barbosa; 

 Capitão Januário, a Beata e os Cabras de Lampião 1979, José André Rodrigues(Zecandré); 

 Gota de Sangue Num Mar de Lama, Visão Histórica e Sociológica do Cangaço 1982, Gutemberg Costa;  

Volta Seca, O Menino cangaceiro 1982, Nertan Macedo;  

Prestes e Lampião s/d, Ten.  Adaucto Castelo Branco;  

Sangue, Terra e Pó 1983, José de Abrantes Gadelha;  

Lampião, as Mulheres e o Cangaço 1984, Antônio Amaury C. de Araújo; 

 Lampião e Padre Cícero 1985, Fátima Menezes;  

Guerreiros do Sol: Violência e Banditismo no Nordeste do Brasil 1985, Frederico Pernambucano de Mello (Será lançado a 5º edição desse livro, agora em janeiro/2012);

 Lampião e a Sociologia do Cangaço s/d, Rodrigues de Carvalho;  

A Vida do Coronel Arruda, Cangaceirismo e Coluna Prestes 1989, Severino Coelho Viana;

  Lampião, Memórias de Um Soldado de Volante 1990, Ten. João Gomes de Lira;  

Nas Entrelinhas do Cangaço 1994, Fátima Menezes;   

Lampião e o Estado Maior do Cangaço 1995, Hilário Lucetti e Magérbio de Lucena; 

  Cangaço: Um Certo Modo de Ver 1997, Vera Figueiredo Rocha;  

Amantes e Guerreiras: A Presença da Mulher no Cangaço 2001, Geraldo Maia; 

  Histórias do Cangaço 2001, Hilário Lucetti;   

Lampião e o Rio Grande do Norte, a História da Grande Jornada 2005, Sérgio Augusto de Souza Dantas.

Obs. Algumas dessas obras já foram reeditadas, mas, mesmo assim, estão  esgotadas.Está lançado o debate. Vamos à discussão construtiva, formando um elo de entendimento, consultoria,  convergência na direção do resultado positivo, e espero que possamos  colher os frutos num futuro próximo, com novos livros no mercado. Votos de Saúde e paz a todos.

Francisco Pereira Lima - Prof. Pereira
Advogado, Professor, Membro da UNEHS, SBEC e
Conselheiro do Cariri Cangaço
franpelima@bol.com.br
Cajazeiras - PB

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AUTOR NATALENSE REFAZ CAMINHO DE LAMPIÃO PELO RIO GRANDE DO NORTE

Por Cinthia Lopes | Editora e redatora 

Capa do livro “1927: O Caminho de Lampião no Rio Grande do Norte”

Quando o chapéu estrelado de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, cruzou a vista dos primeiros alpendres no sertão do Rio Grande do Norte, vindo da Paraíba, o destino do cangaceiro e seu bando já estava traçado: o plano era entrar em Mossoró, a cidade mais próspera do oeste potiguar em busca de dinheiro dos coronéis, tendo a ajuda do jagunço nativo Massilon que já tinha praticado assalto na região um mês antes. Mas a invasão fracassou e o fatídico 13 de junho de 1927 entrou para a história e o folclore do cangaço. A expulsão de Lampião foi registrada por historiadores e também pelos poetas nos versos de cordel, ressaltando o heroísmo dos mossoroenses que rechaçaram o famoso bando de cangaceiros de porteira afora.

Rostand Medeiros refez o caminho cinco vezes e colheu depoimentos de pessoas que viveram à época, além jornais e inquéritos.

Frederico Pernambucano de Melo e Rostand Medeiros. - http://blogdomendesemendes.blogspot.com/2020/09/adquira-o-mais-novo-livro-do.html

Mas até chegar a Mossoró, por onde mais Lampião andou?  Em menos de uma semana, o bando cruzou a cavalo um território que compreende 14 municípios do Rio Grande do Norte, incluindo Pau-do-Ferros e Martins, deixando um rastro de violência e impacto que o tempo não apagou da memória dos sertanejos. Foi preciso refazer todo esse chão para trazer à luz novas histórias, um desafio para o escritor e pesquisador Rostand Medeiros que agora chega ao livro “1927: O Caminho de Lampião no Rio Grande do Norte” (Caravela Selo Cultural, 375 págs.), com patrocínio do Edital de Economia criativa do Sebrae.

“1927: O Caminho de Lampião no Rio Grande do Norte” é divido em capítulos por dia em que os cangaceiros passaram pelas cidadezinhas. Era manhã de sexta-feira, dia 10 de junho de 1927, quando Lampião cruza a fronteira por Luís Gomes, trecho que hoje seria a BR-405. Sem polícia no encalço, eles então assassinam o lavrador Mané Chiquinho, dono da propriedade chamada Vaquejador. Foi a partir desse crime que as polícias da Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará passaram a acompanhar o bando. Fatos importantes foram acontecendo no caminho até o ataque a Mossoró (dia 13) e a prisão e morte de Jararaca no dia 14 seguindo-se a fuga de Lampião para o Ceará.

Imagem dos defensores da frustrada invasão de Lampião: "Eram quatro para 1 cangaceiro", relata o autor

Algo que se destaca neste livro é a reconstituição dos cenários mais antigos a partir das propriedades rurais. São sítios e fazendas centenárias de nomes curiosos que traçam um caminho de contornos semi-desaparecidos: Sítio Bom Jardim, Sítio Diamantina, Fazenda Aroeira, Sítio Corredor, Sítio Gangorrinha, Fazenda Ausente, Sítio Saco, Fazenda Picada, Passagem de Oiticica, Fazenda Cacimba, Caboré, dentre muitas outras.

Um dos locais da passagem é o Sítio Ponta de Serra, com traços preservados. Ao fundo, a Serra de Martins. Foto: Rostand Medeiros

Idas e vindas

Há mais de dez anos Rostand segue o rastro de Lampião pelo Rio Grande do Norte. Só de viagens foram cinco. De motocicleta, de carro e com diferentes propósitos. A primeira em 2010 a convite do Sebrae-RN, para criar o roteiro de turismo cultural. “A pesquisa fez parte do projeto Pegadas de Lampião, uma ideia do superintendente do Sebrae Zeca Melo, que inclusive prefaciou o livro que estou lançando”, destaca. 

 Ao final da primeira jornada, o pesquisador entregou o resultado para a instituição e desde então vinha tentando publicar o texto. Até que em 2015 pegou novamente na estrada para participar das filmagens do documentário “Chapéu Estrelado”, do diretor Silvio Coutinho, como principal consultor. “Participei ativamente das filmagens a convite de Silvio, Iaperi Araújo e Valério Andrade e foram vários dias de muito chão, poeira e aprendizado”, conta o escritor.

Vale lembrar que ‘Chapéu Estrelado’ foi apresentado em Natal e exibido no Canal Brasil, que era o co-produtor do documentário junto com a Locomotiva Cinema e Arte. “Quando estava sendo preparado para percorrer os circuitos de festivais de cinema, inesperadamente Sílvio Coutinho faleceu de um ataque cardíaco no Rio e aí tudo parou. Hoje eu nem sei como está a situação dessa obra cinematográfica, lamenta.

Em 2017, de volta a estrada em companhia do artista plástico e fotógrafo potiguar Sérgio Azol, focado em uma coleta de material fotográfico para o desenvolvimento de uma exposição em São Paulo, onde Azol é radicado. A exposição também passou por Natal.

A clássica foto do bando de Lampião em Limoeiro, após a fuga do Rio Grande do Norte

Histórias coletadas

Após esse tempo de vivência, o autor se voltou aos registros em cartórios, jornais de época e bibliografia anterior. Rostand destaca o livro de Sérgio Augusto de Souza Dantas, que foi “muito elucidativo sobre o caminho”. O livro em questão é "Lampião e o Rio Grande do Norte: A História da Grande Jornada" (Ed.: Gráfica Real, esgotado).

Além desse autor, foram consultados trabalhos de Raul Fernandes e Raimundo Nonato.  E ainda os processos criminais abertos em Pau dos Ferros e Martins sobre os ataques dos cangaceiros, reproduzindo depoimentos dos cangaceiros Mormaço, Casca Grossa e Jararaca, nomes famosos que estavam no bando de Lampião à época.

“Nos depoimentos eles declararam que vieram para o Rio Grande do Norte por instância do cangaceiro Massilon e em nenhum dos depoimentos informaram alguma motivação diferente das ações que normalmente os cangaceiros efetuavam na época”, pontua.

Rostand ficou impressionado com o destaque dado pelos jornais de todo Brasil ao ataque a Mossoró e como a passagem do bando marcou de forma intensa as muitas comunidades que visitou. “Encontrei poucas pessoas que foram testemunhas diretas dos episódios, mas delas colhi depoimentos preciosos. Principalmente os filhos, que escutaram essas histórias nos alpendres das casas sertanejas antes da chegada do rádio e da televisão, que consegui ótimas memórias da passagem do bando”. O autor confrontou o depoimento dos sertanejos às informações que estavam nos livros, jornais e processos. 

Noticiário relatado no jornal A República de 16 de julho de 1927

No livro Rostand reforça que o objetivo de Lampião no Rio Grande do Norte não era guerrear, mas tentar conseguir dinheiro com alguma aliança com os coronéis. “Lampião normalmente só se envolvia em contendas de outras pessoas se isso de alguma forma lhe trouxesse vantagem. Não podemos esquecer que Lampião sequer conhecia o Rio Grande do Norte e aqui não tinha inimigos.”

Para o autor a tentativa de invasão a Mossoró foi o maior combate da história do Cangaço em área urbana e, apesar de haver quatro defensores para cada cangaceiro, a chamada Resistência Cívica do povo de Mossoró contra Lampião e seu bando merece todas as loas.

Mas em acontecimento dessa magnitude não poderia deixar de existir controvérsias. “Uma foi sobre o destino do jovem cangaceiro Menino-de-Ouro. Este teria sido gravemente ferido no combate em Mossoró e por não suportar a dor teria pedido a Lampião que o executasse e assim foi feito. Mas o pesquisador Hilário Lucetti encontrou um idoso Menino-de-Ouro morando no sul do Ceará e sua história foi contada em um interessante livro de 1995”.

Outros temas

Rostand Medeiros é escritor, pesquisador e formado em Turismo, e escreve no blog Tok de História. Temas como Segunda Guerra também fazem parque do seu foco de pesquisa. Escreveu “Lugares de Memória: edificações e estruturas históricas utilizadas em Natal durante a Segunda Geurra” (Caravela), “Os Cavaleiros do Céu: A Saga do Vôo Ferrarin Del Prete” (Caravela), “João Rufino: Um Visionário de Fé”, dentre outros.

Contato com o autor para aquisição do livro: crfm1967@gmail.com | ou no site da Caravela Selo Cultural AQUI

https://tipicolocal.com.br/noticia/autor-natalense-detalha-caminho-de-lampiao-pelo-rio-grande-do-norte-em-livro?fbclid=IwAR1Q_oNLdGZlfO4MQlmiBT-uIit03xGDqBSJGlHVijkzmIoVGOuAA7O763Q

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