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quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

A MORTE DO SARGENTO DELUZ - PARTE IV.

 Por José Mendes Pereira


Diz o escritor Alcino Alves Costa que nada desabonava a conduta do militar junto a Lampião, ou qualquer outro cangaceiro, assim como existiam  volantes acusadas de envolvimentos amigáveis com cangaceiros. O que se sabia, era que o sargento Deluz era respeitado no meio militar, e mantinha pequenas amizades com influentes figurões da época. Dizem que ele era protegido de um senhor chamado Ercílio Britto, de outro Antônio Britto e outros e outros com estreitas amizades. Se o Deluz não tivesse criado tamanha desavença com os familiares de Dalva, sua esposa, tudo teria dado certo, mesmo ele sendo um bruto... 

O conflito tinha tomado força e seria muito difíceis os envolvidos, tanto de um lado como do outro, abrir mão dos seus direitos. Todos queriam que a paz voltasse a reinar e estavam preocupados, e sabiam que aquela confusão não iria terminar bem. Os filhos de João Marinho só gostavam mesmo era de trabalhar nos roçados, campeando o gado da fazenda, e vez por outra, correrem atrás de bois brabos naquelas caatingas. Os filhos do fazendeiro eram afamados derrubadores de touros, faziam tremer o chão daquele sertão do cipó-de-leite, do xiquexique...

https://www.trekearth.com/gallery/South_America/Brazil/Northeast/Sergipe/Caninde_do_Sao_Francisco/photo1302039.htm

Toda aquela infelicidade, começou assim que Dalva resolveu casar com o Deluz. Mas não foi só isso. O irmão dos Marinhos que chegara do Rio de Janeiro, havia morrido de repente, num desmaio durante uma carreira que fizera atrás de umas bestas. E depois deste acontecimento, o velho João Marinho estava ficando alquebrado com tantas provações. 

Mas ele e os filhos não iriam baixar a cabeça para o sargento Deluz. O delegado era um todo poderoso, mas João Marinho e os filhos não eram covardes para aceitar tamanha humilhação. O sargento Deluz decidiu, e logo resolveu demarcar as suas terras, porque, era casado com a filha do fazendeiro, por isso, se achava com direito para tal fim. Mas os do Brejo não aceitavam que isso fosse feito.

E com gênio bastante forte, dona Maria Gomes, esposa do João Marinho, e sogra do sargento Deluz ,inconformada com a atitude do genro, disse sem medir o tamanho das palavras, que ele estava querendo roubar-lhes as terras que pertenciam ao João Marinho. Agora o bicho tinha aumentado de tamanho, acusação perigosa.  Essa situação já era de se esperar. Mesmo os Marinhos sendo família calma e tranquila, não iriam deixar que aquela confusão fosse mais adiante, sem uma solução, ou pacífica ou talvez pior, morte no meio daquela gente.

http://partiupelomundo.com/passeio-de-barco-pelo-canion-do-xingo/

Ao saber da acusação que fizera dona Maria Gomes, contra si, o sargento Deluz tomou uma decisão: Intimidá-la para repetir o que havia dito contra ele. E sendo ele bruto e o grande poderoso daquela região, por ser delegado do destacamento, ainda afirmou que, assim que ela se apresentasse aos seus pés na delegacia, dar-lhe-ia uma surra. 

Aquelas palavras ditas pelo o sargento Deluz, não iriam ficar só naquilo. Dona Maria Gomes, além de ser a matriarca daquela conceituada família, pertencia aos Gomes de linhagem famosa.

 O delegado podia ficar sabendo que a sua intimação iria ser cumprida e honrada, mas, em vez de dona Maria Gomes ficar em sua frente, lá na delegacia, quem iriam ficar diante dos seus olhos, eram o João Marinho e os seus filhos. E foi assim que aconteceu. João Marinho e dois filhos o Totonho e o Jonas foram atender a injuriosa intimação de um delegado poderoso, desajustado e arrogante.

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Assim que o João Marinho chegou ao quartel, em companhia dos dois filhos, o delegado estava tirando um pouco da sujeira dos seus pés, e ao vê-los, ficou um pouco surpreso, e se perguntando consigo mesmo, que  tinha intimidado a sogra e apareceram o sogro e dois filhos!

- Delegado Deluz, a Maria não pôde vim, assim eu vim com meus filhos para apanharmos da autoridade.

O delegado não teve tempo de responder nada, porque o João Marinho e os filhos  atracaram o famoso delegado, derrubando-o ao chão e dominando-o por completo. O João Marinho tinha enlouquecido e dominado pelo ódio. E num momento, puxou um canivete e tentou sangrar o genro. Mas os dois filhos Totonho e Jonas não deixaram que o pai assassinasse o seu genro sargento Deluz. Felizmente, os soldados chegaram ao local e apaziguaram aquela terrível situação sem se intrometerem na confusão de parentes. Os policiais retiraram o sargento do local. Os Marinhos montaram em seus cavalos e retornaram para o Brejo.

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Um dos casos que tinha acontecido muito antes deste agarra, agarra do João Marinho  e filhos contra o sargento Deluz, foi com a geniosa Mariinha, irmã da Dalva do Deluz, e esposa do João Maria Valadão. Aproveitando que um soldado de nome Quixabeira, fora à fazenda do marido Valadão no Olho D’água, receber um carneiro (possivelmente doado ao sargento Deluz), Mariinha agrediu com todo tipo de palavras o cunhado Deluz.

Sabedor das ofensas o Delegado Deluz mandou intimar o concunhado, e pede que ele dê uma surra na sua esposa. A proposta do delegado não foi aceita pelo Valadão, e lhe disse que jamais tocou um dedo na esposa. E achava que o delegado estava mesmo era ficando maluco. Dada a resposta, o Valadão saiu da presença do Deluz e foi embora. O militar ficou remoendo o ódio dentro de si, e ainda prometeu que a família de Dalva, sua esposa, iria pagar caro por isso.

Calma! Continuarei amanhã esta historinha...

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A MULHER QUE PASSOU POR 3 SÉCULOS.

Por Rainhas Trágicas - Mulheres, Guerreiras, Soberanas.

Fotografia de Margaret Ann Neve, tirada em 1902, poucos meses antes de sua morte. Nascida em 18 de maio de 1792, em Saint Peter Port (Guernsey, Ilhas Anglo-Normandas), Margaret se tornou a primeira pessoa supercentenária de quem a história dispõe de registros factuais, tendo vivido em três séculos diferentes (XVIII, XIX e XX). Educada em Bruxelas, ela se tornou fluente em francês e italiano, além de entender o alemão e o espanhol. Nas suas histórias, ela dizia ser capaz de se recordar dos tumultos da Revolução Francesa e das guerras napolepônicas. Margaret faleceu em 4 de abril de 1903, um mês antes de seu aniversário de 111 anos, no mesmo lugar onde nasceu.

Texto: @renatotapioca

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A EXTINTA EDITORA COMERCIAL S/A, TALVEZ, AINDA GUARDA ALGUNS ÁLBUNS FOTOGRÁFICOS DO SEU PASSADO, DA RÁDIO DIFUSORA DE MOSSORÓ E DOS CINEMAS CINE CAIÇARA, CINE JANDAIA E CINE MIRAMAR DE AREIA BRANCA.

 Por José Mendes Pereira

Escritor Kydelmir Dantas

Meu amigo professor, poeta, escritor, pesquisador do cangaço, de Luiz Gonzaga e do Trio Mossoró Kydelmir Dantas de Oliveira, há alguns anos você me pedia nomes de cantores que teriam passados pelo cine Caiçara de Mossoró, e eu enviei alguns da minha lembrança, incluindo Renato e seus Blue Caps, Coronel Ludugero, Orquestra Casino de Sevilla e outros. 

Antonio Pereira de Melo - Coronel Pereira era um amigão muito humano.

Eu havia lhe prometido fazer apanhado com o meu amigo radialista coronel Pereira, mas ele me falava que iria fazer um levantamento da sua lembrança. Não o fiz exigência, porque ele vinha com problemas de saúde. e infelizmente, o coronel Pereira faleceu, pois era quem mais sabia sobre cantores que fizeram shows no cine Caiçara de Mossoró. Além de operador de áudio da Rádio Difusora, posteriormente foi locutor, e operador de filme no Cine Caiçara.

José Maria Madrid é o que tem bigode

Este último grupo de cantores, falo sobre o pseudônimo que ganhou o locutor José Maria Neto (Madrid), que apresentou o grupo "Orquestra Casino de Sevilla da Espanha" ao público que lotava o palco do Cine Caiçara, e  no grupo, existe ou existia (não tenho certeza da sua permanência aqui na terra), um jovem com o nome de José Maria Madrid. - Leia um pouco sobre a sua morte clicando no link abaixo. 

http://josemendespereirapotiguar.blogspot.com/2015/11/morte-do-radialista-jose-maria-madrid-e.html

Orquestra Casino de Sevilla.

Este material do link abaixo, eu o escrevi no dia 2 de novembro de 2015, e com grande credibilidade, porque, José Maria Madrid era meu amigo de cana, e foi adepto nosso na mesma sociedade, além de Antônio Pereira de Melo, coronel Pereira. 

José Maria Madrid - Componente da Orquestra Casino de Sevilla - Google

Quando a orquestra "Casino de Sevilla" foi embora de Mossoró, o locutor José Maria que antes era "Neto", passou a ser chamado artisticamente pelos seus colegas de emissora José Maria Madrid, deixando de lado o Neto. 

José Mendes Pereira e seu primo Júlio Batista Pereira Ponte de Trem em Mossoró-RN.

José Maria faleceu no dia 20 de dezembro de 1994, vítima de uma tragédia que aconteceu nesta cidade, na ferrovia que liga Mossoró/Sousa-PB, no quilômetro 756, próximo ao Sítio Bom Jesus, quando ele foi esmagado por uma locomotiva. Logo após foi sepultado no Cemitério São Sebastião, município de Mossoró-RN. Pouca gente que o conheceu após 1965, não sabia o seu nome verdadeiro. 

Orquestra Casino de Sevilla. Espanhola.

Mas o que me fez recordar o tempo da sociedade de cinemas de Mossoró, rádio, cinemas  e editora, a qual eu fiz parte como gráfico dela, foi para falar sobre alguns registros perdidos de cantores que se apresentaram em épocas distantes no Cine Caiçara de Mossoró. 

Eu acredito que na editora, em um quartinho sob a escada que fazia chegar aos estúdios da rádio Difusora, sala de áudio, escritório, discoteca e sala de operar películas do Cine Caiçara, estão guardados muitos arquivos da Rádio Difusora, pois era lá que eram arquivadas todas as fotografias em álbuns da sociedade.

Falo, porque trabalhei naquela empresa durante 12 anos, e eu conhecia tudo que era recolhido e guardado em baixo da escada. A porta sempre permanecia fechada, e a gente só a abria quando necessitava de algo.

Neste Prédio funcionava a sociedade: Editora Comercial, Rádio Difusora e Cine Caiçara.

Como você sabe, o prédio do Cine Caiçara já não existe mais, porque os herdeiros venderam para uma imobiliária, e foi feito um outro que recebeu o mesmo nome do cinema "CAIÇARA". Mas a parte da extinta Editora e Rádio Difusora continua intacta, por isso, acredito que lá no quartinho estão guardados os registros da sociedade, muito embora, algumas fotografias estejam em péssimos estado de conservação. 

Cine Miramar de Areia Branca. - Da mesma Sociedade de Mossoró.

Quando a rádio foi vendida ao grupo do ex-governador "Aluísio Alves" eu ainda era funcionário de lá, e tudo continuava no quartinho em seu devido lugar, porque, era arquivo dos proprietários da sociedade, e não da Rádio Difusora. Sendo assim, nada foi entregue ao novo grupo.

Cine Jandaia de Mossoró - Da mesma Sociedade de Mossoró.

Mas, quem sabe! Depois que a Editora Comercial S/A. fechou as suas portas, possa ser que alguém fez limpeza nos cômodos, e tudo tenha sido jogado na cesta de lixo. Mas o prédio continua adormecido sem contato com ninguém. 

Certa vez alugaram uma parte do escritório térreo, mas talvez não deu certo, continua fechada.

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LAMPIÃO, SEU BANDO E OS REFÉNS EM LIMOEIRO DO NORTE - CE

Acervo do Kydelmir Dantas 

Francisco Ribeiro de Castro e Silva, CHICO RIBEIRO, foi o fotógrafo de Limoeiro do Norte-CE que fez estas fotos. Reveladas no Laboratório J. Octávio, em Mossoró, erradamente é dada como de autoria do José Octávio. 

Há época, foram impressas muitas cópias, que eram vendidas nas feiras da região como cartão postal. A que aparece com os nomes dos que estão nelas, foi uma ideia do jornalista Octávio que levou uma original à Cadeia Pública e apresentou-a ao JARARACA, que identificou seus companheiros no ataque e na derrota em Mossoró, naquele 13 de junho de 1927. 

Fonte: NAS GARRAS DE LAMPIÃO: DIÁRIO DO CORONEL GURGEL - Raimundo Soares de Brito & Antônio Gurgel (Col. Mossoroense, 2006).

https://www.facebook.com/groups/179428208932798/user/100010681625071/

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