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segunda-feira, 21 de novembro de 2016

O JUMENTO AINDA É NOSSO IRMÃO?

*Rangel Alves da Costa

Segundo Luiz Gonzaga, Padre Vieira falou que o jumento é nosso irmão. Logicamente que numa alusão ao esforço do animal para ajudar o homem, ao seu companheirismo nos mais difíceis trabalhos do dia a dia, à sua amistosa disponibilidade para carregar no lombo o que o sujeito não suportaria levar adiante. Com efeito, há no jumento um poder essencial de contribuição ao ser humano. Tudo isso, porém, muito mais em tempos passados. E atualmente será que o jumento continua sendo reconhecido como tal, como amigo e irmão do homem?

Algumas explicações antes de seguir adiante. Muita gente confunde o padre Vieira citado por Luiz Gonzaga na música “O jumento é nosso irmão”, com o Antônio Vieira, padre jesuíta do século XVII. Na verdade, o religioso da Companhia de Jesus se preocupou mais com a escrita de sermões do que com a vida desse animal possivelmente introduzido no Brasil por Martin Afonso de Souza, pelos idos de 1534. Já o outro Vieira, de nome Antônio Batista Vieira, foi um sacerdote, político e escritor cearense, que viveu até 2003. É de sua autoria o livro “O Jumento, nosso irmão”, de 1964.

Nesta obra, o Padre Vieira faz uma apaixonada defesa do jumento e, por extensão, do meio ambiente e da proteção animal. Numa época em que a conscientização ecológica e a luta em defesa dos animais ainda eram questões de poucos abnegados, eis que surge o sacerdote para denunciar os abusos contra os indefesos asininos, objetos que eram de abates em frigoríficos clandestinos e maus-tratos por parte de criadores e de parte da população. Observa-se, assim, que antes mesmo do limiar dos anos 60 já havia truculência contra os animais, e sem a existência de políticas ou movimentos em defesa dos seus direitos. Apenas vozes como a do Padre Vieira.

Mas a voz de Vieira passou a ecoar mais fortemente e a ser devidamente reconhecida quando em 1968 Luiz Gonzaga e José Clementino compuseram “Apologia ao jumento”, mais conhecida como “O jumento é nosso irmão”, inspirada exatamente naquela obra. Por isso mesmo que a letra começa reverenciando o padre defensor dos animais: “É verdade, meu senhor, essa história do sertão, Padre Vieira falou que o jumento é nosso irmão...”.


E Gonzaga prossegue justificando a importância do jumento na vida do nordestino: “O jumento é nosso irmão, quer queira, quer não. O jumento sempre foi o maior desenvolvimentista do sertão. Ajudou o homem na vida diária, ajudou o Brasil a se desenvolver. Arrastou lenha, madeira, pedra, cal, cimento, tijolo, telha. Fez açude, estrada de rodagem, carregou água pra casa do homem. Fez a feira e serviu de montaria. O jumento é nosso irmão...”. 

Em certo momento, mesmo reconhecendo a petulância e intransigência do animal em certas ocasiões, quando cisma de não atender nem a chicotadas, Gonzaga afirma mais adiante: “Mas eu gosto dele porque ele é servidorzinho que é danado. Animal sagrado, jumento meu irmão eu reconheço teu valor. Tu és um patriota, tu és um grande brasileiro. Eu tô aqui jumento, pra reconhecer o teu valor meu irmão. Agora meu patriota, em nome do meu sertão, acompanha seu vigário nesta eterna gratidão. Aceita nossa homenagem, o jumento é nosso irmão...”.

E já naquela época falava na ingratidão do homem para com o animal, retribuindo-lhe o serviço duro com maus-tratos. “E o homem, em retribuição o que, que lhe dar? Castigo, pancada, pau nas pernas, pau no lombo, pau no pescoço, pau na cara, nas orelhas...”, é o que diz a letra, refletindo o momento mas também pressagiando o que se tornaria em verdadeira prática desumana e cruel. E assim porque não só o jumento continuou sendo vitimado pelas nefastas ações humanas, mas todas as espécies de animais, domesticados ou das florestas. Contudo, o que vem acontecendo com o jumento é um tipo de violência diferenciada, vez que caracterizada pela ingratidão e abandono.

A verdade é que a chegada dos modismos ao mundo nordestino, principalmente nas lonjuras sertanejas, uma profunda transformação passou a ocorrer nos modos de vida e nos costumes da população. As estradas se alargaram, porém não mais para a passagem segura dos carros-de-boi ou dos animais de montaria, e sim para os veículos e motocicletas. As motos se tornaram verdadeira febre nos rincões matutos e fizeram com que o homem desprezasse de vez outros meios de montaria e transporte.

Ao trocar o lombo do jumento pela motocicleta, aos poucos o homem foi relegando seu antigo irmão e companheiro ao abandono. E o que se tem hoje em dia é uma verdadeira leva de animais ao descaso pelos pastos ressequidos, esquecidos no alimento e no gole d’água, sem quaisquer tipos de cuidados. Quando não abandonados pelos cercados, simplesmente deixados pelas beiras de pistas, provocando problemas nas rodovias e tendentes a matar ou morrer em acidentes.

Padre Vieira certamente ficaria entristecido com a situação de agora do irmão jumento. Em completo abandono, cada vez mais esquecido, nem tem mais força para relinchar quando a moto passa jogando poeira em seus olhos. E o homem sequer dá importância quando os urubus se lançam sobre suas ossadas.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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AMANHÃ 12:30 PELA TV ITARARÉ ESTARÁ RUBERVAL SOUSA

Por Ruberval Sousa

Uma viagem no passado na história do flagelo do cangaço na Paraíba fatos que marcaram nosso povo, nossa terra, em um tempo que o tempo não esquece.


Um tributo uma homenagem aos que derramaram sangue suor e lágrimas no combate ao cangaceirismo

Amanhã 12:30 pela TV Itararé

"Você que é amante do estudo do "cangaço" tem que adquirir logo este livro: "PARAHYBA NOS TEMPOS DO CANGAÇO" do pesquisador e escritor Ruberval Sousa, através deste e-mail: 

franpelima@bol.com.br"

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LIVROS DO ESCRITOR GILMAR TEIXEIRA


Dia 27 de julho de 2015, na cidade de Piranhas, no Estado de Alagoas, no "CARIRI CANGAÇO PIRANHAS 2015", aconteceu o lançamento do mais novo livro do escritor e pesquisador do cangaço Gilmar Teixeira, com o título: "PIRANHAS NO TEMPO DO CANGAÇO". 

Para adquiri-lo entre em contato com o autor através deste e-mail: 
gilmar.ts@hotmail.com


SERVIÇO – Livro: Quem Matou Delmiro Gouveia?
Autor: Gilmar Teixeira
Edição do autor
152 págs.
Contato para aquisição

gilmar.ts@hotmail.com
Valor: R$ 30,00 + R$ 5,00 (Frete simples)
Total R$ 35,00

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SINOPSE DO ESPETÁCULO: MONÓLOGO DE UMA SOMBRA

Por Poeta Zé Ronaldo

O texto, pactua os conflitos de uma adolescente circundada por sombras diárias, por medos, enigmas e delírios poéticos na busca louca por sua própria descoberta. Uma sombra de apenas 14 anos perdida nas selvas cálidas e frias de um sistema manipulador que oprime e faz sofrer os que almejam alçar voos.


Baseado em fatos reais e enaltecido pela sonoridade de Rosa de Saron, Chorão e Ana Carolina, o espetáculo é uma costura hora poética, hora nostálgica, interpretado por uma sombra gritando suas dores sem se importar com o texto ou o contexto metafórico e enervante, sem aprisionar-se a normas, porém uma linguagem jovem que brota das entranhas da alma a esperança de se ver em meio à multidão.

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso.

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A MORTE DE MARIANO


Lá pelos idos de 1898, no município de Afogados da Ingazeira, PE, nasce o sertanejo Mariano Laurindo Granja.

No princípio do século seguinte, aí pelos anos 1924, passa a fazer parte da caterva de Lampião. Tornando-se o cangaceiro “Mariano”. Mesmo sendo conhecido como “Cabeção” pelos amigos, devido ao diâmetro de seu crânio, esse apelido não é destacado pelos pesquisadores do tema. São poucos aqueles que fizeram parte de algum grupo de cangaceiro e não adotasse, ou fosse colocada, uma alcunha, apelido, como ‘nome de guerra’.


Entra como participante do grupo, bando, do maior dos chefes cangaceiros existente no decorrer do Fenômeno Social, em sete dos nove Estados da Região Nordeste, Virgolino Ferreira da Silva, vulgo “Lampião”, ou “Capitão Lampião”.

Destaca-se por ter, durante o período em que esteve na ativa, participado de grandes embates ao lado do chefe mor dos cangaceiros.
Tinha a mania de dar palmadas com uma palmatória, peça de madeira inteiriça, de cabo longo e em uma das pontas uma circunferência mais ou menos do tamanho da palma da mão de uma pessoa, nas mãos de suas vítimas. Andava com a dita cuja, dependurada, fazendo parte dos seus objetos, digamos, pessoais.

Mariano Laurindo Granja

Ganha muita experiência por ter participado de vários combates dentro da caatinga braba. Quando Lampião foi a Juazeiro do Norte, Ceará, em 1926, para receber a patente de Capitão do Exército Patriótico, Mariano já estava junto a ele. Quando na segunda metade do ano de 1928, Lampião migra para fixar-se no Estado da Bahia, seu bando estava resumido a cinco ‘cabras’ mais o chefe, e o afogadense do Pajeú das Flores, era um deles. Foram estes, os cangaceiros, que atravessaram para margem direita do “velho Chico”: Lampião, Ponto Fino, Moderno, Luiz Pedro, Gorgulho e Mariano. 

Colorizada pelo professor e pesquisador do cangaço Rubens Antonio

Participou, pelo menos estava no bando, do massacre dos militares na cidade de Queimadas, BA; teve participação, também, no massacre do povoado de Mirandela, que, naquela época, pertencia ao município da Vila de Pombal, no Estado baiano. Foi participante do ataque que o bando fez a cidade de Aquibadã, no Sergipe, lá pelos idos de 1930. Em fim, foi um cangaceiro guerrilheiro e ativo.

Após ter um ‘balaio’ desses, Lampião consente que ele tenha seu próprio grupo. Passando a ser chefe de um dos subgrupos sob seu comando. Ele, após ter um chamego com a cangaceira Otília, toma como companheira a bela cangaceira Rosinha.

Em certa data, o tenente Zé Rufino, adentra cautelosamente no Raso da Catarina. Ele tinha recebido informações sobre um dos maiores coiteiros de Lampião naquela região. Cerca a casa do coiteiro e, após várias bordoadas na porta, gritos e ameaças, o coiteiro não coloca a cara da banda de fora, pois, tinha ido colocar uma volante sergipana numa ‘vereda’ errada. 

Tenente Zé Rufino

Esse coiteiro, o tenente Zé Rufino já sabia que ele tinha uma maneira de relatar uma mentira, dizendo onde o “capitão” estava, sem estar, tão convincente que muitas e muitas vezes, as volantes foram na sua conversa e terminavam ‘dando a viagem perdida’.

Com sua astúcia e tática, os estudos indicam o tenente Zé Rufino o mais cauteloso e astuto dos chefes de volantes, coloca dois homens na lateral da casa, monta acampamento dentro do curral do gado e, sem pestanejar, aguarda pacientemente o retorno do coiteiro...

No silêncio da madrugada, o silêncio se faz maior e tudo se escuta alto. E nada passa despercebido aos ouvidos do matador de cangaceiros e seus bravos guerreiros. 

Lá pelo cantar do galo, o dono da casa chega e é logo abordado e preso pelos homens do tenente e levado a sua presença.

Segundo alguns autores, o tenente tinha um ‘modos operante’ especial para fazer seus interrogatórios.

“(...)(o coiteiro) já o conhecia pelos pedaços de informações que os outros coiteiros lhe transmitiram. Mentir era inútil e tentar enganá-lo era perder tempo. Defrontaram-se, dentro daquele velho curral dois sertanejos formados na ciência dos subterfúgios, na arte das vinganças, no jogo psicológico dos truques entre a verdade e a mentira(...)”. (lampiãoaceso.com).

O tenente, raposa astuta, já foi direto, olhando dentro dos olhos do coiteiro. O coiteiro, também já de cangote “calejado” pela ‘canga’ da vida, encara o interpelador... Assim, começam um jogo muito arriscado para o interpelado.

“— Por que você guiou o sargento Odon Matias para a Barriguda, sabendo que os cangaceiros não estavam lá?

— Pra num sê morto pru eles, seu tenente.

— E onde estão os bandidos?

— Tão no Cangalêcho. O sinhô que quê eu vô li bota in riba dêles.”(blog Ct.).

O pernambucano José Osório de Farias, nesse momento parece refletir sobre a sujeição que passa esses pobres sertanejos. Se os cangaceiros os pegam delatando, são sangrados, se a volante descobre que mentiram, fazem o mesmo.

Após receber o local indicado pelo protetor de Lampião, o comandante resolve deixa-lo ali mesmo, e partir com sua tropa, rumo ao local indicado.

Para prosseguir nos rastros de um bando de cangaceiros, necessitava-se de paciência, astúcia, sabedoria, conhecimento da vegetação e da ‘capa’ primeira do solo sertanejo onde ficam os sinais contando sua história. Seguem devagar, mas, sem nunca pestanejarem em seu objetivo.

Depois de dias nessa busca, o tenente está de olhos pregados no chão em busca de sinais, quando, de repente, sente uma pequena pancada em suas costas. Trata-se de uma pedrinha atirada por um dos seus homens que, em seguida o mostra, através de gestos, o motivo. Vão aos poucos, aparecendo às cabanas, toldas, armadas pelos cangaceiros bem a sua frente.

Quando acampados estavam, e sentiam-se seguros, os cabras ‘passavam’ o tempo a jogarem cartas. Nesse dia, a ‘segurança’ que achavam ter ali, faz-lhes cometer um erro fatal, não deixando alguém de vigia, uma sentinela. E tão entretidos estavam que nada notaram. Principalmente Mariano, que sonhava de como seria o filho que se formava no ventre de sua amada, Rosinha. A morte fecha-se aos poucos em forma de um semicírculo, estilo ferradura, em sua volta, sedenta para ceifar vidas.

Mesmo assim, um dos cangaceiros, mais afastado estando dos outros, nota o movimento da força e abre a goela no meio-do-mundo.

Após o alarma do cangaceiro, dá-se início ao tiroteio, cerrado, brutal e cheio de xingamentos de ambos os lados. 

Naquele deserto, sem povoação por perto, os cantadores da mata são emudecidos pelo som dos disparos das armas de fogo e uma cortina de fumaça se alastra entre os combatentes, escondendo-os e, ao mesmo tempo, retirando a visão que tinham dos inimigos. Tombam de imediato, um cangaceiro, “Pavão”, e um coiteiro que estava a jogar cartas com os cabras, João Pão.

Mariano, Pai Veio e Pavão

Mariano encontra-se protegido por uma imburana, enquanto sua companheira está deitada no chão perto dele. Ele enfrente a volante com coragem e rapidez nos dispares, isso faz com que abre uma ‘brecha’ para seus companheiros, ou o restante deles, possam fugir. Dois cabos da volante, Miguel e Artur, se colocam nos flancos e a coisa começa a ficar preta para o lado do cabra do Pajeú. Artur consegue atingir a perna do cangaceiro. Sua companheira nesse momento levanta-se e corre para onde estão os outros cangaceiros. Conta o que se passa com seu amado e os companheiros voltam, pegam seu chefe e o carregam nos braços.

Mariano, experiente, sabia que sem ele poder movimentar-se na mata, seria apenas um peso e que, atrasaria a fuga, colocando seus homens, sua companheira e seu filho em perigo. Ordena para que o deixem e sigam na fuga. Os ‘cabras’ não o obedecem. Ele saca da pistola e diz se não obedecerem, os mataria. Eles, então, o deixam e levam, mesmo arrastando, sua companheira Rosinha, por ordem do chefe. 

A volante chega rápida e ele os enfrenta com a pistola até a última bala. Sem munição, o bravo cangaceiro atira sua arma descarregada no mato e espera seu destino final. Ele é inquirido para dizer quem seja. Nada diz. Bentivi, soldado da tropa de Zé Rufino, refere ao comandante que, pelo jeito trata-se de um grande cangaceiro, talvez Labareda ou Mariano.

Tempos atrás, o tenente Zé Rufino tinha entrado em combate com alguns cangaceiros e, nesse, tinha saído ferido, em uma das pernas, Mariano. O comandante ordena que rasguem a calça do prisioneiro. Após rasgarem a mesma, verificam que se trata do famoso e valente cangaceiro “Mariano”. Após sua identificação, Zé Rufino dá a ordem para a execução do mesmo, frisando para terem cuidado com a cabeça, pois precisaria da mesma.

Paulo de Tavina, soldado da volante de Zé Rufino, puxa da pistola e descarrega no corpo do prisioneiro. Mesmo recebendo os oitos projéteis, Mariano continua vivo. Bentivi, então, saca seu facão da bainha, o segura pelos cabelos e separa a cabeça do corpo.

Retornando ao local onde ficaram os dois corpos primeiros, é ordenado que decepem suas cabeças. Nesse momento escuta-se disparos não muito distante. O restante da tropa vai ver do que trata-se. Lá chegando, notam que é outro cangaceiro, que baleado, trava combate com os soldados, amparado por numa moita. Sua munição também acaba. A volante chega e o cerca, o soldado Alípio, dá o tiro de misericórdia. Após retirarem os espólios, a cabeça desse cangaceiro também é decepada pelos homens da volante. Trata-se do cangaceiro Pai Velho.

Segundo alguns autores, nos espólios de Mariano, Zé Rufino encontra um relógio de gibeira. Nele marcavam 10h10min do dia 10 de outubro de 1937.

PS// 1 - A data desse combate tem variadas citações, nas distintas obras de distintos autores como Alcino Alves Costa, Frederico Pernambucano de Melo, José Bezerra Lima Irmão, Frederico Bezerra Maciel, Iaperi Araújo entre outros. Os quais serviram de fonte para matéria.
2 - A captura da volante do tenente Zé Rufino foi colorizada, digitalmente, por nosso amigo, Professor Rubens Antonio.

https://www.facebook.com/groups/545584095605711/permalink/729352333895552/

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FREI DAMIÃO, O APÓSTOLO DO NORDESTE (PARTE I)

https://www.youtube.com/watch?v=maNK_x5A9rw


Publicado em 27 de mai de 2012
A história de Frei Damião de Bozzano.
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CURSO CANGAÇO NA BAHIA


 ACEFS - Feira de Santana, BA - 26 de novembro de 2016, 08h - 27 de novembro de 2016, 17h

Descrição do evento

O Cangaço na Bahia é tema de curso que será desenvolvido em Feira de Santana, nos dias 26 e 27 de novembro (final de semana), no auditório da Associação Comercial e Empresarial de Feira de Santana (ACEFS), localizada no bairro Kalilândia. As aulas, que serão ministradas pelo historiador e geólogo Rubens Antonio, acontecem das 8h às 17h, com carga horária de 15 horas. Conta com o apoio da ACEFS, Prefeitura Municipal de Feira de Santana, UNEB, UEFS, Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, Instituto Histórico e Geográfico de Feira de Santana e Quântica Eventos.

A proposta do encontro é conhecer mais sobre a História do Cangaço, um movimento que agitou o Nordeste, tendo por foco a Bahia. Será trabalhado o sabido e documentado de eventos como combates, abrangências e disposições que constituem, muitas vezes, pontos-de-partida para o verdadeiro entendimento enquanto fenômeno histórico. Serão abordados elementos em sua significação realista, bem afastada de mitificações.

Na oportunidade o público irá conferir algumas imagens da exposição “Pepitas de Fogo: O Cangaço e seu tempo colorizados”.  A mostra foi apresentada, pela primeira vez em Salvador, no mês de agosto, no museu Palacete das Artes (vinculado a Secult/Ipac). Consta de 40 a 50 imagens colorizadas e retificadas relacionadas ao momento do Cangaço. Refletem seu tempo de maneira ampla, sendo fruto de uma longa pesquisa de resgate das configurações e cores prováveis. Aparecem tanto aquela de cangaceiros, no seu dia-a-dia, quanto de aspectos de Salvador à época de evento.

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO:

26 de Novembro (Manhã)

Lucas da Feira; Bando do Tará; Bando do Brejo do Burgo; Cauassus;Fronteiras com Piauí e Goiás; Convênios

26 de Novembro (Tarde)

1924 a 1929: Cangaço em ascensão; Alvorada lampiônica; As primeiras notícias; O crescendo do temor; Reações pomposas e inúteis; A chegada efetiva; As primeiras sagas e tragédias;Perplexidades

27 de Novembro  (Manhã)

1929 a 1932: Cangaço tonitruante; O apogeu do Cangaço na Bahia; A melhor percepção; Menos perdas; Bandos, subgrupos e domínios; Início do contra-ataque; Violência de lado a lado

27 de Novembro (Tarde)

1933 a 1940: Derrocada do Cangaço; Grandes perdas; Marcando passo; Às portas do fim; Lá, apaga-se o Lampeão; Cá, apaga-e o Corisco; Olhando para frente; Mitificação; Olhando para trás

SOBRE O PALESTRANTE: Rubens Antonio da Silva Filho: Possui graduação em Geologia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (1078-1982), em Licenciatura e Bacharelado em História pela Universidade Federal da Bahia (1995-1999), tendo cursado também Artes Plásticas pela Universidade Federal da Bahia (1989-1993). Mestre em Geologia pela Universidade Federal da Bahia. E Servidor público, desde 1984, atuando como Geólogo do Museu Geológico do Estado da Bahia, vinculado  à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, respondendo por questões relacionadas à Minerologia, à Geologia, à Paleontologia e às Histórias Geológica e da Mineração. Autor de livros e mapas, Ministra cursos relacionados a Geologia, História Geológica, Artes, História, com ênfase para o Cangaço, e urbanização de Salvador, no Instituto Geográfico e Histórico da Bahia.

APOIO: ACEFS, Prefeitura Municipal de Feira de Santana, UNEB, UEFS, Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, Instituto Histórico e Geográfico de Feira de Santana e Quântica Eventos.

INSCRIÇÃO: 

Valor: R$ 60,00 (sessenta reais) – taxa única
Local de realização: ACESF - Associação Comercial e Empresarial de Feira de Santana
Largo São Francisco, 43, Kalilândia - CEP: 44.025-110
Mais informações: cangaconabahia@gmail.com
Sobre o produtor

QUÂNTICA EVENTOS

INFORMAÇÕES: 

https://www.sympla.com.br/curso--cangaco-na-bahia__94669

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DVD - "OS ÚLTIMOS CANGACEIROS"


DOCUMENTÁRIO "OS ÚLTIMOS CANGACEIROS" DE WOLNEY OLIVEIRA. 

Conta a saga de Moreno e Durvinha o último casal cangaceiro remanescente do bando do cangaceiro Lampião. 

PRONTA ENTREGA.

VALOR: R$ 50,00 + FRETE

Não tenho certeza, mas me parece que você irá adquirir este DVD com o professor Pereira, lá na cidade de Cajaeiras, no Estado da Paraíba. Se ele não tiver, com certeza indicará com quem você irá adquiri-lo. 

E-mail para contato: 
franpelima@bol.com.br

https://www.facebook.com/1703595283290002/photos/a.1703606163288914.1073741828.1703595283290002/1703711183278412/?type=3&theater

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CANUDOS NO JULGAMENTO DE PEDRO DE MORAIS

Por Jornal da Cidade.Net

Na verdade, a história se desdobra sobre a insanidade de conselheiro e a Guerra de Canudos, que no próximo dia 5 de outubro completa 119 anos que chegou ao fim.

Após cinco anos do lançamento de ‘Lampião – O Mata Sete’, que causou um grande rebuliço no mercado editorial, dividiu opiniões e ensejou um processo judicial por parte da família do ‘Rei do Cangaço’, o juiz Pedro de Morais anuncia a chegada do livro ‘Canudos, Eu Acuso’, em que desmistifica o peregrino Antônio Vicente Mendes Maciel, mais conhecido por Antônio Conselheiro. ‘Keep calm’, a sexualidade do líder messiânico do arraial de Canudos não foi abordada, sequer é citada. Na verdade, a história se desdobra sobre a insanidade de conselheiro e a Guerra de Canudos, que no próximo dia 5 de outubro completa 119 anos que chegou ao fim. 

“Por isso, diante do mês de outubro ser conhecido como o de aniversário da Guerra de Canudos, provavelmente lançarei o livro por esse período. No dia 14, haverá uma romaria na cidade e estarei por lá. A previsão é de que o livro seja lançado no final deste mês e no início do próximo. Neste segundo livro, eu conto a verdadeira história da Guerra de Canudos, desmistifiquei Lampião no primeiro e, agora, o conselheiro, só que este não era gay. Ele era sim um louco, fanático, um louco, violento, que permitiu a matança de mais 10 mil pessoas. Nem pregava o socialismo e nem quis restaurar a monarquia”, explicou. 

Num fictício júri, Pedro de Morais expõe o que ocorreu no sertão baiano nos idos anos 1896 e 1897, apresentando toda a história em diálogos instigadores. “Trabalhei como advogado de júri por muitos anos. Esse livro é um julgamento, em que ficticiamente um advogado vai fazer uma acusação, tudo é dialogo. Falo da verdadeira história da Guerra, pois todos contam ela com a deusificação de Antônio Conselheiro, eu mostro a realidade. Conselheiro era um louco, segundo Nina Rodrigues, a maior autoridade em psiquiatria no Brasil, na época. Eu trago à baila a verdade de um homem violento, louco, que enfrentou o Exército por puro fanatismo e que o Exército reagiu da maneira como tinha que agir. Ele era muito cênico, gostava de situações cênicas, teatrais”, revelou. 

Segundo o autor, Antônio Conselheiro é mais um integrante do grupo de personalidades que, segundo ele, não passam de mistificações. “Aleijadinho nunca existiu, mas falam dele como se ele tivesse existido. William Shakespeare também nunca existiu, Mahatma Gandhi era um pedófilo e homossexual. Eu vejo a história pelo outro ângulo e fui pesquisar sobre o Antônio Conselheiro, fiz 11 viagens a Canudos, visitei as operações de guerra. Todo fundamento eu faço a referência onde fui buscar o assunto”, destacou Pedro de Morais. 

E como não poderia deixar de ser, ele já ressalta as críticas recebidas por aqueles que se denominam como ‘Canudófilos’. “Alguns já vieram de Salvador dizendo que estou maculando a história de Canudos, dizem que não é um momento de lançar. E tem hora para fazer isso? Mas é a história. É uma expressão minha, que estava em mim”, afirmou. 

Um lamento 

Sob o título daquele que escreveu sobre a homossexualidade de Lampião, Pedro de Morais aponta que outros autores já haviam abordado a temática e entre críticas positivas e negativas, palestras e homenagens curiosas, revela que o maior lamento foi em relação à Vera Ferreira. “Eu só lamento a Vera ter se ofendido, nunca imaginei esse resultado. No mais, o mundo editorial do cangaço estava fechado, mas depois do meu livro surgiram três ou quatro publicações. José Bezerra Irmão escreveu a melhor obra sobre Lampião, e quando perguntaram a ele sobre o que eu tinha dito no Livro, ele respondeu que ‘realmente Pedro de Morais ouviu a história do Estácio Lima e escreveu sobre a homossexualidade de Lampião, mas eu não quis usar’. Ou seja, ele nem afirmou, mas também não negou, e sim mostrou que outras pessoas já tinham falado sobre isso. Não fui eu que criei, não! Eu me diverti horrores, fui uma vez homenageado, queimaram o livro na minha frente e ainda disseram que o gay era eu. Uma diversão”, disse. 

Vem mais 

Com apreço pelos temas regionais, o magistrado aposentado promete uma nova publicação com mais verdades sobre o Rio São Francisco. “Estou preparando um outro sobre um conjunto de fatos do Nordeste e sobre o Rio São Francisco, que é outra coisa que precisa ser levada a sério. Existe uma mentira sobre o rio muito grande. Quem for à Chesf vai ver que o rio, que o que existe é uma mentira muito grande. A história do Brasil deveria ser reestudada, uma reengenharia para mostrar aos brasileiros as verdades que não doem. Eu não tenho preguiça de pesquisar muito. Eu tenho o conhecimento de que se fizerem a revitalização de 1% do rio, ele inunda e acaba com as cidades ribeirinhas como Juazeiro, Petrolina. Isso porque a capacidade de Sobradinho é de 16 milhões de litros, se revitalizar, vai triplicar. Isso com dados da revitalização feita no Chapadão, em 1961, que jogava 500 mil litros e após revitalizar passou a mais de dois milhões. Daí tem-se uma ideia. Em breve, sai também esse livro”, garantiu.

Adendo - Comentários do Dr. Archimedes Marques

No livro LAMPIÃO O MATA SETE ele nada prova sobre a suposta homossexualidade de Lampião, portanto, como ele mesmo sabe O DITO E NÃO PROVADO É O NADA JURÍDICO... Ademais o livro dele é ruim em todos os aspectos, porque ele erra DATAS, LUGARES, NOMES DE PESSOAS, diz até que a fazenda Maranduba está localizada na Bahia, na Serra Negra, quando na verdade está em terras de Poço Redondo, por sinal, na época era comarca de Canindé do São Francisco (quando ele era juiz de lá), o que vem a provar que ele é UM PÉSSIMO PESQUISADOR... Por tudo isso é que escrevi o livro contestação LAMPIÃO CONTRA O MATA SETE, por sinal esgotado as 12.00 unidades, enquanto o livro dele AINDA ESTÁ BOIANDO NAS LIVRARIAS.


E Pedro de Morais diz na matéria que certa vez ele foi homenageado QUEIMARAM O LIVRO NA FRENTE DELE, E DISSERAM QUE O GAY ERA ELE... Diz ele que se divertiu horrores. EU HEIM!?

E disse Pedro de Morais na entrevista: Segundo o autor, Antônio Conselheiro é mais um integrante do grupo de personalidades que, segundo ele, não passam de mistificações. “-Aleijadinho nunca existiu, mas falam dele como se ele tivesse existido. William Shakespeare também nunca existiu, Mahatma Gandhi era um pedófilo e homossexual. Eu vejo a história pelo outro ângulo, e fui pesquisar sobre o Antônio Conselheiro, fiz 11 viagens a Canudos, visitei as operações de guerra. Todo fundamento eu faço a referência onde fui buscar o assunto”, destacou Pedro de Morais. 

O BOM É QUE A GENTE APRENDE COM ELE: eu mesmo não sabia que Aleijadinho e Willian Shakespeare NÃO EXISTIRAM... Será que as estátuas de Aleijadinho e as obras de Shakespeare também são fictícias?

E disse mais o Pedro de Morais na sua entrevista: "-No mais, o mundo editorial do cangaço estava fechado, mas depois do meu livro surgiram três ou quatro publicações. José Bezerra Lima Irmão escreveu a melhor obra sobre Lampião, e quando perguntaram a ele sobre o que eu tinha dito no Livro, ele respondeu que ‘realmente Pedro de Morais ouviu a história do Estácio Lima e escreveu sobre a homossexualidade de Lampião, mas eu não quis usar’." ...

Está vendo amigo Jose Bezerra Lima Irmão, você disse que ele ouviu a história de Estácio de Lima, e você não quis usar. É verdade isso, amigo Jose Bezerra Lima Irmão?

Adendo - http://blogdomendesemendes.blogspot.com

O blog do Mendes e Mendes não está botando lenha na fogueira, apenas registrando o que foi escrito no novo livro sobre Canudos, do juiz Pedro de Morais. 

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BOA PROCURA PELO NOSSO SERTÃO ANÁRQUICO DE LAMPIÃO NA FLIPIRI 2016


A escritora e editora Clara Arreguy, que é uma referência no setor livreiro hoje, quando teceu amáveis palavras de incentivo: "...Você brilhou, Luiz Serra!" Está vendendo livros como ninguém!… "Eu agradeço a Clara que sabe incentivar e apoiar, além de trabalhar com equipe"... Comentário de Luiz Serra...


Apoiadores do Espaço Cultural de Pirenópolis (e Tertúlia Pirenópolis) ofertaram um Estandarte da Flipiri ao escritor Luiz Serra (foto), pelo trabalho de pesquisa que se traduziu na receptividade e interesse pelo tema sertanejo histórico. 

Leidi Silveira, jornalista.

Reiterando que a equipe de escritores do Instituto Casa de Autores e da Outubro Edições, da Clara movimentaram a Feira do Livro de Pirenópolis, auditórios superlotados, belas palestras, e o programa de doações de livros às escolas públicas da cidade de ´grande significado humano e cultural... Igualmente aplausos às autoridades locais, e a Curadora escritora Íris Borges, da Arco-Íris por produzir projetos tão relevantes para o setor livreiro e educacional!... Uma referência de louvor!


Em que pese um ligeiro problema de saúde do genial Ziraldo, todos lembravam de seus livros e trabalhos com carinho!

Culminando no auditório com a apresentação tríplice do cronista Ignácio Loyola Brandão e do escritor e jornalista Maurício Melo Júnior e mediado pela escritora Íris Borges, um fecho bastante aplaudido nesta Feira do Livro de Pirenópolis – FLIPIRI – 2016.

Leidi Silveira

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