Por José Mendes Pereira
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domingo, 9 de abril de 2023
ACESSE O NOSSO BLOG.
O ANTIGO BECO DA TAMARINDA.
Por José Cícero
Em AURORA no passado este local da cidade era conhecido como o "Beco da Tamarinda". Localizado num dos cantos do chamado quadro da matriz, entre o antigo Beco e a igreja. Recentemente estas duas residências em sua entrada foram demolidas para dá lugar a dois prédios modernos, de andares. As duas foram edificadas provavelmente nos primórdios da década de vinte. Uma pena.
Aos poucos a cidade abre mão do seu rico patrimônio histórico e arquitetônico. Só restando a memória de como eram outrora nossos espaços urbanos. Um pouco mais a frente o velho sobrado de 1915, um casarão onde funcionou a farmácia do saudoso dr. Bastim, também teve o mesmo destino. Foi ao chão, recentemente. Decerto, uma paisagem que desaparece para sempre do nosso alcance visual. Eis a força do tempo e da modernidade.
Você ainda lembra pelos menos?
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NÃO MATEI A SAUDADE
Por Veridiano Dias Clemente
O TRISTE FIM DO CANGACEIRO CIRILO DE ENGRÁCIA. TEVE SUA CABEÇA DECAPITADA DOIS DIAS DEPOIS RECOLOCADA PARA A FOTOGRAFIA.
Por Guilherme Machado
Morto por civis, o cangaceiro Cirilo de Engrácia. A cabeça de Cirilo já havia sido decepada, foi recolocada para a foto.
A partir da esquerda José Ignácio, João
Henriques, Agripino Feitosa este era sub delegado, e Cícero Ribeiro. Data em 5
de agosto de 1934 em Mata grande Alagoas.
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ENTERRO DO TENENTE ZÉ DE RUFINA
Por Guilherme Machado
Amigo leitor, dê crédito ao Sandro Lee, caso necessite desta foto para os seus trabalho - ( A fotografia faz parte do acervo do historiador Sandro Lee, Paulo Afonso Ba). - José Mendes Pereira.
PELA PRIMEIRA VEZ NA INTERNET E
EXATAMENTE AQUI NO GRUPO SERTÃO CANGAÇO. A FOTO DO ENTERRO DO TENENTE ZÉ
RUFINO. EM PRIMEIRO PLANO, MORENO LUIZ RUFINO FILHO DE ZÉ RUFINO, DE GRAVATA
SEVERINO RAMOS, E O RASTREADOR BEM TE VI E A VIÚVA DO TENENTE DONA MARIA. A
FOTO FOI BATIDA NO DIA 20 DE FEVEREIRO DE 1969. NA CIDADE DE JEREMOABO BAHIA.
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AOS CUMPADI CACHACEIROS! NÃO HÁ NARIZ QUE SUPORTE UMA BUFA DE RESSACA
Glosa – Nivaldo CruzCredo
O HOMEM QUE FOI QUINTA- FEIRA DEPOIS DE TER PASSADO TERRÍVEL CASTIGO DA VOLANTE DO TENENTE JOSÉ JOAQUIM.
Acervo do pesquisador Guilherme Machado
Jorge Horácio
Vilar era o vaqueiro da Fazenda Ipoeira, (os moradores pronunciam Empoeiras)
propriedades de Santilio Malta, légua e meia ao leste de Canapi AL. Horácio era
considerado o melhor vaqueiro da região de Mata Grande. Sua casa ficava voltada
para o Serrote da Mina Grande. Certo dia aí pelo ano de 1934, Lampião pediu que
ele matasse um bode a fim de alimentar o bando que estava ali de passagem. A
polícia soube do fato pela boca de uma fuxiqueira chamada Ana Rosa, vizinha e
comadre de Jorge Horácio. Então ele foi acusado de coiteiro. Jorge foi levado
preso para Inhapi AL, pela volante do Tenente José Joaquim o preso foi
submetido a um suplício tão desumano, que as pessoas que moravam perto da
cadeia tiveram que fecharem as portas para não ouvir os gritos de sofrimento do
vaqueiro. Os soldados abusaram sexualmente de sua mulher e espancaram seu filho
com apenas 9 anos de idade. O vaqueiro levou tanta pancada que para trata lo
tiveram que rasgaram toda a sua roupa do corpo por conta dos inchaços. Horácio
passou 5 meses de cama quase morto. Quando melhorou colheu o que restou do
roçado, naquele inverno pós tudo em casa e disse a mulher! Dona Zefa Bela,
falou em tom Misterioso, Bela eu não vou comer nada disso... Vou fazer uma
viagem e não explicou para onde ia. Foi procurar Corisco e pediu que o
aceitassem em seu bando. Era uma quinta-feira por isto seu apelido de Quinta
Feira. Jorge Horácio tinha 43 anos de idade e toda a sua habilidade de vaqueiro
foi incorporada no ofício de Cangaceiro. Imagine que Jorge pegava um touro
pelos chifres sozinho e o amarrava deitando o touro e imobilizava as 4 patas do
bicho, imagina ele com um soldado de volante em mãos. Portanto o ex vaqueiro e
agora Cangaceiro era eficiente em tudo que fazia. Quinta Feira andou uns tempos
com Corisco, depois com Ângelo Roque, sua fama chegou aos ouvidos de Lampião
que o convidou para o seu grupo. Com a morte de Virgínio Quinta Feira assumiu o
seu lugar, como o terceiro homem da hierarquia do bando ficava abaixo somente
de Lampião e Luiz Pedro.
Da esquerda para a direita da foto. Vila Nova, ao fundo não identificado, Luiz Pedro, Amoroso, Lampião, Cacheado, Maria Bonita, Juriti, outro não identificado e por último Quinta Feira no estado maior do bando.
Fonte: do
Livro Lampião a Raposa das Caatingas. Autor: José Bezerra Lima Irmão.
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LAMPIÃO BOTA TODOS PARA DANÇAR PELADOS NO FORRÓ EM UMA FAZENDA NA ZONA RURAL DE JUAZEIRO NA BAHIA.
Acervo do pesquisador Guilherme Machado
(Todos dançam
Nu! a mando de Lampião! No Forró no Salitre Povoado de Juazeiro Bahia)
No ano de
1929, quando Lampião soube por um catingueiro, que nesse dia iria haver um
baita de um forró na Fazenda Jurema Preta, de Propriedade do Sr, Manuel de
Anja... Celebração do Casamento de sua filha; A notícia agradou Lampião, que
estava pela região e queria se divertir um pouco, coisa que não faziam a muito
tempo, por falta de oportunidade e opressão da força Policial do Nordeste...
Mandou avisar o dono da casa que iriam ao casamento com paz e muita alegria, e
que pusesse água no feijão para ele” Lampião e seus meninos, que queriam
brincar a noite inteira... O fazendeiro Mané de Anja, fingindo-se satisfeito
com a notícia agradou de sob modo a Lampião, e respondeu ao Capitão que era uma
honra recebe-lo com seu bando em sua casa e que o esperava. Mais sem perder
tempo, guardando reserva da notícia, enviou imediatamente uma carta ao Delegado
de Juazeiro, avisando da presença de Lampião e seu bando na festa, e pedindo
urgente providencia, e que a Polícia evitasse que ele e família passassem por
momentos vexaminosos... Mais o destino conspirava contra o velho fazendeiro, e
para a sua desgraça Lampião interceptou o mensageiro e lhe tomou a carta! Meio
desapontado com o comportamento do fazendeiro Mané de Anja, Lampião ficou
calado e se dirigiu com o bando para o local da festa! Chegando a Fazenda no
finalzinho da tarde, quando a festa já ia bem animada. Dividiu o seu pessoal e
dois grupos, ficando metade na malhada da Fazenda e a outra Parte com o
Capitão. A presença de Lampião foi um terror para os convidados que não o
esperavam, mais para o dono da casa era uma expectativa não menos perigosa,
pois até aquele momento não sabia se o mensageiro havia entregue ou não? E vez
por outra dava uma olhada na estrada, e nada? Lampião tranquilo animava a festa
fingindo a inexistência da carta, ao Delegado de Juazeiro... Lampião certo
estava de possuir a chave do enigma, nem por isso deixou de seguir os
movimentos do velho! Ao anoitecer quando o Forro estava no maior do seu auge,
Lampião subiu em uma cadeira e falou!!!
“Atenção
pessoal! Parou tudo!!! Instantaneamente o silencio tomou conta do lugar,
continua Lampião, Vocês vão conhecer agora quem é este véio safado! Traidor!
Que é o dona da casa, os convidados ficaram a se olharem entre se, atônitos e
preocupados com aquela Exclamação! De Lampião! Imobilizados aguardavam as
avalanches de violência por Lampião e seu grupo... Continua Lampião. Ele mandou
dizer que eu podia vim brincar com meus meninos, e tirando a carta do bolso,
disse este safado mandou para o Delegado para que tivesse tiroteio entre vocês
e meus meninos sem se preocupar com vocês” agora me digam isto é papel de
homem, me respondam gente” todos por uma só voz, não senhor Capitão... E continua
Lampião, então vocês vão escolher morrerem todos ou vamos todos dançarem nu,
que é para este valho descarado tomar vergonha na cara! Escolham! E o povo
escolheu a nudez sem depravação se algum gaiato ficar alterado será capado na
frente dos demais, que é para respeitarem as mulheres presente, assim falou
Lampião. Lá pelas altas madrugada depois de muitos bêbados homens e mulheres no
bacanal proporcionado por Lampião! Dois rapazes libidinosos e alterados foram
retirados da festa e capados por gente de Lampião. Amanheceu o dia e antes de
finalizar a esbornia de pelados Lampião deu ordem que capassem o velho
traidor...!!!
Fonte:
Derrocada do Cangaço, Felipe de Castro, 19 de Setembro 1977 Pàgina 167.
Observação a fotografia da festa é uma ilustração, não sendo da época do forró
do Salitre.
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MULHER A FÊMEA MAIS LINDA E FEITA DE UMA SÓ COSTELA
Por José G. Diniz
PASSOS
Por Hélio Xaxá
VISITANDO O TÚMULOS DOS CANGACEIRO SILA E ZÉ SERENO.
Por Geraldo Antônio De Souza Júnior
Em visita ao túmulo do casal cangaceiro Sila e Zé Sereno no Cemitério da Paz na cidade de São Paulo/SP.
CONTANDO HISTÓRIAS.
Por Rangel Alves da Costa
Não é fácil
escrever e descrever percursos históricos. Não é fácil contar histórias. Não é
fácil narrar fatos acontecidos nos tempos idos. Não é fácil ir buscar os
episódios, os grãos que depois de recolhidos formam uma só colheita de
informações. Não é fácil catar nas entranhas das memórias as revelações tão
necessárias ao conhecimento. E depois de tanto ouvir sobre o mesmo fato, ainda
assim precisar ouvir mais testemunhos ainda sobre o mesmo episódio. Eu faço
sempre assim nas pesquisas sobre o cangaço e sobre as sagas sertanejas. Repito:
não é fácil. Não é fácil enveredar pelos matos, caminhar debaixo do sol e da
chuva, abrir porteira atrás de porteira, repetir “oi de casa” como um eco já
impregnando na voz. Não é fácil vencer pontas de espinhos, mutucas, urtigas e
as surpresas surgidas nos tufos do mato e em meio a macambiras. Não é fácil ir
além, e muito mais além, perante cada situação encontrada. Ao invés do
contentamento com o encontrado, o trabalho maior surge no instante seguinte, a
partir de indagações: quando, por que, como, e muitas outras. Mesmo que a
pessoa já leva consigo o conhecimento, ainda assim impossível não se intrigar
com o encontrado. Ora, uma cruz do cangaço não é só uma cruz, pois possui todo
um contexto histórico de seu surgimento, causas e motivações. Um coito do
cangaço não é só um coito, um local de refúgio e repouso de cangaceiros, mas
uma moldura estratégica e geográfica que envolve muitas outras análises. Não,
realmente não é fácil testemunhar pelo olhar e tocar com as mãos o passado
ainda sangrando, pulsando, querendo levantar das sepulturas para contar as
“verdades verdadeiras”. De repente ouço e me espanto com as folhagens das catingueiras
se abrindo em frêmito. Ouço passos, ouço sons vindos das entranhas das matas.
Vozes inaudíveis, sussurros, bramidos. As aves carnicentas rondam pelos
arredores. Cangaceiros e volantes estão por perto. Um pipoco, um disparo bem ao
lado, um grito, um “corre, corre, fuja, fuja, ataca, ataca...”. Sangue
espalhado, gemidos de dor. A pólvora sufoca os espaços catingueirentos. Mas
como, se eles não estão mais ali, se as armas de guerra já se calaram? Nada
disso. Cangaceiros, soldados volantes, coiteiros e coronéis, todos continuam
vivos. E bem vivos. Por isso mesmo que tanto são procurados. E sempre são
achados nos confins dos sertões.
https://www.facebook.com/rangel.alvesdacosta
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PÁTRIA SEM PATRIOTISMO
Autor: José Di Rosa Maria