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quarta-feira, 16 de março de 2016

HOJE COMPLETO 53 ANOS. MAS QUEM DERA MAIS, MUITO MAIS!

Por Rangel Alves da Costa*

Nasci a 16 de março de 1963 e hoje, portanto, estou completando 53 anos de vida. Mas quem dera mais, muito mais... Quem dera mais viver, e viver mais dez, vinte, trinta, quarenta, cinquenta anos. Ou até quando a mão de Deus fechar de vez meu olhar.

São 53 anos de estrada, desde aquela primeira luz no berço interiorano, nas distâncias daquele Poço Redondo mais fraterno e singelo, ao passo de agora, dividido entre o asfalto da capital e o cheiro bom de mato e terra do meu sertão. Aquele menino de Peta e Alcino que cresceu e caminhou sem que seu coração saísse do mesmo lar. E também entristecido pelas molduras de adeuses nas paredes da memória.

Mas sou feliz, sou alegre, sou contente. Sou sertanejo orgulhoso e apaixonado pela minha raiz. Por onde ando levo no peito aquela paisagem de sol e de lua, de areia pela estrada e casebre adormecido. Aonde vou levo comigo o retrato do mandacaru, do xiquexique, da catingueira, do velame e da macambira. Onde estou me sinto na presença das águas do Velho Chico, nos arredores do Poço de Cima, caminhando pelo Alto de Tindinha e pelas ruas do Lídia, do São José e muito mais.

Por que amo meu Poço Redondo. E talvez neste amor a grande alegria da vida, o encorajamento para seguir em frente e sempre reencontrar minha porteira de regresso e paz. Só quem sente um amor assim pode compreender o significado de uma craibeira florida, de um mandacaru florescendo, de um avoante ao céu do entardecer sertanejo. Só quem sente um amor assim se sente ainda mais amante toda vez que cai pingo d’água, que os campos verdejam e a esperança faz remoçar a feição tão sofrida do humilde caboclo.

Nesta minha caminhada, cuja memória não apaga aquele ano de 74 quando tive de fincar na terra minha infância e seguir para a capital, restou a lição bem escrita. Eis que aprendi a jamais esquecer. E por não me esquecer da raiz e chão, também jamais deixei de ser sertanejo nos bancos universitários, nos grandes salões ou nos fóruns da vida. E esse orgulho me orgulha. Nunca fui outro Rangel senão aquele filho de Poço Redondo.

Parodiando Romaria, ainda me vejo na estrada como menino de sonho e do pó, no destino de um só, feito eu perdido em pensamentos sobre o meu cavalo, e de laço e de nó, de gibeira o jiló, cumprindo minha vida ao sol. Por que sou caipira de um sertão distante, sou de Nossa Senhora da Conceição de Poço Redondo, nunca esquecendo os seus filhos e sempre iluminando os trilhos a ser vencidos no trem de toda a vida...

A dádiva da fé e um amor de filho. Por isso sei o quanto o manto chama quando estou distante. Por isso sei o quanto a porta se abre quando me aproximo. Pois muito sei o quanto necessito retribuir o que me foi dado. E um filho que a casa retorna não pode deixar senão a porta aberta para que seus irmãos cheguem e compartilhem a vida. E quanto preciso ainda compartilhar com os meus irmãos de Poço Redondo e todo o sertão.

Por isso que comemoro hoje a nova idade que chega, mas imploro a Deus muito mais vida, muito mais viver, muito mais fazer, muito mais compartilhar. Preciso fazer o que não fiz ainda, preciso amar muito mais a quem apenas amei, preciso doar mais a quem precisa mais, preciso confessar a quem eu apenas disse, preciso olhar nos olhos e dizer palavras, preciso abraçar e sentir o coração.

Hoje completo 53 anos, mas quero chegar aos 63 com planos realizados e promessas de fazer mais. Quero chegar aos 73 colhendo dos frutos semeados e ainda com grãos para mais semear. Quero chegar aos 83 agradecendo por tudo e pedindo ao Senhor que a vida não se esvaia antes que eu possa colher a flor que se esconde no jardim da mais distante velhice.

E em qualquer idade daqui em diante, chegar a uma igreja onde Padre Mário estiver e em silêncio dizer: “Como eu não sei rezar, só queria mostrar meu olhar, meu olhar, meu olhar...”.

Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com

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SENHOR NELSON DA BARRINHA


"Senhor Nelson da Barrinha" mora aqui em Belém do São Francisco em Pernambuco, com 97 anos e tem uma boa saúde.

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Lampião matou seus dois irmãos mais velhos, Francisco e José, por conta das construções nas estradas no sertão baiano.


Senhor Nelson morava na Fazenda Serrote Fechado, município de Curaçá no Estado da Bahia. 

Lampião teve informação que os dois irmãos dele, tinha trabalhado na estrada do sertão baiano, e foi lá na fazenda e matou os dois. O senhor Nelson tinha 12 anos quando o crime aconteceu no final do ano de 1929. 

A família veio morar no município de Salgueiro, na Fazenda Barra do coronel Pedro da Luz, daí o apelido " Nelson da barrinha".

Fonte: facebook
Página: Antonio Oliveira e Rei Dos Cangaceiros
Link: https://www.facebook.com/profile.php?id=100011337136149

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ALCINO ALVES COSTA RESPONDEU

Aderbal Nogueira, Dr. Leandro, Antonio Amaury, Paulo Britto e Alcino Alves Costa

Quem teria sido realmente o grande herói de Angico?

 
O tenente João Bezerra? 


O aspirante Ferreira de Melo? 


O soldado Antônio Jacó, conhecido por Mané Véio?

Para o Caipira de Poço Redondo, pesquisador e escritor, Alcino Alves Costa (in memoriam), o grande herói de Angico "foi mesmo Virgulino Ferreira da Silva, 

Lampião e o cangaceiro Azulão

que ha 72 anos atras armou esse labirinto que é Angico e que até os dias de hoje não conseguimos sair dele...vocês podem até achar que é uma bobagem o que eu digo, mas velho acaba ficando mesmo meio bobo e abestalhado, rsrsrs".

Alcino Alves Costa - Patrono do Conselho Consultivo do Cariri Cangaço.
www.cariricangaco.com

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VOLANTES CAÇADORAS DE CANGACEIROS X PM ATUAL - COMPARATIVO


A aqueles que lerem esse artigo, quero dizer que tanto os cangaceiros do passado quanto os bandidos atuais, foram e são pessoas violentas e que não se pode combate-los com palavras e sim com a força da lei, usando para isso de armas letais.

Quero aqui fazer um comparativo, do comportamento de pessoas dentro das comunidades, nos tempos dos cangaceiros e comunidades atuais, em relação às forças públicas que combatem o banditismo.

Não critico. Apenas avalio o comportamento daqueles que se encontraram e se encontram espremidos entre essas duas forças.

As Volantes eram grupos de soldados ou contratados que percorriam as caatingas em busca de grupos de cangaceiros. Alguns ficaram famosos por sua perversidade contra civis.

Dentre as Volantes famosas temos a do mais perigoso e valente matador de cangaceiros, Zé Rufino.
Pertences e cabeças dos cangaceiros Mariano, Pai Veio e Zeppelin, mortos em combate no local chamado Cangaleixo (SE), pela volante Baiana de José Rufino, em 1936.

ADENDO - http://blogdomendesemendes.blogspot.com

"Nobre pesquisador Raul Meneleu Nascarenhas, sei que o senhor é compreensível e sabe bem que eu não estou com intensões de críticas, apenas repassando informações que recebi de um dos grandes pesquisadores e colecionadores Dr. Ivanildo Alves da Silveira, sobre a foto apresentada, e está  legendada como sendo o da direita o cangaceiro Zeppelin. 

Realmente a foto acima indica que o primeiro da direita é o cangaceiro Zeppelin, mas na verdade, quem foi assassinado neste dia com os demais foi o cangaceiro Pavão. No dia 10 de Outubro de 1936, morreram em combates: Pavão, Pai Velho, Mariano-esposo de Rosinha, todos, cangaceiros de Lampião. Ver neste site -Fonte: http://lampiaoaceso.blogspot.com.br/2010/02/terrivel-morte-do-cangaceiro-mariano.html.

O cangaceiro Zeppelin foi assassinado em data diferente, no dia 22 de Abril de 1937, na fazenda Arara, Porto da folha, no Estado de  Sergipe, pelas armas do tenente José Rufino. Ver informação neste site: - Fonte: - http://www.conexaopenedo.com.br

Rubinho Lima e Ivanildo Alves da Silveira

Segundo o pesquisador e colecionador do cangaço Dr. Ivanildo Alves da Silveira informou-me através de um e-mail, e comprovado pelo blog do Kiko Monteiro, http://lampiaoaceso.blogspot.com, que no último Seminário Cariri Cangaço (possivelmente 2009) a maioria dos pesquisadores presentes, analisando fatos posteriores concordou que esse último seria o cangaceiro "Pavão" e não Zeppelin, como identificado na legenda. Atualizada em 07 de Outubro de 2010".

Força volante de Alagoas, comandada pelo sargento Aniceto, trazendo como troféu a cabeça do cangaceiro Pontaria. Alagoas/1938. As volantes usavam trajes semelhantes ao dos cangaceiros.
 
Meninos de 15 e 16 anos faziam parte da volante conhecida como Nazarenos. Eram chamados assim por morarem na Vila de Nazaré (PE). Maiores perseguidores do bando de Lampião.

A mistura entre bandidos e soldados era e ainda é muito grande na cultura popular, o que pode explicar pelo fato de que bandidos e soldados são, ambos, indivíduos deslocados. Esse deslocamento os levam a pertencer simultaneamente a diferentes grupos, cujas relações foram historicamente marcadas pela dominação de um sobre o outro. 

Assistimos, então, a uma "guerra de lugares", sobretudo em tempo de seca e miséria, quando os soldados ganhavam mais ao se tornarem cangaceiros que ao continuarem policiais. Conhecendo o ódio e o desprezo que os sertanejos alimentam contra a polícia, em particular, e contra as "autoridades", em geral, essa mutação social era carregada de conseqüências e, em relação à população, não era neutra nem inocente.

Um dos exemplos mais demonstrativos é o de Jararaca, ex-policial que se tornou cangaceiro: "Vira-folhas. Houve soldados que se fizeram cangaceiros, como Vicente José dos Santos; e cangaceiros que se fizeram soldados, como Quelé".

Existe uma grande diferença entre a violência e a crueldade de uns e de outros, disse uma testemunha dessas atrocidade. "Os cangaceiros, sempre em movimento, matavam rapidamente suas vitimas; já os macacos, protegidos na cadeia ou nas cidades... que Deus os perdoe!... tinham o tempo de fazer durar o sofrimento!".

A história da cangaceira Otília, contada por ela e por Dadá, como também por Amaury Corrêa de Araújo, foi confirmada pelo vaqueiro Seca do Brejo, na Missa do Vaqueiro (Serrita, PE), em julho de 1989.

A cangaceira Otília, presa em Jeremoabo, na Bahia, foi estuprada durante muitas semanas. Otília, a companheira de Mariano, "quando ficou presa em Jeremoabo, era retirada à noite da cadeia e tinha que 'servir' aos companheiros dos seus raptores"; lá pela madrugada, após terem batido e humilhado a pobre coitada, os macacos jogavam a cangaceira na sela, abandonando-a no chão, como um bicho espantado.

O destino das cangaceiras capturadas era pior que o das vítimas dos cangaceiros. A polícia, ao contrário dos cangaceiros, "não respeitava nem mesmo os cadáveres" - (Daniel Lins, Lampião: o homem que amava as mulheres).



Muitos são os casos de atrocidades perpetradas pelos comandantes e seus soldados, em busca de obterem informações dos cangaceiros. Basta dizer que usavam do artificio da tortura e foi nos últimos momentos de Lampião que essa tortura foi utilizada quando foram arrancadas unhas do coiteiro Pedro de Cândido. (Alcino Alves - Lampião Além da Versão)


Muitos e muitos casos de perversidade poderiam aqui ser citados. Isso fazia que a população sertaneja, vivesse amedrontada com as forças policiais as quais os cangaceiros apelidaram de "macacos" e só mantivesse respeito por eles na presença ameaçadora das armas. Preferiam muitas vezes ter tratos com os cangaceiros.

Nesses tempos atuais, acontece no seio da população o mesmo receio pela Polícia Militar, pois abaixo como veremos, os motivos são os mesmos: Violência, falta de respeito pela própria lei que representam e corrupção. Vejamos em artigos de meios noticiosos e como exemplo, a PM do Rio de Janeiro, cujos links direcionam para tais:


POLÍCIA ATUAL

Dois terços da população tem medo de sofrer agressão da PM - Levantamento do Fórum de Segurança Pública ouviu 1,3 mil pessoas em cidades com mais de 100 mil habitantes, conforme reportagem da Gazeta do Povo a respeito do texto publicado na edição impressa de 01 de agosto de 2015.

Quase dois terços dos moradores de cidades com mais de 100 mil habitantes têm medo de sofrer agressão da Polícia Militar, segundo pesquisa encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública ao Datafolha.

Levantamento semelhante realizado pelo mesmo instituto, em 2012, revelava que 48% dos entrevistados tinham esse temor, percentual que cresceu para 62% na nova pesquisa. Foram ouvidas 1,3 mil pessoas em 84 municípios brasileiros. A margem de erro é de três pontos percentuais.

Jovens, pobres, negros e moradores do Nordeste formam o perfil daqueles que mais têm medo da PM. O levantamento apontou, ainda, que 81% dos entrevistados temem ser assassinados. É um índice maior do que o registrado em 2012, quando 65% relataram o temor de serem mortos.

POLÍCIA MILITAR DO RIO DE JANEIRO

Malvistos pela população e caçados pelos criminosos, os policiais militares do Rio de Janeiro estão abalados como soldados em guerras e mais suscetíveis a cometer erros fatais. Esse é um artigo de HUDSON CORREA E RAPHAEL GOMIDE em 04/02/2016 na revista semanal ÉPOCA.

Só no primeiro semestre de 2015, policiais das UPPs do Complexo do Alemão e da Penha estiveram envolvidos em 260 tiroteios, mais de um por dia. Na favela Nova Brasília, o clima entre policiais e moradores é de animosidade. A polícia é tratada como mais um inimigo, não um aliado.

É comum entre os PMs a percepção de que a população sente medo, repulsa e até certo desprezo por eles, como mostra a pesquisa UPPs: o que pensam os policiais, feita recentemente pelo Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Cândido Mendes. Para a maioria dos policiais entrevistados, os sentimentos dos moradores em relação a eles são de ódio, raiva, aversão, desconfiança, resistência e medo.

Barbaridades cometidas por alguns PMs ao longo dos anos, como tortura, agressões, execuções de inocentes e fraudes para camuflar assassinatos a sangue-frio, criaram essa rejeição em parte da população. Para ficar em um exemplo rumoroso, desde julho de 2013 não se sabe o que aconteceu ao pedreiro Amarildo, que desapareceu depois de ser levado para a sede da UPP da Rocinha. Vinte e cinco policiais da unidade são acusados de participar da tortura, morte e do sumiço do corpo.

PM do Rio precisa ser pacificada, diz promotor

Para Paulo Roberto Cunha, da Auditoria Militar, polícia deve ter mais mecanismos de controle, treinamento e fiscalização.

“A questão fundamental é o controle da atividade policial com devido treinamento, a fiscalização do Ministério Público e a atuação do Poder Judiciário”, disse o promotor de Justiça da Auditoria Militar Paulo Roberto Cunha Júnior. Ao lado da juíza estadual Patrícia Acioli, Cunha investigou dezenas de homicídios cometidos por policiais militares em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. Em represália às investigações, em agosto de 2011, dois policiais militares assassinaram a juíza na porta de casa, com 21 tiros. Segundo o promotor, o Estado falha em treinar bem policiais e coibir os abusos da PM que vêm à tona desde a década de 90. “Não se pode falar verdadeiramente em segurança pública, se a própria polícia incide na prática de crimes gravíssimos”, disse.

Instrutores do curso de formação preparam os alunos para o pior em termos de autoestima. “Ninguém gosta de você, só seu cachorro!”, diz o instrutor, aos gritos. “A cidade vai odiar você: o porteiro te dá café, a moradora oferece um lanche à tarde, mas todo mundo te odeia, só dá porque você está de farda.” Em vez de aprender o convívio com a sociedade, o policial sai preparado para o confronto. “A PM não é feita para matar, não deve matar, a não ser em absoluta defesa pessoal ou de terceiros”, diz o coronel Robson Rodrigues, até dezembro chefe do Estado-Maior da corporação. “Mas morremos muito e matamos muito.” O Brasil é um dos países com o maior número de policiais mortos em confronto. Em 2014, último ano disponível na estatística, 352 policiais foram mortos no país – só para comparar, foram 96 nos Estados Unidos e apenas oito no Reino Unido. Segundo um levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Rio de Janeiro  é o Estado com o maior número de policiais assassinados em confrontos, com 93 em 2013 e 95 em 2014.

Dessa forma vemos que a questão de conduta de determinados policiais não mudou muito daqueles do tempo do cangaço, a não ser em armamentos mais modernos. Sabemos que a sociedade necessita e muito, ter forças de repressão ao banditismo. Aqui cabe a máxima: é preferível ter que não ter.

Acontece que os governos atuais, mesmo preocupados com a violência, não investem em muitos recursos para a formação policial no trato com as comunidades.

Nessa reportagem da Revista Época, vemos uma policial, a Capitã Bianca, que perdeu o marido, também policial, o capitão da PM Uanderson Silva, que foi morto aos 34 anos durante um confronto com traficantes no Complexo do Alemão, tentar investir no social e vir a sentir o clima entre policiais e moradores, que é de animosidade.

A polícia é tratada como mais um inimigo, não um aliado. Para amainar a situação, no passado a Capitã Bianca considerou criar um programa de distribuição de presentes no Dia das Crianças. Mas o projeto minguou, segundo ela, pela resistência da população local. “Sentia o medo das crianças em falar comigo”, diz. “Elas crescem com a visão de que o policial é violento.”

Dessas considerações vemos que os policiais vivem em uma fronteira de violência, e em osmose absorvem a tal.

Quando teremos uma polícia eficiente no trato com os cidadãos em usar a mão pesada da lei, obedecendo a essa com justiça?

Respondo: Quando mudarmos a formação dos programas preparatórios e darmos condições psicológicas, sociais e materiais àqueles que vestem uma farda, ou não, para proteger os cidadãos e ter respeito por eles.

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O ANIVERSARIANTE DE HOJE: MARCOS DAMASCENO E O CARIRI CANGAÇO:

Por Marcos Damasceno

"Converso sempre com amigos pesquisadores e professores, enfim, e avaliamos a importância do Cariri Cangaço para a pesquisa e o debate da história do Cangaço e outras histórias relacionadas. Aprendemos muito com esse trabalho popular-acadêmico-cultural, que sabe somar o academicismo com o conhecimento popular. Este projeto salva o passado e garante o futuro. Conhecemos melhor o passado e suas verdades, e deixamos isso registrado para a História. 

Também, temos a certeza de que as futuras gerações terão registros como subsídios de pesquisa e em mão grandes obras históricas. Não se pode reconhecer este trabalho, sem lhe reconhecer a representação histórico-cultural, a contribuição, o legado. Somos todos bebedores desta fonte de conhecimento, e admiradores desta causa nobre. A missão de amigos, de grande relevância para a nossa região e para nossa sociedade. Abraço! Que Deus esteja sempre convosco, hoje e sempre!

Cariri Cangaço é uma missão. Missão é missão! Sempre difícil, desafiadora. Mas toda missão (de grandeza) constrói história de referência e deixa legado. O Cariri Cangaço é uma missão de amigos. Missionários, que enfrentam desafios e mostram (e provam) um amor telúrico sem igual. Visionários, salvando (e salvaguardando) o passado e garantindo o futuro dessa história. Avante!"

Marcos Damasceno - Pesquisador e escritor, Teresina-PI
Feliz aniversário Marcão e nos encontramos em Floresta.

Fonte: facebook

Link: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=449295578607334&set=a.112850422251853.1073741828.100005806873140&type=3&theater

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LEMBRETE

Por Benedito Vasconcelos Mendes

ATENÇÃO, não esqueça de me fazer feliz sexta-feira. Meu discurso de Elogio ao Patrono da ACJUS será às 19:30 horas da próxima sexta-feira, 18-3-2016, na OAB-Mossoró. Venha me dar um abraço.

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VIRGULINO E O VALENTE CASSIMIRO HONÓRIO:


Estando Virgulino e sua família morando em Poço do Negro, próximo à Nazaré do Pico, no início de dezembro, num dia de feira, numa quarta feira, Virgulino e seu irmão Antonio Ferreira foram avisados que Zé Nogueira estava no povoado com dois cabras. Virgulino e Antonio foram atrás do seu inimigo que ali estava, descumprindo o acordo de não pisar os pés em Nazaré. Teve um rápido tiroteio e Zé Nogueira e os cabras, entraram dentro de uma casa siando pelos fundos. 

Os moradores de Nazaré reprovaram a atitude dos Ferreiras, pois já tinha tido um tiroteio no Poço do Negro com Zé Saturnino e seus cabras. E agora outro em pleno ´povoado. 

Manoel Jurubeba e João Flor foram conversar com José Ferreira, e José garantiu que os filhos não repetiria aquilo. Manoel e João Flor exigiram que os Ferreiras não entravam mais no povoado armados. 

um dia Praxedes Pereira, irmão de Sinhô Pereira esteve no povoado (nessa época, estava no auge a questão Pereira e Carvalho). Na saída de Praxedes, chegou Cindário das Piranhas, com seus homens (Cindário dos carvalhos), à procura de Praxedes. Enfurecido, ameaçou todos de Nazaré, e disse que Nazaré era coito de bandidos. 

Antonio Gomes Jurubeba e João Lopes de Souza Ferraz, irmão do professor Domingos Floriano, foram em Floresta e relataram o acontecido ao poderoso chefe político de Floresta, antônio Serafim de Souza Ferraz (conhecido por Antonio Boiadeiro). Foi enviado para Nazaré quatro soldados comandados pelo civil Américo Leite, cunhado do comandante Theófanes Torres, para manter a ordem no povoado. 

Na quarta-feira seguinte, dia de feira, Virgulino, Levino e seu cunhado Luiz Marinho foram à feira. Levino foi na frente, uns feirantes foram assaltados na estrada, por três irmãos que agiam sozinhos, os irmãos Beneditos, (Olímpio, Manoel e José, eram cabras de Zé Saturnino, se desentenderam e viviam roubando). Já havia saído boatos em Nazaré que eram os Ferreiras por ser três. Quando Virgulino, Antonio e Luiz chegaram em Nazaré, foram recebidos a tiros. 

Américo Leite junto com os soldados juntaram-se aos nazarenos. Levino juntou-se com os nazarenos, pensando ser um ataque do bando do Sinhô Pereira. Quando Levino viu que era os irmãos, foi se juntar a eles. Levino foi baleado no ombro, Virgulino e os demais fugiram. Levino se escondeu na casa de Chico Euzébio. Foi encontrado pelos nazarenos, que quiseram sangrá-lo, mais João Flor não aceitou, mandando lhe darem uma boa pisa de chibata. Depois foi levado para Floresta, preso. 

O pai José Ferreira selou o burro e foi à Floresta, falar com o chefe político Antonio Boiadeiro, e o mesmo disse que mandaria soltar Levino, mas os Ferreiras teriam que ir embora de Nazaré. 

José Ferreira não vendo outro jeito, prometeu que iria embora de Nazaré. (o problema era saber pra onde iria, e com qual recurso, pois tinha recebido uma pequena quantia da venda do sítio Passagem das Pedras, e vendeu boa parte do gado, para compra do Poço do Negro).

E para completar sua esposa estava doente, assustada com o tiroteio que teve no Poço do Negro, quando Zé Saturnino tinha ido cercar a casa e tiroteio na rua de Nazaré, Zé Ferreira mudou-se para alagoas. Tudo estava dando certo. Mas Zé Saturnino mandou cartas para as autoridades de Alagoas, para não aceitar os Ferreiras, pois eram ladrões. 

O coronel chefe político que os recebeu em Alagoas, disse que não aceitavam eles lá. O coronel Ulisses Luna, não deu muita atenção a carta, mas a baronesa de Água Branca-AL, protestou e pediu providências. Quando os Ferreiras souberam que as autoridades de Água Branca, estavam de olhos neles, como ladrões, ficaram enfurecidos, e só falavam em uma coisa, "vingar-se de Zé Saturnino". Juntaram-se com Antonio Matilde, e com uns cabras, rumaram para Pernambuco, chegando na Vila de São Francisco, distrito de Vila Bela (hoje Serra Talhada-PE). 

Sinhô Pereira

Lá, procuraram Sinhô Pereira, líder nas questões Pereira e Carvalho. Sinhô Pereira arrumou uns homens, no total de 11 homens.

Naquele dia 15 de setembro de 1920, Virgulino e os irmãos partiram para sua vingança, indo para Serra Vermelha, mataram gado, botaram fogo em várias casas de fazendas e derrubaram cercas. Foram arrasadas as fazendas Serra Vermelha de João Nogueira, Fazenda Mutuca de Venâncio Nogueira e a pedreira de Zé Saturnino. 

João Nogueira escondido no mato via sua fazenda se acabando no fogo, chorava que só criança. Zé Saturnino valente e destemido, conseguiu tirar umas 200 cabeças de gados, e as levou para região de Custódia-PE, andou toda noite. Seguiu para a região de Betânia-PE, para a Fazenda Riacho do Meio na Baixa do Juá, pedir ajuda ao seu temido tio Cassimiro Honorino. 


Chegando na hora do almoço, seu tio sentado à mesa, ouviu toda história do sobrinho, levantou-se sem almoçar, reuniu seus homens, num total de 18 cabras e disse: 

- Vou até o Pajeú, quero ensinar a meu sobrinho brigar e matar gente. 

Cassimiro só lamentava brigar com seu parente e tão leal amigo de velhos tempos, Antonio Matilde. 

Quando chegaram na fazenda Lagoa da Laje, ouviram os tiros, eram os Ferreiras, Antonio Matilde e os cabras, matando o gado. 

Cassimiro preparou uma tocaia, pois os cabras passariam por ali. Vinha logo em seguida dois cabras, Higino, sobrinho de Antonio Matilde que tombou morto e José Benedito que saiu baleado. 

Antonio Matilde viu os tiros e percebeu que não era os tiros matando o gado. Correu para lá com os cabras, travaram um tremendo tiroteio. 

Antonio Matilde que vinha na frente, levou um tiro no quadril direito. Virgulino assumiu o comando. Antonio Matilde perdendo muito sangue, foi levado para a fazenda Poço de Dentro, do fazendeiro Manoel Ferreira filho. Um curandeiro extraiu a bala. De lá, foi transferido para a Fazenda Carnaúba do poderoso, Né Pereira, o famoso Né da Carnaúba. 

Os cabras de Sinhô Pereira voltaram para São Francisco. Os outros para Alagoas. Virgulino e Baliza ficaram cuidando de Antonio Matilde. 

Cassimiro ficou muito abatido, quando soube do ferimento do primo, fez o que era preciso, não conseguia afastar o remorso de ter ferido um cabra que foi um dos melhores e leal amigo. 

Uma semana depois do tiroteio da Fazenda Lagoa da Laje, Cassimiro, na sua fazenda, levantou-se cedinho, tomou um café puro, selou seu cavalo, como de costume, e fio dar umas voltas na sua propriedade. Ao chegar no Riacho do Navio, sentiu-se mal, nem teve tempo de desmontar, um ataque cardíaco o derrubou do cavalo. Encontraram-no ainda vivo. levaram para casa grande da fazenda, e lá morreu. foi enterrado na fazenda Poço Cercado. Hoje o local está coberto pelo açude Barra do Juá.

Fonte: facebook
Página:  Rei Dos Cangaceiros
link: https://www.facebook.com/profile.php?id=100011331848533

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EDITORA OXENTE
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AS CRUZES DO CANGAÇO - OS FATOS E PERSONAGENS DE FLORESTA. LANÇAMENTO NO CARIRI CANGAÇO EM FLORESTA NO DIA DA ABERTURA DO EVENTO, 26/05/2016.

Por Marcos De Carmelita Carmelita

Meu grande amigo SIMÂO MACÁRIO guarda na sua memória notável a história do seu pai, MACÁRIO GOMES DE SÁ. No ano de 1928, Lampião atravessa para a Bahia e novamente retorna para Pernambucano em 1930. O Rei do Cangaço tinha um acerto de contas com o rico fazendeiro, Macário da fazenda Gravatá. Todos os segredos no livro que já desperta a curiosidade de pesquisadores e escritores de todo o Brasil. Uma parceria com Cristiano Ferraz. Esse é o nosso trunfo, o nosso segredo. Escrever a história contada por eles, os guardiões da história de Floresta, com todos os detalhes minuciosos e as falas dos personagens. São dezenas de nomes de pessoas ainda desconhecidas na literatura cangaceira. Buscamos os familiares de cada vítima que foi assassinada na Tapera dos Gilos, dos almocreves que ficaram presos na estrada naquele fatídico dia 28/08/1926, sábado na Tapera. A filha do Caboclo Garapu (totalmente lúcida aos 95 anos) que assistiu a morte do pai e dos cangaceiros Zé Marinheiro e Sabiá; Véio de Zé de Anjo (aos 92 anos) que teve um filho com Luciana Generosa de Barros (Lulu) que estava dentro da casa dos Gilos no dia do ataque de Horácio e Lampião. Lulu (tinha mais de vinte anos na época) também perdeu seu pai nesse massacre. Cassimiro Gilo não estava no Ceará e sim com o pai de Véio. Os filhos do terrível cangaceiro de Lampião, Ubaldo Pereira Nunes, o Moita Braba, que inclusive após o cangaço comercializou bananas em Floresta. O filho, a nora e a neta de Dona Lió (noiva na época do Aspençada Sinhozinho e que estava dançando com ele , quando o comandante o intimou para ir ao encontro de Zé Marinheiro e Sabiá que resultou na morte dos três).

O filho de Totoinho Yoyô e neto de Yoyô da fazenda Tigre, local onde Lampião foi baleado gravemente (chegando a desmaiar) em 17/09/1926, vinte dias após a Chacina dos Gilos da Tapera. O filho de Alcides Carvalho (cuidou dos cangaceiros baleados na Chacina da Tapera dos Gilos). Zuca( aos 94 anos) que estava com Américo Cirilo no dia que ele foi morto pelo cangaceiro Moreno, juntamente com Manoel Caetano. A filha de Zelfa ( tinha mais de vinte anos na época e estava na casa no ataque de Moreno a Fazenda Barra da Forquilha). Eulilia que estava na casa no dia que Moreno raptou duas crianças, dois dias após assassinar Américo de Cirilo e Manoel Caetano na Varjota. E por vai. Um livro escrito com PESQUISA e sem achismos ou de ouvir dizer. Essa é a diferença que nascerá ainda essa semana, um trabalho sério e com respeito aos leitores . Um grande abraço e sejam bem-vindos ao maior Cariri Cangaço de todos os tempos.

Fonte: facebook
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DIVULGANDO O LIVRO A RAPOSA DAS CAATINGAS DE JOSÉ BEZERRA LIMA IRMÃO

Por Martha Menezes e José Mosh Melo

Divulgando o livro: Lampião a Raposa das Caatingas, do escritor José Bezerra Lima Irmão. O mais completo livro sobre o Tema Cangaço escrito até hoje, um verdadeiro Dicionário!!

Que todos os estudiosos, pesquisadores, historiadores e familiares de ex-cangaceiros e ex-volantes possam aprender com esse grande e completo estudo!!

Divulguem, para que todos leiam!!


José Bezerra Lima Irmão Amiga Susi Ribeiro, como você já mostrou em sua página a dedicatória que pus no livro que lhe enviei, de minha autoria - Lampião - a Raposa das Caatingas -, vou reproduzi-la para que todos os nossos amigos saibam quanto você é importante em toda essa história envolvendo a saga do cangaço. Escrevi a seguinte dedicatória:


"Amiga Susi Ribeiro, você é nora do lendário Zé Sereno, da família dos Engrácia. Os Engrácia não eram nem anjos, nem demônios, eram sertanejos, brasileiros como eu, como você, e sua saga deve ser contada com respeito. Foi o que eu fiz, em vários capítulos desta obra. Um forte abraço, amiga". Por favor, Susi, divulgue o meu livro entre os seus amigos.

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Fonte: facebook
Página: Susi Ribeiro
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