Por Alfredo Bonessi
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quarta-feira, 30 de setembro de 2020
EM UM DADO MOMENTO NA HISTÓRIA DO BRASIL
TODOS JÁ SABEM!
Por José Bezerra Lima Irmão
Todos aí já sabem? Os que gostam da História do Nordeste, envolvendo as figuras de Lampião, Antônio Conselheiro, Padre Cícero... enfim, todos os que se interessam pela cultura e pela história da Nação Nordestina – que é rica e bela – estão convidados para a próxima live do grupo O ESCRITOR NA LIVRARIA, na próxima quinta-feira, 1º de outubro, pelo 𝐈𝐧𝐬𝐭𝐚𝐠𝐫𝐚𝐦. E o convidado sou eu: José Bezerra. Já estou azeitando as palavras – as palavras são as ferramentas do escritor.
Queridos amigos 𝐀𝐧𝐭ô𝐧𝐢𝐨 𝐒𝐚𝐫𝐚𝐜𝐮𝐫𝐚 e 𝐃𝐨𝐦𝐢𝐧𝐠𝐨𝐬 𝐏𝐚𝐬𝐜𝐨𝐚𝐥 – respeitáveis membros da augusta Academia Sergipana de Letras: quero antecipadamente agradecer a oportunidade que vocês estão me dando para falar com os meus conterrâneos sobre uma das coisas que mais importam neste mundo: 𝐥𝐢𝐯𝐫𝐨𝐬.
𝐎 𝐥𝐢𝐯𝐫𝐨 𝐟𝐨𝐢 𝐚 𝐦𝐚𝐢𝐨𝐫 𝐭𝐞𝐜𝐧𝐨𝐥𝐨𝐠𝐢𝐚 𝐜𝐫𝐢𝐚𝐝𝐚 𝐩𝐞𝐥𝐨 𝐡𝐨𝐦𝐞𝐦 𝐞𝐦 𝐭𝐨𝐝𝐨𝐬 𝐨𝐬 𝐭𝐞𝐦𝐩𝐨𝐬. Foi a partir do livro que outras tecnologias se propagaram. O mundo seria um lugar chato para se viver se não houvesse livros. O livro faz você viajar no tempo e no espaço: ao ler um livro, você revisita o passado; você se transporta para outros lugares sem sair de casa.
𝐀𝐧𝐭ô𝐧𝐢𝐨 𝐒𝐚𝐫𝐚𝐜𝐮𝐫𝐚 eu conheço desde a nossa juventude. Fomos colegas de Seminário. Ele até escreveu um romance contando aquela quadra maravilhosa, ao qual deu o título de “Meninos Que Não Queriam Ser padres”. Depois ele escreveu “Os Tabaréus do Sítio Saracura”, um extraordinário romance regional que poderia ter sido escrito por José Lins do Rego – o estilo é o mesmo, a qualidade é a mesma. Eu, que sou um sujeito invejoso, confesso a vocês: “Os Tabaréus do Sítio Saracura” é o livro que eu gostaria de ter escrito – se pudesse! E, para completar, Saracura também é poeta!
Já 𝐃𝐨𝐦𝐢𝐧𝐠𝐨𝐬 𝐏𝐚𝐬𝐜𝐨𝐚𝐥, este é um cearense desertado de sua terra, para felicidade de Sergipe. Eu o conheci quando lancei o meu primeiro livro, “Lampião – a Raposa das Caatingas”. Na noite de lançamento na Escariz, apareceu Domingos Pascoal com sua equipe de filmagem a fim de me entrevistar para o seu 𝐏𝐫𝐨𝐠𝐫𝐚𝐦𝐚 𝐄𝐧𝐭𝐫𝐞 𝐀𝐦𝐢𝐠𝐨𝐬, do seu canal no YouTube. A partir daí, Pascoal e eu criamos um vínculo de amizade e admiração. Os livros de Domingos Pascoal são como faróis que iluminam as pessoas na trilha de suas vidas, para continuarem no rumo desejado, para que não se percam nos desvios. Seus livros “A Mudança Começa em Você” e “Experimente Mudar” contêm reflexões filosóficas com esse salutar propósito.
Domingos Pascoal e Antônio Saracura são dois semeadores. Eles plantam cultura. Os dois estão presentes em tudo quanto é evento cultural, prestigiando, incentivando. Carregam nos bolsos e nas mochilas sementes literárias. Ajudam a fundar academias. Apoiam os novos escritores, ajudando-os a irrigar suas tenras obras. Encorajam outros escritores a continuarem escrevendo, para que suas ferramentas não enferrujem.
Convido os amigos deste maravilhoso grupo para participarem da nossa conversa 𝐧𝐚 𝐩𝐫ó𝐱𝐢𝐦𝐚 𝐪𝐮𝐢𝐧𝐭𝐚-𝐟𝐞𝐢𝐫𝐚, 𝐩𝐞𝐥𝐨 𝐈𝐧𝐬𝐭𝐚𝐠𝐫𝐚𝐦. O assunto não poderia ser melhor: conversaremos sobre literatura, sobre Lampião (!!!), abordando aspectos da História do Nordeste.
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CABEÇAS DOS CANGACEIROS EM 1938
Por Sizinho Junior
Fotos raríssimas Na Rota Do Cangaço, chegada do caminhão com as cabeças do massacre de Agico na cidade de Piranhas.
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NOTA DE FALECIMENTO!
Por Lindomarcos Faustino
O Relembrando Mossoró vem comunicar o falecimento do amigo Frederick Costa que faleceu hoje vítima de um câncer. Seu velório está ocorrendo no SBC em frente ao cemitério. Nossos sentimentos aos familiares e amigos.
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FAÇAM SUAS APOSTAS, SENHORES
Clerisvaldo B. Chagas, 30 de setembro de 2020
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.390
Para o escritor contista Fábio Campos
Houve época em Santana do Ipanema que, por isso ou por aquilo, não aconteciam mais jogos do Ipanema e nem do Ipiranga, os times mais competitivos da cidade. Nada de programa de calouros, nada de brigas de galo, nada de banhos no rio. Talvez para quebrar a monotonia dos domingos sem diversões, jovens senhores ligados ao campo inventaram as brigas de touros, na periferia. Isso foi antes da criação do Parque de Vaquejadas Bela Vista, no Bairro Camoxinga, lugar atualmente repleto de residências, imediações do Centro Bíblico. A novidade começou a atrair apostadores e aficionados. Um pouco antes, um pouco depois o esporte voltou-se para corridas de cavalos. Começaram a surgir curiosos, desportistas, entendidos, apostadores e multidões para os eventos.
Com o sucesso das corridas, era necessário um lugar plano e longo para acomodar animais e gente. Assim foi escolhido o sítio Barroso que possuía as características necessárias, no lugar onde hoje existe o Cemitério São José. Multidão vencia ligeiro os 2 ou 3 quilômetros do Centro até ali e ficava ao longo da estrada formando um corredor. Nada de segurança, nem cordas, nem bancadas, nem cercas... Apenas a coragem do corredor humano no qual disparavam éguas e cavalos. As corridas desses animais eram sucesso absoluto com muita torcida e preferências. Uns até diziam que “o cavalo não vence a égua, porque não corre na frente de fêmea”. Mas chovia de apostas, cavalo contra cavalo, cavalo contra besta. As corridas aconteciam entre dois animais por rodada.
Diz o povo que “o que é bom dura pouco” e assim foi encurtada a duração das corridas com uma fatalidade em que se pagava para vê. Em uma dessas belas carreiras, um cidadão morador da Rua Benedito Melo (Rua Nova), de nome Jacinto Vilela, muito querido em Santana, levou peitada de um dos cavalos em ação, vindo a falecer. Houve grande comoção em Santana do Ipanema. Não lembramos se teve algum tipo de punição ou apurações dos fatos, o certo mesmo é que, com a tragédia anunciada poderia ter acontecido com qualquer outra pessoa daquela imprudente multidão. Santana de luto, fim das corridas de cavalos.
Para a juventude santanense, só existe sobre o caso, essa crônica de hoje e mais nada. Deixamos a multidão, cavalos, prado, apostas... E montamos apenas nos livros ou nas “livras” (cavalos e bestas) que nos transportaram para o FUTURO.
A MORTE DE LAMPIÃO
Por José Bezerra Lima Irmão
Puxe o tamborete e vamos conversar.
Me perguntaram se houve festejos por ocasião da morte de Lampião.
Fiz um levantamento dos episódios relatados pelos cronistas sobre esse aspecto e apurei o seguinte:
Dona Cyra de Brito mulher do tenente João Bezerra, contou à revista Manchete e depois a Antônio Amaury que estava em casa em seu quarto, de resguardo (ela havia dado à luz naqueles dias), quando escutou um fuzuê lá fora – o barulho aumentava, subindo do rio, muitos gritos, uma confusão medonha, e ela notou aflita que a coisa estava entrando e sua casa: a porta do quarto abriu-se e João Bezerra entrou com os soldados segurando as cabeças ensanguentadas. Dona Cyra, apavorada, debruçou-se sobre o berço da filhinha recém-nascida, enquanto os soldados dançavam e cantavam
“Mulher Rendeira”.
Aquele 28 de julho foi um dia de horror em Piranhas. Cada componente da volante tinha uma versão dos fatos. Como as promoções anunciadas dependiam do grau de participação na luta, estabeleceu-se uma disputa verbal entre eles, cada um invocando para si a glória de ser o autor da morte de Lampião. O aspirante Francisco Ferreira dizia que tinha sido ele quem matou Lampião com uma rajada de metralhadora. Porém o soldado Noratinho assegurava ter sido ele quem atirou na cabeça de Lampião. Por sua vez, o cabo Antônio Bertoldo jurava que quem atirou em Lampião foi ele.
Outra controvérsia foi travada pelos que se vangloriavam de ter decapitado Lampião e Maria Bonita. Porfiavam pela autoria da decapitação de Lampião o sargento Aniceto e os soldados José Panta de Godoy e Santo (Sebastião Vieira Sandes); e pela de Maria Bonita, o cabo Bertoldo e os soldados Cecílio, José Panta de Godoy, Noratinho e Antônio Jacó.
A autoria da morte de Luís Pedro era disputada entre o aspirante Francisco Ferreira e o soldado Antônio Jacó. Teve até briga por isso, e por pouco Antônio Jacó não foi assassinado na mesma semana em Piranhas, na casa do prefeito Correinha.
Quanto ao povo, a impressão era de dúvida, pois já tinha havido várias notícias falsas da morte de Lampião. Os matutos, céticos, comentavam: “Sei não, viu? O tenente João Bezerra matando seu amigo?”
No mesmo dia 28 chegaram a Piranhas levas e levas de moradores de Pedra, Pão de Açúcar, Canindé e Poço Redondo, todos curiosos com o acontecimento.
Não houve reconhecimento dos corpos – o termo de reconhecimento foi assinado pelo tenente-coronel José Lucena, que nunca tinha visto Lampião.
As cabeças ficaram em Piranhas até o dia 30. Começaram a apodrecer. Inchadas. Deformadas.
No transporte das cabeças para Maceió, o povo, já informado, se apinhava no caminho para se certificar se de fato era verdadeira a notícia. As notícias corriam mais que o caminhão. Estrada péssima. O caminhão parava a todo instante, pois todo mundo queria ver as cabeças. O cortejo lúgubre demorou-se em Olho d’Água do Casado, no Talhado, em Pedra.
As cabeças só chegaram a Santana do Ipanema ao anoitecer. Não consta que os moradores festejassem; consta que as cabeças foram recebidas com dobrados tocados pela banda de música, houve missa e o prefeito Pedro Gaia mandou soltar foguetes.
A viagem só foi retomada no dia 31. Por onde o caminhão passava, ia parando, de povoado em povoado e até em sítios.
Já era noite quando chegaram a Maceió. As pessoas lotavam as calçadas, espremiam-se nas janelas, trepavam nas árvores para ver o espetáculo macabro. O caminhão entrou pelo bairro do Bebedouro, passou pelo Bom Parto e pelo Cambona, desceu pela Avenida Fernandes Lima para a Praça dos Martírios, onde ficava o Palácio do Governo.
O interventor federal Osman Loureiro postou-se com outras autoridades na sacada dopalácio. Quando a cabeça de Lampião foi suspensa pelos cabelos, para que todosvissem, um soldado gritou: “Viva o guveeerno!”. E a multidão sugestionada por aquelegrito, entoou: “Viiivaaa!”
No percurso entre o Palácio e o necrotério da Santa Casa de Misericórdia, passando pela Rua Boa Vista, Praça Montepio dos Artistas e Praça do Quartel do Regimento, calcula-se que 10 mil pessoas se acotovelavam nas ruas e becos.
Até os nazarenos sentiram a morte de Lampião. Segundo João Gomes de Lira, ex-soldado nazareno, Euclides Flor chorou quando soube da morte do inimigo, e ManoelJurubeba disse, consternado: “Morreu Lampião. Acabou-se a alegria do sertão”.(Texto adaptado a partir do meu “Lampião – a Raposa das Caatingas”
Quem tiver interesse por este livro, por favor entre em contato comigo (71 9 99851664) ou peça ao Professor Pereira (83 9 9911-8286).
Enviado pelo escritor José Bezerra Lima Irmão.
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INVENCÍVEIS E IMORTAIS.
Por João Filho de Paula Pessoa
O Sertanejo ao se inserir no Cangaço abandonava sua vida na forma como vivia, abandonava sua família, suas raízes, sua casa, seu trabalho, seus amigos, seus apegos e iniciava uma nova vida, num estilo e ritmo totalmente diferente, uma vida nômade, errante, perigosa, aventurosa, livre e bandoleira. Ganhava nova indumentária, roupas diferentes, armas, munição, utensílios, novos amigos, inimigos e um novo nome, um nome de guerra, um apelido.
Os apelidos marcavam o início da nova vida e serviam de proteção a ele e a sua família, para que ambos não fossem identificados e sua família não sofresse a opressão social e policial.
Os apelidos se relacionavam e eram inspirados em várias fatores, como características físicas e pessoais, habilidades e emoções, fatos e datas biográficas, à fauna, à flora, à fenômenos da natureza, aos astros celestes, à cultura nordestina e religiosa, dentre outras inspirações.
Quando um Cangaceiro morria, tentava-se ao máximo esconder este fato, os corpos, quando possível, eram resgatados e enterrados em locais secretos, às vezes com as cabeças desmembradas dos corpos para dificultar a identificação, se achados, e seu apelido era dado ou adotado por um novo cangaceiro, para refletir perante todos, sertanejos, civis, governos e militares a ideia de invencibilidade e imortalidade do Cangaceiro. João Filho de Paula Pessoa, Fortaleza/Ce. 29/09/2020.
Obs: Nossos Contos também são contados em vídeos no YouTube - Canal Contos do Cangaço. https://www.youtube.com/channel/UCAAecwG7geznsIWODlDJBrA
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GRANDES ENCONTROS CARIRI CANGAÇO !
Do acervo do pesquisador Volta Seca
Recebe os pesquisadores e escritores; Conselheiros Cariri Cangaço; Joao Tavares Calixto Junior e Bosco André, numa conversa imperdível sobre "CORONEIS DO CARIRI,ORIGENS..."Um dos marcos da historia de nosso sertão; que estão fortemente ligados à nossa origem e com repercussões ate os dias de hoje; sem dúvidas foi a época dos Coronéis, basicamente oriundos ainda do império e consolidados na primeira velha república.
O Cariri cearense se notabilizou principalmente nessa época como cenário importante e cheio de espetaculares historias e personagens que se tornaram emblemáticos... Para contar um pouco dessa saga, Manoel Severo
NESTE SEXTA, DIA 02 DE OUTUBRO AS 20H
Canal do Cariri Cangaço no YouTube !
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VÍDEO.. PADRE CÍCERO, O PATRIARCA DO JUAZEIRO..! FONTE: YOUTUBE
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MOSSORÓ FOI PIONEIRA NA LIBERTAÇÃO DOS ESCRAVOS; CONHEÇA A HISTÓRIA
Caio Vale 30 de Setembro de 2017 Cotidiano
O dia 30 de setembro é a maior festa cívica comemorada na cidade. Desde 13 de setembro de 1913, a data foi decretada feriado, como uma forma de homenagear todos que participaram das lutas pela abolição da escravatura. Hoje, 30 de setembro é dia de muita festa. Diferente dos outros municípios brasileiros, Mossoró foi pioneira na libertação. Todo o processo foi concluído cinco anos antes que o restante do país fosse contemplado através da chamada Lei Áurea, que decretou a ilegalidade da escravidão no território nacional.
Leia mais: Cortejo e show de Margareth Menezes encerram comemorações do Auto da Liberdade
De acordo com os documentos históricos, o povo mossoroense foi o primeiro, entre os norte-rio-grandenses, a fazer campanhas sistemáticas pela liberação dos seus escravos. Em 1848, o deputado geral pelo RN, Casimiro José de Morais Sarmento, falou durante sessão sobre os benefícios que seriam alcançados com a transformação dos escravos em trabalhadores livres: "Concorda em que o trabalho do escravo não é necessário. No Rio Grande do Norte há poucos escravos, e quase toda a agricultura é feita por braços livres. Conhece muitos senhores de engenho que não têm senão quatro ou cinco escravos, entretanto que têm 20, 25 e 40 trabalhadores livres, e se não os têm em maior número, é pelo pequeno salário que lhes pagão. Disto se convenceu o orador quando ali foi presidente, porque em consequência de elevar o salário a 400 reis por dia, nunca lhe faltarão operários livres para trabalharem na estrada que teve de fazer".
Os registros históricos mostram que não éramos uma cidade escravocata. Em 1862, tínhamos apenas 153 escravos, em meio a uma população de 2.493 habitantes. Em termos percentuais, equivaliam a apenas 6,137%. Essa falta de vocação escravista se deu pela falta de engenhos, onde geralmente os escravos eram empregados. Tínhamos mais criações de gado. Mesmo assim, fomos pioneiros no movimento libertário. Mas isso tem uma justificativa. O ano de 1877 foi terrível para a região nordeste, com uma seca devastadora que durou até meados de 1879. Houve um êxodo em massa para a região litorânea, na fuga da seca. Foi nesse período que Mossoró passou a receber maior quantidade de escravos, que eram enviados pelos ricos fazendeiros como uma forma de amenizar os prejuízos trazidos pela falta de água. Assim, o comércio escravista floresceu rapidamente junto aos mossoroenses. Nesse contexto, onde a cidade passou a viver realmente a cultura da escravidão, é que foi despertado o sentimento de piedade. Ainda segundo os registros históricos, os primeiros ideais libertários surgiram no Ceará, nosso estado vizinho, em 1881, e logo chegaram por aqui.
Em 6 de janeiro de 1883 foi criada, em Mossoró, a Sociedade Libertadora Mossoroense, cujo objetivo era lutar pela libertação. De acordo com os historiadores, a ideia é atribuída à Frederico Antônio de Carvalho, da Loja Maçônica de 24 de junho. A presidência provisória da entidade ficou ao encargo de Raimundo Lopes Galvão, que logo ganhou adesão de personalidades ilustres da sociedade mossoroense, naquela época, dando força ao movimento.
A diretoria definitiva fica formada por: Joaquim Bezerra da Costa Mendes, como presidente; Romualdo Lopes Galvão, como vice-presidente; Frederico de Carvalho, primeiro secretário; Dr. Paulo Leitão Loureiro de Albuquerque, que exercia a função de orador. A Sociedade Libertadora Mossoroense tinha um código legal, criado com um único artigo, sem parágrafos. A norma dizia o seguinte: "todos os meios são lícitos a fim de que Mossoró liberte os seus escravos", deixando claro quais eram os objetivos daquela entidade. Nessa época, ainda de acordo com os levantamentos históricos, a cidade de Mossoró contava apenas com 86 escravos.
Em 10 de junho, 40 deles foram alforriados. A ideia logo tomara conta de toda a população, que aos poucos foi aderindo ao movimento e, sem muita resistência, foi liberando seus escravos. Muitos mossoroenses não fizeram nem questão de receber as indenizações que foram oferecidas pelo governo na época, fruto do espírito libertador que havia tomado de conta dos mossoroenses, que hoje se mantém. O dia 30 de setembro de 1883 foi a data designada para a liberação total dos escravos; e o objetivo foi alcançado.
No dia 29 de setembro, o Presidente da Libertadora Mossoroense dirige a Câmara Municipal de Mossoró um ofício, agora transcrito na íntegra: Ilustríssimos Senhores Presidente e Vereadores da Câmara Municipal. A Sociedade Libertadora Mossoroense, por seu Presidente abaixo assinado, tem a honra de participar a V. Sªs que, amanhã, 30 de setembro, pela volta do meio-dia, terá lugar a proclamação solene de Liberdade em Mossoró. E, pois, cumpre-me o grato dever de convidar V. Sªs e seus respectivos colegas, representantes do Município, para que se dignem de tomar parte nessa festa patriótica que marcará o dia mais augusto da cidade e do município de Mossoró. A emancipação mossoroense é obra exclusiva dos filhos do povo; a esmola oficial não entrou cá. Sua Majestade, o Imperador, quando lhe comunicamos a próxima libertação do nosso território, foi servido de enviar a dizer-nos pelo Senhor Lafayette, Presidente do Conselho de Ministros, que nos agradecia. A libertação está feita e ninguém apagará da história a notícia do nosso nome.
Os mossoroenses são dignos de ser olhados com admiração e respeito hoje e daqui a muito tempo, por cima dos séculos. A Sociedade Libertadora mossoroense se congratula com V.Sªs por tão fautoso acontecimento. Deus guarde a V.Sªs Ilustríssimo Senhor Romualdo Lopes Galvão, digno Presidente da Câmara Municipal desta cidade de Mossoró. O Presidente Joaquim Bezerra da Costa Mendes. Sala das Sessões da Sociedade Libertadora Mossoroense, 29 de setembro de mil oitocentos e oitenta e três. O histórico 30 de setembro de 1883 foi comemorado pelos mossoroenses, que ainda hoje fazem uma belíssima festa para relembrar a atitude pioneira que foi tomada pelos nossos antecessores, mais uma prova de que sempre fomos um povo à frente do seu tempo. A cidade amanheceu em festa. Ao meio-dia, a Sociedade Libertadora Mossoroense se reúne na Câmara Municipal (hoje funciona o Museu Histórico Lauro Escóssia).
O Presidente da Sociedade, Joaquim Bezerra da Costa Mendes, abre a memorável sessão, que começa com a leitura de diversas cartas de alforria dos últimos escravos de Mossoró. Feita a liberação oficial, Joaquim declarou: livre o município de Mossoró da mancha negra da escravidão. Na cidade foi criado o Clube dos Spartacos, que era composto, em sua maioria, por ex-escravos, tendo sido eleito para presidente o liberto Rafael Mossoroense da Glória. Ainda de acordo com as pesquisas históricas, o objetivo desta entidade era dar abrigo e amparo aos novos trabalhadores livres, tanto aqueles que já eram da terra, quanto àqueles que vinham para cá. Mossoró, oficialmente livre da escravidão, logo passou a ser procurada por escravos que conseguiam fugir de outras regiões.
O pessoal da Spartacos assumiu o papel de troca de choque dos abolicionistas, lutando para que os escravos não voltassem aos seus donos. Esse problema foi gerado devido à antecipação do povo mossoroense, que não esperou pelo decreto nacional, assinado pela Princesa Isabel, libertando os escravos do Brasil. Por aqui, a escravidão já havia acabado cinco anos antes quando o resto do país foi atingido. Leia mais:
Pessoas com deficiência terão gratuidade em ônibus no dia 30 de Setembro
https://mossoronoticias.com.br/cotidiano/mossoro-foi-pioneiro-na-libertacao-dos-escravos-conheca-a-historia
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ALAGADIÇO - FREI PAULO - SERGIPE UM POVOADO RICO DE HISTÓRIAS, MAS ESQUECIDO
Por: Vivianne Paixão
Toda essa saga está retratada no livro “Lampião e Zé Baiano no povoado Alagadiço”, do pesquisador Antônio Porfírio de Matos Neto, natural da região. Registro de um patrimônio sergipano “poupado” do seu devido valor pelo Estado, que poderia muito bem transformar Alagadiço em mais um destino turístico (e, por que não dizer, gerador de emprego e renda) da rota do cangaço.
"O povo daqui é carente demais e a única maneira que acho que iria ajudar a melhorar a vida dele seria através do turismo. A rota do cangaço de Xingó deveria existir aqui também. Temos uma narrativa incrível em que seis conterrâneos conseguiram acabar com um dos bandos de Lampião e eu estou buscando de todas as maneiras possíveis trazer essa rota para a nossa comunidade, que está disposta a contar e recontar toda a sua história”, avisa Porfírio. (Foto)
A derrocada de Lampião começou por volta de 1930 neste pequeno povoado de Frei Paulo, hoje com cerca de três mil habitantes. Conta a história que o Rei do Cangaço entrou pela primeira vez acompanhado de dez cangaceiros, fazendo a maior arruaça, derrubando portas, roubando jóias e alguns pertences dos moradores. “Ele chegou na minha casa eu era criança. Perguntou se meu pai estava, me assustei e perguntei a ele se meu pai o conhecia. Ele logo me deu um grito mandando eu chamá-lo. Depois ele ainda mandou que eu lavasse as ‘percatas’ (sandálias) do bando e que eu tirasse leite da vaca, coisa que eu nem sabia como fazia”, rememora a dona de casa Ivete Matos, 81 anos.
Alagadiço tinha uma posição privilegiada e, por não possuir destacamento reforçado da polícia, favorecia o trânsito dos bandidos de um lado a outro do Estado. Assim, Lampião andava tranquilamente pela redondeza. Em 1932, ele retornou ao povoado. Desta vez não molestou ninguém, apenas levou algumas coisas dos moradores. Um ano depois, Virgulino entrou de novo em Alagadiço e foi diretamente à casa de Antônio de Chiquinho querendo obter informações sobre a volante que pretendia acabar com o seu bando.
O “Pantera Negra dos Sertões” era um negro, alto, forte, nariz achatado, queixo comprido, cabelos ruins e maltratados, que usava óculos e tinha uma voz grossa. Após ter ficado sabendo da traição amorosa da sua companheira, a qual ele assassinou a pauladas, passou a marcar mulheres indefesas com um ferrão de iniciais “J.B.”, como se fossem gados. Requinte de perversidade.
Com fama de impiedoso, o famigerado “ferrador de mulheres” era tido como um dos mais ricos do bando – formado por Demudado, Chico Peste e Acelino. Durante anos cometeu atrocidades, saqueou e impôs a sua própria lei em Frei Paulo e municípios vizinhos. A polícia não descansava procurando os temíveis bandidos que se escondiam em casas de fazendeiros. Estes, se não contassem à polícia, eram chamados de coiteiros, e se falassem eram apelidados de dedo duro na boca do cangaceiro.
A mata era o maior refúgio desses facínoras. No corpo de uma árvore – viva até hoje – eles silenciavam suas armas e na chamada “Toca da Onça”, na Fazenda Caipora, evitavam o ataque de inimigos com troca de tiros, já que de lá de cima tinham uma visão panorâmica e privilegiada de toda a região.
Certa vez, o inesperado para Zé Baiano aconteceu. Por ser coiteiro do seu bando, o comerciante Antônio de
Chiquinho, cansado das perseguições da polícia – chegou até a ser preso – e da desconfiança dos cangaceiros, tramou um plano para eliminar o grupo do impiedoso “ferrador”. E foi numa entrega de alimentos, solicitada pelo Baiano, que o comerciante convidou os conterrâneos Pedro Sebastião de Oliveira (Pedro Guedes), Pedro Francisco (Pedro de Nica), Antônio de Souza Passos (Toinho), José Francisco Pereira (Dedé) e José Francisco de Souza (Biridin) para, juntos, darem fim ao bando. No dia 7 de julho de 1936, os seis amigos conseguiram dar cabo aos quatro temíveis bandoleiros na Lagoa Nova (localidade de Alagadiço). Os conterrâneos mantiveram o feito em sigilo durante cerca de 15 dias, temendo a represália de Lampião contra o povoado.
Antônio de Chiquinho, certo de que Lampião voltaria a Alagadiço para se vingar da morte do seu amigo, preveniu-se do embate e perfurou as paredes da sua casa – hoje uma creche comunitária –, tendo assim melhor visão da rua para atirar quando ele aparecesse. Porém, para a sua sorte, Virgulino Ferreira resolveu deixar pra lá o acerto de contas graças a Maria Bonita, que o alertou sobre a presença de um canhão no povoado, onde cabia um menino dentro acocorado – um minicanhão que, inclusive, está guardado no acervo do historiador Antônio Porfírio.
Ações de Porfírio
A produção independente de “Lampião e Zé Baiano no povoado Alagadiço” foi vendida por completo. “Para minha surpresa o meu livro esgotou as vendas. Foram mais de dois mil exemplares”, relata o pesquisador que, além da publicação, construiu um museu dentro do seu próprio sítio. “Essa também foi outra grande surpresa, porque eu não esperava que viesse tanta gente visitar. Vêm pessoas de outros estados, curiosas para saber da história. Isso é gratificante”, diz Porfírio.
O escritor adquiriu os materiais do museu dentro do próprio povoado, dos lugares onde os cangaceiros se escondiam ou dos próprios moradores. Algumas peças foram compradas fora de Sergipe. “Muitos punhais, armas e indumentárias dos cangaceiros eu encontrei aqui, dentro do tronco de uma árvore e na Lagoa Nova. Também tenho no acervo o minicanhão que salvou Alagadiço de ser exterminado por Lampião, e três cartas escritas por Dadá, mulher de Corisco, ao compadre Joãozinho de Donana, que criou a filha deles por dois anos na cidade de Pinhão”, relata.
Na Lagoa Nova, onde Zé Baiano e os seus capangas tombaram, Porfírio construiu o "Memorial do Cangaço de Alagadiço", também com recursos próprios. “O dono da fazenda me cedeu o espaço e eu contratei os pedreiros para construir. É uma construção bem simples. Na verdade o que deveria ser construído mesmo era um grande e bonito mausoléu”, lamenta o historiador.
Porfírio também construiu no seu sítio uma biblioteca. “Um lugar onde o povo daqui, principalmente os adolescentes, possa ler mais sobre a história do seu povoado. Ainda não estou com o acervo completo, tenho apenas dois mil livros, sendo a maioria especializada em literatura sergipana. Se engana quem acha que a comunidade pobre não gosta de coisa boa. A minha biblioteca, graças a Deus, é muito freqüentada pelos moradores”, garante.Segundo o pesquisador, todas essas suas iniciativas foram pautadas com o intuito de resgatar a cultura e a cidadania dos seus conterrâneos. “O povoado aqui não tem atrativo nenhum e essas coisas servem como divertimento para eles. Uma história bonita como essa de Alagadiço tem que ser trabalhada”, diz Porfírio, que pretende, em breve, colocar um circo também dentro do seu sítio. “É para eles terem oficina de teatro. Vou aplicar o método Paulo Freire, com a pedagogia do oprimido”, explica.
Memória
Enquanto isso, toda a riqueza cultural do povoado de Frei Paulo permanece guardada nas lembranças dos seus moradores mais antigos e no livro de Antônio Porfírio. “Eles eram rapazes pacíficos, apenas entraram na luta porque um amigo deles botou, mas eles não faziam mal a ninguém, eram meninos direitos e não eram de briga. Tive nove irmãos e só esses dois morreram devido a luta. Foi logo depois da morte de Zé Baiano que deu uma febre forte em um, e no outro deu uma doença braba, e disso eles morreram”, recorda Uília de Almeida, 103 anos, com relação aos seus irmãos Toinho e Dedé, cangaceiros do bando de Zé Baiano.
Lembranças que muitas vezes assustam até mesmo quem nunca viu Zé Baiano, muito menos Lampião.
“Eu escuto direto uma zoada como se estivessem andando nas ruas, fazendo a maior bagunça. Ouço eles andando de carro de boi e também um monte de gados e cavalos correndo e acabando com tudo. Mas só escuto, não vejo nada. Só fiquei assustado uma vez quando vi um vulto passando, aí eu cacei a cabeça e não achei”. Conta o roceiro José Gilson de Oliveira, 57 anos, dono da fazenda na Lagoa Nova, onde Zé Baiano foi morto e teve sua cabeça decepada.Guerra de Canudos
Considerado hoje um dos principais povoados do município de Frei Paulo, Alagadiço teve sua origem por volta do século XIX, pelo senhor João Pereira da Conceição, que organizou uma praça e denominou o local, por ser uma área bastante alagada, principalmente no período chuvoso.
Um fato interessante da história do povoado foi o ocorrido com um dos seus primeiros moradores, o senhor João Sabino dos Santos, que, após desertar da batalha de Canudos, foi ali residir, em 1896. O governo da Bahia o procurava para cumprir prisão, como fez com todos os desertores. Foi quando, no final da batalha, localizaram-no desfrutando da paz e aconchego ao lado de sua mulher, Angélica dos Santos, grande devota de Nossa Senhora da Conceição, a quem fez a promessa de rezar uma novena se lhe fosse concedida a bênção de seu marido não ser preso.
Prece atendida, Sabino dedicou-se à construção de uma capelinha e Angélica adquiriu uma bela imagem de Nossa Senhora da Conceição para cumprir a promessa de nove dias de festa cristã. Celebração que acontece até os dias de hoje no mês de dezembro.
Publicado em 02/11/2008 no Jornal da Cidade, SE.
SANTUÁRIO NOSSA SENHORA DOS IMPOSSÍVEIS
Fonte: Wikipédia
O Santuário Nossa Senhora dos Impossíveis, conhecido como Santuário do Lima, está localizado na Serra do Lima no município de Patu, estado do Rio Grande do Norte, Brasil.
Localizado a seis quilômetros da zona urbana de Patu, o Santuário é considerado como um dos maiores locais de religiosidade da Região Nordeste do Brasil e foi eleito pelo voto popular como uma das sete maravilhas do Rio Grande do Norte.[1]
Histórico[editar | editar código-fonte]
No século XVIII, por volta de 1758, o coronel Antônio Ferreira de Lima, juntamente com Abreu Ferreira e sua mulher Paula Moreira Brito Pesso, trouxeram, de Portugal, uma imagem de Nossa Senhora dos Impossíveis e fizeram uma escritura para a doação de meio légua de terreno para a construção de um santuário em homenagem à Nossa Senhora dos Impossíveis. Três décadas mais tarde, o mesmo coronel doou o Santuário ao Bispado.[2]
Já no século XX, em 1921, o bispo da Diocese de Natal (hoje Arquidiocese), Dom Antônio dos Santos Cabral, nomeia o primeiro administrador do santuário, o Padre José Scholl. Dois anos depois, foi celebrado um convênio entre a Diocese de Natal e o Superior Geral dos Missionários da Sagrada Família; nela, foi definiada a construção de uma estrada, de uma casa dos romeiros e de um novo santuário. Em 1948, iniciaram-se obras que durariam seis anos; essas obras seriam a construção da praça, da barragem e da estrada. Em 1958, foram celebrados os duzentos anos de fundação do Santuário. Na Quarta-Feira da Semana Santa do ano de 1963, ocorreu a celebração da última semana antes da reforma do santuário. No dia 17 de setembro de 1966, foi inaugurada a estrada que ligava a cidade de Patu ao Santuário do Lima.[2]
Finalmente, nas comemorações de Ano-Novo de 1969, o Santuário foi reinaugurado. A restauração começou em 1967 e foi administrada pelo seu idealizador, o padre Henrique Spitz. O arquiteto responsável pela estrutura do novo santuário foi Alberto Reithler.[2] Atualmente, o Santuário detém o título honorífico de 13º Basílica do Brasil e é considerado uma das sete maravilhas do estado do Rio Grande do Norte e um dos maiores locais de religiosidade do Nordeste Brasileiro.[1]
Referências
↑ Ir para:a b «Patu Turístico». Prefeitura Municipal de Patu, RN. Consultado em 27 de agosto de 2012. Arquivado do original em 27 de agosto de 2012
↑ Ir para:a b c «A História do Lima». Portal do Santuário do Lima. Consultado em 27 de agosto de 2012. Cópia arquivada em 27 de agosto de 2012
https://pt.wikipedia.org/wiki/Santu%C3%A1rio_Nossa_Senhora_dos_Imposs%C3%ADveis
http://blogdomendesemendes.blogspot.com