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quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

SÓ COMO ARQUIVO - UMA TRAIÇÃO SEM LIMITE

Por José Mendes Pereira

Talvez, você leitor, irá pensar que isto que segue é fictício, mas não o é, foi real. Só em ler, quem conheceu a família, sabe muito bem os nomes destes personagens. Vou usar nomes criados para preservar os dos infelizes que participam da história, e principalmente, o nome da empresa. 

Mauro Gurgel era empregado à noite, ocupando a função vigilante, na empresa “Dorabela”, vendedora de móveis de todos os modelos. Durante o dia, fazia bicos na oficina do seu sogro Manoel Tomás, ocupando a função de marceneiro, e o velho sogro, o tinha como um filho. Vivia uma vida de pobre, mas era muito organizado, e tudo fazia para não deixar os seus dois filhos com menos de 4 anos fora dos padrões como pai.

A esposa Maria das Neves não era muito filé assim como costumam dizer, quando uma dona de casa não mantém o respeito na sua própria vida feminina. Vez por outra, à noite, Maria das Neves dava uma saidinha ou uma puladinha de cerca para qualquer lugar, isto sem destino, e não queria nem saber que os seus filhos pequenos ficassem sozinhos em casa. O seu maior desejo, era satisfazer as suas vontades sexuais com qualquer desocupado que o encontrava por aí, além disto, bebia, fumava e participava de forrós, onde a sanfona abria o seu fole.

O Mauro Gurgel nunca sonhou que tinha em casa uma traidora porque ele levava a vida no trabalho, principalmente à noite, e confiava bastante nela, e assim nesse modo de confiar ela o fazia de gato e sapato. Como não tinha nada a ver com isso a vizinhança nunca dissera ao Mauro Gurgel que a sua companheira o traía, e geralmente, altas horas da madrugada, quando os filhos acordavam, ficavam ali, chorando até o dia amanhecer, porque estavam sem a mãe.

Certo noite, por não andar muito sadio, o Mauro Gurgel recebeu a autorização do chefe da empresa “Dorabela” para ir repousar em casa, já que se encontrava meio doente, e, ao chegar, seus dois filhos estavam em soluços, porque a mãe havia saído de casa muito cedo. 

Pela manhã, quando o relógio já marcava 9:00 horas do dia, ela chegou em casa. O Mauro quis saber por onde andava, e ela deu desculpa esfarrapada, que tinha ido à mercearia próxima de sua casa, e um sujeito a ofereceu Coca-Cola, bebeu, e ao sair de lá, não soube mais de nada. 

O Mauro acreditou desacreditando. Mas dias depois, isto foi repetido por ela, e nesse dia, assim que ele chegou pela madrugada do serviço e viu as crianças sozinhas, foi direto ao sogro, e participou do que estava acontecendo no seu casamento. 

Manoel Tomás seu sogro, era um homem que gostava bastante do genro, por ele não botar dificuldade em nada que o velho queria fazer ou precisava. Era como se fosse um filho que não nascera em sua casa. 

Ao saber, revoltou-se, com o pouco respeito da filha com o Mauro. E sem muito pensar, foi curto e grosso, dizendo-lhe que se algum dia isto tivesse acontecido com a sua mulher, e  assim que ela chegasse em casa, ele a mataria.

O Mauro Gurgel apenas ouviu o que dissera o seu sogro, e no momento, não lhe veio nenhum mal pensamento, que um dia pudesse fazer contra a sua esposa, afinal, mesmo mantendo-se no erro, adulterando, talvez, porque ele nada sabia, apenas ela saía de sua casa para se divertir, ela era a mãe dos seus dois filhos, e não a trocaria por mulher nenhuma, o mais importante, era cuidar dos filhos e fazê-los felizes, muito embora, vivendo na companhia de uma mãe que nada valia.

E aconteceu que outra noite, ao chegar, encontrou os filhos sozinhos, porque a Maria das Neves andava de bobeira pelo mundo afora. O Mauro não quis mais aguentar aquela atitude da Maria. Ficou aguardando a sua chegada. Ela nem imaginava que ele já estava em casa. E assim que meteu a chave na porta, abriu-a, e ao entrar, foi surpreendida  por uma paulada na cabeça, caindo já pronta. 

O Mauro não esperou mais por nada. Puxou-a para livrar da porta, em seguida, fechou-a, cobriu  o corpo com um pedaço de lona para os filhos não perceberem, e cuidou de acordá-los para fugir com eles, enquanto a vizinhança não percebesse a morte que ele acabara de fazer naquele momento. E assim que preparou tudo, fechou a porta e foi-se embora, levando consigo os dois filhos. 

Dois dias se passaram e ninguém tinha notícia daquela família, principalmente das crianças que de momento a momento, estavam fora da casa, brincando com bolinhas de gude em barrocas improvisadas,  e também, além da Maria das Neves, sua esposas, que misteriosamente, desaparecera da vizinhança.

No terceiro dia, a vizinhança estava preocupada, e alguns aproximaram-se da porta da casa, e ao chegarem, perceberam que o cheiro era insuportável, e tinham plena certeza que algum vivente morrera lá dentro. E toda vizinhança se responsabilizou pelo que iria fazer. Arrombar a porta da casa para certificar o que lá dentro morrera. Aberta a porta, e ao levantarem a lona que estava sobre, viram que era o corpo da Maria das Neves. 

Feito o enterro, depois as investigações, e o sumiço do esposo com os filhos, os peritos chegaram à conclusão que, quem havia matado a Maria das Neves, fora o  seu próprio marido Mauro Gurgel. Depois de alguns meses, ninguém sabia para onde o Mauro Gurgel tinha fugido com os seus dois filhos. 

Com o passar dos tempos, o Manoel Tomás estava totalmente desorientado com a morte da filha, a ausência dos netos que nunca mais vira, e a perda da amizade do genro, porque ele era como um filho.  

Tendo conhecimento o lugar e a fazenda onde morava o genro Mauro, o assassino da sua filha, Manoel Tomás resolveu fazer uma visita aos netos, e quem sabe, ao próprio assassino da sua filha. Mas esta visita seria sem vingança, porque, a única culpada do que acontecera, tinha sido a sua filha, a Maria das Neves. Sem ninguém saber, marcou o dia e se mandou em busca de lá.

Já eram 4 horas da tarde quando o Manoel Tomás chegou à fazenda. O Mauro estava nas obrigações de curral, porque havia perdido o emprego, e por onde andou, só conseguiu ser operário de fazendas. Ali, ele estava mungindo uma faca parida de poucos dias, e ao ver o ex-sogro aproximando-se, tentou correr, pensando numa possível vingança. Mas o Manoel Tomás disse-lhe:

 - Fique aí! Nada tenho para fazer contra você. O que passou, passou.  Nem arma tenho. - Dizia ele levantando a camisa. Vim apenas para rever os meus netos e mais nada. A saudade deles é grande.

Mesmo cismado, o Mauro concordou no que garantira o ex-sogro, e logo o levou para casa. Os netos gêmeos, já se  aproximavam dos 10 anos de idade, e lá, aconteceu o grande abraço entre netos  e avô.

Os filhos ainda não tinham conhecimento que a mãe fora assassinada. Imagina, quando eles souberam que quem matou sua mãe foi o seu próprio pai.

Durante toda a noite, o Manoel Tomás dormiu sob o alpendre da casa da fazenda. No dia seguinte, ambos foram ao curral para fazerem algumas obrigações. 

O Manoel Tomás pôs-se a pensar: ali, misturado com um homem que findara a vida da sua filha, e por último, ele sendo companheiro do  assassino de quem cuidou com carinho, quando era pequena. Mas, imaginou que seria uma covardia vingar a morte de quem não quis ter responsabilidade, fazendo todo tipo de traições com o seu cônjuge, um grande homem e trabalhador. 

E no vai-e-vem do seu pensamento, resolveu vingar o feito. E aproximando do Mauro com um pedaço de pau derreou sobre o crânio do ex-genro, deixando-o cair sobre uma cocheira. Como ficou sozinho  no curral, fugiu às pressas, levando consigo apenas a saudade dos netos, e adeus, Mauro!

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SÓ COMO ARQUIVO EM NOSSO BLOG - O DIA QUE UM PRETO VELHO FOI EXPULSO DE UM CENTRO ESPÍRITA

Por Carlos Filho

Essa é uma história verdadeira. Ela de fato aconteceu em um centro espírita de uma pequena cidade do estado de Minas Gerais, há algum tempo atrás.

Um preto velho incorporou numa médium e começou a falar. No momento em que os trabalhadores perceberam que o espírito incorporado era um preto velho, mandaram suspender a incorporação. Nesse centro não eram aceitos pretos velhos, pois os dirigentes consideravam que os pretos velhos são espíritos não muito evoluídos. Por isso, ele não poderia ser admitido a orientar uma atividade de doutrinação. O espírito foi então convidado a se retirar do centro.. Logo a médium incorporou um espírito de um filósofo, um doutor de nome difícil, provavelmente europeu, que foi muito bem recebido por todos os presentes. O filósofo deu instruções aos membros do centro, fez os trabalhos de doutrinação e todos ficaram felizes e maravilhados com a intervenção desse espírito, que consideraram um espírito muito elevado.

A médium novamente começou a incorporar um espírito.

-Zifio... Ce suncê mi permiti, só quiria que ocês sobessem qui o dotô que apareceu agora há poquinho era este preto velho aqui, que agora proseia com vosmicês.

Todos ficaram espantados com a revelação... O preto velho então começou a não mais falar como um preto velho:

- É engraçado isso, meus irmãos, pois quando eu - apareci como preto velho, fui praticamente expulso dos trabalhos de vocês. Mas depois quando eu apareci no formato de um doutor, um filósofo europeu prestigiado, que tem conhecimento acadêmico, com toda a pompa e com ar de autoridade, todos me trataram muito bem, ouviram meus conselhos e ficaram felizes e maravilhados com a aparição. Por que isso, meus filhos?

No plano espiritual, não existem doutores, não existem classes sociais, não existem nacionalidades, não existem religiões, não existem raças, não existem essas divisões humanas que vocês criaram em toda parte para poderem se sentir melhores uns que os outros. No plano espiritual o que vale é o que você é lá no fundo, e não o que você tem. Todas essas divisões são ilusórias

Cuidado com o veneno da hipocrisia e do preconceito.

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LIVRO DO ESCRITOR JOSÉ BEZERRA LIMA IRMÃO

 Por José Bezerra Lima Irmão


𝐐𝐮𝐞𝐦 𝐞𝐬𝐜𝐫𝐞𝐯𝐞 𝟑 𝐥𝐢𝐯𝐫𝐨𝐬 𝐞𝐦 𝐮𝐦 𝐚𝐧𝐨 𝐭𝐞𝐦 𝐝𝐢𝐫𝐞𝐢𝐭𝐨 𝐚 𝐦ú𝐬𝐢𝐜𝐚 𝐧𝐨 𝐅𝐚𝐧𝐭á𝐬𝐭𝐢𝐜𝐨?

Vejam aí: depois de 𝑪𝒐𝒓𝒊𝒔𝒄𝒐 𝒆 𝑫𝒂𝒅á e 𝐙é 𝐁𝐚𝐢𝐚𝐧𝐨 𝐞 𝐨𝐬 𝐄𝐧𝐠𝐫á𝐜𝐢𝐚, acabo de lançar o livro 𝑴𝒂𝒓𝒊𝒂 𝑩𝒐𝒏𝒊𝒕𝒂 - 𝑫𝒐𝒏𝒂 𝑴𝒂𝒓𝒊𝒂 𝒅𝒐 𝑪𝒂𝒑𝒊𝒕ã𝒐. 

Contato do autor: WhatsApp 71 9 9985-1664

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