Seguidores

sábado, 19 de outubro de 2013

PÉ DE BRIGA

Por: Rangel Alves da Costa*
 Rangel Alves da Costa

Ao menos na terra de onde vim - sertão de conceito maior -, denomina-se pé de briga o motivo ensejador de uma discórdia, de uma discussão, de uma pega-pa-capá mesmo. Pode ser por coisa besta, motivo fútil, de aparência irrelevante, mas que pode ganhar contornos com consequencias inimagináveis.

Assim, o pé de briga é exatamente o pontapé inicial do arranca-rabo, que pode ser ocasionado por um olhar que o outro não gostou, uma palavra que chegou ao ouvido de forma aviltante, um gesto provocador, uma atitude tendente a gerar confusão. Muitas vezes uma coisa insignificante, besteira mesmo.

Já soube de casos em que o pé de briga era realmente coisa sem pé nem cabeça. Certa feita uma arruaça foi formada porque o valentão ofereceu uma dose de bebida e alguém se negou a tomar; uma vizinha jogava lixo no outro lado do muro esperando somente a outra vizinha achar ruim. Quando esta foi reclamar, então a briga já estava feita, preparada, arrumada pela semeadora da discórdia.

A mocinha vestiu uma sainha que quase mostrava os fundilhos, saiu à rua se rebolando, um gaiato deu psiu e ela não gostou. Correu e foi dizer ao pai que o outro lhe havia chamado disso e daquilo. O pé de briga tava feito. Já uma solteirona, encalhada de muitos anos, partia pra violência, pra esbofetear e destruir quem ousasse dizer que ela já contava com mais de quarenta anos. Era chamá-la de titia que a desgraceira estava feita.

Os meninos sempre jogavam bola tranquilamente no descampado. Eis que a danada da mulher ia devagarzinho com um cesto de roupa lavada e estendia no varal que ficava bem atrás da trave. Depois voltava e ficava escondida olhando quando alguém chutava uma bola mais forte e atingia qualquer pano estendido.

Doidinha pra arrumar encrenca, pra soltar o verbo impuro. Assim que a bola atingia um calçolão ela partia de lá esculhambando com tudo e todos, de vara na mão querendo agredir. Como um parente da meninada sempre chegava para intervir, então o banzé estava feito, em estado de injuriamento. Ora, o pé de briga já havia sido a premeditação da mulher.

 

Por não ter arranjado namorado na quermesse, a mocinha solitária e carente ficou de mal de fogo a sangue de Santo Antonio, o casamenteiro. Tirou o coitado de casa e o colocou de cabeça pra baixo na porta da igreja. Com cabeça enterrada no chão e as perninhas pro ar, o coitado do casamenteiro recebia o que não merecia.

Mas dizem que ele a perdoou e arrumou um pé de briga para sua companhia até quando ele suportasse tanto mandonismo, exigências e aborrecimentos da parte dela. Assim que o esposo botava o pé na porta e lá vinha a dita perguntando onde estava, com quem conversou, o que fez. Como ele não suportava tal tipo de coisa, tudo era pé de briga. E Santo Antonio não pôde fazer mais nada.

Mas certo dia uma vizinha passou pela frente do murinho baixo da outra vizinha, cumprimentou-a e disse, num tom amigueiro e sem querer ofender, que uma plantinha parecia não ter sido aguada, pois estava murchando. A outra não gostou e disse que o que estava murchando era a cara dela, tão feia que parecia um maracujá de fim de feira. Então o pé de briga começou a ferver.

A ofendida respondeu na hora e disse que nem pra maracujá a outra servia mais pra ser, senão uma melancia velha e podre que nem os porcos queriam experimentar como lavagem. “Melancia podre é você, sua sirigaita, sua quenga, gaiera, que nessa idade não se respeita e vive escondendo macho debaixo da cama”. Prestou não.

“O que, sua filha da puta safada, ladrona de homem dos outros, rapariga rampeira que tem um caso até com o entregador de leite. Pensa que eu não vejo não, é? Sua vagabunda imprestável...”. E a coisa esquentava demais.

“Todo mundo sabe que nem você nem sua raça valem um conto, é tudo gente safada, ladrona, bandida de marca maior, e qualquer dia o que não for preso vai contar história debaixo da terra...”. Vixe Maria!

“Você prova o que tá dizendo? Bandida é você, puta safada, sem vergonha, que compra e não paga a ninguém. Não sou eu quem vive recebendo cobrança na porta noite e dia...”. Lascou-se.

“Espere aí que você vai ver o que é bom pra tosse agorinha mesmo...”. E partiu pra cima da outra, voando em direção aos cabelos. Houve contra-ataque. Sopapos daqui e de acolá, madeixas espalhadas por todo lugar.

Dizem que até hoje brigam. E tudo nasceu do nada, de uma besteira, de um pé de briga que mais cedo ou mais tarde haveria de acontecer. E o que seria vizinhança senão o verdadeiro e autêntico pé de briga?

Poeta e cronista

blograngel-sertao.blogspot.com

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

ZÉ DO PAPEL E LAMPIÃO - O ínfimo contingente policial fugiu às pressas

Por: Archimedes Marques

Em meados de outubro de 1930 quando o bando de Lampião entrou na cidade de Aquidabã, em Sergipe, o ínfimo contingente policial fugiu às pressas deixando as pessoas totalmente desprotegidas e nas garras dos cangaceiros. Aquele era o retrato da força policial sergipana do então governador Eronildes de Carvalho, filho de Antônio Caixeiro, sem dúvidas, dos maiores coiteiros que o famigerado Lampião teve na sua vida bandida por cerca de 20 anos no nordeste brasileiro.

Zé do papel

José Custódio de Oliveira, o Zé do Papel, em virtude de ser uma pessoa aparentemente de classe privilegiada, de classe média para rica, um pecuarista e proprietário da Fazenda Pai Joaquim, fora abordado por Lampião e dentro da sua residência na cidade de Aquidabã, além de certa quantidade de dinheiro, fora encontrado dez balas de fuzil em uma cômoda, sendo daí interpelado para contar onde estava a arma, pois pela lógica, havendo munição haveria a consequente arma, oportunidade em que o trêmulo cidadão afirmou ter emprestado o mosquetão para o juiz de direito daquela comarca, Dr. Juarez Figueiredo.


Tal fato, provavelmente incutiu na mente de Lampião que a arma fora passada ao juiz, justamente para que ele se defendesse do seu bando, daí, enraivecido com o fato, o chefe do cangaço, irracional e impiedosamente arrastou Zé do Papel ruas acima e em frente a um armazém próximo da praça principal da cidade decepou à golpe de faca a sua orelha, depois do bando ter praticado saques no comércio local e tantos outros crimes de torturas contra pessoas amedrontadas, dentre os quais o assassinato de um débil mental de nome Souza de Manoel do Norte, mais conhecido por Abestalhado, que se fez de corajoso na sua insanidade sacando um pequeno canivete com o qual cortava fumo de corda para fazer seu cigarro de palha e com tal arma teria desafiado os cangaceiros. 


Diante do fato, o sanguinário Zé Baiano partiu em verdadeira fúria contra o pobre do doido ceifando a sua vida a golpes do seu longo e afilhadismo punhal de 70 centímetros, em luta totalmente desigual de um ínfimo canivete em mãos de um doente mental contra um longo punhal em mãos de um feroz e impiedoso cangaceiro. Não satisfeito com o bárbaro assassinato, Zé Baiano abriu a barriga da pobre vítima para retirar gordura e untar as suas armas de fogo. Tal pratica era useira e vezeira quando os cangaceiros eliminavam as suas vítimas e queriam impressionar a população para serem mais respeitados ainda do que já eram.

Consta que Zé do Papel na agonia de sentir o sangue escorrendo pescoço abaixo ainda foi obrigado a beber um litro de cachaça que ao mesmo tempo era usada para estancar o seu ferimento e aliviar a sua dor. Em meio a esse místico de humilhação, crueldade, sangue e cachaça o endiabrado cangaceiro Zé Baiano pegou o roceiro Eduardo Melo e após espancá-lo com o coice do seu fuzil, também cortou a sua orelha seguindo o exemplo do seu chefe. Zé do Papel ainda viveu por muito tempo e viu o cangaço se acabar e seu carrasco morrer, entretanto, o Eduardo Melo não teve a mesma sorte e faleceu cerca de um mês depois da perversidade sofrida.

Assim, Aquidabã viveu o maior dia de terror da sua história. Assim Aquidabã fora vítima das atrocidades dos cangaceiros e para sempre pelos seus sucessores moradores aquele dia será lembrado.  Assim, Aquidabã fora vítima também do próprio Estado que deveria ser o protetor do povo, mas que estava ausente. Ausente pela covardia dos seus policiais que fugiram mato adentro sem esboçarem reação alguma. Ausente pela pouca ou nenhuma vontade política de verdadeiramente se combater o cangaço nas nossas terras.

De tudo isso, por incrível que pareça, a Justiça de Aquidabã, sequer abriu Processo Criminal contra Lampião e seu bando. Teria o juiz Juarez Figueiredo, o mesmo que estava com o fuzil emprestado de Zé do Papel, responsável indireto pela decepação da sua orelha se acovardado para não providenciar qualquer procedimento judicial contra Lampião?...

Por outro lado, em igual modo de impunidade falando, dizem – e a história de certo modo comprova –  que a polícia de Sergipe era uma polícia de “faz de conta”: Fazia de conta que caçava Lampião, e, Lampião por sua vez, fazia de conta que era caçado.

(Delegado de Policia Civil no Estado de Sergipe. Pós-Graduado em Gestão Estratégica de Segurança Publica pela Universidade Federal de Sergipe) archimedes-marques@bol.com.br

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Zé do Telhado - Parte Final



Por: Guilherme Pereira - Jornalista

Camilo Castelo Branco e o bandoleiro de Portugal Zé do Telhado


O pior viria depois.
  
Derrotado, aconchega a condecoração, tira as divisas de sargento e voa como um pássaro para os braços da mulher e dos cinco filhos. Os vencedores atacaram a canalha. José Teixeira é perseguido, atola-se em dívidas por impostos que não consegue pagar e é expulso das Forças Armadas.
 
Não há quem lhe dê ofício, a todas as portas bateu – todas se lhe fecharam. Assim nasce o Zé do Telhado que faria lenda. 
 
Nesse tempo, Custódio, o “Boca Negra”, capitaneava a maior quadrilha de bandoleiros que aterrorizou as duas beiras em 1842. Conhecia, de gingeira,as façanhas militares de José Teixeira.

Ferido num dos assaltos, “Boca Negra” leva Teixeira a um casario meio abandonado onde se acoitava o bando. Apresentam-se à luz da vela - o “Tira-Vidas”, “O Girafa”, o “Sancho Pacato” o “Veterano” e o “Zé Pequeno”. Para o assalto do dia seguinte, “Boca Negra”, o líder ferido, informa a quadrilha que José Teixeira o substituiria no comando.
A bola de neve cresceu, imparável.
 
Zé do Telhado faz e reorganiza quadrilhas, ganha fama de generoso e audaz pelas vítimas que escolhe para os assaltos e o destino do dinheiro ou das jóias – os desgraçados com que se cruzava e, antes de tudo, a “ minha rica mulher e os queridos filhinhos”,como os viria a chamar, mais tarde, ao companheiro de prisão Camilo Castelo Branco.
 
A fama do bandoleiro atravessa o país. O temido Zé do Telhado emite, aos que estimava, um salvo conduto com a sua assinatura e esta informação:
” O portador deste salvo-conduto pode passar livremente e mando que o ajudem quando for preciso”.
 
Com as autoridades no seu encalço por todo o país, mil vezes o cercaram, mil vezes se escapuliu o tenebroso. Vendo-se perdido, decide fugir para o Brasil. Escondeu-se na barca “Oliveira”, acostada no Porto, onde lhe dera guarida nos últimos três dias Ana Vitória, uma das suas vítimas que passou a idolatrá-lo e sobre quem disse haver pessoas “de bem que nunca deram às classes humildes um centésimo do que lhes deu Zé do Telhado.” Desarmado e a horas de zarpar, Zé do Telhado é preso no esconderijo, a 5 de Abril de 1861.
 
Às dez da manhã do dia 25 de Abril, começa no tribunal de Marco de Canaveses o julgamento de José Teixeira da Silva.
 
No dia 27, às duas da madrugada, o júri, presidido pelo juíz António Pereira Ferraz, considerou Zé do Telhado culpado da prática de doze crimes. Roubos, um homicídio, organização de quadrilha de assaltantes e a tentativa de evasão sem passaporte.
 
“Condeno o réu José Teixeira da Silva da freguesia de Caíde de Rei, comarca de Lousada, na pena de trabalhos públicos por toda a vida na Costa Ocidental de África e no pagamento de custas” – assim determinou o tribunal.
 
O julgamento, sabe-se hoje, foi uma farsa. Uma consulta, ainda que superficial, a todos os documentos oficiais que constam no Tribunal da Relação do Porto e no Arquivo Distrital do Porto não deixam qualquer margem para dúvidas.
 
Alguns dos membros das quadrilhas chefiadas por Zé do Telhado foram arroladas pela acusação e safaram-se. Morgados, padres, administradores e regedores que tinham cometido os mesmos crimes do réu nunca seriam acusados ou perseguidos.
Várias testemunhas de acusação nada viram, de tudo souberam por terem ouvido.
 
Consta do processo que António Ribeiro, pedreiro, ”ouviu dizer que fora o querelado José do Telhado a roubar”. Alexandre Nogueira, comerciante, “não sabe que armas feriram o regedor se as do querelado se as dos sitiantes”. António da Silva, lavrador, “soube pelo ouvir dizer do padre roubado que o Zé do Telhado fora um dos que penetrara dentro da casa armado e isto tem ouvido ao povo”. Manuel de Sousa, lavrador, disse que “ sabe por ser bem público que tivera lugar o roubo de que se trata no dia pela forma que nos autos se declara”. Timóteo José de Magalhães, lavrador, “ disse que sabe pelo ter ouvido ao povo que tivera lugar o roubo de que se fala nos autos”. Francisco Moreira da Cunha, lavrador, “ouviu dizer e ser público e notório que o réu José Teixeira e o irmão estavam para embarcar para o Brasil”.
Só um tiro sairia pela culatra à acusação. Francisco António de Carvalho, lavrador, afirmou que “ o Zé do Telhado pagava crimes que não tinha cometido e ouviu dizer que se havia combinado com o administrador do concelho para imputar os dois crimes de roubo ao Zé do Telhado”.
 
Os quadrilheiros nobres evadiram-se para o Brasil, como sucedeu com o padre Torcato, ou colaboraram com a acusação, a troco da ilibação. O historiador Campos Monteiro analisou os autos e emitiu um parecer a este respeito:
“ É de crer que nesta altura se movimentassem altas influências tendentes a ilibar estas parelhas de bandidos engravatados. O facto é que saíram em liberdade. E é natural que o administrador, ao mesmo tempo que os inocentava, procurasse aproveitá-los ”.
 
O caso da ilibação do Morgado da Magantinha está igualmente documentado nos autos. Após a fuga do padre Torcato, a acusação subornou a testemunha António Eliziário que, perante o juíz, afirmou saber que “Margantinha foi um dia convidado pelo padre Torcato a ir ter à capela de Santa Águeda e, indo ali, o encontrou com alguns membros da quadrilha e quatro bois roubados”, pedindo-lhe “ o padre que tomasse conta dos bois para os vender, mas o Margantinha recusou-se”.
A verdadeira história do mito Zé do Telhado está mal contada, a começar pela data de nascimento que lhe é atribuída – na campa aparece 1815, em vez de 1818 – e culminando no julgamento relâmpago que durou menos de dois dias úteis.
 
Foram subtraídas testemunhas indispensáveis, promovidas declarações falsas e adulterados os critérios de escolha dos jurados. Em vez do sorteio, foram escolhidos a dedo conhecidos inimigos de Zé do Telhado. Condenado ao degredo, José Teixeira da Silva desembarcou em Luanda, seguindo para Malange, onde viveu cerca de um ano.

Palmilhou cada légua das terras da Lunda.

Fez-se negociante de borracha, cera e marfim.
 
Casou-se com uma angolana, Conceição, de quem teve três filhos. Cresceu-lhe a barba, até ao umbigo.
 
Era, para os angolanos, o “quimuêzo” – homem de barbas grandes.
 
Viveu desafogado, financeiramente. As saudades da mulher e dos cinco filhos levaram-no mais cedo.
 
Morreu, moído de remorsos, aos 57 anos.
 
Sepultado na aldeia de Xissa, a meia centena de quilómetros de Malange, os negros ergueram-lhe um mausoléu. Hoje, fazem-se romagens à campa do mito.

Os anciãos de Malange dizem que, embora fosse um homem austero, tinha um grande coração e nunca deixava cair um pobre.

P.S.1

O julgamento de Zé do Telhado iniciou-se em 25 de Abril de 1859, com acusação pública em 9 de Dezembro do mesmo ano. Foi condenado na pena de trabalhos públicos por toda a vida, na costa ocidental de África e no pagamento das custas. Esta pena foi mantida pelo Tribunal da Relação do Porto, cujo acórdão de sentença substituíu a expressão "costa ocidental de África", por "Ultramar".

Por acórdão da mesma instância, foi comutada a pena aplicada na de 15 anos de degredo para a África Ocidental, que contou desde a data de publicação do Decreto de 28 de Setembro de 1863.
 
A condenação deu como provados os seguintes crimes: tentativa de roubo, na forma tentada, em casa de António Patrício Lopes Monteiro, em Santa Marinha do Zêzere, comarca de Baião, homicídio na pessoa de João de Carvalho, criado de Ana Victória de Abreu e Vasconcelos, de Penha Longa, Baião, roubo na casa de referida senhora (Casa de Carrapatelo) de objectos de ouro e prata no valor de oitocentos mil e um conto de reis e algumas sacas com dinheiro, cujo valor a queixosa calculou em doze contos de reis, ainda que revelasse desconhecer os montantes visto que o dinheiro se encontrava na casa mortuária onde jazera, poucos dias antes, seu pai, e, após isso, ela ainda nem sequer lá voltara a entrar, roubo em casa do Padre Padre Albino José Teixeira, de Unhão, comarca de Felgueira, no valor de um conto e quatrocentos mil reis em dinheiro e ainda objectos de prata e outro, outro homicídio na pessoa de um correligionário, ferido num confronto com as autoridades.

Para além de outros crimes de roubo e de resistência à autoridade, foi também condenado como autor e chefe de associação de malfeitores e de tentativa de evasão do reino sem passaporte, com violação dos regulamentos policiais.

P.S.2
Este texto será publicado num semanário de circulação nacional, cujo director me autorizou que fosse dado em primeira mão a este jornal.

FINAL
http://www.setubalnarede.pt/content/index.php?action=articlesDetailFo&rec=1603
 
http://blogdomendesemendes.blogspot.com