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quarta-feira, 16 de novembro de 2016

NOVO LIVRO NA PRAÇA “PARAHYBA NOS TEMPOS DO CANGAÇO”

Autor Ruberval Sousa

O livro “PARAHYBA NOS TEMPOS DO CANGAÇO” relata trechos da história do cangaço no Estado da Paraíba, incursões de Jesuíno Brilhante, Antônio Silvino, Lampião, Corisco, Moreno, Massilon, Sabino; as batalhas da nossa volante e citações de cidades atacadas por bandos de cangaceiros, Princesa Isabel, Pombal, Bonito de Santa Fé, Cajazeiras, Sousa, Jericó, a história de Chico Pereira cangaceiro Paraibano, e muito mais.

SERVIÇO:

O valor é 35,00 com frete incluso Tel: watzap 98610-2810 Ruberval Sousa Silva ou através de Francisco Pereira Lima (professor Pereira), lá de Cajazeiras no Estado da Paraíba:
E-mail:  franpelima@bol.com.br

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A FEIURA DE ZÉ FOGUETEIRO

Por Clerisvaldo B. Chagas, 16 de novembro de 2016 - Escritor Símbolo do Sertão Alagoano - Crônica 1.592

(CONTO PARA QUEM GOSTA DE LEITURA)

Passando na frente da casa de Chico Dunga, Maria, aquela morena bonita, cheirosa e fofa: gritou: “Vai pra festa, Zé?” Oxente! Aquilo era comigo? “Ô meu fio, me leve com você que pai só confia em gente conhecida. Eu! Tá doido! Um cabra feio que nem eu com uma flor dessas na festa... Homem, eu estava sonhando e ainda nem tinha acordado. 


Mas era de verdade, rapaz, e lá vai eu pela primeira vez na vida de parelha com uma rosa. E você pensa que foi só isso? Maria não quis saber de ninguém e só dançava o forró comigo, parando de vez em quando para esquentar a goela. Diga pelo amor de Deus se São João não era santo forte! Mas também, tantos foguetes que já fiz pra ele... E a fogueirona prometida, maior do que as outras... Estava lá queimando na porta de casa, estalando angico e aroeira.Espiei para cima espiei para baixo, mas o danado do espelho não mentia: o homem era feio mesmo. Todo mundo casando e eu ficando no barricão. Olhe, acho que nos dezoito anos, bruguelo solteiro ali por perto somente eu. Quem diabo queria se casar com um homem desses! Namorada, não arranjava uma para remédio. Eita diabo! Estou cansado de chegar dos forrós, sozinho em casa. Mas São João é forte! Ora, se não é! No começo da madrugada fiz a minha promessa. Derrubei tronco, carreguei lenha e fiz a maior fogueira da redondeza. Agora sim, agora vou para o forró da Rua. Bem vestido, penteado, barbinha de rato... Ô homem feio da gota serena! Vou para o forró ou não vou? O Sim dizia: “vá”. O Não dava cada beliscão na popa da bunda que eu voltava da porta acabrunhado. Mas eu vou, eu vou. Peguei o chapéu quebrado pra cima, de meu pai. Fui à quartinha d’água, passei a mão no fundo e botei aquele dinheiro bom, novo e guardado no bolso. Já visse festa sem dinheiro? Atravessei o punhal comprado na terra de meu padrinho Ciço, no cinto de feira e parti. Não, não senhor, eu não queria furar ninguém... Todavia... Quanto mais mole mais o cão atenta.

O Sol queria passar nos garranchos dos paus quando voltamos para casa. Não vou contar outras coisas para você porque é proibido, entende? Mas com feiura e tudo eu me casei com a fia de Chico Dunga. Todo ano é um menino. No meio-dia de ontem Maria estava na rede e eu perguntei: “Tá pensando o que, mulher?” Ela respondeu: “Ah! Eu estava pensando como é que uma mulher feia e horrorosa que nem eu tem a sorte de casar com um homem gostoso que nem tu?!”

Eita, peste! Foi um parapapá danado por dentro da casa que nem galo atrás da galinha, já visse!?

Nada pesado que um santo prestigioso não pudesse resolver. Toda vez que nasce gente lá em casa eu boto outra fogueira em cima da grandona nas festas de São João. 

E a fogosa da Maria grita do quarto: “Demore não, Zé!”. 

Fim


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COMPLEXO DE AVESTRUZ

*Rangel Alves da Costa

Alguns escritos tentam a todo custo desmitificar a lenda. Não só a lenda como a verdade. E afirmar que o avestruz não enfia a cabeça no buraco é a mais deslavada mentira. Não que escave o buraco, mas encontrando um pela frente logo vai enfiando a cabeça seja para escondê-la ou não.

Os ditos estudiosos querem, na verdade, transformar uma realidade natural em algo aparente. É a tal da cientificidade querendo sempre se sobrepor à lógica dos fatos observáveis. Não soa como plausível dizer que a ave dobra seu pescoço sobre a terra para sentir vibrações e a presença de outros animais, e por isso mesmo parece estar com a cabeça enfiada em buraco.

Também não engana ninguém afirmar que o avestruz baixa seu pescoço rente ao solo para que o predador, ao avistar somente suas penas elevadas, pense estar diante de uma pedra ou de um arbusto. Apenas uma invenção explicativa, vez que agindo assim certamente ele ficaria muito mais exposta e desprotegida. E por que não correr logo, vez que possui grande velocidade, se contentando apenas em deixar o rabo à mostra?

Não se pode fugir da verdade. O avestruz esconde sua cabeça sim no buraco que encontrar. O seu pescoção de cabeça fina não pode encontrar uma fundura que vai se escondendo lá dentro. E não é para se esconder de predador coisíssima nenhuma, mas por outros motivos que somente a espécie pode dizer. Como não fala, então se imagina a motivação: qualquer outro tipo de fuga.

O avestruz é uma ave alta, a maior da terra, toda imponente, sempre majestosa no seu jeito de andar, mas com o aludido e peculiar costume: gostar de esconder a cabeça em buracos. Por fora, a sua penugem bela, o seu porte altaneiro, mas com a cabeça escondida. O que sua cabeça faz lá dentro pouco importa, mas que se mantém escondida do mundo lá fora.


Tão esbelto é o avestruz que mais parece uma modelo empertigada na passarela. Caminha como de salto alto e sempre se exibindo, mas de repente e afunda a cabeça em buraco. Depois se avista somente as pernas nuas e a plumagem em situação desconfortável e esquisita pela sua cabeça escondida. 

E por que age assim o avestruz? Como dito, inaceitável a explicação segundo a qual a ave nunca agiu desse modo. Também incabível a afirmação de que apenas baixa parte do pescoço rente ao chão e por isso dá a aparência de estar com a cabeça dentro de buraco. Longe de ser coisa de desenho animado, fato é que faz do buraco que encontra um tipo de fuga à realidade.

Uma avestruz com cabeça enfiada em buraco é o próprio ser humano em fuga da realidade. Neste passo é aonde se chega ao chamado complexo de avestruz: uma situação humana, à imitação da ave, onde as fugas e os medos são escondidos pelo temor de enfrentá-los. Em determinadas situações, a pessoa prefere se manter escondida a enfrentar a realidade. Mesmo sabendo que nada resolverá com a fuga, ainda assim prefere fingir a si mesma.

Não raro que o ser humano prefira o quarto fechado à porta da frente, prefira a escuridão à luz, prefira o fingimento à realidade. Todo problema surgido, ao invés do encorajamento para enfrentá-lo, logo corre ao buraco mais próximo para se esconder. Então começa chorar, a se martirizar, a buscar impossíveis soluções pelo sofrimento. Às vezes, tudo muito fácil de ser resolvido, de ser enfrentado, mas permanecendo como ameaça pelas fraquezas da alma.

Assim como faz a avestruz, fingindo uma segurança tendo deixado todo o restante do corpo exposto, igualmente no ser humano. Não adianta se esconder em buracos quando os problemas continuam lá fora. Neste momento há de se transformar em outro animal, até mesmo feroz, e contra-atacar com todas as forças que possuir. E assim por que os problemas somente são vencidos quando a pessoa não recua por medo e, ao invés disso, devora-o completamente.

Escritor
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A INVASÃO DE LAVRAS POR QUINCO VASQUES


No amanhecer de sete de abril de 1910 o centro da cidade de Lavras da Mangabeira, no Centro-Sul cearense, era invadido por cangaceiros comandados por Joaquim Vasques Landim, o Quinco Vasques. Era político o intento, e como alvo, o mandão provisionado do feudo de Dona Fideralina – o Coronel Gustavo Lima. Não são muitos os relatos literários que atentem com riqueza de detalhes a este objeto, e ao presente trabalho, interessa uma tentativa de interpretação através do comparativo de duas versões díspares, principalmente. Nas páginas de O Rebate, periódico que circulou no Cariri entre julho de 1909 e setembro de 1911, nota-se uma destas versões, assegurada por seu redator principal, o Padre Joaquim de Alencar Peixoto. No jornal, uma série de cinco artigos atribui aos coronéis do Crato, inimigos declarados do Pe. Peixoto, participação crucial no evento.

A outra versão apoia-se em autos de inquérito e em depoimentos do próprio Quinco Vasques, assim como de testemunhos e atenta à participação dos deportados de Aurora junto aos inimigos políticos lavrenses, próprios parentes do Cel. Gustavo, a fim de expulsarem-no, à bala, do poder municipal. Este episódio configurou-se como um dos de maior repercussão no cenário coronelístico do Nordeste do Brasil, à época, não só pela tentativa de deposição, propriamente, mas pela audácia na violação da predominância política estabelecida pela matrona Fideralina e o clã dos Augustos."

"Joaquim Vasques Landim, o Quinco Vasques ou Quinco Vasco. Nascido em 1874, aos 5 de janeiro, no sítio Santa Teresa (Missão Velha), veio casar-se em 1893, aos 9 de novembro, com Maria da Luz de Jesus (Marica), de 20 anos de idade, nascida no Sítio Olho d'água Comprido, do referido município. Depois de casado, Quinco Vasques deixou Santa Teresa, indo residir no sítio Tipi, em Aurora, onde foi vaqueiro de seu parente José Antônio de Macêdo (Cazuza). Morou, depois, nos sítios Boca das Cobras, em Juazeiro do Norte, Bico da Arara, na Serra de São Pedro (Caririaçu), e Passagem de Pedras, confinando-se este com o de Santa Teresa, seu local de origem."

"Vasques realizou diversas proezas. Questionou com os poderosos de Missão Velha, Isaías Arruda e Sinhô Dantas, sem objeção. Juntamente a três filhos, dentro de um vagão de trem, defrontou o temíveis Paulinos, de Aurora, que o haviam jurado para um primeiro encontro, mas retrocederam. Todavia, nada se compara ao evento de 7 de abril de 1910, em Lavras da Mangabeira. Com efeito, Quinco Vasques abalaria as estruturas de uma das mais fortes oligarquias do Nordeste, até então, exclusivamente por eles próprios deturpada. Teria sido Joaquim Vasques um jagunço ou algum tipo de facínora? Seria Vasques um mercenário, ou apenas um aventureiro? Teria sido um herói regional, ou meramente alguém que, pelos repetidos atos de destemor, ganharia fama de bravo, tão somente?"

Fonte: Blog Cariri cangaço / Dr. João Tavares Calixto Jùnior.

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VÂNDALO DANIFICA “CRUZ DA MENINA”, MONUMENTO QUE REGISTRA FATO MARCANTE NA HISTÓRIA DE POMBAL

Por Marcelino Neto

O monumento conhecido como “Cruz da Menina” foi alvo de vandalismo, fato acontecido nesta terça-feira (15).

Pessoas residentes na área ficaram revoltadas com a situação em virtude de que o ato não só atingiu o marco, mas a memória dos moradores ao considerar que a estrutura ali existente registra um dos fatos mais marcantes da história de Pombal.


O ícone destaca o caso de antropofagia ocorrido na seca de 1877, onde com fome e sem alimento, uma pessoa matou uma menina de 5 anos e em seguida após decepar a cabeça da garota, comeu a carne do corpo cozida.

A mulher que praticou o bárbaro crime era uma retirante da seca, identificada por Donária dos Anjos.

O crime chocou a comunidade, Donária foi presa e na prisão, ela acabou confessando o bárbaro crime.

Atualmente o local, que fica no Bairro dos Pereiros, é denominado “Cruz da Menina”, em memória ao fato.


O setor competente da prefeitura, responsável pela conservação ao tomar conhecimento, constatou que o obelisco necessitará passar por restauração em virtude dos danos sofridos.

No entanto, não foi afirmado quando os reparos deverão ser feitos.

O local também tem sido utilizado como espaço para orações e pagamento de promessas, e até de visitação por parte de turistas que aportam na cidade.

“A gente deveria se orgulhar de mostrar a Cruz da Menina, ao lado de uma praça hoje totalmente restaurada”, lembrou uma senhora residente em uma das ruas próximas.

Os danos foram registrados na parte superior do cruzeiro, onde fica fincada a cruz de ferro.

Até o presente momento parte da estrutura danificada continua jogada ao solo.

Marcelino Neto


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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A CHACINA DA FAMÍLIA DE DOMINGOS VENTURA

Por Antonio José de Oliveira

Meu caro Historiador Rubens Antonio e meu amigo José Mendes de Mossoró, uma das passagens mais tristes da saga do cangaço, que vocês e demais pesquisadores conhecem, foi sem sombra de dúvida a chacina da família de Domingos Ventura, numa injusta execução perpetrada por Corisco, onde perderam a vida seis pessoas da família, inocentemente. 



Até mesmo seu filho, o nobre Economista Silvio Bulhões quando lembra do assunto, sente enorme tristeza, e diz ter sido a pior injustiça cometida por seu pai. 


Sílvio Bulhões filho dos cangaceiros Corisco e Dadá

A segunda injustiça - salvo melhor juízo -, foi a morte como foi assassinado o referido cangaceiro. Não consigo aceitar como um combate, logo que Corisco, praticamente com os braços paralisados, não acredito ter enfrentado o grupo do então Tenente José Rufino, e sim, houve ali uma emboscada e não um confronto. 


Tenente Zé Rufino

Só não tenho certeza se o Tenente tinha ciência que o cangaceiro estava quase aleijado dos braços, em virtude de um confronto ocorrido dias antes. Agora uso as palavras do MENDES: A opinião é minha - sem nenhum valor oficial, pois lá eu não estava. Antonio José de Oliveira é pesquisador do cangaço lá da cidade de Serrinha, no Estado da Bahia. 


Adendo - http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Grande pesquisador Antonio José de Oliveira, segundo os nossos pesquisadores de campo e escritores do cangaço (falo nosso, não por possessividade, mas pelas informações que eles nos entregam diariamente), José Osório de Farias foi um dos policiais e comandantes de volantes que mais matou cangaceiros. Era alcunhado no comando policial por Zé Rufino, e que seu apelido antes de entrar na polícia era Zé de Rufina, mas não sei se a Rufina como o próprio apelido diz que era Zé de Rufina (Rufina), era a sua mãe ou esposa, e depois tornou-se Zé Rufino). 

Diz o escritor Alcino Alves Costa em: “Lampião Além da Versão – Mentiras e Mistério de Angico”, que o policial teve contato com Lampião em festas forrozeiras, quando ele fazia bailes lá pras bandas de Ribeiras do Pajeú, e nas localidades adjacentes, no Estado de Pernambuco. 

A primeira vez que o José Osório (ainda não era policial) fez contato com Lampião, foi no município de Salgueiro. Nesse encontro o José Osório era o sanfoneiro, e animava a festa de um casamento, sendo que Lampião era um dos convidados. Ao ver o jovem José Osório, Lampião se interessou de convidá-lo para participar do seu bando de cangaceiros, mas no momento do convite, ele se desculpou, dizendo que era arrimo de família, e sua mãe já era de idade. Além disso, tinha uns irmãos que eram seus dependentes. E o capitão não o levasse a mal, pois não tinha intenções de um dia usar armas.

Tempos depois, outro encontro, e Lampião o fez o mesmo convite. José Osório o disse que iria pensar, pois precisava resolver alguns problemas, e depois lhe daria uma resposta. 
Mas Lampião o liberou, marcando uma data e desta vez não aceitaria desculpas.


E agora, o que José Osório de Farias faria para se livrar de Lampião? 

Sabendo que estava marcado por ele, decidiu que a solução seria entrar na polícia, e em vez de ser perseguido, passaria a ser perseguidor de cangaceiros. Como tocador de baile não dava mais, pois poderia Lampião chegar e bagunçar a sua festa.

Meses depois, José Osório engajou-se na polícia militar, chegando a receber graduação de tenente, e a partir daí, surgiu o Tenente Zé Rufino. Chegou rapidamente a oficial, alcançando a posição de coronel da Policia Militar da Bahia.

Diz Alcino Alves que sua volante ficou famosa por cortar as cabeças dos asseclas mortos em combate. A morte mais comentada foi a de Corisco, um dos mais famosos facínoras que se tem notícia.

 Dr. Ivanildo Alves da Silveira

Diz o pesquisador e colecionador do cangaço Dr. Ivanildo Alves da Silveira que em depoimento que Zé Rufino deu ao cineasta Paulo Gil Soares, ele afirmou ter eliminado cerca de vinte integrantes dos bandos ligados a Lampião. 

https://www.youtube.com/watch?v=O2aFwR1sdAk

Diz ainda Alcino que em 1936, Zé Rufino eliminou o bando de Mariano, um cangaceiro da velha guarda que acompanhava o Rei do Cangaço há 13 anos.

José Mendes Pereira - Mossoró-Rn.

http://cariricangaco.blogspot.com.br/2010/05/ze-rufino-de-sanfoneiro-matador-de.html

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GUERRA DE CANUDOS

População miserável do Arraial de Canudos

História da Guerra de Canudos, o líder Antônio Conselheiro, o messianismo no Nordeste do início da República,  conflitos sociais na História do Brasil. 

A situação do Nordeste brasileiro, no final do século XIX, era muito precária. Fome, seca, miséria, violência e abandono político afetavam os nordestinos, principalmente a população mais carente. Toda essa situação, em conjunto com o fanatismo religioso, desencadeou um grave problema social. Em novembro de 1896, no sertão da Bahia, foi iniciado este conflito civil. Esta durou por quase um ano, até 05 de outubro de 1897, e, devido à força adquirida, o governo da Bahia pediu o apoio da República para conter este movimento formado por fanáticos, jagunços e sertanejos sem emprego. 

O beato Conselheiro, homem que passou a ser conhecido logo depois da Proclamação da República, era quem liderava este movimento. Ele acreditava que havia sido enviado por Deus para acabar com as diferenças sociais e também com os pecados republicanos, entre estes, estavam o casamento civil e a cobrança de impostos. Com estas idéias em mente, ele conseguiu reunir um grande número de adeptos que acreditavam que seu líder realmente poderia libertá-los da situação de extrema pobreza na qual se encontravam. 

Com o passar do tempo, as idéias iniciais difundiram-se de tal forma que jagunços passaram a utilizar-se das mesmas para justificar seus roubos e suas atitudes que em nada condiziam com nenhum tipo de ensinamento religioso; este fato tirou por completo a tranqüilidade na qual os sertanejos daquela região estavam acostumados a viver. 

Devido a enorme proporção que este movimento adquiriu, o governo da Bahia não conseguiu por si só segurar a grande revolta que acontecia em seu Estado, por esta razão, pediu a interferência da República. Esta, por sua vez, também encontrou muitas dificuldades para conter os fanáticos. Somente no quarto combate, onde as forças da República já estavam mais bem equipadas e organizadas, os incansáveis guerreiros foram vencidos pelo cerco que os impediam de sair do local no qual se encontravam para buscar qualquer tipo de alimento e muitos morreram de fome. O massacre foi tamanho que não escaparam idosos, mulheres e crianças.

Pode-se dizer que este acontecimento histórico representou a luta pela libertação dos pobres que viviam na zona rural, e, também, que a resistência mostrada durante todas as batalhas ressaltou o potencial do sertanejo na luta por seus ideais. Euclides da Cunha, em seu livro Os Sertões, eternizou este movimento que evidenciou a importância da luta social na história de nosso país. 

Conclusão : Esta revolta, ocorrida nos primeiros tempos da República, mostra o descaso dos governantes com relação aos grandes problemas sociais do Brasil. Assim como as greves, as revoltas que reivindicavam melhores condições de vida ( mais empregos, justiça social, liberdade, educação etc), foram tratadas como "casos de polícia" pelo governo republicano. A violência oficial foi usada, muitas vezes em exagero, na tentativa de calar aqueles que lutavam por direitos sociais e melhores condições de vida.

Bibliografia Indicada:

Autor: xxx
Editora: xxxxx
Temas: História do Brasil
Bibliografia Indicada:

Belo Monte - uma história da Guerra de Canudos
Autor: Maceo, José Rivair
Editora: Expressão Popular
Temas: História do Brasil

http://www.historiadobrasil.net/guerracanudos/
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JOSÉ ROMERO UM PATRIMÔNIO DA CULTURA NORDESTINA

Por Valberto Barbosa de Sena

JOSÉ ROMERO UM PATRIMÔNIO DA CULTURA NORDESTINA 
Valberto Brabosa de Sena

Com regras e normas tateei a mente 
Para encontrar brechas tentando grafar
A biografia de um mestre sem par
Do conhecimento: sábio coerente... 
A capacidade em mim fez-se ausente 
Não pus-me à altura de minha intenção... 
Mas não desisti, e na discrição
Que faço ser minha nos pontos que galgo, 
Foi com sacrifício, mas, escrevi algo 
À José Romero "que chamo de irmão"... 
Não irmão da carne, mas irmão na alma
 Pois creio que temos "igual sentimento". 
Unimo-nos aos vínculos do conhecimento 
Onde as nossas mentes vão encontrar calma...
O mundo onde vive se transforma em palma 
Ovacionando cada apólogo seu... 
Usando de um dom que Deus pai lhe deu 
Literariamente fez-se um homem nobre 
Descrevendo a saga de um povo pobre 
Geograficamente do Nordeste meu... 
Doou-se à escola, doou-se ao estudo, 
Aprendeu e teve a percepção 
De buscar no tempo mais compreensão 
Para aprender mais, um pouco de tudo... 
Transformou-se em mestre, mas não ficou mudo 
Na caneta pôs como um som de voz 
Gritou para o mundo os contras e os prós 
Da seca nas terras áridas nordestinas 
Clamando aos poderes ações campesinas,
Em prol de melhoras para todos nós... 
Em vários artigos direcionados 
Para a atenção dos poderes plenos, 
Fala contra as secas e mostra aos pequenos 
Como se tornaram meio escravizados...
Lhes dando opções para libertados 
Se tornarem todos do imenso abismo 
Que ainda impera do coronelismo 
Sustentando a cerca que prende a cultura 
Sonegando ao mundo a visão futura 
Conclamando a todos o "ABOLICIONISMO". 
A sabedoria que Romero tem 
É coisa divina, não é só de homem... 
Todos seus neurônios parecem que comem 
Comum alimento provindo do além. 
O conhecimento que nos passa vem 
Dum rincão profundo, dum grande minério
 Onde a mente humana dá-se em despautério 
Sem conseguir prumo pro saber extremo 
Cabendo a Romero o valor supremo 
DE ADMINISTRAR SEU GIGANTE "IMPÉRIO".

Valberto Brabosa de Sena. Poeta popular. Paraibano de Água Branca.

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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LIVROS DO ESCRITOR GILMAR TEIXEIRA


Dia 27 de julho de 2015, na cidade de Piranhas, no Estado de Alagoas, no "CARIRI CANGAÇO PIRANHAS 2015", aconteceu o lançamento do mais novo livro do escritor e pesquisador do cangaço Gilmar Teixeira, com o título: "PIRANHAS NO TEMPO DO CANGAÇO". 

Para adquiri-lo entre em contato com o autor através deste e-mail: 
gilmar.ts@hotmail.com


SERVIÇO – Livro: Quem Matou Delmiro Gouveia?
Autor: Gilmar Teixeira
Edição do autor
152 págs.
Contato para aquisição

gilmar.ts@hotmail.com
Valor: R$ 30,00 + R$ 5,00 (Frete simples)
Total R$ 35,00

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EXISTE UM SER E PERSONAGEM HISTÓRICO TÃO ENIGMÁTICO COMO "LAMPIÃO"?


A vida de Virgulino Ferreira da Silva, vulgo "Lampião" e o seu fim ficam como marcas que não se apagam, ainda é discutido se ele morreu em luta, atacado de surpresa ou foi covardemente envenenado. A discussão não produz nada, mas tem uma enorme importância, a sua trajetória e a sucessão de fatos que o consagrou o maior cangaceiro da história. 


Nesse mitológico personagem vejo retratado com fidelidade todas as virtudes e também defeitos de um sertanejo sofredor, vítima da época rude e cruel do sertão. Foi Capaz de gestos de nobreza e de atos sanguinários. Ora cruel, ora justiceiro. Momentos de homem bom, momentos de um homem perverso. Um ser gigante na coragem, implacável na vingança mas terno no amor. 

O homem pode ser tudo ao mesmo tempo, Virgulino tinha qualidades incríveis e as suas aptidões a vaqueiro, musica, poesia e ao cangaço fizeram dele uma pessoa admirável. Mas foi um reinado que não lhe rendeu palácio, manto ou coroa, por que acharam melhor apaga lo.

OBS: O TRECHO É DO LIVRO QUE ESPERO LANÇAR FUTURAMENTE COM O SEGUINTE TÍTULO: "CANGAÇO, POR QUE APAGAM AS LUZES"

Pedro Ralph Silva Melo (Administrador)

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QUANTAS VEZES

 Por. Zé Ronaldo

QUANTAS VEZES
Zé Ronaldo

Muitas vezes nesta vida
Queremos desanimar
Pelas dores das feridas
No silêncio á sangrar
Memórias são divididas
No aconchego do lar.

Nos doamos com amor
Para satisfazer a um irmão
Regamos nosso valor
Porém vem a decepção
A falsidade no calor
De um aperto de mão.

Quantas vezes no chuveiro
Ou embaixo do cobertor
Ficamos nos perguntando
Porque esfriou o amor
E o tempo vai passando
Nos trazendo angústia e dor.

Mais a vida é assim mesmo
Cada um dar o que tem
Cada dia bem vivido
É como um vagão de trem
Mesmo agente bem sofrido
Amor carinho se tem.

A ganância tomou conta
Do nosso globo terrestre
Tem gente que só apronta
Nem a pena se merece
Mais Deus pedirá a conta
pois de nada ele esquece.

Quanto mais se é gentil
Mais nocaute tomaremos
Nos atiram com o fuzil
Da lingua que é veneno
E choramos como um rio
Para irmos aprendendo.

Jesus foi á Pilatos
Que o mandou para Herodes
Pilatos o tem novamente
Escarneando-o até a morte
Ainda mais nós os viventes
Quem mudará nossa sorte.

O mal que agente encontra 
É de querer ajudar
Ser bom ouvir partilhar
E com o outro se importar
Sentar para escutar
Viver junto e lastimar.

Porém a ingratidão 
De supresa sempre vem
Nos perfura o coração
Nos transformando também
Munida da solidão
Sufocando nosso bem.

Mais Deus o nosso criador
Sempre nos coloca de pé
Nos fortalece no amor
Munidos da sua fé
Vai-se embora o rancor
Porque assim ele o quer.

Sempre prontos para o ringue
A qualquer hora estaremos,
Quem não sabe aproveitar
De nós é que sai perdendo
Só quem tem amor vai dar
Quem não tem está morrendo.


Zé Ronaldo é poeta popular.

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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