Seguidores

sexta-feira, 1 de junho de 2012

As Mulheres no Cangaço


Um dos aspectos mais relevantes do cangaço foi a participação feminina. Antes do bando de Virgulino Ferreira, O Lampião, não se tem noticias de que mulheres tenham vivido ou participado do cangaço. Quando um cangaceiro se envolvia com uma mulher, procurava deixá-la em lugar seguro, sob a proteção de alguém de sua confiança, visitando-a quando tinha  oportunidade.

A principio o bando tinha por regra não violentar mulheres e assumir uma postura de repúdio frente a prostituição, mas pouco a pouco os bandos se afastaram dessas regras morais do cangaço. Em 1923 na cidade de Bonito da Santa-Fé – PB, Lampião deu inicio ao estupro coletivo da esposa de um delegado. Passou, então, a fazer parte da normalidade, nas festas e fazendas onde chegavam, os cangaceiros se apropriarem das mulheres, casadas ou não, para se distraírem.


Maria Bonita ainda em trajes normais ao lado do cangaceiro Juriti

Um novo comportamento frente ao sexo feminino, só se verificaria a partir de 1930, quando Lampião decidiu levar Maria Bonita para viver no bando. 

Maria de Déa. Morava em Santa Brígida – BA, onde tinha uma relação de muitos desentendimentos com o marido. Bonita, morena, cabelos longos, inteligente, Maria foi levada por  Lampião quando este visitava a fazenda dos pais dela,  no norte da Bahia. Ela tinha 20 anos, Lampião 33. 

Os cangaceiros chamavam-na de Dona Maria ou “a mulher do capitão”.  Mais tarde, recebeu o sugestivo apelido de Maria Bonita. Depois outras mulheres se juntaram aos cangaceiros:  

Dada (de Corisco), Neném (de Luiz Pedro), Durvalina (de Moreno), 
Sila (de Zé Sereno), Lídia (de Zé Baiano), Inacinha (de Gato), Adília (de Canário), Cristina (de Português), Maria Jovina (de Pancada), Dulce (de Criança),  Moça (de Cirilo Engrácia), Otília (de Mariano), Maroca (de Mané Moreno),  Mariquinha (de Labareda), Maria Ema (de Velocidade), Enedina (de Cajazeira), Rosalina (de Chumbinho), Estrelinha (de Cobra Viva), Hortênsia (de VoltaSeca), Lacinha (de Gato Preto), Iracema (de Lua Branca), Eleonora (de Azulão), Lili (de Moita Braba), Catarina (de Sabonete), Mocinha (de Medalha), Maninha (de Gavião), Maria Juriti (de Juriti), Dora (de Arvoredo), Marina (de Laranjeira), Dinha (de Delicado).


Uma das mais famosas, além de Maria Bonita foi Dadá, mulher de Corisco, o diabo loiro. De acordo com Dadá, a “sertaneja achava bonito era bandido, todo enfeitado, todo perfumado, todo cheio de coisas”. Além desse fascínio, a vida de cangaço permitia às mulheres escaparem das árduas tarefas diárias da vida no campo.

A presença de mulheres no bando serviu também para reduzir a violência dos criminosos – as vitimas apelavam a sensibilidade feminina e não raro as mulheres intervinham junto aos homens. Além disso, a presença delas entre os bandoleiros significava uma garantia de respeito para as mulheres e filhas dos sertanejos surpreendidos por um ataque dos cangaceiros.

O cangaceiro Sebastião Pereira da Silva, o famoso Sinhô Pereira, o único que chefiou Lampião, declarou que ficou admirado quando soube que fora admitida a presença de mulheres entre os cangaceiros, coisa que ele próprio jamais permitiria, afinal Padre Cícero já havia profetizado que Lampião seria invencível enquanto não houvesse mulheres no bando.

Retrato de Maria Bonita exposto na casa onde ela viveu no povoado de Malhada do Caiçara, em Paulo Afonso (g1.globo.com)

A chegada das mulheres também impôs novas regras de convivência dentro do grupo:  exigia-se respeito para com as mulheres dos companheiros; a ninguém do bando era dado o direito de ter mais de uma companheira, e estas, na maioria das vezes eram esposas devotadas e fiéis; os casos de adultério eram punidos com a morte – foi o caso de Lídia, mulher do cangaceiro Zé Baiano, morta por ele a cacetadas, por tê-lo traído com o companheiro Besouro, que teve o mesmo destino sob os olhares de aprovação de Lampião. Quando morria um companheiro, a viúva tinha que arranjar um novo parceiro. Quando isso não acontecia, as viúvas eram executadas para que não falassem muito ou não tentassem abandonar o bando, ameaçando assim a  segurança do grupo.

As mulheres não eram guerreiras e tinham somente armas curtas de defesa. As crianças nascidas dessas uniões eram dadas a compadres, gente que tinha residência fixa, padres ou coronéis que pudessem dar-lhes uma vida tranqüila e digna.


O cangaceiro  Balão declarou em uma entrevista ao um jornal de São Paulo que, enquanto não havia mulheres entre eles, o cangaceiro brigava até enjoar. 

Depois disso passaram a evitar os tiroteios, e os bandos batiam logo em retirada para que fossem resguardadas a integridade física das companheiras. As mulheres tinham resistência e a valentia dos homens, mas muitas vezes atrapalhavam nas fugas por ficarem doentes ou grávidas.

De todas as mulheres, a que mais passou tempo no cangaço foi Maria Bonita, que morreu ao lado de Lampião em 1938, em Angicos. 

pesquisa:

História do Ceará, de Airton de Farias

Mulheres no cangaço. Disponível emhttp://tudonahora.uol.com.br/noticia/artigos/2009/03/08/47667/mulheres-no-cangaco
As mulheres do cangaço. Disponível em

Postado por Fátima Garcia 



Festa de Santa Paula Francinetti


De 1 a 11 de Junho de 2012

Comunidade:
 Teimosos

Cidade:
Mossoró-RN

Tema:
Santa Paula em favor do amor e da caridade.

Roteiro Histórico e Cultural de Mossoró IV - 01 de Junho de 2012

Por: Geraldo Maia do Nascimento

Do lado direito da Catedral de Santa Luzia, no centro de Mossoró, sob a sombra protetora de um velho tamarineiro, existe um monumento dedicado ao Vigário Antônio Joaquim. Consta de busto em pedestal que foi mandado construir pelo industrial mossoroense José Rodrigues de Lima, que para tanto contratou os serviços do artista Osísio Pinto. Numa placa na frente do pedestal está escrito: \\\"Vigário Joaquim de Brito: TU ES SACERDOS IN Æ I ERNUM. Ao Pe. Antônio Joaquim, memória de José Rodrigues - 1950.\\\"
               

 Monumento ao vigário Antônio Joaquim:


A inauguração do busto se deu em 2 de dezembro de 1953 e contou com a presença de autoridades e público em geral, tendo solene bênção do padre Luís da Mota, vigário Diocesano.
               
Antônio Joaquim Rodrigues foi vigário e político em Mossoró. Como vigário, pastoreou Mossoró por 51 anos, tendo substituído o padre Longino Guilherme de Melo; Como político, foi membro do Partido Conservador, exercendo o cargo de Deputado Provincial por vários mandatos, no período de 1853 a 1873, como representante de Mossoró. Durante esse período, lutou para que o Povoado de Santa Luzia de Mossoró fosse elevada à Vila e depois Cidade. E foi através de um projeto seu que em 9 de novembro de 1870, pela Lei Provincial nº 260, que Mossoró passa a categoria de Cidade. É famosa a frase que ele teria dito quando em regresso a Mossoró de férias legislativas: \\\"Fiz disto aqui uma cidade\\\".
               
O vigário Antônio Joaquim nasceu em Aracati, no estado do Ceará, em 5 de novembro de 1820 e morreu a 9 de setembro de 1894.


Todos os direitos reservados

É permitida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de
comunicação, eletrônico ou impresso, desde que citada a fonte e o autor.

Autor:
Geraldo Maia do Nascimento

Fonte:
http://www.blogdogemaia.com/#

Se você quiser saber o que aconteceu com  Anathália Cristina Queiroga, clique no link abaixo:

http://blogdomendesemendes.blogspot.com.br/2012/05/direito-que-anathalia-cristina-queiroga.html