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quinta-feira, 3 de novembro de 2016

ANTONIO DOS SANTOS O CANGACEIRO VOLTA SECA

Por Geraldo Júnior
Na fotografia acima, à direita, está o Jornalista Berliet Júnior (Jornal Diário da Noite), é o ex-cangaceiro Volta Seca (Antônio dos Santos) à direita.

Já faz um bom tempo que não apresento matérias relacionadas ao polêmico cangaceiro "Volta Seca" e, revirando o meu baú, deparei-me com essa imagem que para muitos (as) é desconhecida, e por isso resolvi publicá-la, para o conhecimento geral e "alegria" da confraria cangaceira.

https://www.youtube.com/watch?v=yxjWPUJmVvA

Preso no ano de 1932, o antigo cabra de Lampião usou e abusou do "direito" de criar histórias e falar inverdades àqueles (as) que o entrevistaram. No ano de 1957, com o apoio da gravadora "Todamérica" lançou um LP com músicas relacionadas ao cangaço, canções como "Acorda Maria Bonita", "Mulher Rendeira", entre outras.

https://www.youtube.com/watch?v=7v3kEN8XDho

Foto: Diário da Noite
Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador do Grupo)


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ARMA E BALA USADOS EM CANUDOS

 
Canhão "a matadeira"

Canhão usado contra os moradores de Canudos pelas forças militares da República.

Bala de canhão iguais as que o exército brasileiro usou contra os moradores de canudos.

Bala de canhão iguais as que foram usadas em Canudos. Seu interior é composto metade de chumbo e metade de estilhaços. Seu peso deve chegar a 5kg.

Essa que vemos na captura fotográfica foi doada ao pesquisador Eduardo Bastos.

Fonte/foto edubastos.com

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=783898338417387&set=pcb.719597438204375&type=3&theater

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JOSÉ ALVES DE BARROS O ZÉ SATURNINO

Por José Mendes Pereira

José Alves de Barros o “Zé Saturnino” Uma vingança que não houve, a qual foi prometida pelo perverso e sanguinário Lampião. O primeiro e maior inimigo de Lampião não foi assassinado como o rei do cangaço prometeu em várias ocasiões. Zé Saturnino sobreviveu às ameaças do cangaceiro, e só faleceu no dia 05 de agosto de 1981, com 87 anos vividos. 


Acho que depois que o rei tomou gosto com os ataques às fazendas, vilarejos, cidades..., colocou na sacola do esquecimento esta ideia de assassinar seu primeiro inimigo o Zé Saturnino. 

Virgolino Ferreira da Silva o Lampião talvez pensou em dizer: “Deixa pra lá!” Adquirir dinheiro e joias através do toma, toma, é muito mais importante do que está perdendo tempo para tentar assassinar um velho alcaide. 

Lembre-se leitor, que Lampião nunca disse isso, é apenas na minha imaginação, que ele disse consigo mesmo. "Longe da literatura lampiônica".

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LAMPIÃO A RAPOSA DAS CAATINGAS

Por José Bezerra Lima Irmão

Depois de onze anos de pesquisas e mais de trinta viagens por sete Estados do Nordeste, entrego afinal aos meus amigos e estudiosos do fenômeno do cangaço o resultado desta árdua porém prazerosa tarefa: Lampião – a Raposa das Caatingas.

Lamento que meu dileto amigo Alcino Costa não se encontre mais entre nós para ver e avaliar este livro, ele que foi meu maior incentivador, meu companheiro de inesquecíveis e aventurosas andanças pelas caatingas de Poço Redondo e Canindé.

                                                                             O autor José Bezerra Lima Irmão

Este livro – 740 páginas – tem como fio condutor a vida do cangaceiro Lampião, o maior guerrilheiro das Américas.

Analisa as causas históricas, políticas, sociais e econômicas do cangaceirismo no Nordeste brasileiro, numa época em que cangaceiro era a profissão da moda.

Os fatos são narrados na sequência natural do tempo, muitas vezes dia a dia, semana a semana, mês a mês.

Destaca os principais precursores de Lampião. Conta a infância e juventude de um típico garoto do sertão chamado Virgulino, filho de almocreve, que as circunstâncias do tempo e do meio empurraram para o cangaço.

Lampião iniciou sua vida de cangaceiro por motivos de vingança, mas com o tempo se tornou um cangaceiro profissional – raposa matreira que durante quase vinte anos, por méritos próprios ou por incompetência dos governos, percorreu as veredas poeirentas das caatingas do Nordeste, ludibriando caçadores de sete Estados.
O autor aceita e agradece suas críticas, correções, comentários e sugestões:
(71)9240-6736 - 9938-7760 - 8603-6799

Pedidos via internet:
Fale com o autor: josebezerra@terra.com.br
Tel.: (71)9-9985-1664

Ou então:
Mastrângelo (Mazinho), baseado em Aracaju:
Tel.:  (79)9878-5445 - (79)8814-8345 Abaixo, o e-mail:

Vendas presenciais
NA BAHIA
- Em Salvador:
        na livraria da Estação Rodoviária
        na livraria do Aeroporto 2 de Julho
        na Livraria Saraiva do Shopping Salvador
        na Livraria Saraiva do Shopping Paralela
        na Livraria Leitura, Shopping Salvador Norte
- Em Feira de Santana, na Livraria Atlântica, no Shopping Boulevard

EM SERGIPE
- Em Aracaju:
     na Livraria Escariz, no Shopping Jardins e no Shopping Rio Mar
       na Livraria Saraiva, Shopping Rio Mar
- Em Frei Paulo, na Mônaco Center, Rua Barão do Rio Branco, 38
- Em Itabaiana, no Supermercado Nunes Peixoto, na Praça João Pessoa
- Em Nossa Senhora da Glória, na banca de revistas do Tonho, na Avenida Lourival Batista
- Em Tobias Barreto, na Livraria Kairós, Praça da Igreja (Praça Dom José Tomaz)

NA ROTA TURÍSTICA DO CANGAÇO - Piranhas, Grota do Angico, Canindé, Xingó:
- Em Piranhas, na loja de artesanato vizinha do Museu do Sertão
- Em Xingó, na loja de artesanato do Restaurante Karranca's, ponto de embarque e desembarque do catamarã para passeios no cânion do Rio São Francisco.
- Na Prainha Beira-Rio, junto às estátuas de Lampião e Maria Bonita, na venda de artesanato de Sandro Excelência (Artesanato Velho Chico)
- Na Grota do Angico, no Restaurante Angico, na foz do Riacho Forquilha, onde se inicia a trilha para visita à Grota do Angico
- Em Canindé, na loja de artesanato JVC, de Maria Cida, Av. Ananias Fernandes, 787

  
EM ALAGOAS
- Em Maceió, na livraria Cia. dos Livros, no Farol e na Ponta Verde

EM PERNAMBUCO
- Em Recife, na Livraria Saraiva, Shopping Recife e Shopping Rio Mar
- Em Serra Talhada, no Museu do Cangaço (Cabras de Lampião)

NA PARAÍBA
- Em João Pessoa, na Livraria Saraiva, Shopping Manaíra
- Em Cajazeiras com o professor Pereira
E-mail: 
franpelima@bol.com.br

NO RIO GRANDE DO NORTE
- Em Natal, Livraria Saraiva, no Shopping Midway e no Natal Shopping
- Em Mossoró, Livraria Saraiva, no Shopping Oeste

NO CEARÁ
- Em Fortaleza, na Livraria Saraiva, Shopping Fortaleza, lojas 420 e 68



SOBRE ASSIS ÂNGELO, PARAIBANO RADICADO EM SÃO PAULO, UM DOS MAIORES DEFENSORES DA CULTURA NORDESTINA!


JORNALISTA E ESTUDIOSO DA CULTURA POPULAR, ACUMULA VASTA EXPERIÊNCIA NOS PRINCIPAIS JORNAIS DO PAÍS E TAMBÉM NA IMPRENSA ALTERNATIVA. ECLÉTICO, PARTICIPOU DE VÁRIAS COLETÂNEAS MUSICAIS E DE FILMES. 

ASSIS ÂNGELO É PARAIBANO DE JOÃO PESSOA (1952). INICIOU A CARREIRA PROFISSIONAL NO JORNAL O NORTE, NO FINAL DOS ANOS 1960. FOI COLUNISTA E REPÓRTER DOS JORNAIS A UNIÃO E CORREIO DA PARAÍBA. EM MEADOS DOS ANOS 1970, EDITOU O DIÁRIO DO AGRESTE, EM CARUARU (PE). EM 1976, MUDOU-SE PARA A CAPITAL PAULISTA E, A PARTIR DO ANO SEGUINTE, TRABALHOU NOS JORNAIS FOLHA DE S. PAULO, DIÁRIO POPULAR E O ESTADO DE S. PAULO. 

 NESTE ÚLTIMO, OCUPOU A CHEFIA DA EDITORIA DE POLÍTICA, EM 1987. INTEGROU OS QUADROS DAS TVS ABRIL/VÍDEO, MANCHETE E GLOBO. FOI CORRESPONDENTE, EM SÃO PAULO, DO JORNAL DE BRASÍLIA E COLABORADOR DE INÚMERAS PUBLICAÇÕES BRASILEIRAS, ENTRE AS QUAIS O PASQUIM E A TRIBUNA DA IMPRENSA, DO RIO DE JANEIRO; MOVIMENTO, DE SÃO PAULO; E COOJORNAL, DE PORTO ALEGRE. TAMBÉM FOI COLUNISTA DA AGÊNCIA ESTADO E UM DOS CRIADORES DA AGÊNCIA BRASILEIRA DE REPORTAGENS (ABR). 

PRODUZIU E APRESENTOU PELA RÁDIO CAPITAL O PROGRAMA SÃO PAULO CAPITAL NORDESTE, QUE SE TORNOU LÍDER DE AUDIÊNCIA E REFERÊNCIA NACIONAL, POR MAIS DE SEIS ANOS. EM 1998, FOI AGRACIADO COM O TÍTULO DE CIDADÃO PAULISTANO PELA CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO. 

PARTICIPOU DO LONGA-METRAGEM FRANCO-BRASILEIRO SAUDADE DO FUTURO, DE CÉSAR PAES E MARIE-CLÉMENCE, PREMIADO NA EUROPA E ESTADOS UNIDOS. ESSE FILME FOI BASEADO EM UM DOS SEUS LIVROS, A PRESENÇA DOS CORDELISTAS E CANTADORES REPENTISTAS EM SÃO PAULO.

EM 2000, LANÇOU O CD ASSIS ÂNGELO INTERPRETA POETAS BRASILEIROS, AO LADO DE ZÉ RAMALHO, ELBA RAMALHO, JACKSON ANTUNES, OSWALDINHO DA CUÍCA, ALEH FERREIRA, TONINHO CARRASQUEIRA, RODRIGO MATTOS E NEY COUTEIRO, ENTRE OUTROS ARTISTAS. EM 2004, FOI LANÇADO UM DVD COM O CURTA-METRAGEM BOI, DE EDU FELISTOQUE E NEREU CERDEIRA, COM TEXTO E NARRAÇÃO DE SUA AUTORIA. COMO CONSULTOR PARTICIPOU DE VÁRIAS COLETÂNEAS MUSICAIS (LPS E CDS) E DO FILME PELÉ ETERNO, DE ANÍBAL MASSAINI, EM 2004.

FOI O AUTOR DOS TEXTOS DA COLEÇÃO SOM DA TERRA, COM 27 TÍTULOS SOBRE MÚSICA CAIPIRA, DA GRAVADORA WARNER/CONTINENTAL, EM 1994. CHEFIOU O DEPARTAMENTO DE IMPRENSA DA COMPANHIA DO METROPOLITANO DE SÃO PAULO (METRÔ) E RESPONDEU DURANTE DOIS ANOS PELA ASSESSORIA ESPECIAL DA PRESIDÊNCIA DA COMPANHIA PAULISTA DE TRENS METROPOLITANOS (CPTM), PERÍODO EM QUE PROMOVEU DEZENAS DE ATIVIDADES CULTURAIS RELACIONADAS À CULTURA POPULAR, INCLUINDO A LITERATURA DE CORDEL E A CANTORIA DE IMPROVISO AO SOM DE VIOLAS NORDESTINAS.

INTEGROU A MESA DE JURADOS DE FESTIVAL DE REPENTISTAS EM SÃO CAETANO, EM 1989. ORGANIZOU E PRESIDIU A MESA DE JURADOS DO 1º FESTIVAL DE REPENTISTAS DA RÁDIO ATUAL, LEVANDO NOMES DA IMPORTÂNCIA DO COMPOSITOR PAULISTANO PAULO VANZOLINI E DO POETA MÁRIO CHAMIE. ESSE FESTIVAL RESULTOU EM UM LP, EM 1989. PARTICIPOU COMO JURADO DE GRANDE ENCONTRO DE CULTURA POPULAR EM MAUÁ, NA GRANDE SÃO PAULO, EM 1990.

LANÇOU O LIVRO A PRESENÇA DOS CORDELISTAS E CANTADORES REPENTISTAS EM SÃO PAULO, EM 1996. ESCREVEU TEXTOS E LANÇOU A SÉRIE DE CDS O QUE É... REPENTISMO, EM TRÊS VOLUMES, DA COLEÇÃO PRIMEIROS ACORDES, PELA GRAVADORA COPACABANA, EM 1996.

COORDENOU E PRESIDIU A COMISSÃO JULGADORA DO MAIS IMPORTANTE FESTIVAL DE POETAS REPENTISTAS DO BRASIL (POR SEU TAMANHO, FORMATO E REPERCUSSÃO), COM CLASSIFICATÓRIAS NO TEATRO DA CPC/UMES, EM SÃO PAULO, CUJA FINAL OCORREU NO MEMORIAL DA AMÉRICA LATINA E RESULTOU EM TRÊS CDS, UM DUPLO E SIMPLES, EM 1997. O 2º FESTIVAL PAULISTA DE REPENTE, DA CPC/UMES LHE FOI DEDICADO, EM 1999.

IDEALIZOU E REALIZOU O 1º CONCURSO PAULISTA DE LITERATURA DE CORDEL, QUE RESULTOU NA DISTRIBUIÇÃO DE 200 MIL FOLHETOS NAS ESCOLAS PÚBLICAS DO ESTADO (2001). TAMBÉM IDEALIZOU E REALIZOU O 2º CONCURSO PAULISTA DE LITERATURA DE CORDEL, COM DISTRIBUIÇÃO GRATUITA DE 210 MIL FOLHETOS NA REDE PÚBLICA DE ENSINO DO ESTADO, EM 2003. APRESENTOU O PROGRAMA TÃO BRASIL, PELA ALLTV, A PRIMEIRA TEVÊ PELA INTERNET DO PAÍS, ENTRE 2005 E 2007. E ASSINOU A COLUNA DIÁRIA NO PORTAL MUSICNEWS, ENTRE 2007 E 2008. FOI CONTEMPLADO EM DOIS EDITAIS DA SECRETARIA DE CULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO E DO BNB, QUE RESULTARAM EM DOIS CDS, EM 2008.

FOI CURADOR DE UM PROJETO SOBRE O ANO DE 1968, QUE INCLUIU UMA EXPOSIÇÃO E UM CICLO DE DEBATES NO CENTRO CULTURAL DO BANCO DO NORDESTE (BNB), EM FORTALEZA, AO LADO DOS CANTORES, COMPOSITORES E INSTRUMENTISTAS SÉRGIO RICARDO E THÉO DE BARROS E DO JORNALISTA JOSÉ HAMILTON RIBEIRO, NO ANO DE 2008. 

TAMBÉM RESPONDEU PELA CURADORIA DO PROJETO REALIZADO NA CASA DAS ROSAS E NO METRÔ (ESTAÇÃO PARAÍSO) EM HOMENAGEM AO CENTENÁRIO DO POETA PATATIVA DO ASSARÉ, QUE GEROU O ÁUDIO LIVRO O POETA E O JORNALISTA, EM PARCERIA COM A UNIVERSIDADE FALADA E A EDITORA HEDRA, EM 2009. É MEMBRO DO CONSELHO EDITORIAL DO JORNAL UNIDADE, DO SINDICATO DOS JORNALISTAS NO ESTADO DE SÃO PAULO, AO QUAL É FILIADO DESDE 1977. TEM SIDO JURADO DE IMPORTANTES PRÊMIOS JORNALÍSTICOS, COMO O VLADIMIR HERZOG.

BIBLIOGRAFIA

- EM REVISTA 5 (EDITORA DO ESCRITOR, SÃO PAULO, 1978). LITERATURA BRASILEIRA. VÁRIOS AUTORES. CONTO: OBSESSÃO DE UM RAPAZ DE OLHOS MÍOPES.
- A PROSTITUIÇÃO EM DEBATE (ED. PAULINAS, SÃO PAULO, 1982). JORNALISMO/SOCIOLOGIA. ORG. VÁRIOS AUTORES.
- O BRASILEIRO CARLOS GOMES (ED. NACIONAL, SÃO PAULO, 1987). BIOGRAFIA DO MAIOR COMPOSITOR OPERÍSTICO DAS AMÉRICAS.
- TROPICÁLIA 20 ANOS (ED. SESC, SÃO PAULO, 1987). VÁRIOS AUTORES, ENTRE OS QUAIS CAETANO, GIL, TOM ZÉ E ZÉ CELSO.
- NORDESTINDANADOS, CAUSOS & COUSAS DE UMA RAÇA DE CABRAS DA PESTE – DE PADRE CÍCERO A CÂMARA CASCUDO (RG EDITORES, SÃO PAULO, 1987). LITERATURA BRASILEIRA.
- EU VOU CONTAR PRA VOCÊS (ED. ÍCONE, SÃO PAULO, 1990). BIOGRAFIA DO REI DO BAIÃO, LUIZ GONZAGA.
- O CORONEL E A BORBOLETA E OUTRAS HISTÓRIAS NORDESTINAS (ESTÚDIO F, SÃO PAULO, 1992). LITERATURA BRASILEIRA. CONTOS, CRÔNICAS.
- A PRESENÇA DOS CORDELISTAS E CANTADORES REPENTISTAS EM SÃO PAULO (EDITORA IBRASA, 1996, SÃO PAULO), FOLCLORE.
- DICIONÁRIO CATRUMANO, PEQUENO GLOSSÁRIO DE LOCUÇÕES REGIONAIS (ED. LETRAS & LETRAS, 1996, SÃO PAULO), COM TÉO AZEVEDO. LINGÜÍSTICA.
- O QUE É FOLCLORE (EDIÇÃO PATROCINADA PELA COMPANHIA DO METROPOLITANO DE SÃO PAULO, 1998, SÃO PAULO). FOLCLORE.
- AS ORIGENS DA CANÇÃO DE NATAL, DA ANTIGUIDADE À ATUALIDADE (EDIÇÃO PATROCINADA PELA COMPANHIA DO METROPOLITANO DE SÃO PAULO, 1988, SÃO PAULO). HISTÓRIA.
- O POETA DO POVO, VIDA E OBRA DE PATATIVA DO ASSARÉ (EDITORA CPC/UMES, SÃO PAULO, 1999). LITERATURA BRASILEIRA. BIOGRAFIA DO POETA POPULAR ANTÔNIO GONÇALVES DA SILVA. ACOMPANHA UM CD, COM TRECHOS DE ENTREVISTA COM O BIOGRAFADO, FEITA EM 1978.
- O CANTADOR DE ALTO BELO (EDIÇÃO INDEPENDENTE, 2001, SÃO PAULO). BIOGRAFIA DO ARTISTA POPULAR TÉO AZEVEDO. EDIÇÃO DO BIOGRAFADO.
- A PRESENÇA DO FUTEBOL NA MÚSICA POPULAR BRASILEIRA (ED. PAULUS, 2002, SÃO PAULO).

- O CLARIM E A ORAÇÃO (GERAÇÃO EDITORIAL, 2002, SÃO PAULO). LITERATURA BRASILEIRA. ORG. RINALDO DE FERNANDES. VÁRIOS AUTORES: ARIANO SUASSUNA, AUGUSTO DE CAMPOS, ROBERTO POMPEU DE TOLEDO, ENTRE OUTROS.
- DICIONÁRIO GONZAGUEANO, DE A A Z (EDIÇÃO PATROCINADA PELA TRENDS ENGENHARIA E TECNOLOGIA, 2006, SÃO PAULO). BIOGRAFIA.
- SÃO PAULO MINHA CIDADE.COM (EDIÇÃO SPTURIS, 2008, SÃO PAULO). ACOMPANHA UM CD.
- UMA BREVE HISTÓRIA DO CORDEL (EDIÇÃO DO GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ, 2008).
- PASCALINGUNDUM! OS ETERNOS DEMÔNIOS DA GAROA (EDIÇÃO PATROCINADA PELO GRUPO TRENDS TECNOLOGIA, 2009, SÃO PAULO). BIOGRAFIA.
- CAMINHOS DO NORDESTE EM SÃO PAULO (SESC, 2009, SÃO PAULO). HISTÓRIA.
- A PRESENÇA DO FUTEBOL NA MÚSICA POPULAR BRASILEIRA (EDIÇÃO DO AUTOR, 2010, SÃO PAULO).
- A MENINA INEZITA BARROSO (CORTEZ EDITORA, 2011, SÃO PAULO). BIOGRAFIA.
- LUA ESTRELA BAIÃO, A HISTÓRIA DE UM REI (CORTEZ EDITORA, 2012, SÃO PAULO). INFANTO JUVENIL.


ATUALIZADO PELO PORTAL DOS JORNALISTAS - OUTUBRO/2011


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço José Romero de Araújo Cardoso

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O ILUSTRE DESCONHECIDO

 Por Geziel Moura
Geziel Moura, Felipe Passos e Jorge Remigio em dia de Cariri Cangaço

Os acontecimentos históricos, como os do cangaço, não ocorreram de maneira continua e linear, como o desenrolar de novelo, ou da película de filme qualquer, os episódios aconteceram de formas descontínuas, encharcados de rupturas e tensões, cujos desdobramentos, produziram histórias dentro da história.

Para mostrar que os eventos se entrelaçam numa rede complexa de acontecimentos, relações de poder e discursos, farei breve descrição de três episódios, conectados pelo ilustre desconhecido, o Ten. José Joaquim Grande, da volante alagoana.

A primeira aparição, deste militar, está relacionada, com a prisão do cangaceiro Antônio dos Santos, o Volta Seca, que ocorreu em fevereiro de 1932 na região de Santo Antônio da Glória, após a deserção, do cangaceiro, do grupo de Lampião.


Outra situação, em que estava presente, o volante José Joaquim Grande, remete-se ao fim do cangaço, no período das entregas dos cangaceiros, que operavam no sertão de Alagoas, foi o caso da captura de Pedro Pau Ferro, o Velocidade, que pertencia ao grupo de Corisco, na ocasião da chacina na Fazenda Lagoa dos Patos, inclusive, sendo o carrasco pelas mortes de grande parte da família de Domingos Ventura, no início de agosto de 1938.

Entretanto, em dezembro deste mesmo ano, a volante comandada por Joaquim Grande, captura Velocidade, que se encontrava no grupo do cangaceiro Português, sendo que a polícia, obteve ajuda do cangaceiro Pancada, entregue anteriormente, a tal polícia.


Voltando no tempo, agora, em setembro de 1935, José Joaquim Grande dá ultimato para Félix Alves Rocha, coiteiro de Lampião, proprietário da fazenda Aroeirinha, na região de Mata Grande (AL), o que levou aos membros desta família a se unirem a outro coiteiro, o Antônio de Amélia, associação que resultou na morte de quatro cangaceiros: Suspeita, Medalha, Fortaleza e Limoeiro (Primo de Dadá, estava com Cirilo de Engrácia em agosto de 1935, quando este, fora morto por civis, também nesta mesma região de Mata Grande (AL)

Na matéria, fotos de Joaquim José Grande (Cortesia do escritor Sérgio Dantas) por ocasião de alguns dos fatos narrados acima.

Geziel Moura, pesquisador 
Fonte: Grupo Historiografia do Cangaço

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A CANÇÃO E A LENDA DA CABOCLA MARINGÁ SOB A ÓTICA DA MARINGAENSE ÂNGELA XAVIER


Em 07 de março de 2010 postamos aqui no blog um artigo intitulado "A Canção e a Lenda da Cabocla Maringá", de autoria dos professores  José Romero Araújo Cardoso e Gilberto de Sousa Lucena em que retrata a história da origem da canção Maringá e sua relação com a cidade de Pombal-PB.

Recentemente, a internauta Ângela Xavier, natural de Maringá-PR, em comentário a dita postagem, traz uma abordagem abrangente sobre o tema o qual julgo merecedor de destaque tanto pelo seu contraponto a questão anteriormente aqui publicada quanto pela possibilidade do nosso blog em oportunizar democraticamente o direito de opinião.

Leia abaixo a posição da internauta maringaense sobre o tema:

Em que pesem os fatos históricos narrados no presente artigo, creio que seus autores foram deselegantes ao se referirem aos maringaenses como “usurpadores” que “indevidamente, sem nenhum direito histórico ou geográfico” se apoderaram da composição de Joubert Carvalho. Sou filha de pioneiros, ambos paraibanos e que ajudaram a construir esta cidade. Mas eles não estavam aqui sozinhos. O historiador João Laércio Lopes Leal lembra que os nordestinos eram numerosos e deram grande contribuição na formação da cidade. Vinham abrir picadas, trabalhavam nas lavouras, eram furadores de poços, operários na construção de casas, carregadores de sacos de café. Todos conheciam a realidade da seca no Nordeste, tanto que vieram para cá em busca de uma vida melhor, mas não esqueceram suas raízes e sua cultura. A temática do poema pode ter sido inicialmente dirigida “apenas” à cidade de Pombal, mas a “realidade sertaneja” a quem os autores se referem é mais abrangente e com certeza atinge o fluxo de nordestinos que migraram para o estado do Paraná e se estabeleceram em Maringá, pois naquela época a migração de paraibanos (não somente os de Pombal) para outros estados brasileiros era sim uma realidade no sertão nordestino.

Considero absurda a afirmação de que “em tese, não há a menor relação da mensagem poética com a cidade paranaense de Maringá, a qual nunca foi constituída por caboclos, como o sertão da Paraíba”. Dizer isso é o mesmo que desconhecer a história da colonização de Maringá. Ora, se eles estavam aqui arando a terra, na qualidade de “retirantes” como não se identificar com os versos da canção popular? Será que os autores saberiam dizer quantas caboclas bonitas e nordestinas (que aqui estavam) se identificaram com a história da cabocla Maringá, narrada nos versos de Joubert de Carvalho? Saberiam eles dizer quantas Marias deixaram em seu estado de origem um amor antigo, cujo coração jamais se esqueceria? Afirmar que a população de Maringá nunca foi constituída por caboclos é negar a história da nossa colonização. Meu pai era o próprio caboclo, cuja fala de homem popular nunca negou o sotaque. Autêntico paraibano daqueles que faziam repentes em praça pública. Existiu e ainda existe aqui forte influência europeia, mas a formação de Maringá não se constituiu somente de europeus. A troca de culturas ocorrida na época da colonização foi uma das nossas maiores riquezas e as famílias de europeus, principalmente as italianas que aqui estavam logo nos ensinaram seus costumes. Aprendemos a comer polenta, macarronada com frango, pão feito em casa e outras comidas que nunca havíamos visto antes. De nossa parte, ensinamos a fazer cuscuz, tapioca, galinha a cabidela, mingau e tantas outras variedades da cozinha nordestina.

Temos o privilégio de não sofrer com estiagens a ponto de expulsar os filhos da terra para outros estados. Mas temos espaço e coração generoso para acolher quem chega disposto a trabalhar e a nos ajudar a crescer, como o caso dos irmãos nordestinos e tantos migrantes outros migrantes. Esta canção ficou conhecida aqui porque os nordestinos se identificavam com a letra, pelas lembranças que trazia de sua terra natal e porque era um sucesso nacional. Não usurpamos nada nem nos apropriamos de nada. Quando algo se torna sucesso passa a ser de domínio público, tanto que a música foi cantada naturalmente pelo povo (não somente os nordestinos, mas mineiros, paulistas e demais migrantes de outros estados brasileiros) na época da colonização, a ponto de se tornar o nome da cidade. E nome é uma referência muito forte. Tão forte que ainda hoje a canção de Joubert Carvalho é referência. Talvez se não existisse uma cidade tão bela e tão pujante com esse nome, a música já tivesse caído no esquecimento. Muitos sucessos da época tiveram esse destino. Há que se questionar: Maringá é famosa por causa da música ou a música é famosa por causa de Maringá? O certo é que ambas se beneficiaram desse enfoque: Maringá tem um belo nome e uma bonita história. A música de Joubert Carvalho não poderia ter melhor cidade como referência.

Ângela Xavier 
Maringá - Paraná


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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LAMPIÃO UM DOS MAIORES MILITARES DA NOSSA HISTÓRIA

Por Virgulino Ferreira DA Silva - Pesquisador

Considerado um dos maiores estrategistas militares da nossa história, o cangaceiro era um gênio intuitivo, segundo especialistas. Um dos grandes estudiosos do tema, o historiador Frederico Pernambucano de Melo afirma que Lampião foi um homem à frente do seu tempo. 

"Em outro período histórico ele teria sido um grande guerreiro, dado a sua destreza no manuseio das armas e sua coragem sem par frente aos mais terríveis obstáculos. Sem contar que, em seu tempo, no comando de grupos e subgrupos, comandou verdadeiras feras humanas, homens rebeldes e destemidos que diante do chefe pareciam simples cordeiros", afirma. Lampião parecia mesmo invencível.

Os mais valentes e conceituados oficiais reconheciam sua força, tanto que poucos conseguiram se aproximar do bandido. Sábio no comando do grupo, Lampião descobriu que ficava muito oneroso manter um agrupamento de muitos homens, por isso resolveu dividir o grupo em subgrupos. Assim sendo, escolheu os homens mais valentes e de sua confiança e distribuiu entre eles os homens do contingente total. 

Dessa forma, mantinha vários grupos sob seu comando, distribuídos em diversos locais, dando a impressão de que o mesmo grupo estava em vários lugares ao mesmo tempo, uma vez que quando praticavam alguma ocupação ou saque, usavam sempre o mesmo artifício, e os mesmos uniformes, saudando Lampião e cantando a música Mulher Rendeira. Dessa maneira, a população nunca sabia de fato quem era e onde estava o principal líder do cangaço.

Lampião preocupava-se sobremaneira com o abastecimento alimentar e bélico do seu grupo. Era a chamada manutenção da boca e da arma. E ele adotava um sistema tático que na terminologia militar é chamado de emprego da reserva, mas ele chamava de retaguarda. Baseava-se no destacamento de 30% dos homens do seu grupo para ficar adejando como satélite em volta do grupo principal, objetivando captar o avanço da força atacante e contra-atacar pela retaguarda.

Com essa tática eles venciam forças com destacamento de até o dobro dos seus homens, numa bem-sucedida adaptação de procedimentos militares à guerrilha. Quanto à estratégia, Lampião sabia como ninguém utilizar a informação e a contrainformação. 

Administrava admiravelmente bem a sua imagem e disseminava notícias sobre seus combates a ponto de fazer com que as forças que vinham combatê-lo já chegassem trêmulas, provocando inclusive várias deserções entre as volantes na hora do combate. Há casos registrados de deserções que atingiam a metade dos destacamentos, dias antes de combater o grupo de Lampião. A esse respeito, há uma frase dele que ficou famosa, dita no município de Jeremoabo, na Bahia, em 1929

"Não sei pruquê nunca vi homem corado na minha frente!"

Entre as principais táticas utilizadas pelos cangaceiros de Lampião há registros sobre o despistamento, o contra-ataque e o terror. O despistamento mais conhecido era a utilização de alpercatas confeccionadas com o solado ao contrário, para dar a impressão de, quando estava indo estar voltando. 

O contra-ataque consistia no tiroteio sustentado pelo seu grupo principal na linha de frente de combate, enquanto a outra parte do grupo rodeava o palco da luta para cercar a volante por trás. Isso deixaria os soldados aterrorizados e sem rumo. Outra parte do grupo cuidava dos flancos direitos e esquerdos e a volante era assim cercada por inteiro causando grande prejuízo e uma fatal debandada.

Grande parte dos atos de terror que Lampião praticou foi por vingança. E quando os praticava, fazia da maneira mais cruel que podia imaginar. Era uma das principais características do seu modo de ação, o que aterrorizava os seus inimigos e levava-os a correr e esconder-se diante da simples menção do seu nome. Por outro lado, depoimentos de centenas de pessoas ouvidas pelo historiador definem Lampião como um homem alto (tinha 1,80m), moreno, ria pouca vezes, calmo e bem-educado, que bebia (uísque White Horse) moderadamente, sem nunca se embriagar. Tratava bem as pessoas, era um tanto taciturno, mas agradável para os que lhe eram agradáveis.

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=686541394836452&set=a.270562073101055.1073741841.100004417929909&type=3&theater

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LAMPIÃO LER UMA FRASE COM TODAS AS LETRAS


1923 – 31 de julho, Lampião disse isso em frente à capela de Nazaré do Pico, quando chegou pra acabar o casamento de sua prima Licor Ferreira e o nazareno Enoque Menezes. 


"Vim aqui brigar e matar gente, que para isso já tô decidido há muito tempo".


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NOVO LIVRO NA PRAÇA “PARAHYBA NOS TEMPOS DO CANGAÇO”

Autor Ruberval Sousa

O livro “PARAHYBA NOS TEMPOS DO CANGAÇO” relata trechos da história do cangaço no Estado da Paraíba, incursões de Jesuíno Brilhante, Antônio Silvino, Lampião, Corisco, Moreno, Massilon, Sabino; as batalhas da nossa volante e citações de cidades atacadas por bandos de cangaceiros, Princesa Isabel, Pombal, Bonito de Santa Fé, Cajazeiras, Sousa, Jericó, a história de Chico Pereira cangaceiro Paraibano, e muito mais.

SERVIÇO:

O valor é 35,00 com frete incluso Tel: watzap 98610-2810 Ruberval Sousa Silva
ou através de Francisco Pereira Lima (professor Pereira), lá de Cajazeiras no Estado da Paraíba:
E-mail:  franpelima@bol.com.br

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TRECHO EXTRAÍDO DO LIVRO “CORISCO A SOMBRA DE LAMPIÃO “ DE SÉRGIO DANTAS.


“Conta 32 anos, é alto, musculoso, alourado, de traços finos de branco. Além do apelido de Corisco, pela maneira de fulminar o inimigo com a rapidez do raio, tem ainda alcunha de “Diabo Louro”. Capitaneia um dos numerosos subgrupos que vivem como satélites em torno do núcleo principal. Quando o chefe e compadre precisa de reforço para ataques ou defesas, ele corre a servi-lo lealmente. Não ama, porém, está sempre sob sua disciplina. Finda a necessidade, afasta-se de novo, e vai, com uns poucos companheiros, correr sertão por sua conta e risco”.

Documentário publicado em 1934 pelo médico Ranulfo Prata. Trecho extraído do livro “Corisco a sombra de Lampião “ de Sérgio Dantas.

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1786267128314674&set=a.1595552274052828.1073741846.100007942120934&type=3&theater

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FILME OS ÚLTIMOS CANGACEIROS

https://www.youtube.com/watch?v=RTUZcdbaauU

Publicado em 21 de maio de 2016

Os Últimos Cangaceiros, Jovina Maria da Conceição e José Antonio Souto são dois senhores que levam uma vida bem comum pelos últimos 50 anos. O que ninguém sabe, incluindo seus filhos, é que estes nomes são falsos. A dupla, na verdade, é conhecida como Durvinha e Moreno. 

Eles integraram o bando de Lampião, o mais controverso e famoso líder do cangaço. A verdade só vem à tona quando Moreno, aos 95 anos, resolveu compartilhar suas lembranças com os filhos, além de sair a procura de seu parentes vivos, incluindo seu primeiro filho.

Link do vídeo:


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DE MARIA DO INGÁ A MARINGÁ: A CABOCLA PARAIBANA QUE DEU NOME A UMA CIDADE DO PARANÁ

Por Jose Romero Cardoso de Araujo*

As secas representam, desde tempos imemoriáveis, uma marca indelével no sertão nordestino. Uma das mais trágicas ocorreu no ano de 1877, tendo se estendido de forma avassaladora por um período de três longos anos. O sofrimento da gente nordestina, nos períodos de estiagens, originou lendas que se perpetuaram através da tradição oral transmitida de geração a geração.

A riqueza da cultura popular no Nordeste é tão marcante, que um clássico em forma de música foi inspirado em uma lenda sertaneja. Segundo consta nas memórias dos atentos sertanejos, a cabocla Maria do Ingá, singular em sua beleza estonteante, era natural da cidade de Ingá do Bacamarte, no agreste paraibano. Após uma seca que antecedeu a de 1877-79, provavelmente a de 1848, a formosa cabocla migrou para a cidade de Pombal, situada além do planalto da Borborema, na confluência dos rios Piranhas e Piancó. A beleza da jovem despertou paixões desenfreadas em um caboclo, do qual a tradição oral não ousou declinar o nome para que a bela Maria do Ingá protagonizasse carinhosamente a mais comovente estória sertaneja. Na malfadada seca de 1877, ela toma novos caminhos pelas veredas do sertão e procura novas paragens a fim de continuar o desfile de sua beleza através das trilhas adustas das caatingas ressequidas, mas felizes por poderem contemplar o semblante magistral da cabocla.

Maria do Ingá já era imortalizada pelo sertão que tanto a admirou quando um jovem médico, no ano de 1932, marco do recrudescimento de uma das maiores secas que o nordeste já viu, entrou em contato com Ruy Carneiro, oficial de gabinete de José Américo de Almeida, na época em que este ocupava a pasta do Ministério de Viação e Obras Públicas do governo provisório de Getúlio Vargas (1930-1934). Faltava universalizar a emocionante estória ocorrida no sertão paraibano para que a lenda se eternizasse. O destino se encarregou dos fatos, colocando frente a frente o Dr. Joubert Gontijo de Carvalho e o futuro senador Ruy Carneiro. O médico e compositor mineiro, por sua vez, pleiteava um cargo no Ministério de Viação e Obras Públicas quando o pombalense Ruy Carneiro ativou a sua veia poética, pedindo-lhe para musicar a terra do Ministro José Américo, visto que o sucesso granjeado com “Taí ” (Taí, eu fiz tudo pra você gostar de mim, ai meu bem não faz assim comigo não...) já o havia consagrado no panteão dos grandes artistas brasileiros. Como a cidade de Areia, situada no brejo paraibano, berço de José Américo, Pedro Américo, entre outros grandes vultos, não soava poeticamente, o oficial de gabinete falou-lhe então sobre a lenda que o povo da sua terra propalava aos quatro cantos desde o marcante final da década de 70do século XIX. Na hora, Joubert de Carvalho achou extraordinária a idéia de se musicar a trajetória da sensual cabocla que abalou a ribeira do Piranhas. Mas achou também que Maria do Ingá não soava adequadamente, tendo de imediato intitulado a canção com a união do nome da cabocla com o seu local de origem. Surgiu assim Maringá, a mais bela ode ao sertão sofrido com as secas.


A música tornou-se o hino sertanejo por excelência, sendo posta de lado somente quando Luiz Gonzaga gravou Asa Branca. O grande “Lua” conseguiu despertar com sua arte a identidade nordestina que estava sendo adulterada progressivamente. A emoção da poesia composta por Joubert Gontijo de Carvalho, sugerida por Ruy Carneiro, que era talvez o mais profundo conhecedor do sertão nordestino, assinalou em toda história da música popular brasileira um capítulo em que o Nordeste teve grande destaque e marcante menção honrosa.

Falando que em uma leva a cabocla tornou-se a retirante mais comentada, Joubert de Carvalho despertou um pouco o Brasil e fez ver que a angústia das estiagens é um problema sério que traz em seu âmago problemas sociais que até hoje não foram solucionados.

Maringá era cantada sem cessar pelos trabalhadores nordestinos que migraram para o Centro-Sul a fim de escapar das secas, dos latifúndios e da falta de perspectiva advindas com a estagnação econômica da região que um dia foi o mais importante pólo da exploração mercantilista no Brasil. O esforço e a contribuição dessa gente foi decisiva na construção de várias cidades que surgiam, principalmente no Paraná, importante centro cafeicultor que começava a despontar de forma destacada. No norte paranaense os nordestinos chamavam a atenção pela alegria disfarçada, que na verdade era tristeza e saudade da terra natal, relembrando, com Maringá, as colinas sertanejas, as lágrimas nos olhos após as estiagens secarem todas as cacimbas e riachos, os espinhos do mandacaru trespassados de aflição e as alegrias das noites sertanejas.

Com o início da edificação da cidade paranaense, que despontava para o progresso alcançado com a valorização do café no mercado internacional, ocorre o surpreendente. Os paranaenses batizam o novo centro urbano com o nome de Maringá.

Tendo por inspiração o longínquo sertão nordestino, a bela canção de Joubert Gontijo de Carvalho é um patrimônio nacional. Vale a pena lembrar que Pombal, na Paraíba, é a homenageada nos refrães da poesia em forma de música , a qual reflete o íntimo das emoções de um povo castigado pela natureza e pelos homens da terra: “Antigamente uma alegria sem igual, dominava aquela gente da cidade de Pombal, mas veio a seca e toda a chuva foi-se embora, só restando então as águas dos meus olhos quando choram”.

*Geógrafo. Professor da UERN.


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II SEMINARIO 29 DE NOVEMBRO A 7 DE DEZEMBRO

Por Benedito Vasconcelos Mendes

A próxima visita ao Museu do Sertão será no dia 6 de dezembro de 2016 (terça-feira), de 7:00 às 18:00 horas.  Esta visita será no dia da ida ao Museu do Sertão dos participantes do II SEMINÁRIO  INTERNACIONAL  ENCONTRO DAS AMÉRICAS.

https://www.youtube.com/watch?v=eSdhmrbWLNk

ENVIADO PELO PROFESSOR, ESCRITOR E PESQUISADOR DO CANGAÇO BENEDITO VASCONCELOS MENDES

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JARARACA - SANTO E CANGACEIRO - A SÍNTESE DA RESISTÊNCIA

https://www.youtube.com/watch?v=iEm-MuK2mZc

Publicado em 18 de maio de 2014

Mostra o túmulo e a história do Cangaceiro do bando de Lampião JARARACA, capturado quando o bando tentou invadir Mossoró (RN) e foi expulso. Jararaca foi aprisionado, depois covardemente enterrado vivo após de ser obrigado a cavar sua própria cova. POR TER SIDO MARTIRIZADO foi santificado pelo povo. Sintetizando em si o cangaço e o messianismo, dois fenômenos sociais de resistência ao coronelismo e ao latifúndio na região Nordeste do Brasil.


Clique neste link e conheça um pouco sobre a vida e morte de José Leite de Santana o cangaceiro Jararaca.

http://omundocomoelee.blogspot.com.br/2015/02/o-trucidamento-do-cangaceiro-jararaca.html

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O narrador deste vídeo afirma que  José Leite de Santana o cangaceiro Jararaca, primeiro cavou a sua cova, para depois ser enterrado vivo. Realmente, muitos falam que ele foi enterrado ainda vivo (não quer dizer que ele estava totalmente vivo, talvez agonizando), mas ele ter cavado a sua própria cova, eu ainda não tenho conhecimento, isto é, que tenha sido informado por pesquisadores.

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Música
"Mulher Rendeira" por Volta Sêca ( • )

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