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sábado, 23 de fevereiro de 2019

NOVOS LIVROS!

Por José Mendes Pereira



Os interessados poderão adquiri-los através deste e-mail: 

franpelima@bol.com.br

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FIM DE FEIRA, UM EXEMPLO

*Rangel Alves da Costa

Perante o povo sertanejo, não há momento mais maravilhosamente encantador que ver e sentir a chuva caindo.
Só Deus para saber o que se passa pela cabeça do velho sertanejo de casinha de beiral de estrada quando abre a porta e estende as mãos magras e secas para deixar que os pingos caiam em profusão.
Só Deus sabe o que se passa no imaginário do homem do campo ao sentir o barrufo forte subindo, a goteira na nuvem se abrindo e o chão ficando encharcado de alegria. Uma festa aos olhos, aos sentimentos, ao coração.
Nas noites e dias anteriores, no compasso da espera tanta, quantas mãos não procuraram os terços de fé, quantos dedos não seguiram em procissão pelas contas do rosário, quantos santos não foram invocados em nome da chuva?
Não poderia ser diferente. Sem chuva não há vida, não há esperança, não há nada. O que há é num sofrimento sem fim com o tanque seco, o barreiro de lama dura, a passagem esturricada de sol, o bicho sofrendo sedento e faminto, o pote vazio e a moringa rachada.
Quanto sofrimento, meu Deus! Por isso mesmo que a chuva se torna no sonho maior e na esperança de toda hora. A sabedoria matuta vai catando nos sinais da natureza a aproximação daquilo tão esperado.
A ventania nas folhagens e o modo como elas farfalham falam de uma esperança. Os ninhos sendo feitos no rente do chão, dentro dos tocos ou nas beiradas das locas, também dizem das nuvens prenhes que se aproximam.
Mas é a barra da primeira luz do dia que mais diz da concretização do sonho. Os olhos sertanejos reconhecem na cor da barra, lá nas distâncias do horizonte, quando a chuvarada pode cair. Barra avermelhada é bom sinal, sim sinhô.


Quando a pedra parece molhada por cima, então a chuvarada já vem. Mas nem sempre os sinais são bons. Quando o sol se levanta brilhoso, afogueado, então a tristeza novamente recai no semblante esperançoso de água.
Mas nada que afaste a fé sertaneja. Tanto assim que mantem a semente guardada, que deixa o tonel tampado bem debaixo da goteira, que continua fazendo planos para o plantio e colheita. E também pelos esforços que faz para manter na malhada seca seu rebanho de couro e osso.
Ora, se não tivesse esperança de nada valeria tanto gasto e tanto sacrifício. E todo o sacrifício e sofrimento passam a ser recompensados de hora pra outra. Quanto o calor afogueia demais e o tempo começa a nublar, então coisa boa vai acontecer.
E se surgem trovões e relâmpagos, se de repente as nuvens escurecidas parecem descendo sobre a terra, então já pode colocar vasilha debaixo da goteira. E o que acontece daí em diante é festa no mundo-sertão.
Os sons da chuva parecem coro de anjos. Os sons dos pingos caindo parecem melodia na alma. Um coro angelical, uma orquestra de magistral melodia caindo do alto, ecos das mais belas canções molhando a terra.
E olhar pela janela ou pela fresta da porta e perceber que não está sonhando, e sentir o barulhar molhado no telhado, e perceber que a molhação vai tomando conta de tudo, e ter vontade de abrira porta e sair com roupa pra debaixo da chuvarada, a certeza que as preces foram ouvidas, os rogos foram compreendidos pelas forças sagradas, e a chuvarada que cai é a benção maior da vida e da esperança.
Na chuva, a vida. O sertão em benção e abençoado.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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DE CAPITÃO PRA CAPITÃO


Por Ruy Lima

JOÃO BEZERRA DA SILVA, pernambucano de Afogados da Ingazeira, (distante apenas 87 Km de Serra Talhada, antiga Vila Rica, onde nasceu Lampião), foi o oficial da Polícia Miliar de Alagoas que comandou a volante que aniquilou, na Grota de Angico, no Estado de Sergipe, em 24 de julho de 1938, Lampião, Maria Bonita e os cangaceiros Luiz Pedro, Quinta-Feira, "Colchete", Marselha, Elétrico, Mergulhão, os irmãos Moeda e Alecrim e Enedina, esposa do cangaceiro Zé de Julião (Cajazeira), o qual conseguiu escapar do intenso tiroteio e fugir. João Bezerra aniversariou exatamente um mês antes do ataque (ele nasceu em 24 de junho de 1898). 

VIRGOLINO FERREIRA DA SILVA (Lampião) nasceu no mesmo ano de 1898, no dia 04, também do mês de junho. 

Tinham os dois a mesma idade. 


Em 1926, havia a ameaça iminente da presença da Coluna Prestes movimento comunista armado, no Cariri. O deputado federal Floro Bartolomeu, responsável por organizar o batalhão patriótico idealizado pelo presidente Artur Bernardes, na região, para enfrentar Prestes, resolveu convidar Lampião e seu bando. Lampião recebeu armas e fardamentos, além da patente de capitão do batalhão patriótico, assinada pela única autoridade federal que se encontrava em Juazeiro do Norte, um agrônomo do Ministério da Agricultura chamado Pedro Albuquerque Uchoa. Essa patente não tinha nenhum valor jurídico, mas Lampião gabava-se ao ser chamado de “capitão”. 

Na ocasião do confronto em Angico, João Bezerra tinha a patente de tenente. 

Pouco tempo depois, em 1940, já promovido à patente de capitão da Polícia Militar de Alagoas, pela sua ação em Angico, João Bezerra publicou o livro: “Como dei Cabo de Lampeão”. (*)

O livro é bastante interessante e tem grande valor na historiografia do cangaço. Nele o autor, que esteve presente em onze confrontos com os cangaceiros, narra com bastante detalhe suas estratégias para chegar até o “Rei do Cangaço”.

Mas, o que nos chama a atenção nessa obra, foram as palavras de admiração do Capitão João Bezerra em relação ao “Capitão” Virgolino. (*)

No Capítulo VII, do citado livro, ele diz que se fosse escrita uma história natural dos delinquentes célebres, se teria de reservar um lugar de destaque para Lampião. “Nenhum salteador do começo do século passado (século XIX) até este segundo quartel de século em que vivemos (século XX), suplantou em audácia esse terrível bandoleiro, escreveu o autor, fazendo referências aos bandidos José do Telhado, em Portugal, Bonot, na França, os chefes da Camorra e da Máfia, na Itália, Al Capone e Dellinger, nos Estados Unidos, todos de sinistra lembrança, os quais não tiveram a atuação guerreira desse famoso cangaceiro, que enfrentou durante vinte anos forças militarizadas mais ou menos numerosas, levando a sua audácia ao cúmulo de penetrar em cidades como Juazeiro/CE, com quase 60.000 habitantes, de atacar centros comerciais da importância de Mossoró/RN, também de grande população e vias de comunicação.”

Registrou ainda o capitão João Bezerra:

“Nenhum outro criminoso o ultrapassou em celebridade e astúcia.” 

“Mostrando destemor das forças que o perseguiam, desprezo pela vida e pela prosperidade das pessoas que viviam nas regiões que exerceu o seu “reinado” sangrento, criou grupos e mais grupos de facínoras que dominava valentia e a astúcia, chegando a se acompanhar de mulheres armadas de Fuzis “Mauser” e de punhais, impondo-lhes igual ação combatentes à dos indivíduos componentes das hordas assaltantes que chefiava.”

Entretanto, nos parágrafos seguintes, o capitão trata dos “assassinatos covardes que esse bandido cometeu, os assaltos contra a propriedade privada, roubando, incendiando e destroçando; as sevícias que inflingiu em criaturas indefesas foram inúmeras, tornando-se difícil fazer um cômputo real de tantos crimes hediondos”

Trata também dos militares que foram mortos, devendo ter ultrapassado a casa de 300, entre oficiais, sargentos, cabos e soldados, dos Estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia.

Segundo ainda, João Bezerra, houve ocasiões em que Lampião conduziu grupos com 150 a 200 parceiros todos armados com armas de guerra.

No mesmo capítulo VII do seu livro, ele traçou outro perfil de Lampião:

“Tipo boçal, de natureza rústica, analfabeto e vaidoso, sem ter sequer conhecimentos mesmo rudimentar da arte militar, esse indivíduo demonstrou cabalmente com o desenvolvimento da sua ação danosa, o quanto tem de perigosas as guerrilhas, principalmente num terreno como o do “hinterland” (**) nordestino de características típicas para esse gênero traiçoeiro de guerra sem quartel.”

(*) (pelas normas ortográficas da época, Lampião se escrevia com “e” e Virgulino com “o”)

(**) Interior/Sertão.

Fonte: “Como Dei Cabo de Lampeão” – Capitão João Bezerra – 2ª Edição – 1940. – J. do Valle & Lauro LTD.

Nota: observei pelo menos dois fatos constantes do referido capítulo VII do livro do então capitão João Bezerra, que divergem das informações e opiniões de pesquisadores e historiadores do cangaço:

1º - “... atacar centros comerciais da importância de Mossoró/RN, também de grande população e vias de comunicação.”

2º - “... chegando a se acompanhar de mulheres armadas de Fuzis “Mauser” e de punhais, impondo-lhes igual ação combatentes à dos indivíduos componentes das hordas assaltantes que chefiava.”

Ruy Lima – fev/2019.

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LAMPIÃO INVADE CANINDÉ

https://www.youtube.com/watch?v=kWEFR6lsbJ8

Publicado em 15 de jul de 2018

ODISSEIA CANGAÇO - NO RASTRO DE LAMPIÃO: "Lampião Invade Canindé". O Odisseia Cangaço foi até a cidade de Canindé do São Francisco, em Sergipe, para contar sobre o plano simples e engenhoso de Lampião para invadir aquele vilarejo. Este ataque culminou, menos de uma semana depois, no famoso Fogo da Maranduba. Não deixe de se inscrever no Canal Odisseia Cangaço. Link para o vídeo Fogo da Maranduba, Odisseia Cangaço n° 35: 

https://www.youtube.com/watch?v=iVErO... Link para o vídeo Zé Baiano, o Pantera Negra do Sertão, Odisseia Cangaço n° 15: https://www.youtube.com/watch?v=_y6Wn...

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LAMPIÃO INVADE DORES

https://www.youtube.com/watch?v=RDzOuE7Y5vk

Publicado em 8 de ago de 2018

O Odisseia foi até a cidade de Nossa Senhora das Dores, estado de Sergipe, para contar sobre as duas passagens de Lampião e sua cabroeira por aquelas bandas. Vamos falar sobre a bênção do padre João de Souza Marinho ao maior de todos os cangaceiros. Vamos juntos mergulhar nessa aventura com o Odisseia Cangaço. Se inscreva no Canal Odisseia Cangaço e fique ligado em tudo sobre esse tema tão importante da nossa história.

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POETA E CANGAÇO

Por Aderbal Nogueira
https://www.youtube.com/watch?v=ZRCiaWjpHvM&fbclid=IwAR3i1zi0eP1qSJKTIx2bjNVb_Z5wPXQuqioOS--qQc-Fa3YkNE0PFTiBRGk

Publicado em 13 de jul de 2018
Poemas e canções sobre o cangaço.
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LOCALIZADO NOS CONFINS DO RASO DA CATARINA, NA BAHIA, O ÚLTIMO IRMÃO DA EX-CANGACEIRA DADÁ, COMPANHEIRA DE CORISCO.

Por Geraldo Júnior

No último dia 21 de fevereiro de 2019 o pesquisador Sandro Leite Cavalcanti “Sandro Lee” (Paulo Afonso/BA), juntamente com o amigo Osly Oliveira, sobrinho da ex-cangaceira Inacinha de Gato II (Santílio Barros), adentraram no inóspito Raso da Catarina com o objetivo de localizar o senhor Manoel Ribeiro vulgo “Mané Gaibó” irmão mais velho e o último irmão ainda vivo da ex-cangaceira Dadá, companheira do cangaceiro Corisco o “Diabo Loiro”. As informações sobre o paradeiro do personagem eram vagas, mas a insistência venceu as incertezas.

Sob o sol escaldante e após horas em meio ao deserto a dupla finalmente chega ao local indicado e consegue localizar o senhor Manoel Ribeiro vulgo “Mané Gaibó”, irmão de Dadá, que atualmente está com cento e nove anos de idade e que apesar da idade encontra-se lúcido e ainda guarda na memória as lembranças e histórias do passado, principalmente aquelas envolvendo a irmã cangaceira e seu afamado companheiro.

O pesquisador Sandro Cavalcanti conseguiu coletar imagens e realizar uma entrevista com o senhor Mané Gaibó, a qual disponibilizaremos ao público em breve através dos nossos canais. 


Sandro Leite Cavalcanti e Oly Oliveira

Artefatos

A chegada. Sandro Cavalcanti e o senhor Mané Gaibó irmão de Dadá

Da esquerda para a direita: Sandro Leite Cavalcanti, Osly Oliveira, Mané Gaibó e a esposa
dona Maria.

Pose para a fotografia.

Aguardem a matéria completa.

Geraldo Antônio de Souza Júnior

https://cangacologia.blogspot.com/2019/02/localizado-nos-confins-do-raso-da.html?spref=fb&fbclid=IwAR35uLzWkT4KfTI5ZngDqwSKYPDfoTFYdSmnFmtrXN2wguzEdvyl1d1hbDU

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LIVRO “O SERTÃO ANÁRQUICO DE LAMPIÃO”, DE LUIZ SERRA


Serviço – “O Sertão Anárquico de Lampião” de Luiz Serra, Outubro Edições, 385 páginas, Brasil, 2016.

O livro está sendo comercializado em diversos pontos de Brasília, e na Paraíba, com o professor Francisco Pereira Lima através deste e-mail: franpelima@bol.com.br.

Já os envios para outros Estados, está sendo coordenado por Manoela e Janaína,pelo e-mail: 

Coordenação literária: Assessoria de imprensa: Leidiane Silveira – (61) 98212-9563 

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AJUDA ENCONTRÁ-LO - METALÚRGICO SAI DE CASA PELA MANHÃ E DESAPARECE NA RMC; BUSCA NA INTERNET É PISTA

Por Luiz Henrique de Oliveira e Antônio Nascimento

Quem souber o paradeiro de Eduardo pode ligar no 190 da Polícia Militar.

Familiares do metalúrgico Eduardo Henrique dos Santos, de 21 anos, estão desesperados. O jovem está desaparecido desde terça-feira (19) quando saiu de casa em Araucária, região metropolitana de Curitiba. Em entrevista à Banda B, na manhã desta sexta-feira (22), Claudia Aguiar, irmã de Eduardo, falou sobre os últimos passos dele.


“Na noite de segunda-feira, ele fez buscas pelo celular sobre como chegar na Represa do Passaúna. Daí pela manhã, ele saiu e desapareceu. Inclusive, ligou para um amigo e pediu para que fizesse um memorial para ele no Facebook. Como está em depressão, isso nos assusta”, descreveu a irmã.

Cláudia diz que a família está muito apreensiva. “Estamos preocupados. Em janeiro esteve internado para tratar a bipolaridade, mas estava melhor, trabalhando de novo e iniciaria uma faculdade de Direito. Até o momento não temos qualquer notícia dele”, disse.

Quem souber o paradeiro de Eduardo pode ligar no 190 da Polícia Militar ou no 3360-1400 da Polícia Civil.

https://www.bandab.com.br/cidades/jovem-sai-de-casa-pela-manha-e-desaparece-na-rmc-busca-na-internet-e-pista/?fbclid=IwAR27dJDWkue4dtPblsTcPmmff_8bZDMMrBO3S6Wrc_Wf13yqK01YDHDG7XY

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MORRE O FILÓSOFO E ESCRITOR ITALIANO UMBERTO ECO


No dia 19 de fevereiro de 2016 morria em Milão, na Itália, Umberto Eco, escritor, filósofo, linguista, semiótico e bibliófilo. Além de lecionar em universidades como Bolonha, Columbia, Harvard, College de France e Toronto, ele também já colaborou em diversos periódicos acadêmicos. Nascido no dia 5 de janeiro de 1932, em Alessandria, também Itália, Umberto Eco ainda ficou conhecido por sua carreira como escritor. Ele foi autor de vários romances como "“O Nome da Rosa”" e “"O pêndulo de Foucault”". No cenário acadêmico, na década de 1960, ficou conhecido pelos seus estudos sobre a cultura de massa. A partir da década de 1970, passou a centrar seu foco quase que exclusivamente da semiótica.

Imagem: Università Reggio Calabria [GFDL or CC-BY-SA-3.0], via Wikimedia Commons

https://seuhistory.com/hoje-na-historia/morre-o-filosofo-e-escritor-italiano-umberto-eco?fbclid=IwAR3pV7DwUD-3GbcV-Hub5R211vU-uAIc-CMJngorieX1LNDcr1SwGSdKZA4

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