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sábado, 22 de fevereiro de 2014

O Último cangaceiro vivo

João de Sousa Lima e o ex-cangaceiro Vinte e Cinco

“Todo sertanejo é antes de tudo um forte”
Euclides da Cunha – escritor

José Alves de Matos Nascido no dia 8 de março de 1917 em Paripiranga na Bahia,  na Fazenda Alagoinha. Oriundo de uma família numerosa, sendo oito irmãos e seis irmãs, tendo mais cinco irmãos e três irmãs de outros relacionamentos de seu pai.

José Alves de Matos entrou para o cangaço aos 16 anos, no dia 25 de Dezembro de 1933, e devido a data da sua entrada para o cangaço (dia 25), Corisco o apelidou de “Vinte e Cinco”, ficando a partir de então, na história do cangaço como “Vinte e Cinco”.

Corisco e Vinte e Cinco 

Ao ingressar na vida do cangaço todos esqueciam os seus nomes verdadeiros e passavam a ser conhecidos pelo o apelido que recebiam.

Os policiais que eram conhecidos como (macacos) chegavam às casas dos agricultores e perguntavam se Lampião havia passado na localidade. Se a resposta fosse negativa eles apanhavam  porque poderiam estar mentindo, e se a resposta fosse positiva , e se a resposta fosse positiva apanhavam ainda mais, porque não havia informado antes sobre a presença deles no local.

Vinte e Cinco primeiro foi do grupo de Corisco, o Diabo Loiro, e tempo depois passou a ser comandado por Lampião, até o dia do massacre na Grota de Angico, no Estado de Sergipe.

Teve vários primos e sobrinhos no cangaço, sendo eles:  Santa Cruz, Pavão, Chumbinho, Ventania e Azulão, além dos seus irmãos Velocidade e Atividade.

Foto das entregas dos cangaceiros onde aparece o 25. Vinte e cinco, cobra verde e santa cruz (sobrinho de vinte e cinco, filho de sua irmã ... www.joaodesousalima.com 

No dia do massacre aos cangaceiros Vinte e Cinco  juntamente com seus irmãos Velocidade e Atividade, haviam ido buscar uns mosquetões e algumas munições em outra localidade, escapando assim ter sido massacrado pelo o ataque aos cangaceiros.

José Alves de Matos, o cangaceiro Vinte e Cinco continua vivo, e é o último ex-cangaceiro de todos que participaram da saga de Lampião. 

Segundo o escritor João de Sousa Lima Vinte e Cinco reside no Estado de Alagoas, e no dia 8 de Março deste ano completará  97 anos.

Material digitado por José Mendes Pereira do vídeo Youtube "O último cangaceiro Vinte e Cinco". 

http://blogdomendesemendes.blogspot.com.br/2014/02/fonte-youtube-httpblogdomendesemendes.html

Vídeos sobre o cangaço






Fonte: Youtube

http://blogdomendesemendes.blogspot.com
http://jmpminhasimpleshistorias.blogspot.com

Saudade da Mossoró do passado…


Saudade da Mossoró do passado. Lá, bandido mais perigoso era “Luiz da Véia”. Descia o Alto do Louvor para roubar toca-fitas e apanhava da mulher.

Saudade da Mossoró do passado. Lá, bandidos presos no final de semana tinham cabeça raspada e eram fotografados usando cuecas de “copinho”, em poses patéticas na primeira página do jornal.

Saudade da Mossoró do passado. Lá, a droga mais perigosa era maconha. O cara ficava “lombrado”, batia carteira de algum descuidado e na sela pedia “paz e amor” ao delegado.

Saudade da Mossoró do passado. Lá, os escassos homicídios saíam de mesas de bebedeira, “cornagem” ou algum raro acerto de contas entre inimigos.

Saudade da Mossoró do passado. Lá, “crime hediondo” foi um homem “comer” sexualmente uma galinha (viva) e ser fotografado com a penosa debaixo do braço, como punição exemplar.

Saudade da Mossoró do passado. Lá o policial Netão fazia operação sozinho e trazia preso – um, dois ou mais malandros – sem algemas, dirigindo seu buggy.

Saudade da Mossoró do passado. Lá, o delegado Clodoaldo dispersava multidão de meninos que jogava bola na rua, rasgando à faca a pelota usada no “delito”.

Saudade da Mossoró do passado. Lá, o soldado Catôta mandava meninada escolher: “Pra dentro ou pra fora”. Só não aceitava que ficassem em cima do muro, em jogos oficiais de futebol dos times locais.

Saudade da Mossoró do passado. Lá, crime sexual mais comum era o doido “César do Fusquinha” comendo qualquer Fusca que encontrasse estacionado, com ‘pirrola’ para fora, deitado sobre o capô.  

Saudade da Mossoró do passado. Lá, a quadrilha mais conhecida era a junina ou os cordões do pastoril, reunindo amigos e famílias em festas.

Saudade da Mossoró do passado. Lá, menor infrator éramos nós, correndo para furtar pão “d´água” quentinho, do sexto de palha coberto com um pano, na garupa da bicicleta do vendedor ambulante.

Saudade da Mossoró do passado. Lá, mascarado era do bem e nos encantava na TV preto e branco, com o nome de Zorro ou outro herói vespertino.

Saudade da Mossoró do passado. Lá, ‘assalto’ era costume próprio do carnaval, com grupos de foliões “invadindo” alegremente casas de amigos que previamente se preparavam à chegada do cortejo.

Quero de volta minha Mossoró do passado. Acuada, intimidada, vilipendiada, furtada, roubada, violentada e com medo de sentar à calçada.

Quero de volta minha Mossoró com a prosa na pracinha, flerte na Festa de Santa Luzia, do futebol na rua, da janela aberta e da mercearia de “Seu Lopim” com seus doces e ‘confeitos’.

Será que é muito querer minha Mossoró de volta? Será que vamos continuar aceitando que ir e vir seja uma aventura, em vez de simples direito?

Saudade da Mossoró do passado.

Não quero muito. Quero de volta a minha Mossoró do passado. 


Enviado pelo pesquisador do cangaço José Edilson de Albuquerque Quimarães Segundo 

http://blogdomendesemendes.blogspot.com