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Marcos
Passarinho – Era natural de Alagoa Nova (Manaíra - PB). Era um
cangaceiro desalmado e violento e entrou no cangaço com menos de dezesseis
anos, no início da década de vinte, tendo praticado muitos assassinatos.
No dia 17 de
dezembro de 1923, no lugar Caracol, município de Conceição do Piancó (PB),
assassinou Raimundo Nogueira, roubando-lhe dinheiro e roupas. Seis dias depois,
juntamente com o cangaceiro Juriti, assassina o irmão da vítima, Amaro
Nogueira, que procurava vingar o irmão. No dia seguinte, ferido por sua segunda
vítima, foi preso pelo subdelegado da vila de Patos, Município de Princesa
(PB), no dia 24 de dezembro de 1923, no momento em que tentava matar uma de
suas vítimas que reagia ao assalto. A vítima matara o companheiro de
Passarinho, José Juriti, e o ferira. Depois de cumprir pena no presídio de João
Pessoa, radicou-se no município de Areia (PB), abandonando o cangaço e
constituindo família, vindo a falecer com mais de noventa anos.
Belo Cazuza (Benedito)
– Era natural de Areias de Pelo Sinal, Manaíra, filho de Manoel Cazuza.
Participou do grupo de Lampião, no início da década de vinte, passando a andar
com o grupo de Antônio Rosa, que agia sob o comando de Lampião. Entrou jovem no
cangaço com o sonho de se tornar famoso e rico. Em sua época via duas boas
alternativas para isso: ou o cangaço, ou a polícia. Para os jovens de sua
região, essas opções eram a mesma coisa, levavam ao mesmo fim. Fora isso só
restava a enxada e a roça. Foi morto em 29 de outubro de 1923, em combate com a
polícia pernambucana do tenente Amadeu Guimarães.
Caixa de
Fósforo ou Caixa de Fósco – Não se tem notícias de suas origens, mas
teria sido criado em uma fazenda do município de Custódia (PE), após ser
abandonado por seus pais ainda bebê. Andou com Lampião no início da década de
vinte.
Estava em
Nazaré (PE), no tiroteio com a volante pernambucana, comandada pelo sargento
Alencar, em 1º de agosto de 1923.
Durante muito
tempo não se teve notícias de seu destino, até que se associou aos comandados
do “coronel” José Pereira, em Princesa (PB). Circulou algumas vezes por Alagoa
Nova, onde era conhecido por Zé Caixa de Fósco, e participou da Revolta de
1930, quando faleceu.
Seu nome
completo era José Sobrinho da Silva, foi cangaceiro, policial e depois voltou
ao combate junto aos “cabras” de Zé Pereira. Fumava muito e vivia quase sempre
com uma caixa de fósforo na mão. Em 1930, entrou em Alagoa Nova, pelo Barrocão,
para comprar cigarros. No local onde hoje tem o Cartório, foi alvejado pela
polícia, em uma perna, com uma bala explosiva. Colocaram ele em um cobertor e o
levaram à Princesa, mas não resistiu e lá foi enterrado.
Manoel Zezé –
Pouco se sabe sobre ele, talvez fosse Manoel José, o seu nome, segundo um
parente. Era irmão de Idalina Elói, cunhado de Antônio Elói, do sítio Baixio.
Guardava o fruto de seus assaltos com Idalina. Com sua morte e a de Lampião,
essas riquezas ficaram com Idalina e Antônio Elói. Entre os objetos guardados,
há quem lembre de ter visto um cacho com três bananas de ouro, um prato grande
de prata, montes de moedas de ouro e de prata, além de várias joias. Todos
teriam sido vendidos para comprar as fazendas de Antônio Elói.
Corró –
Pernambucano, juntou-se a Lampião em 1923. Participou dos seguintes tiroteios:
· Ataque
à família Quirino, em fevereiro de 1924.
· Ataque
à cidade de Sousa, em 27 de julho de 1924.
· Batalha
da Baixa Verde (Boqueirão – Manaíra - PB), nos primeiros dias de agosto de
1924.
· Estava
no grupo, comandado por Livino, Antônio Ferreira e Chico Pereira, em 8 de
agosto de 1924, no sítio Areia de Pelo Sinal (Manaíra - PB).
Há quem afirme
que morreu nesse combate do Pelo Sinal, outros dizem que foi um dos cangaceiros
mortos na batalha de Serrote Preto (AL), em 22 de fevereiro de 1925.
Laranjeira –
Integrou um dos primeiros bandos de Lampião no início da década de vinte.
· Participou
do combate em Nazaré (PE), em 1º de agosto de 1923.
· Participou
do ataque q Sousa (PB), em 27 de julho de 1924.
· Participou
da batalha da Baixa Verde (Boqueirão – Manaíra - PB), nos primeiros dias de
agosto de 1924.
· Foi
ferido em 8 de agosto de 1924, no sítio Areias de Pelo Sinal (Manaíra
- PB), em combate com as volantes comandadas pelos sargentos Clementino Quelé e
Higino, morrendo pouco depois.
Tocha –
Era cangaceiro independente, ligado a Manoel Lopes e Marcolino Diniz, dos Patos
de Princesa (PB). Veio com Lampião, Antônio Ferreira e Doca, no dia do
pagamento da promessa, no cruzeiro de Alagoa Nova (Manaíra – PB). Chegou a
integrar o bando de Lampião na década de 30, tendo desertado pouco tempo
depois. Monoel Lopes Diniz, juntamente com Tocha, mataram o cangaceiro Meia
Noite, no sítio Tataíra, a mando do coronel Zé Pereira.
Outros
cangaceiros que estiveram nessas terras: Antônio e Livino Ferreira,
Sabino, Laranjeira, Asa Branca, Curió, Estrela-Dalva, Ventania, Manuelito e Zé
Vicente (apelido de Chico Pereira).
Cangaceiro Asa Branca
Virgulino
Ferreira da Silva
No período
entre 1923 e 1927, Lampião e seu bando de cangaceiros encontraram refúgio
nessas terras, sob a tutela de Marcolino Pereira Diniz, pelo lado de Irerê e,
de Antônio Elói, Manoel Cazuza e outros pequenos fazendeiros, pelo lado de
Alagoa Nova.
A Serra do Pau
Ferrado divide essas duas áreas.
No povoado de
Patos, à época pertencente à Princesa, estava Marcolino, filho do coronel
Marçal Florentino Diniz. Ambos eram, de longas datas, amigos pessoais de
Lampião, prestando-lhe guarda e ajuda, ali onde ele se escondia. Também faziam
a parte de informantes do bando, atualizando-o sobre os acontecimentos vindos
dos lados de Princesa.
No outro lado
da Serra do Pau Ferrado há um vale fértil e de baixios, que eram de propriedade
de Antônio Elói, pertencente ao povoado de Alagoa Nova. Antônio abrigava o
bando e fornecia-lhes mantimentos e serviços de comunicação. Em troca recebia
“segurança” e algumas prendas em dinheiro, ouro e joias.
CONTINUA...
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