POR: FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Educai as
crianças, para que não seja necessário punir os adultos.
Pitágoras
É importante registrar de que a cidade de Santa Rita e seu povo, especialmente
a juventude sempre sofreu com a falta de equipamentos comunitários do tipo
quadra e ou ginásios de esportes desde sua emancipação política ocorrida em 9
(nove) de março de 1890, tal situação permanecendo até o final do ano de 1982,
quando o então vice prefeito Aureliano Olegário da Trindade, no exercício do
mandato de prefeito, concluiu a construção do Ginásio de Esportes Renato
Ribeiro Coutinho, o “Renatão”, localizado no Bairro Nova Esperança. Ressaltamos
que Santa Rita mesmo ficando a doze quilômetros de João Pessoa, capital do
Estado da Paraíba, naquele tempo já tinha uma população acima de sessenta mil
habitantes, inclusive era a terceira cidade da Paraíba em renda percapta e/ou
seja, por pessoa aqui residente e além do mais já tinha mais de dez mil
estudantes distribuídos ns redes oficiais (estaduais e municipais) e
particulares. Naquele tempo funcionava a todo vapor os colégios: Estadual de
Santa Rita (atual Enéas Carvalho), o Américo Falcão (pertencente à CNEC, foi
extinto), o Augusto dos Anjos (pertecente a Fundação Padre Ibiapina, foi
extinto), o COFRAG – Colégio Dr. Francisco Aguiar (particular e continua
funcionando desde 05/01/1964 aos dias atuais, no mesmo endereço: Rua Eurico
Dutra, nº 64 – Bairro Popular - Santa Rita/PB, com Educação Básica (Ensino
Fundamental, Ensino Médio e Educação Técnica Profissionalizante), inclusive em
1996, construiu o seu Ginásio de Esportes que continua incentivando a juventude
as práticas esportivas internas e acolhendo a comunidade externa), a Escola
Normal de Santa Rita (continua funcionando em Tibiri Fábrica no prédio do
extinto grupo escolar da CTP), o Francisco de Assis ( particular e extinto há
mais de dez anos), dentre outras escolas de ensino primário estadual, municipal
e particular.
Entendemos
que o talento educa-se na calma, o caráter no tumulto da vida, assim sendo, a
juventude atual, mais que ninguém precisa com urgência de acolhimento, inclusão
social, educacional e esportiva em nossa cidade de Santa Rita, para ponte para
tirar-lhe da ociosidade, caminho que leva ao nada em todos os sentidos da vida
humana, ex-vi Sócrates, ao afirmar que “aquele a quem a palavra não educar,
também o pau não educará”, cujo pensamento é auto-aplicável em qualquer lugar
do mundo. Os presídios estão superlotados, os cemitérios também e as escolas
estão ficando vazias de alunos, fisicamente falando e de ideias de futuro
também, pois, sabemos que a Educação é um direito de todos, porém no tocante
aos deveres, “[...] a família aparece em primeiro lugar, enquanto o Estado
(Governos: Federal, Estadual e Municipal) está em segundo”, de modo que “muitos
acreditam que seja um enfraquecimento, uma retirada das obrigações do Estado,
colocando ênfase na responsabilidade da família e da sociedade” (LOCCO, 2009,
p.36).
A nossa cidade de Santa Rita tinha um futebol de salão respeitado em toda
Paraíba e quiçá no Nordeste brasileiro, pois, o maior obstáculo que envolvia a
nossa juventude que praticavam os esportes: futebol de salão, voleibol, dentre
outras modalidades era justamente a falta de um ginásio de esportes, devido a
falta de interesse das autoridades estaduais e municipais competentes no
assunto. Isso era o pensamento dominante nas décadas de 40 a 80 do século XX em
nossa cidade. Por analogia e segundo a visão de Paulo Freire “não há vida sem
correção, sem retificação”. É preciso e urgente corrigir e retificar a vida da
nossa juventude, o que casa muito bem com a o pensamento de Immanuel Kant ao
afirmar que “é por isso que se mandam as crianças à escola: não tanto para que
aprendam alguma coisa, mas para que se habituem a estar calmas e sentadas e a
cumprir escrupulosamente o que se lhes ordena, de modo que depois não pensem
mesmo que têm de pôr em prática as suas ideias”. De modo que cabe aos adultos e
aos gestores de todos os níveis de governos, sic, essa obrigação
constitucional, legal e ética, se não querem investir na construção mais
cadeias, penitenciárias, etc., bem como aumentar as milhares e ou milhões de
valas (sepulturas) comuns nos cemitérios do Brasil e do mundo, todos os anos da
era da civilização da cibernética, maior império da ignorância humana que o
mundo já viu, alimentado através das drogas que envolvem a juventude de todos
níveis ou naipes sociais da face da terra.
Enfocamos de que na década de 60 do século XX, Santa Rita teve um grupo de
jovens, constituído por: José Pereira da Costa Filho (Pereira da SAELPA), Bebé,
Oíldo Soares, Geraldo Lucindo, Reginaldo Pereira (atual Prefeito de Santa
Rita), Dominguinhos, Napo e tantos outros igualmente valorosos na prática
esportiva, todos foram motivados e encabeçados pelo professor João de Deus
Diniz, então Diretor do Colégio Estadual de Santa Rita (atual Enéas Carvalho),
que com luta e sacrifício conseguiu criar a quadra esportiva daquele colégio
para dar maior motivação aos atletas e torcedores, pois, até então a única
quadra de esportes que existia em nossa cidade era a quadra do Santa Rita Tênis
Clube, com péssimas condições para a prática de esportes, até porque
fizeram várias promoções e conseguiram arrecadar o dinheiro que deu para fazer
a construção da primitiva quadra do Colégio Estadual de Santa Rita, sem ajuda
financeira por parte das autoridades estaduais e municipais. Assim sendo, o
futebol de salão, por exemplo, entre nós conseguiu manter a tradição, com um
local adequado para a prática de esportes em suas diversas modalidades. E foi
assim que o nosso futebol de salão foi evoluindo e conseguiu ser o “Vice
Campeão Nordestino” do ano de 1972 (foto 1),
disputado com honradez pelo então
Colégio Américo Falcão, via os jogos patrocinados naquele ano pela Companhia
Nacional de Escolas da Comunidade, atual CNEC.
E as vitórias do futebol de salão de Santa Rita foram grandes, de modo que o
Barcelona, equipe constituída por Gena, Oíldo Soares, Pereira, Geraldo Lucindo,
Napo (foto 2) dentre outros, conseguiram ser o Vice Campeão da Paraíba nesta
modalidade.
Atualmente, infelizmente o futebol de salão, dentre outras modalidades
igualmente importantes, encontra-se acabada, tendo em vista a falta de um olhar
motivador e incentivador das autoridades políticas e educacionais envolvidas
com o processo de enriquecimento da juventude nos esportes, especialmente da
juventude vinda do meio do povão e ou das classes menos favorecidas. É uma
questão de inclusão educacional e social, até para livrar a juventude ociosa
das drogas, dos assaltos, dos assassinatos, etc. Éramos felizes e não sabíamos,
pois, Immanuel Kant menciona que “o homem não é nada além daquilo que a
educação faz dele”, pensem nisso...
Referência:
A TRIBUNA –
Jornal da Cidade – Santa Rita – Pb – março de 1977.
BRASIL –
Estatuto da Criança e do Adolescente: Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990.
Diário Oficial da União, Brasileira, 17/07/1990. Acessada em 15/02/2013: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8069.htm>
BRASIL – Lei
de Diretrizes e Bases da Educação: Lei nº 9.94/96, de 20 de dezembro de 1996.
Diário Oficial da União, Brasília, 23/12/1996 – Acessada em 15/02/2013: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm.
LOCCO, Leila
de Almeida. In.: Direito Aplicado à Educação. Curitiba: IESDE Brasil S.A.,
2009.
http://www.recantodasletras.com.br/artigos/4482718
https://www.facebook.com/franciscodepaulameloaguiar.aguiar/posts/224881824343102
Enviado pelo escritor Francisco de Paula Melo Aguiar
http://blogdomendesemendes.blogspot.com