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sábado, 20 de fevereiro de 2016

DÚVIDAS! - PENEDINHO E CANÁRIO


Venho trazer aqui ao grupo uma conclusão que tirei em meio a avaliações de algumas fotos. Assistindo a um vídeo, vi a foto de um cangaceiro e no mesmo momento relacionei a imagem dele a uma outra foto, ao mesmo instante conclui que era o mesmo cabra, cabra este que ficou conhecido por matar e decapitar Canário e entregar a sua cabeça em troca de anistia, trata-se de PENEDINHO.


Eu trouxe a algum tempo atrás duas fotos achadas na internet do mesmo momento, mas muito diferentes. Muitos concluíram que a foto da direita seria a verdadeira e a da esquerda talvez uma montagem, essa dúvida pairou sobre a minha mente e agora posso concluir e trazer aos que interessam o fim desse enigma (pelo menos para mim). A foto da direita é uma montagem, uma tentativa de melhoria, mostrarei...


Trago aqui uma foto conhecida de Canário e mais 3 dos seus cabras, repare no segundo cangaceiro da esquerda para a direita.


Agora olhe a foto dos dois um ao lado do outro. Depois veja apenas as cabeças uma do lado da outra, trata-se (apesar de uma estar com a qualidade melhor que a outra, pois a do bando estava em péssima qualidade na internet) claramente da mesma face e do mesmo cabra.



CONCLUSÃO: Retiraram o rosto do suposto Penedinho da foto com Canário e recolocaram nessa foto dele com a cabeça de Canário na mão, fizeram uma restauração pegando como base uma outra fotografia.

Fonte: facebook
Página: Guilherme Velame

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 Fonte: facebook

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CORPO DE MARIA BONITA


Após terem sido atacados pela Força Volante de Alagoas, os cangaceiros(as) mortos em Angico tiveram suas cabeças decepadas e levadas para serem exibidas em diversas cidades do Nordeste, entre os mortos estavam Lampião e sua companheira Maria Bonita. Alguns estudiosos afirmam que Maria Bonita teve sua cabeça decepada ainda com vida.

Na imagem abaixo podemos ver o corpo de Maria Bonita sem a cabeça e ladeando o cadáver estão o Coiteiro Pedro de Cândido (Camisa escura), seu irmão Durval Rosa, o Delegado Especial Joel Macieira Aguiar, alguns soldados e locais.

Essa fotografia foi registrada no dia 03 de agosto de 1938, poucos dias após o episódio de Angico, na ocasião da visita do Dr. Joel Macieira Aguiar ao local do ocorrido, para constatar o fato.

Foto: JORNAL "A NOITE" 1938
Fonte: facebook
Página: Geraldo Júnior‎ 
Grupo: O Cangaço

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CANGACEIRO “ PANCADA “ FALA AO JORNAL “ A NOITE “..Edição: 14-11-38


É de estatura mediana, moreno. Disse ter 27 anos de idade , sendo chamado de LINO JOSÉ DE SOUZA, filho de José Teixeira de Souza e Delfina Maria da Conceição. Nascera em Santo Antônio da Glória – Bahia, e, ainda, solteiro entrara para o cangaço há uns 7 anos, atrás.

Os 4 primeiro anos, passara no grupo de Lampião . Depois, Corisco e estava chefiando grupo próprio. Disse que assina o nome, e, antes de ser bandido era vaqueiro . Após a morte de Lampião entregara-se á polícia na Fazenda Poço Redondo , onde descansavam já há três dias.

Contou, ainda, que entrou forçado para o cangaço, pois como seu pai, era forte coiteiro de Lampião e, numa noite, na fazenda de seu pai, fora atacado por cabras do bando de Lampião . Vendo que seria preso pelos cangaceiros ou pelos macacos, resolveu seguir o capitão. Tinha 20 anos nessa época. 

“ - Meu pai não quis acompanhar Lampião, mas disse que preferia que eu fosse bandido, a ser preso e maltratado pelos macacos ( policia)“.

Quando se juntou a o grupo e ia saindo do Sitio de seu pai, foram alvejados pela “ força policial “ tendo “ Pancada” a ocasião de fazer a primeira morte de sua funesta carreira, baleando um soldado. A uma de nossas perguntas, respondeu não ter remorso, pela morte que fizera no início de sua carreira, ao contrário, ficara satisfeito , uma vez que fora elogiado pelo Capitão.

Disse que não recordava dos combates que dera, pois foram muitos.
SOBRE MARIA JOVINA.

“- Roubei Maria Jovina em 1935. A gente já se gostava desde 1933 , quando passei com o Capitão na casa dela. Depois, formei um grupo e fui doidinho buscá-la.

Conta, então, que os bandidos tinha muita confiança em Lampião ... 
- “ Ele dizia que tinha o corpo fechado, “. – Disse, abaixando a cabeça, numa demonstração de sentimento. “ – Que para ser acertado por um “macaco” era preciso que ele tivesse cabelo no coração . O “ Capitão “ quando a gente matava alguém gostava que a gente sangrasse. “ Nunca gostei de “sangrar “..

Declarou-nos, ainda, que esteve no massacre de DOMINGOS vaqueiro e, da família deste, poucos dias depois do combate de Angico. 

-“ Não tomei parte naquela miséria. Foi armada só de CORISCO e seus cabras. “ Nós estava dentro da casa e as pessoas foram mortas detrás do curral de pedra da Fazenda. Não quis ver porque ele disse que ia cortá as cabeças “.

PANCADA sentiu muito a morte do Capitão , apesar de achar que a vida boa era ali , desgostou-se a ponto de procurar a polícia para se entregar junto com seus amigos.

Respondendo a outra pergunta, nos informou: 
“Quanto a CORISCO sabe que ele está na Bahia, quase sem gente. Conduz, apenas, poucos cabras, e, DADÁ a sua amante. A seu ver, não demorará muito para CORISCO ser preso. Bebe muito e, quando está bêbado apanha de DADÁ Ele próprio, ainda, não se entregou porque sua amante não consente“

O desejo de PANCADA é ir para o sertão dar combate aos outros bandidos. Tem vontade, agora, de ser macaco (policial). Depois, a justiça faça dele o que quiser.

Foto: Benjamin Abraão.

Fonte: facebook
Página: Voltaseca Volta
Grupo: Lampião, Cangaço e Nordeste

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FLORESTA UMA TERRA UM POVO FERRAZ NAZARENOS DE PERNAMBUCO

https://www.youtube.com/watch?v=lk60CQAgjUE&feature=youtu.be&app=desktop

Publicado em 24 de janeiro de 2016

Floresta Pernambuco, uma terra, um povo - História da família FERRAZ em fotografias - O povo Nazareno de Pernambuco
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O COCO E O REI DO RITMO

Por Kydelmir Dantas (*)

COCO: Ritmo comum do litoral do nordeste apareceu como dança no século XVIII. Em geral bastam um pandeiro ou um ganzá para marcar o ritmo, que é mantido pelo som de palmas, e se forma em moda de cantadores e dançadores (Nova História da MPB, 2a Edição - 1977 - Ed. Abril Cultural). 

Segundo Manezinho Araújo, o Coco originou-se no Quilombo dos Palmares, onde os negros passavam horas quebrando coco e cantando na cadência das batidas da casca, dessa fruta, nas pedras. A forma obedece ao compasso 2/4 e 4/4. 

As variações baseiam-se em vários critérios, como: 

- O lugar: Coco-de-pedra, Coco-do Sertão, Coco-de-roda. 

- Instrumentos Utilizados: 

- Coco de Ganzá = Tipo de chocalho. 

- Coco de Zambê = Instrumento de Percussão. 

- Coco de Mungonguê = Espécie de tamborim. 

- Versos Usados: Coco Agalopado, de Sétima, de Embolada, etc. 

Porém, o mestre Câmara Cascudo, no seu Dicionário do Folclore Brasileiro ressalta que, mesmo com toda a influência Africana a disposição coreográfica coincide com as preferências dos bailados indígenas, especialmente os Tupis da costa brasileira. 

Mesmo sintetizando em poucas linhas o Coco, não poderíamos deixar de falar no seu maior representante, nos dizeres de Pinto Carneiro, um dos mais ecléticos cantadores do Brasil, que a tudo interpretava com habilidade de Mestre. Era o protótipo do homem do mato, simples, alegre e inteligente, era JACKSON DO PANDEIRO. 


Nascido em 31 de agosto de 1919 e batizado de José Gomes Filho, recebeu influência total de sua mãe Dona Flora Mourão, como era mais conhecida Flória Maria da Conceição, a mais requisitada “Tiradora de Coco”, das festas de Alagoa Grande, na Paraíba, que cantava e tocava ganzá, acompanhada por outra pessoa no zabumba. Aos 8 anos de idade ele pegou num zabumba pela primeira vez e passou a acompanhar a mãe nas suas apresentações. 



Após a morte de seu pai a família foi morar em Campina Grande e o menino foi trabalhar numa padaria. Aos 17 anos, ele substituiu o baterista de um conjunto musical que se apresentava no Clube Ipiranga, tornando-se instrumentista desse grupo. Na década de 40 foi morar em João Pessoa e tocou em vários cabarés, até que em 1946 foi contratado pela Rádio Tabajara, onde começou a se projetar como ritmista no pandeiro, era conhecido por Zé Jack, devido a sua figura magra lembrar o ator americano de filmes faroeste Jack Perry, e em 1948 foi trabalhar na rádio Jornal do Comércio, de Recife (PE), adotando o nome artístico que ficaria famoso, Jackson do Pandeiro, e fazendo dupla com Rosil Cavalcante, de Macaparana (PE). 

O primeiro disco gravado, pelo selo Copacabana, foi em 1953 onde ele canta um dos seus maiores sucessos: “SEBASTIANA”, de Rosil Cavalcanti, juntamente com “FORRÓ EM LIMOEIRO”, de Edgar Ferreira. 

A partir daí, já conhecido em todo o país, vieram outras gravações que se tornaram sucessos: “Cabo Tenório” e “Moxotó” (Rosil Cavalcanti); “Forró em Limoeiro” e “1 a 1” (Edgar Ferreira); “O Canto da Ema” (Aires Viana, Alventino Câmara e João do Vale); “Como Tem Zé na Paraíba” (Manezinho Araújo e Catulo de Paula); “Chiclete Com Banana” (Gordurinha e Almira Castilho) e mais um rosário de boas músicas, com letras irreverentes ou não, que o fizeram conhecido como cantor. Porém Ele também compunha: é que uma boa parte de suas composições Jackson colocava em nome de Almira Castilho, sua parceira e esposa de 1959 a 67. Citando algumas composições suas mais conhecidas, temos: “Na Base da Chinela” (JP & Rosil Cavalcanti); “Aquilo Bom” (JP & José Batista); “Cantiga da Perua” (JP & Elias Soares); “Cabeça Feita” (JP & Sebastião Batista) etc. 

Muitos dos grandes nomes da MPB se disseram influenciados por Jackson, ou gravaram músicas que foram sucesso com e do mesmo: Alceu Valença, Caetano Veloso, Gil, Gal Costa, Geraldo Azevedo, Elba Ramalho, Trio Nordestino, Luiz Gonzaga, Chiclete com Banana; temos na Paraíba um cantor/poeta que é um dos seus mais fiéis seguidores, Biliu de Campina, fazendo o mesmo que o Mestre fazia: a “divisão”, ou seja, dividir os versos ritmicamente usando a voz como um instrumento de percussão. Hoje, após 76 anos do seu nascimento, as palavras do Rei do Ritmo continuam proféticas, para os que lutam e defendem a Música Popular Brasileira: 

“- Mesmo com a perseguição da música estrangeira, eu aguentei a barra durante 12 anos. Eu e o Luiz Gonzaga. Nunca parei de fazer gravações.”

“Sua Figura rude não sofreu qualquer transformação, de Alagoa Grande-PB - onde nasceu - ao Rio de Janeiro, onde conheceu os lauréis da glória.” (Pinto Carneiro). 

Amém, JACKSON DO PANDEIRO, amém! (*) Escritor, poeta, sócio da SBEC.

http://lentescangaceiras.blogspot.com.br/2008/12/o-coco-e-o-rei-do-ritmo.html

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A maravilhosa arte de Manuelito - 14 de Fevereiro de 2016

Por Geraldo Maia do Nascimento

A arte fotográfica, técnica de reproduzir as imagens pela refração da luz, teve em Mossoró um grande adepto, que ao morrer em 10 de agosto de 1980, deixou como legado um fabuloso acervo de importância histórica incalculável para Mossoró. 

               
Manuelito Pereira dos Santos Magalhães Benigno foi um artista de capacidade impar, que através de suas lentes projetou as imagens de Mossoró para o futuro, retratando a paisagem do seu mundo. São pessoas, ruas, sobrados, igrejas e acontecimentos sociais que envolveram a cidade num longo curso da crônica que ele registrou nos negativos dos seus filmes e na contemporaneidade do tempo e da vida.
              
 Nascido e criado no Ceará, onde também aprendeu a profissão, chegou a Mossoró em 04 de outubro de 1933, numa quarta-feira de sol abrasador. Trabalhou inicialmente no “Foto Escóssia”, que ficava na Praça Rodolfo Fernandes, e pertencia a Augusto da Escóssia. Posteriormente Manuelito Pereira deixou a Foto Escóssia passando a trabalhar para J. Octávio, outro estúdio famoso de Mossoró. Tempos depois montou seu próprio atelier com o nome de “ O MANUELITO”, na Praça Vigário Antônio Joaquim, onde se firmou como artista de largo conceito profissional. Por quase cinqüenta anos retratou gente e coisas de Mossoró, sendo de sua autoria a quase totalidade das fotos históricas de nossa cidade. Todo o seu acervo fotográfico encontra-se no Museu Histórico “Lauro da Escóssia”. Segundo as palavras do historiador Raimundo Nonato, “invulgar atividade profissional a desse artífice provinciano que vale como capítulo da história de uma cidade heróica, que tem sobrevivido pelas iniciativas do seu povo, pelos feitos e pelo seu amor à liberdade, tantas vezes comprovado em campanhas memoráveis e em dias de soberba glorificação”.
               
Em sua modesta sala de trabalho, soube compensar a falta de estrutura com seu imenso talento. Com o passar do tempo foi adquirindo fama, renome e prestígio com a instalação de um novo e moderno atelier fotográfico, onde atendia a todos com extrema cordialidade, sempre franco, expansivo, fumando seu cigarrinho, rindo manso por entre os dentes, batendo e revelando chapas dia e noite, e aos poucos, amealhando as economias que lhe chegavam às mãos, como justo prêmio de um trabalho incansável e honesto.
               
Soube se impor como profissional, tornando-se presença obrigatória nas festas sociais, nos prélios esportivos e acontecimentos tumultuosos da política, que no dizer de Raimundo Nonato, “sempre transforma a vida de Mossoró numa espécie de campo de batalha ou de guerra fria, com seus profetas de rua, seus ídolos populares, suas figuras carismáticas”.
               
Registrou também figuras populares das ruas da cidade, tipos inesquecíveis como Benício Gago e Manuel Cacimbinho, cujas biografias foram publicadas pelo saudoso pesquisador Raimundo Soares de Brito em sua obra “Eu, egos e os outros. Desses, Manuelito trabalhou as imagens dando formas pictóricas admiráveis, em belos quadros que poderiam figurar em qualquer museu do país.
               
Demais acontecimentos de relevo como foi o Congresso Eucarístico de Mossoró, ocorrido entre os dias 12 e 26 de agosto de 1943, com a presença do Arcebispo do Rio de Janeiro Dom Jaime de Barros Câmara, tiveram todos os seus atos fotografados por esse grande artista nordestino.
               
Pela importância do seu trabalho para a cultura mossoroense, mereceu esse grande artista uma sala individual no Museu da cidade, onde está exposto todo o equipamento utilizado por ele ao longo da sua vida profissional, além de grande quantidade de fotografias e negativos. Como curiosidade pode ser visto no Museu os negativos em lâminas de vidro, técnica muito usada na época, que ainda se encontram em perfeito estado de conservação.
               
Pelos fatos expostos é possível concluir que Manuelito Pereira dos Santos Magalhães Benigno deixou em Mossoró uma herança de trabalho que muito engrandece a cidade, pois é através de sua obra que o nosso passado é revisitado, evitando assim que a poeira do tempo cubra para sempre os nossos feitos e glórias. 

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Autor:
Jornalista Geraldo Maia do Nascimento
Fontes:
http://www.blogdogemaia.com

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