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sexta-feira, 6 de julho de 2012

Enquanto não vem cangaço - Maria dos Anjos

 Por: José Mendes Pereira

Uma mocinha com pouco mais de 16 anos. Moreno claro, de olhos negros, cabelos longos e  pretos, como a asa da graúna. Era uma verdadeira "Iracema". Ninguém resistia o seu olhar  atraente, já imaginava coisas imorais. Além do mais, tinha umas lindas coxas. Coisa de menina bonita. Nem parecia ser filha de um homem feioso, magro, cabeça de coco, poucos dentes naturais, e alguns havia adquirido no protético prático do bairro.  Totalmente desajeitado, como  era o seu pai, o Elesbão. 

Certo dia chegara do Rio de Janeiro um militar, o João Prado, todo enfiado num uniforme do exército brasileiro. Era cearense da gema, mas desde menino que viera para Mossoró, em companhia dos pais. Aqui cresceu, e daqui foi servir o exército no Rio de Janeiro. Ao ver a linda mocinha, que não havia presenciado  a rápida mudança em seu corpo, a desejou de corpo e alma.  

Os pais do João Prado eram  vizinhos dos pais da Maria dos Anjos,  mas as amizades entre eles eram restritas, apenas algumas vezes faziam reuniões nas calçadas.

Nesse dia, o João Prado chegou a prosear com a mãe da Maria dos Anjos, a Isabel, sobre a  beleza da sua filha, chegando a  mandar-lhe um recado , que fosse se arrumando que iria levá-la para Copacabana.

Nos anos setenta, uma das boates  mais faladas em Mossoró, era o Cassino "Copacabana", no bairro Bom Jardim, situada nas imediações do Alto do Louvor, lugar reservado para a prostituição de mulheres.

Assim que dona Isabel chegou em casa, participou a Elesbão, a brincadeira que o João Prado dissera com sua filha, que fosse se arrumando, que iria levá-la para "Copacabana", e lá, ambos, iriam viver um belo romance. 

Elesbão ao ouvir a  brincadeira do João Prado, contada pela sua esposa, a Isabel, não disse nada, ficou calado, apenas ficou tentando engolir o ódio que atravessava em sua garganta, sobre o desrespeito do João Prado, com a sua filha, a Maria dos Anjos. Ficou a imaginar que aquele sujeito metido a galã estava pensando que iria passar a perna sobre sua filha. Ele estava totalmente enganado. Sim Senhor! Aquela filha era criada com carinho, filha única e nada lhe faltava. Era pobre, mas filha de um senhor honrado e trabalhador.

Quantas vezes saíra ao clarear do dia para o seu sofrido emprego, lá na fábrica de óleo do Aderaldo, só para dar a sua filha o que ele não tivera quando em companhia do seu velho pai. Aquele sujeito só porque estava de uniforme do exército brasileiro, agora se sentia como se fosse um galã de cinema, o Juliano Gema, o Antonio Sthefane, o Marcos Damon... Enganara-se por completo. Sua amada filha tinha um pai para protegê-la.

Ao anoitecer, Elesbão foi até à quitanda do Valentim, também próxima ao Alto do Louvor; tomou umas quatro ou dez cachaças, não sei, e já meio tonto, foi  em casa. Pegou uma faca, mais um pedaço de mangueira grossa, enviou-os na cintura e foi ao encontro do João Prado, que no momento palestrava em uma das casas amigas.

Ao chegar, perguntou ao dono da casa, o Tiago das Oiticicas, como era chamado no bairro: 

- João Prado está aí, seu Tiago?
- Está - respondeu Tiago das Oiticicas.
- Chame ele por favor.
- João Prado, Elesbão quer falar com você! - Gritou  seu Tiago lá pra dentro da casa.

E lá se veio inocentemente o João Prado.

- O que deseja, Seu Elesbão? - Perguntou-lhe João Prado.

- João Padro, eu vim aqui porque você mandou um recado pela Isabel, para minha filha, Maria dos Anjos, que fosse se arrumando que iria levá-la para o Copacabana.  Como  ela não pode vir, então eu vim para ir junto com você ao Copacabana.

E sem mais pensar, desenfiou o pedaço de mangueira da cintura, mais a faca e acunhou atrás do João Prado, descendo a ladeira do Alto do Louvor. E tome mangueira, e tome peia, e tome peia. Na carreira, as passadas do João  Prado atingiram dois metros de distância, igualando as do seu agressor. Mas a frente depararam-se com um muro de dois metros. Mas o agredido não contou conversa, saltando-o de uma vez só.  Nem precisou colocar as mãos sobre ele para se apoiar e facilitar o impulso sobre o muro. Foi aí que Elesbão resolveu não arriscar pular o alto muro. 

Enquanto o Elesbão corria atrás do João Prado, os amigos do Elesbão  corriam atrás dele, para que ele não realizasse o assassinato. E todos que corriam atrás do Elesbão, gritavam:

- Não faça isso Elesbão! Não faça isso..., pelo amor de Deus!!!

Dias depois o João Prado retornou às pressas para  o Rio de Janeiro, e nunca mais botou os pés em Mossoró.

O Elesbão não sabia que o Copacabana que o João Pado se referia é uma praia no Rio de Janeiro. Ele pensava que o rapaz estava desconsiderando a sua filha, querendo levá-la para o meio da prostituição, no cassino de Mossoró, "O Copacabana".  

Minhas simples histórias 

A AÇÃO NOBRE DE UM RUDE

Por: Ângelo Osmiro

Conta o escritor Ângelo Osmiro Barreto, que em 1910, durante o período da Semana Santa, o lendário Cassimiro Honório, um velho cangaceiro do alto sertão pernambucano, da afamada região do Navio, promoveu um formidável cerco a um dos seus inimigos José de Sousa.



Melânia, era filha de Cassimiro Honório, havia sido roubada por José de Sousa. O pai da moça, inconformado com a atitude do jovem sertanejo, arregimentou um grande contingente de cangaceiros e retomou a filha do jovem apaixonado. O episódio criou grande rivalidade entre os dois sertanejos, homens valentes e acostumados às lutas, numa época em que as divergências eram resolvidas à bala. A justiça, pouco ou nada fazia para resolver essas pendengas.

Durante um grande cerco promovido por Cassimiro Honório à fazenda de José de Sousa que durou sete dias, um fato interessante chamou a atenção de todos.

Dentre muitos homens valentes de ambos os lados, um iria se destacar pela sua atitude nobre. José Rajado, sertanejo rude com sangue no olho como se diz até hoje naqueles sertões, brigava entrincheirado ao lado dos comandados de Cassimiro Honório.

Passados três dias de luta renhida, José Rajado escutou um choro de criança vindo de dentro da casa sitiada. O choro persistente chamou a atenção do cangaceiro.

Aquela criança aos prantos só poderia estar com fome, pensou o cangaceiro naquele momento da luta. Em ato repentino José Rajado levantou as mãos, e aos gritos, pediu para que o tiroteio fosse suspenso.

Surpresos com a atitude pouco comum do bravo sertanejo, os contendores pararam os tiros, e o silêncio tomou conta do lugar por alguns momentos. O cangaceiro José Rajado, propôs aos sitiados que se prometessem não alvejá-lo, iria ao curral, ordenharia umas cabras e levaria o leite para a criança que estava chorando com fome.

José de Sousa prometeu todas as garantias a José Rajado, que confiando na palavra empenhada do inimigo, foi ao curral encheu um balde de leite e deixou-o em frente à porta da casa sitiada. Retornou ao seu local de combate e após estar novamente seguro, o tiroteio recomeçou.

O cangaceiro José Rajado, apesar de toda sua rudeza, acabara por praticar um ato da mais alta nobreza.

Esta informação é do escritor e pesquisador do cangaço, Ângelo Osmiro Barreto, com a colaboração do confrade natalense Ivanildo Alves Silveira, colecionador e pesquisador do cangaço.

 lampiaoaceso.blogspot.com

O cantor João Mossoró fará Show no "Mercadão Cadegue"


O cantor João Mossoró fará show amanhã - (sábado -  7 de Julho), no"Mercadão Cadegue", no Estado do Rio de Janeiro), no bairro Benfica.

O show será para todas as idades. 
Uma festa portuguesa, aonde o cantor  apresentará no "Cantinho das Concertinas", a partir das12;00 horas.

Lá, o artista cantará:“O Meu Pé de Serra”, do Gonzagão, e “O Meu Verde Vinho”, com um tok nordestino.

Não deixe de participar desta grande festa. Prestigie o cantor com a sua presença.

O Abraço à familia Mariano

Comendador Francisco Mariano e Dra. Maria Amélia

Hoje é com pesar que convidamos a todos os amigos a se fazerem presentes à Missa de Sétimo dia de Geovane Gomes Mariano; filho de nosso querido confrade Comendador Mariano. Nos unimos às orações de toda a família e que Deus possa continuar a abençoar a todos.

Missa de Sétimo Dia

10 Horas da manhã

Capela da Santa Casa de Misericórdia

Fortaleza-CE

cariricangaco.blogspot.com

AS CRÔNICAS DO CANGAÇO – 7 (UMA PELEJA EM VERSO E TAPA)


Por: Rangel Alves da Costa(*)
Rangel Alves da Costa

AS CRÔNICAS DO CANGAÇO – 7 (UMA PELEJA EM VERSO E TAPA) 

No nordeste brasileiro, o termo peleja possui diversas significações. Serve para designar, por exemplo, a luta diária do homem pela sobrevivência, o acirramento entre desafetos, mas também a disputa travada por meio de cantoria. Daí as pelejas travadas entre repentistas, desafiadores, violeiros.

A verdadeira peleja, essa do desafio e do repente, chega sempre com um mote, puxando um assunto. O tal mote é desenvolvido a partir do final do verso cantado, quando o repentista sobe no seu galope para responder ao desafiante; ou mesmo sem puxar o verso e apenas criando a estrofe rimada sobre o assunto, como resposta ou provocação. Quando a peleja é acompanhada apenas do pandeiro, chamam coco de embolada; e cantoria quando é puxada por viola cabocla.


Neste sentido, peleja significa o desafio proposto por dois violeiros para ver quem sai vencedor na disputa levada em versos improvisados, também chamados repentes. Eis que o desafio é a disputa musical em que dois cantadores se alternam com versos improvisados, e o repente é o verso feito na hora para contradizer e sobressair-se sobre o achado do outro improvisador.

Quando repentistas afamados chegam ao sertão é festa certa. Na feira ou no botequim, no alpendre da casa do fazendeiro ou debaixo do pé de pau, logo começa a se aglomerar uma plateia entusiasta e torcedora. Tem gente que aposta em quem vai rimar melhor, criar versos mais criativos ou deixar o outro sem ter galope de resposta. Na peleja, perde sempre aquele que começa a dizer coisa com coisa, perder o fio da rima ou demorar a pensar para responder.

Ora, a peleja tem de ser rápida, sem pausa para imaginar o melhor verso. Também não entusiasma a rima pobre, a que soa sem graça, a que não seja resposta provocativa, a que não venha à altura ou mais potente do que o outro verso. Daí a maestria de muitos repentistas nordestinos, cabras que já andam com versos afiados na ponta da língua e sabendo pelejar com qualquer mote.

E certa feita dois desses cabras, dos melhores repentistas de viola que havia em toda região, foram convidados por Seu Ermerindo - um sertanejo apaixonado por Padim Ciço e por cantoria matuta – para um desafio na sua venda, um misto de botequim e mercearia. Homem afamado na Nossa Senhora da Conceição do Poço Redondo, mandou espalhar sobre a chegada dos repentistas e em menos de meia hora o local já estava repleto.


Com o salão cheio, dividido entre duas torcidas, uma parte pronta para aclamar Chico Trova, e a outra pronta para zuadar em favor de Zezim Galope, eis que um dos repentistas perguntou ao dono do salão qual mote preferia pra começar. Queria propor Padre Cícero, mas seria inconveniente mandar pegar fogo em cima do santo nordestino. Então alguém gritou sobre o cangaço de Lampião. Os dois cabras se olharam com as violas prontas e, com a aceitação do senhor do salão, a peleja começou sem demora.
E Chico Trova, afinando um pouco mais a viola, começou:

“Nesses quadrantes do sertão
para cimentar o seu chão
um dia foi pintada aquarela
na povoação de Vila Bela
porque nasceu um cristão
menino que se tornou Lampião
lindo fruto que nos deste
maior homem do Nordeste”

Zezim Galope subiu na cela e foi desfazer o dito, versejando:

“Não nego a valentia de Virgulino
mas lhe nego esse destino
de ser bondoso e justiceiro
muito menos é verdadeiro
que só lutou contra a polícia
pois agiu com tanta malícia
matando e ferrando inocente
fazendo sofrer tanta gente”

A essa altura as palmas e os apupos já estrondavam pelo salão. Os defensores de Lampião, acompanhando o galope de Chico Trova, não viam a hora de o repentista dar o troco na medida. E lá foi ele:

“Seu pai que foi coiteiro conhece
a verdade maior que prevalece
foi o próprio Lampião que salvou sua irmã
do cabra que lhe esperou na manhã
pra lhe romper a virgindade
chegando e vendo tanta maldade
o Capitão sacou do punhal e pistola
cortou o pinto do cabra e fez vestir a calçola”

Zezim Galope, sem muito tempo pra pensar, apenas se esforçou pra derrubar o verso do outro e com alguma coisa que fizesse seus torcedores contagiados, contando a vitória certa. E subiu na ponga:

“Pois dizem que Lampião
não cortava pinto não
deixava o dono com ele
pra depois merecer dele
uma amizade tão profunda
que acabava dando...”

“Se disser o resto eu atiro nas suas fuças, seu cabra safado”. E um velho sertanejo partiu pra cima de Zezim Galope com arma na mão e disposto a acabar com a vida do homem. Aproveitando a confusão formada, com as torcidas trocando tapas entre si, os dois repentistas entraram no oco do mundo e nunca mais tiveram coragem de botar os pés ali.


Os dois correram com tanto medo que um escafedeu por um canto enquanto o outro pegou o caminho do cemitério. E na mercearia de Seu Ermerindo continuou o troca-tapas até que o dono deu um grito tão alto que todo mundo ficou como paralisado. Quando a sertanejada se acalmou Seu Ermerindo se virou e disse:

“Era bom mesmo que aquele sujeitinho do Zezim Galope tomasse uns tabefes por riba dos olhos que era pra nunca mais ele dizer besteira com o Capitão Lampião. Nem de brincadeira de cantoria ele devia ter inventado uma coisa dessas”. E um minuto depois botou a mão no bolso, tirou duas notas e disse: “Dou esse dinheiro a quem alcançar o safado do Zezim Galope pra dar uma lição de vara. Quem topa?”.

E todo mundo saiu porta afora na maior correria, no encalço do maldoso repentista. Por isso mesmo é que se diz que falar mal de Lampião no sertão é abrir a própria cova ou se enfiar pelo chão.   

(*)Poeta e cronista
e-mail: rac3478@hotmail.com
http://blograngel-sertao.blogspot.com.br/2012/07/as-cronicas-do-cangaco-7-uma-peleja-em.html



LAMPIÃO CONTRA O MATA SETE (V)


Clerisvaldo B. Chagas - Crônica Nº 813

Respondendo ainda ao Capítulo 8 do livro “Lampião contra o Mata Sete”. Zé Lucena criou fama perseguindo bandidos, desde 1918, em Alagoas. Com a revolução de 30 continuou fiel ao governador e acabou preso acusado de desviar dinheiro da Caixa Beneficente da Guarda Civil. Muito sereno, provou sua inocência, foi solto e passou a ser homem de confiança do governador. Assumiu o comando do 2º Batalhão de Polícia com sede em Santana do Ipanema, criado para ser o centro de operações contra cangaceiros. Foi ele quem escolheu seus homens a dedo. Recebeu carta branca contra cangaceiros, ladrões de cavalos, arruaceiros e malfazejos em geral que atormentavam a sociedade. Em Santana incorporou-se ao social fazendo dupla com o padre Bulhões, os dois homens mais prestigiados de todo o interior. Brincava carnaval com os comerciantes locais e participava ativamente de todos os movimentos em prol do progresso de Santana. Foi prefeito dessa cidade, deputado e prefeito de Maceió. 

Dr. Archimedes Marques

Tem razão o juiz Pedro de Morais quando diz em citação de Archimedes na página 186: “(...) Lucena foi um militar probo, valente, e seus feitos de glória honraram a briosa Força Pública das Alagoas, pela retidão de seu caráter, no mister de valoroso guerreiro, cumpridor de seus afazeres. (...). O resto da citação é loucura. 


Zé Lucena foi um dos mais valentes comandantes do Nordeste à caça de cangaceiros. Deu o prazo de 15 dias para a entrega da cabeça de Virgolino pelas volantes alagoanas e, o prazo foi cumprido.  Quem fala que Lucena era covarde porque matou inúmeros bandidos em cova aberta ou não, ainda não apresentou um nome sequer de algum comandante de polícia ou volante candidato a santo. Estamos aguardando. Esperem mais detalhes do seu caráter logo, logo em “Lampião em Alagoas”.

Lucena hoje é nome da avenida principal da cidade de Santana do Ipanema e do 7º Batalhão de Polícia sediado nessa cidade de cinquenta mil habitantes, “Capital do Sertão” de Alagoas. Zé Lucena sempre reconheceu as estratégias militares de Lampião, pois brigara com ele desde o tempo em que Virgolino era capanga dos Porcino (Antônio, Manuel e Pedro). Por outro lado, Lampião tinha um cuidado especial com Lucena, pois já provara da sua coragem e ferocidade nos combates. Desafiar Lucena não era tarefa para qualquer um, tanto que após a instalação do Batalhão em Santana, Virgolino nunca mais ali passou por perto. Querer tirar os méritos do morto Lucena, é querer fazer o que o juiz Pedro de Morais quer fazer com Lampião.

(Amanhã encerraremos nossos comentários (série de 6 crônicas) a respeito do livro “Lampião contra o mata Sete”, do bem-vindo escritor, delegado e advogado Archimedes Marques).

http://clerisvaldobchagas.blogspot.com.br/2012/07/lampiao-contra-o-mata-sete-v.html

Estreando na capital baiana


Volta Seca no teatro

Release: Espetáculo solo baseado na vida do cangaceiro Volta Seca, integrante do bando do Rei do Cangaço, Lampião. A montagem constrói uma tessitura peculiar, que se afasta da imagem clássica e recorrente do cangaço e do nordestino. O espetáculo constrói atmosferas diferentes, que tanto aproximam a plateia da experiência mística, das batalhas sangrentas, como dos medos, desejos e sofrimentos do personagem, compondo, assim, um panorama mais próximo do carismático, misterioso e imprevisível Volta Seca. A localização do cangaço se liberta da concepção geográfica para ganhar a conotação mais humana e universal possível.

“Escrito em um ato para o teatro, o texto é documental e revela as perseguições das volantes, os momentos de descontração do bando e, de maneira particular, a própria saga da personagem. Um dos maiores fenômenos populares do Brasil, misto de banditismo e heroísmo no imaginário coletivo, o cangaço de Lampião desafiou as autoridades e sobreviveu por 20 anos às investidas das unidades volantes da polícia.”, revela o diretor Fabio Nieto Lopez.

Apesar da referência histórica, e do encontro da plateia com seu personagem no palco, próximos uns dos outros, esse momento não faz referência unicamente a uma história distante, porque o plano dessa “prosa” aparentemente improvisada se dá em um ambiente onírico, articulando a linguagem teatral em sua concepção poética, inventiva, sonora e plástica. Nesse plano de possibilidades, Volta Seca é o anfitrião.

Os fatos históricos foram transformados em cena na peça teatral "O cangaceiro Volta Seca", escrita e interpretada pelo ator e dramaturgo Edmar Dias.

Serviço
O quê: Peça Volta Seca – O sentinela do cangaço
Onde: Espaço Xisto Bahia (Rua General Labatut, 27, Barris – Salvador)
Quando: 5/7 a 26/7 e 2 e 9/08 (Quintas) 20hs
Quanto: R$ 20 e R$ 10
Classificação: 14 anos
Realização: Edmar Dias e Fábio Nieto Lopez
Site: www.espetaculovoltaseca.blogspot.com.br
Tels: (71) 3117 6155 / 9330 9385 / 9121-1940
E-mail: espetaculovoltaseca@gmail.com

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