Por Paulo
Britto
Nota: o http://blogdomendesemendes.blogspot.com postou este artigo do Nobre Paulo Britto falando sobre o artigo da pesquisadora Juliana Pereira, mas não foi postado no intuito de alimentar probleminhas com nenhum pesquisador, e como ele já foi postado no http://cariricangaco,blogspot.com, resolvi postá-lo também no nosso blog. Eu sei que todos os pesquisadores assumem o que escrevem, mas não estou querendo fazer briguinhas entre eles, apenas para manter o leitor do nosso blog informado sobre tudo que é escrito por estes profissionais pesquisadores e escritores.
Diz o Nobre Paulo Britto:
Li o Artigo da
Srª Juliana Ischiara “O Polêmico Episódio de Angico – Parte I e II” publicado,
neste mesmo blog “Cariri Cangaço”, do nosso amigo Severo; principalmente os
pontos onde ela reúne comentários carregados de acusações caluniosas ao Coronel
João Bezerra, que até hoje não foram comprovadas por falta de total
embasamento. Em atenção a Srª Juliana e a todos os leitores desse respeitado
blog, resolvi compilar algumas referências/citações ao Coronel João Bezerra da
Silva, feitas por pessoas de realce dentro do contexto do tema Cangaço, as mais
diversas possíveis: coiteiros, soldados, oficiais, escritores, pesquisadores,
autoridades militares, chefes de volantes renomados de outros Estados, etc.
Meu intuito é
único e exclusivo, levar ao público informações para que diante delas, tirem
suas próprias conclusões...
Boletim
Regimental número 179, de 12/08/1938
Não se
enganou, portanto, o Exmº. Sr. Interventor Osman Loureiro, nem tampouco este
comando. A perseguição se iniciou de forma tenaz e vigorosa, e não tardou a
raiar da manhã de 28 de julho, onde um punhado de 45 bravos comandados pelo
Capitão João Bezerra da Silva, 1º Tenente Francisco Ferreira de Melo e
Aspirante a oficial Aniceto Rodrigues dos Santos numa arrancada de heróis,
atacaram de surpresa, na Fazenda “Angicos” município de Porto da Folha, no
Estado de Sergipe, o grupo de famigerado “Lampeão” composto de nada menos de 58
bandidos e com eles numa luta tremenda conseguiram abater 11 sicários,
inclusive o Rei do cangaço, pondo os demais em debandada, sem que tivesse
tempo, os restantes, de conduzir do campo da luta os seus apetrechos e material
de guerra que abandonaram.
... O Exmº Sr.
Interventor Federal Dr. Osman Loureiro, vendo realçada, com o mais
significativo êxito, a missão de que fora e ainda se acha encarregado o II
Batalhão, houve por bem premiar os que tomaram parte na refrega, e assim sendo,
graduou no posto de Coronel, o Tenente Cel José Lucena de Albuquerque Maranhão
e promoveu por ato de bravura, a Capitão, o 1º Tenente João Bezerra da Silva, a
1º Tenente, o aspirante a oficial Francisco Ferreira de Melo, a aspirante, o 3º
sargento Aniceto Rodrigues dos Santos...
Elogio do Coronel Lucena
- Louvor do
Coronel Lucena comandante do II Batalhão, transcrito no III item do Boletim nº
285, do II Btl, de 17 de dezembro de 1938.
“Tendo o Sr.
Capitão João Bezerra da Silva, sido desligado deste Batalhão, a fim de assumir
a função na sede do Regimento. Louvo-o pelo modo brilhante com que soube
espontaneamente cumprir as árduas missões de que foi incumbido, quando neste
batalhão, mormente na campanha contra o orda de facínoras, perturbadores da paz
sertaneja que há tanto tempo vinha sofrendo as agruras conseqüentes da ação do
banditismo. Este oficial, demonstrou os nobres predicados de que é possuidor;
trabalhador incansável que nunca ousou dar tréguas a tal corja, combatendo-a
bravamente até o momento máximo em que assediou com a sua fôrça o conjunto
chefiado pelo célebre “Lampeão” que não podendo vazar tal assédio, caiu sem
vida, quando para os supersticiosos já era tido como imortal.
Jornal de
Alagoas:
O Chefe de
Polícia de Alagoas relata como se deu o encontro em que morreu o “Rei do
Cangaço”. Quem é o Tenente João Bezerra. A Agência Nacional, do Departamento de
Propaganda, procurou ouvir pelo telegrapho, o Secretário do Interior e Chefe de
Polícia de Alagoas Sr. José Maria das Neves. O Sr. José Maria das Neves
informou o seguinte.
- O Sr. João
Bezerra da Silva, nasceu em Pernambuco a 4 (*) de junho de 1898, verificando
praça em 29 de novembro de 1921. Foi 2º Sargento em 29 de março de 1922... e 1º
Tenente por merecimento em 30 de setembro de 1936. Teve vários encontros com
bandidos, tendo de uma feita morto três dos comparsas de Lampeão. ... É
official valoroso da Polícia Alagoana e de immediata confiança do governo...
...Espada
Entre os prêmios recebidos por João Bezerra, a sua família guarda, zelosa e orgulhosamente, a ESPADA que ele recebeu do povo de Piranhas em 1938, expressão de gratidão pela morte de Lampião, em cuja “Copa” está escrito: “Ao Capitão João Bezerra pela sua bravura e heroísmo. Offerece o povo de Piranhas.”
Durval Rosa
Colocações de
Durval Rosa, irmão de Pedro de Cândido, no livro “Assim morreu Lampião” de
autoria do pesquisador e escritor Antônio Amaury, página 105.
... Juão Bizerra dissi qui tava certo i dividiu todo mundo.
Avisou:
- Não conversa ninguém. Puxem o ferrolho dos fuzis. Não dá tiro a tôa.
Passou uma órdem severa.
- Vô passá uma órdem prá todo mundo. Num si dá um tiro sem si vê im quem . Só si atira im cangacero. Soldado num briga deitado, u qui eu incontrá deitado, ou outro qualqué incontrá deitado, atiri i maté qui essi é covardi. Quando vocêis me verim deitado atirim im mim também.
Quando eu gritá, avança, aí eu quero Lampião pegado hoji di qualquer maneira. Ou morto ou pegado a mão!
Nisso Antonho Jacó chegou-si perto deli, tirou o chapéu, botou no chão, pisou im cima i dissi assim.
- Mi solti logo “Seu” tenenti, qui eu quero sabe si Lampião é mais homi que eu.
Ficou doido, doido, doido.
O teneti falô:
- Esperi aí, i tenha calma!”...
Afirmativas
como esta feita pelo coiteiro que não tinha necessidade alguma para enaltecer a
coragem do comandante da tropa e seu subordinado, não são consideradas por
certos pesquisadores que se apegam a comentários tendenciosos que não tem
relevância.
Ainda em
decorrência ao artigo "Polêmica de Angico" publicado neste mesmo
blog, gostaria de fazer constar mais algumas citações sobre o Tenente João
Bezerra...
Antônio Jacó
Colocações de
Antônio Jacó no livro “Assim morreu Lampião” de autoria do escritor e
pesquisador Antônio Amaury Correa de Araújo, página 117, Edição 1982.
-João Bezerra armou uma rede, botou os bornaes pendurados num galho e disse assim:
- Mané Véio, deita aqui dibaxo da minha rede:
Eu respondi:
- Ôce tá pensando qui eu sô muié? Prá seiscentos diabos!
Mas deitei no chão, qui eu obedecia eli. ...
Quando estive
com Antônio Jacó na cidade de Pires do Rio em Goiás, ele bastante emocionado,
sem acreditar que estaria ao lado do filho de Ten. João Bezerra, em longa
entrevista me disse:
- O seu pai,
eu considerava como meu pai.
Elias Marques
Em conversa
com Elias Marques, soldado da volante do meu pai, que residia em Olho D`Água do
Casado, onde lá estive por diversas vezes, perguntei a ele:
– Elias e essas conversas que meu pai se encontrava com Lampião, etc?
Ele respondeu:
– Paulo você vai acreditar nisso, seu pai não se afastava pra lugar nenhum que não levasse um de nós e nós nunca vimos falar nisso.
O Tenente não era de brincadeira”. ...
Estas
colocações são para demonstrar a confiança e o respeito de Antônio Jacó e
demais soldados pelo então Tenente João Bezerra, demonstrando que pessoas como
estas jamais se insubordinariam ao seu comando, a consideração e a confiança do
comandante por eles.
Ferreira de
Melo
O coronel
Francisco Ferreira de Melo no livro do Dr. Estácio de Lima “O Mundo Estranho
dos Cangaceiros”, páginas 285, 286 e 287:
-Lastimamos a perda de meu excelente soldado ADRIÃO ou ADRIANO PEDRO DE SOUZA. Também foi baleado o nosso digno Comandante e mais um praça que teve o braço partido.
-De qualquer forma, LAMPIÃO foi liquidado pela tropa sob o comando geral de BEZERRA.
- As precauções e as providências. BEZERRA nunca se mostrava egoísta, ou vaidoso. Gostava de ouvir a opinião dos comandados.
Manoel Neto
Comentário de Manoel Neto em um Jornal do Nordeste:
O capitão Manoel Netto reconstitue, para esta folha, a luta em que se empenhou durante 12 anos.
O capitão Manoel Netto, pertencente à Brigada Militar do Estado, tem a sua
carreira ligada ao combate sistemático e constante ao cangaceirismo no
nordeste. Por fim, o capitão Manoel Neto allude a antigos companheiros de
jornada, destacando os nomes do Tenente Coronel Hygino, do Tenente Arlindo
Rocha, Luiz Mariano, Capitão Optato Gueiros, Major José de Alencar, concluindo
refere-se ao Tenente João Bezerra dizendo:
- O Tenente João Bezerra a quem conheço pessoalmente, é um official disposto, disciplinado e muito bem quisto no seio da Polícia alagoana e dos Estados vizinhos.
Carta do Cel
José Rufino; Jeremoabo, 1 de abril de 1964
Amigo Cel João
Bezerra,
... Aqui fica o teu velho amigo que muito te estima.
Olha João, eu ainda hoje sonho com aqueles tempos daqueles em que nós vivíamos naquela mardita campanha.
Manoel Flor
Carta de Coronel Manoel de Souza Ferraz (Manoel Flor)
João Bezerra, Recebi sua carta, ontem, 19 de agosto de 1961, quando me preparava para um ligueiro passeio pela cidade. Seria faltar a primorosa verdade se lhe afirmasse ter sido um momento de alegria ao recebê-la. Foi meu caro amigo muito mais do que uma satisfação passageira. Ela veio me transportar a terreno mais profundo, o qual ficou no passado, mas de meandro crateroso, contemplado por mim com tantas emoções.
Emoção pelo desaparecimento de velhos companheiros, cujas cinzas veneramos com admiração e respeito, pela bravura e respeito; Emoção pelo verdadeiro espírito fraternal que sempre existiu entre as tropas pernambucanas e alagoanas. A confiança fazia com que considerássemos Pernambuco, um pedaço de Alagoas e Alagoas, um pedaço de Pernambuco; Emoção dos dias cruentos que enfrentamos, apesar da dureza da campanha, ocasionada pela fadiga, apreensão e responsabilidade, os nossos encontros efetivados na maior cordialidade, ou melhor festivos. ...
Do amigo e companheiro
Manoel de Souza Ferraz (Manoel Flor)
Floresta, 20/9/1961
Colocações
feitas pelo escritor e pesquisador Frederico Pernambucano de Melo, na
introdução do Livro “Como Dei Cabo de Lampião” de autoria do Capitão João
Bezerra, página 38, 3ª edição.
... as curtas
memórias do coronel Bezerra nos revelam um homem eleito pela fatalidade de um
destino de aventuras permanente, pondo-lhe a vida a cada passo um obstáculo
para saltar e lhe proporcionando a aventura capaz de fazer lamber os beiços a
um jovem do Pajeú da época, de poder provar, em pelejas sucessivas, aos seus
próprios olhos e aos de terceiros que se tratava de “cabra disposto”. Metido no
interminável steeple–chase que culminaria com a destruição do “Rei do Cangaço”,
Bezerra há de ter-se considerado um homem de sorte, sob esse aspecto. Pois olhe
que até uma onça cruzaria seu caminho para lhe dar oportunidade de tirar uma
das mais invejadas cartas de valente: a de matador de onça. ...
Outro comentário do escritor e pesquisador Frederico Pernambucano de Melo, no Livro “Como Dei Cabo de Lampião” de autoria do Capitão João Bezerra, página 55 e 56, 3ª edição:
... Fico à vontade, portanto, para reconhecer em Bezerra o homem que não tremeu no momento em que o destino o aceitou como seu agente e ponta de lança, dando-lhe a chance de virar uma das páginas mais expressivas da história do Nordeste rural. ...
... No cenário
de Angico, Bezerra não foi outra coisa. Sujeito e objeto da história, soube
fazer-se templo da síntese magnífica. Como um Ahab original, mil vezes
afortunado, cuidou em atropelar tudo o que se levantou entre ele e o
cangaceiro. E ao lhe tomar no último instante a porta, quem sabe não o terá
desenganado de um possível brilho derradeiro das estrelas de seu chapéu,
sentenciando como o capitão da perna de marfim:
Louco! Sou o
lugar-tenente do destino. Apenas cumpro ordens ...
Billy Jaynes
Chandler
Repúdio ao
Professor Billy Jaynes Chandler, no Livro da escritora Marilourdes Ferraz “O
Canto do Acauã”, 3ª Edição – 2011, página 476:
- Pág. 252:
“Estas histórias são repetidas pelos pernambucanos, principalmente por aqueles
que, como os da família Flor e outros nazarenos, se sentem ludibriados porque,
segundo eles, Lampião foi morto por um oficial de Alagoas, corrupto e covarde,
indigno de tal honra. Esta honra, de direito, deveria ter sido deles. Bezerra
infame, como era, só pode ter...“ Estas referências aéticas lançadas contra o
Coronel João Bezerra não podem ser atribuídas a quem não as deu, no caso os
Flor de Nazaré que nem ao menos foram entrevistados pelo professor. E, além de
tudo, não concordam com esse tratamento contra o colega de outro Estado.
(Marilourdes
Ferraz é filha do Coronel Manoel de Souza Ferraz – Manoel Flor).
Belarmino Neto
Carta do Major
da Polícia Pernambucana, Belarmino de Souza Neto, dirigida à escritora
Marilourdes Ferraz e publicada em seu livro “O Canto do Acauã” – 3ª Edição –
2011, páginas 486 e 487. Há anos li uma obra de Rodrigues de Carvalho, sobre
Lampião tratando do tema, aquele autor não tem dúvida: Afirma que a morte foi
mesmo por veneno, obscurecendo o trabalho de João Bezerra a quem não poupa
ofensas e cobre de ridículo.
Lendo aquela obra, comentei à margem: “Lampião foi um bandido, sem nobreza, sem ética, sem piedade. Seria um injustificável exagero que se fosse exigir, para a sua destruição, o emprego de princípios, de lealdade cavalheiresca que ele nunca usara para com suas vítimas. Teria sido ele envenenado? Para mim o assunto é irrelevante e não conduz a nada. O Coronel João Bezerra continuará a ser o homem que livrou o nordeste brasileiro daquela praga de vândalos. Que o tenha feito a bala, pelo arsênico, pela surpresa ou através de qualquer artifício, isso não vem ao caso, negar seu mérito pelo extermínio de Lampião, é como negar a Colombo o mérito pelo descobrimento da América. E no entanto, depois de vinte anos de escaramuças através do nordeste, entre o bandido e as forças policiais de 7 Estados, foi o Coronel João Bezerra o único que conseguiu quebrar a calota do ovo e colocá-lo de pé sobre a mesa. ...
Antonio Amaury
Correa de Araujo
Correspondência
enviada a mim em 06.07.2002 pelo escritor e pesquisador Antônio Amaury Correa
de Araújo:... Não é novidade para os pesquisadores que seu pai foi amplamente
injuriado, invejado e que teve sua imagem denegrida por comentários oriundos de
mentes tacanhas pelo fato de haver sido o comandante que eliminou Lampião e
parte do seu bando cangaceiro, ... Isso causou-lhes profundo ressentimento e
usaram então dos mais baixos argumentos para achincalhar o episódio da Fazenda
Angico.
... Pelo que
pude observar nesses 53 anos de pesquisas e com seis mil entrevistas realizadas
qualquer pessoa, em qualquer época usando de qualquer método para eliminar
Lampião, ... ... seria questionado e destratado e sua atuação estaria sempre em
dúvida na visão daqueles que não conseguiram o mesmo desideratum. A imaginação
humana não tem limites e até mesmo episódios claros como cristal são colocados
sob suspeita.... Para terminar, a polêmica não tem fim. É traição, veneno, tiro
e Lampião ainda vivo até a década de 1990. Viva a fantasia, a ficção, a
criatividade de alguns pesquisadores menos cuidadosos e pouco honestos para com
a história...
PS. Faça o uso
que quiser destas, pois é a expressão do meu pensamento e da verdade que obtive
de cangaceiros, soldados, coiteiros e outras pessoas envolvidas no episódio de
Angico.
Gazeta de Alagoas
06.12.1970 –
1º Caderno, página 3.
Matador de Lampião sepultado em Maceió com honras militares...O Coronel (de Exército) Carlos Eugênio Pires de Azevedo, comandante da Polícia Militar conheceu pessoalmente o Coronel Bezerra há 02 anos em Garanhuns. Lamentou a sua morte. Como última homenagem a corporação da qual é comandante, satisfazia o pedido de João Bezerra de ser sepultado em solo alagoano.
Pelos bons
serviços prestados à Polícia Militar de Alagoas e a todo o nordeste, não há
tributo que pague ao Coronel Bezerra, pelo que ele realizou, disse o comandante
da Polícia Militar de Alagoas. ... “O Coronel Bezerra era um militar cônscio de
suas responsabilidades e tratava a todos os seus comandados com igualdade de
condições. Devido esse comportamento, diante das tropas, que comandava no
Quartel é que ele grangeou a simpatia de todos e consequentemente foi
conquistando as promoções, todas elas por relevantes serviços prestados à nossa
Polícia, ao Estado e à Nação”.
Espero que
estas citações consigam demonstrar, um pouco, de quem foi o homem, o policial
militar, o maçon grau 18 que, em todas as suas ações e missões, só fez
enaltecer o nome da instituição a que pertenceu, e que, graças a Deus, teve o
privilégio do reconhecimento e do respeito dos familiares, amigos, superiores e
subordinados. Sempre estive e continuo disponível aos amigos, para poder
contribuir com o modesto conhecimento que tenho.
Paulo Britto
filho do Coronel João Bezerra
(*) A data do
nascimento correta do Coronel João Bezerra é 24 de junho de 1898.
Totalmente
transcrito
Fonte blog cariricangaco.blogspot.com
Foto blog cariricangaco.blogspot.com
Fonte: facebook
Página: Luiz
Pedro da Ingazeira
http://blogdomendesemendes.blogspot.com