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domingo, 12 de fevereiro de 2017

CÁLICE DE DOCE VENENO

*Rangel Alves da Costa

Em noites assim, somente um cálice de doce veneno. Em determinadas noites saudosas, chuvosas, nostálgicas, solitárias, vazias, perdidas, descompassadas, amargas, nada melhor a experimentar do que um cálice de doce veneno.

Tudo é uma questão de suportar as angústias e aflições dos noturnos solitários e tristes. Mesmo que sempre procure fugir do copo cheio de bebida e do cigarro sempre aceso, mesmo que se procure não atiçar as fornalhas dos sentimentos, ainda assim surgirão as angústias e as aflições tão próprias nas noites solitárias e tristes.

Então, de repente, o que vai sendo bebido é o cálice de doce veneno. Um cálice cheio de venenos inseparáveis ao ser humano. Nem sempre tragado, experimentado, sorvido, mas sempre disposto à mão. Um cálice de tão fino e puro cristal como de rude e grosseiro vidro. Mas de mesmo veneno. Ou de mesmos venenos. E tão conhecidos como os copos de afastar a sede.

E tantas vezes não há como evitar que o veneno vá se derramando no cálice. O que surge na mente vai descendo leve, o que surge na alma vai acrescendo mais, o que surge no espírito vai tornando o cálice mais cheio, o que surge no coração vai transbordando tudo. Numa junção de motivos e predisposições, de repente o cálice se mostra completo aos olhos e ávido para ser experimentado.

Quem não bebe desse cálice transbordante de saudades, de relembranças, de assados que nunca passam? Quem não bebe a dose da tristeza, da solidão, da melancolia, da dor, do sofrimento, da tristeza, da desesperança, da aflição? Quem já não experimentou, trago após trago, desse veneno que faz querer sumir, desaparecer, deixar de existir? Quem já não se envenenou entre cartas, poemas, bilhetes, retratos, relíquias passadas, faces e feições que vão surgindo do nada e somente para angustiar?


Cálice de doce veneno que desce molhado nas noites chuvosas e faz naufragar o ser mais forte. Não há força que vença uma saudade molhada, chuviscada, transbordante, batendo na janela, enxurrando lá fora, trazendo mil memórias e pensamentos. Não há quem não se veja diante do cálice quando a vidraça molhada parece mostrar um lábio vermelho desenhado ou um poema escrito em instante de amor. Enquanto a chuva cai, o cálice vai sendo revirado lentamente, sem pressa, como no pulsar de cada pingo caindo.

No amor o veneno mais potente que possa existir. Tão doce e tão necessário, tão néctar e tão alimento, tão seiva e tanto mel, mas também o terrível veneno de findar destino. No seu descompasso ou no seu abalo, e logo o cálice recebendo, gota a gota, sua dose certeira. Uma gota que cai do ciúme, uma gota que cai da raiva, uma gota que cai da briga, uma gota que cai da discórdia, uma gota que cai da incompreensão, uma gota que cai do medo, uma gota que cai da saudade. E assim, gota a gota, o cálice a ser provado perante a força de permanência do amor. Tantas vezes, o cálice caído das mãos, tantas vezes o cálice esquecido num canto, outras vezes o cálice devorado em fúria.

Também nas incertezas da vida o veneno vai descendo no cálice. Surgem as indagações, as reflexões, os pensamentos acerca daquilo que tanto se quer fugir. Negligencia-se, posterga, omite, mas de repente não há mais como não enfrentar as realidades. Então as gotas de veneno vão descendo aos poucos, forçadamente, afligindo por dentro e por fora do cálice humano. Inebria-se assim desse reencontro, embriaga-se de suas razões, mas sempre são encontradas as razões para experimentar do veneno ou não.

Tais venenos não possuem a força de sucumbir. E por isso mesmo não se pode deixar de experimentar sua acidez necessária. Venenos assim matam as dores e os sofrimentos e fazem renascer as esperanças nos cálices da vida tendentes à queda ou já estilhaçados ao chão. Um gole, apenas um gole, pode ser a própria salvação da vida.
  
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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MOSSORÓ: MORRE O JUIZ DE DIREITO APOSENTADO E EX-DEPUTADO ASSIS AMORIM

Só para efeito de arquivo. Seu falecimento foi no dia 04-02-2017
Assis Amorim foi vereador, deputado estadual e juiz de Direito em várias comarcas do RN (foto: web)/César Santos

Morreu na manhã deste sábado (4) em Mossoró o juiz de Direito aposentado Assis Amorim. Ele tinha 78 anos e enfrentava problemas de saúde por consequência do Mal de Alzheimer.

Os familiares não relataram maiores detalhes de sua morte, mas há pouco tempo Assis havia passado mais de um mês internado no Hospital Wilson Rosado. O corpo de Assis Amorim será velado no Centro de Velório Sempre, localizado à Rua Melo Franco, em frente ao Tiro de Guerra, Centro de Mossoró.

Henrique Alves e Assis Amorim em foto para campanha eleitoral no início da década de 70 (foto: web)

Além da carreira vitoriosa na magistratura, Francisco de Assis Freitas de Amorim também foi político, tendo iniciado a sua caminhada na década de 70, com apoio da tradicional família Alves. Ele foi vereador e deputado estadual defendendo o MDB, hoje PMDB, liderado no Rio Grande do Norte pelo governador Aluízio Alves.

Ex-governador do Rio Grande do Norte Aluízio e pai de Henrique Eduardo Alves

No final da primeira década 2000, com o surgimento dos “blogs”, Assis Amorim inaugurou a sua página na grande rede. No dia 24 de agosto de 2008, ele se apresentou: “Brasileiro, mossoroense, casado, juiz aposentado, advogado, vivedor inveterado e devoto incondicional de São Francisco e Santa Luzia.”


E escreveu:

“Eis-me aqui. Um apaixonado por Mossoró.

Nem poderia deixar de sê-lo. Afinal de contas, ninguém poderá ser apontado como maior admirador das admiráveis páginas de civismo da gente mossoroense:

Foto do acervo do jornalista, escritor, pesquisador do cangaço Geraldo Maia do Nascimento
http://blogdomendesemendes.blogspot.com.br/2014/12/major-romao-filgueira-16-de-novembro-de.html

Primeira cidade brasileira a libertar seus escravos, cujo movimento foi capitaneado por uma plêiade de conterrâneos de denodada bravura, liderados pelo bravo mossoroense Francisco Romão Filgueira; não se pode deixar de realçar a não menos importante página de coragem da mulher mossoroense, ao se insurgirem contra a convocação de seus filhos para participarem da Guerra do Paraguai, promovendo o chamado "panelaço".

Fonte: Pilórdia

Também foi a coragem dos mossoroenses que levou o nordeste brasileiro a decretar o fim do cangaço, por ter sido a heroica responsável pela primeira derrota do 


famigerado bandido Virgolino Ferreira - o LAMPIÃO - pela resistência do bravo mossoroense RODOLFO FERNANDES, que liderou um grupo de homens dentre os quais Manoel Duarte, o responsável pelo fuzilamento de COLCHETE e JARARACA, fazendo com que VIRGULINO e seus comparsas fugissem às pressas em debandada no rumo de Juazeiro do Ceará, terra do "meu padim Padre Cícero", onde já não encontraram o mesmo apoio do passado, partindo em retirada para o estado de Pernambuco, onde foram dizimados por volantes da Polícia Militar.

http://sednemmendes.blogspot.com.br/2015/05/celina-guimaraes-viana-era-professora-e.html

Também as mulheres mossoroenses, lideradas por Celina Guimarães, foram as responsáveis pela conquista do direito de voto da mulher, na América do Sul."

http://www.miqueascapuxu.com/2017/02/mossoro-morre-o-juiz-de-direito.html

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"CANTIGA DE CANGACEIRO" - MARIENE DE CASTRO

https://www.youtube.com/watch?v=aUt5owx9Nfg

Publicado em 22 de abr de 2012
Faixa do Álbum "Abre Caminho"
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ENTREVISTA COM O IRMÃO DO CANGACEIRO ELETRICO

https://www.youtube.com/watch?v=teshcm7e1hY

Publicado em 9 de mai de 2016
Meu querido Avô nos conta um pouco da vida de seu irmão, o cangaceiro Elétrico,
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O CANGACEIRO BRONZEADO


Manoel Ferreira vulgo Bronzeado era natural de Lavras, no Estado do Ceará. Era  membro do grupo de cangaceiros do facínora Massilon  Benevides ou Leite, e que participou da invasão da cidade de Apodi, no Rio Grande do Norte, em 10 de maio de 1927. Era cabra do coronel Isaías Arruda, que era chefe de Missão Velha-CE, o protetor de Lampião", diz a fonte consultada. 

Bronzeado foi preso no município de Martins, no Rio Grande do Norte. Após desorientar-se e perder-se do bando foi capturado e transportado para Mossoró, quando foi justiçado, juntamente com outros prisioneiros, a caminho de Natal em Junho de 1927.

A exemplo do companheiro Francisco Ramos de Almeida - Mormaço, Bronzeado também deu importantes depoimentos nos interrogatórios que foi submetido.

Fonte pesquisada:

"Nas Garras de  Lampião"
Autor: Raimundo Soares de Brito
Pág: 112
Ano de publicação: 2006

Cedido gentilmente pelo pesquisador do cangaço: Kydelmir Dantas

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LIVRO "LAMPIÃO A RAPOSA DAS CAATINGAS"


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CANGAÇO - ECOS NA LITERATURA E CINEMA NORDESTINO


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O FALSO MORALISTA

Por Alfredo Bonessi
Maristela Mafuz e Alfredo Bonessi

O Chefe da Clã dos Kennedy chega da Europa e a muito custo se torna embaixador dos EUA na Inglaterra. A Segunda Guerra Mundial está em pleno vapor e as forças Alemãs levam vantagens sobre as inglesas. Jonhn Kennedy o futuro presidente americano  - é amigo de Hitler. Os Kennedys trocam relações com o comando nazista são simpáticos a eles. O patriarca dos Kennedys, publicamente, manifesta a sua opinião de que a Inglaterra não vencerá a Alemanha esse fato gera um protesto pelos ingleses junto aos EUA o velho Kennedy e todos os seus são obrigados a deixarem a Inglaterra e a retornarem para os EUA.
Enquanto o mundo luta na Europa os rapazes da família Kennedy tomam banho de piscina, ao lado de moças ricas dos EUA. Um namoro com uma dessas moças ricas fica por conta de Jonhn Kennedy mulherengo namorador e muito doente da coluna, de constituição frágil por causa disso. Mas o namoro não dá certo Jonhn não é sério o suficiente para ter um namoro sério.

Uma das irmãs de Kennedy, na flor da idade, morre de doença fatal. O irmão mais velho de Kennedy, comandando um bombardeio, explode com ele em pleno pacífico e desaparece.

A Jonh, Kennedy, como tenente da marinha, é dado o comando de uma fragata, com doze homens. As 23 hs de uma noite fria e chuvosa, de mar agitado, um navio enorme, inimigo, bate contra essa fragata e a põe ao fundo. Kennedy, a nado, salva os doze homens. Com um desses homens feridos, sem poder se mexer,  Kennedy o leva mar a fora por 3 horas, nadando sem parar. Depois mais duas horas de nado conduzindo esse ferido, e por fim mais três horas à deriva, quando chegam a uma ilha, onde pedem socorro e um barco salva todos e os levam a terra firme.

Finda a guerra, o Velho Kennedy pede ajuda da máfia para promover as campanhas do filho, desde o senado até a presidência dos EUA se elege. De senador mais votado agora ele é o presidente da república e está casado com Jackie.

Edgar Hoover, chefe do FBI e homossexual enrustido, espalha por toda a casa branca microfones e gravadores bisbilhota tudo sabe de tudo. Ele é o porta voz da máfia junto aos kennedys ele está nas mãos da máfia que possui fotos comprometedoras dele durante uma festa patrocinada por ela.

Jonh Kennedy faz da casa branca um bordel um puteiro. Hoover alerta Kennedy sobre isso. O mulherio fica na piscina com Kennedy e a farra é grande. Jackie descobre e ameaça se separar quer vir a público denunciar - entre em cena Hoover e o velho Kennedy que em longas conversas a convence a ficar quieta: tudo em nome da democracia e para o bem dos EUA. O casamento acaba ali agora tudo é de fachada entre ela e Jonh Kennedy.

Entra em cena Marilyn Monroe em princípio ela é amante do Kennedy presidente; depois de Bob e depois dos dois. Ela começa a exigir e a chantagear os dois homens. Entra em ação Hoover e a Mafia.  San Giancana dá um fim nela. Em uma noite os homens Giancana estão dentro do quarto dela, a sujeitam e vão enfiando em seu anus potentes barbitúricos. No primeiro ela se debate muito; no segundo também; no terceiro já está mais calma; fica calma; no quarto está adormecendo; no quinto já está dopada e em sono profundo para nunca mais acordar. Vinte minutos depois está morta.

Há ainda a morte misteriosa de uma secretaria de Bob cujo carro cai em uma ponte e ele escapa milagrosamente a moça morre.

O primeiro governo de Kennedy fica assim, até que surgem os tais mísseis de Cuba. Ele, que é amigo pessoal de Nikita Kruchef, aproveita a situação para passar por herói mais uma vez perante o mundo, faz de conta que expulsa os navios do amigo de volta para a Rússia.

Em uma das dezenas fracassadas tentativas para matar Fidel, comanda pessoalmente o ataque a Cuba e fracassa é um escândalo mundial.

De casamento desgastado e para ludibriar a sociedade americana, que ele é bom moço, programa uma viagem com Jackie a França. De Gaulle que não é bobo, trata o casal com indiferença é mais um escândalo mundial.

Bob é indicado pelo irmão para secretário da justiça dos EUA Hoover, intervém  - isso não é bom isso é preocupante !

O velho Kennedy é chamado a intervir não adianta. Bob é o secretario de justiça e, apesar de ser amigo da máfia começa a dar duro nela. Os mafiosos se agitam reclamam Hoover apela, reúne a família. Pede a Bob que não faça isso, mas não adianta.

A cidade de Dallas, no Texas, odeia Kennedy. Ele deseja visitar Dallas. Hoover o aconselha a não ir. Ele insiste. Mas de carro fechado e blindado assegura Hoover ! ele não ! quero um carro aberto em que eu possa acenar para a multidão e quero Jackie ao meu lado.

Lee Osvald

Foi um fuzileiro americano e que possuía um fuzil em sua casa. Migrou para Cuba e Fidel o enviou para a Rússia. Na Rússia os agentes russos não sabiam quais as verdadeiras intenções de Osvald. Puseram ele em uma casa repleta de microfones e ao lado dele uma mulher bonita e espiã para vigiar seus passos 24 horas.  Ficaram dois anos juntos e a mulher não aguentou mais Osvald. Chegou para os seus chefes e afirmou que Osvald era um desleixado porcalhão, porque passava os dias e as noites arrotando e peidando pela casa toda. Os agentes da escuta nunca pegaram nada de Osvald e mandaram ele de volta para os EUA, onde foi trabalhar em uma livraria de livros usados, e na companhia da dita Russa.

Sabendo em dia anterior que a comitiva de Kennedy iria passar pela avenida, de fronte da livraria, pegou uma carona com um vizinho e pôs no banco de trás do carro um volume perguntado por ele o que era, respondeu que era um violino que levava para consertar.

Na livraria subiu até um andar de cima e esperou a comitiva. Quando o carro de Kennedy surgiu e entrou em mira, fez fogo. Deixou a arma e saiu porta afora, com a mão na frente da cintura, empunhando um revolver.

A polícia é chamada e aquele capitão que matara Bonnie e Clyede em anos anteriores, se aproxima do local. Ouve testemunhas. Olhe para a janela aberta no andar de cima da biblioteca. Corre para lá. Examina o local e encontra um fuzil encostado junto a  janela aberta   e pelo chão inúmeras cápsulas deflagradas. Põe em chamada todos os funcionários da biblioteca todos estão lá, menos um:  Osvald. Imediatamente avisa todas as centrais de polícia e dá as características de Osvald. Uma força tarefa vai até a casa de Osvald a mulher dele diz que ele possui um rifle que fica na garagem. Todos correm para lá a caixa está fazia. O policial pergunta: como é o rifle. A esposa mostra uma foto de Osvald com o rifle. A polícia retorna até onde está o capitão na biblioteca. A foto confirma a mesma arma.

Osvald anda às pressas com a mão na arma. Um carro de polícia avista Osvald em atitude suspeita. O policial para o carro e tenta interpelar Osvald, sem saber que ele atirou em Kennedy. Osvald reage e atira no policial e o mata. Alguém viu. Osvald dispara, entra em uma padaria, chega na porta em atitude suspeita e depois dispara. O pessoal chega na porta e o acompanha de vista ele entra no cinema.

Policiais se aproximam do colega morto. Uma testemunha diz que o homem que fez aquilo entrara na padaria. Chegando na padaria o pessoal orienta a polícia que o homem entrou no cinema. A polícia cerca o cinema e invade a casa Osvald é preso, não porque atirou em Kennedy, mas porque atirou e matou um policial.

Na delegacia as coisas se encaixam Osvald nega tudo. Diz que não possui arma nenhuma. É mostrada a foto dele com a arma. Ele se cala. Quando Kennedy é dado como morto para o mundo todo e que Osvald é o autor da morte, ele vibra e comemora, dá pulos com punho fechado e levantado. Nikita Kruchef o amigo Russo de Kennedy, diz que não tem nada a ver com aquilo e Fidel também.

Jack Rubi, um mafioso e dono de um pequeno café, já pela manhã uma funcionaria dele pede 25 dólares para pagar um boleto bancário. Ele diz que não tem e sai para buscar esse dinheiro. Ao passar por uma banca de revista lê os jornais do dia e fica sabendo do feito de Osvald e que o mesmo está em uma delegacia perto dali e que vai ser transferido para uma outra delegacia. Se desloca para lá e não consegue entrar está curioso e que ver Osvald sendo conduzido em cana. Vai até a garagem da delegacia não há ninguém por perto ele fica ali em pé, como não quer nada.

O carro que irá levar Osvald se aproxima da garagem, mas não consegue entrar porque é alto demais e então estaciona fora da garagem, na rua. Osvald vem vindo conduzido a braços pelos policiais. Quando se aproxima de Jackie Rubi, esse saca a arma e atira na barriga de Osvald, que dá um grito de dor e é levado para o mesmo hospital onde está o corpo de Kennedy  passando por autópsia. Os médicos examinam Osvald e o deixam morrer de dor, alegando que não podem fazer nada por ele.

O mundo fica em polvorosa. O caixão de Kennedy é embarcado em um avião da Força aérea. Alguém  se lembra  que os EUA está sem presidente. Chegam para Jonhson e dizem: o Sr é o presidente ! ele: eu ? não ! terá que prestar juramento agora ! mas tragam Jackie também, pede ele. E ali mesmo, próximo ao caixão de Kennedy, e com Jackie, com a roupa manchada de sangue, Jonhson presta o juramento de presidente dos EUA. 
  
Dias depois, após um cerimonial que envolveu todas as personalidades do mundo, Kennedy é sepultado como herói americano. Em um simples cemitério da periferia de Dallas, o corpo de Osvald é enterrado como indigente presentes apenas o coveiro e a sua mulher.

O fim de tudo

Dois anos depois Jackie Rubi, o vingador de Kennedy morre na prisão de câncer no estômago ninguém chorou por isso.

Anos depois Bob Kennedy é assassinado quando visitava uma lavanderia em um hotel. O velho Kennedy, com esse choque derradeiro, perde a voz e fica em uma cadeira de rodas, morrendo logo a seguir.

São 23 hs San Giancana frita linguiças na cozinha. Um desconhecido bate a porta. Ele abre, conversam. O estranho dá vários tiros na cara de San Giancana, que fica caído na cozinha, em meio a uma enorme poça de sangue.

Hoover, que cuidava da vida de todo mundo, não pode mais cuidar da sua, morrendo também.

Jackie Kennedy, como senhora Onassis, morre de câncer mais tarde.

Resta um senador dos Kennedys, que sofre também um sério derrame e fica incapacitante.

Temos ainda, como herdeiro das tradições dos Kennedy, Jonh Kennedy filho do ex-presidente. Ele não é político, mas gosta de pilotar. Há uma festa de família a uma hora de carro de onde ele está.  Ele prefere pegar o avião. É de tarde e o tempo fecha, chuva, granizo, tempestade. Ele se perde no mar e morre em acidente.

 O que restou de tudo isso, é um nome que todo mundo sabe.

Alfredo Bonessi

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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MOSSORÓ E SUAS CIDADES ADJACENTES ESTÃO RECEBENDO MUITAS CHUVAS

Por José Mendes Pereira
Foro do acervo do Relembrando Mossoró

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AMIGOS:

Por Antonio Corrêa Sobrinho

Do cangaço sempre se ocupou a imprensa brasileira, ela que antes do rádio e da televisão, era a voz do mundo, a tradutora, a intérprete dos fatos e acontecimentos, por isso, é ela, a imprensa escrita, o prelo, fonte primordial da história do cangaço. 

Jornais, como o Estado de S. Paulo, A Folha, o Globo e inúmeros outros diários brasileiros, especialmente os impressos nas capitais nordestinas, não precisavam ser rogados para divulgar notícias, histórias, fazer comentários, apresentar e dar opiniões sobre o banditismo no sertão daqueles idos, principalmente quando estavam em cartaz façanhas de Antônio Silvino e de Lampião, principais ícones do aterrorizante fenômeno. Porque era um forte chamariz de leitores, o cangaço, perdendo apenas para as notícias da Guerra.

Neste texto, de 1930, o escritor, advogado e jornalista cearense, Leonardo Mota (1891-1948), reconhecidamente um dos pioneiros da pesquisa sobre o cangaço, nos delicia com casos envolvendo Silvino, Lampião e Lucas da Feira; artigo que, não é de todo improvável ter sido lido por Lampião e Silvino, quem sabe?

Jornal O GLOBO – 23/10/1930
EPISÓDIOS DA VIDA DOS CANGACEIROS
NO SERTÃO DAS TOCAIAS

Brincadeira de homem... – Um precursor de Lampião

O cangaceiro Antonio Silvino

Antônio Silvino fazia-se respeitado de seus satélites. Disciplinava-os. Sabia assegurar a conveniente distância que deve existir entre comandantes e comandados. Jamais permitiu atrocidades que não houvesse, em pessoa, determinado.

Chegara ele com a sua récua a uma fazenda. À hora do improvisado almoço, um cabra, o Tempestade, se deu ao luxo de reclamar:

- “Ô arroz ensosso de todos os diabos!”

Um relâmpago de cólera fulgiu nos olhos de Silvino, que, findo o repasto, foi falar à mulher do fazendeiro:

- “Dona, a senhora tem sal em casa?”

- “Tenho, seu capitão. Eu vi aquele homem não gostar... Vossenhoria me desculpe, me perdoe o arroz sair ensosso! foi coisa do avexame, do aperreio do preparo...”

- “Nhóra não, não é por isso não: eu quero é saber se a senhora me pode vender meio litro do seu sal.”

- “Posso lhe ceder; vender, não! O capitão leve o sal que não lhe custa nada e é dado de gosto!”

- “Nhóra não, não é pra carregar não. É um ensinamento que eu quero dar naquele cabrocha que falou do arroz. Me vá ver meio litro, por bondade!”

Atendido, Silvino pediu uma bacia, derramou dentro o sal, dissolveu-o com uma porção d’água, e voltando ao terreiro, onde o Tempestade esgaravatava a dentadura, obrigou-o, de punhal à mão, a beber toda aquela água horrivelmente salgada:

- “Isso é pra você, seu bruto, perder o costume de botar defeito no que lhe dão, de graça! Engula! Ou engole, ou morre! Comeu ensosso, beba salgado que é pra carga não ficar torta... Cabra sem criação!”

Daí a pouco, o Tempestade padecia sob a ação do purgante mais que enérgico...

Virgolino Ferreira da Silva

Lampião aparceira-se com os miseráveis a quem capitaneia. Troca insultos e graçolas com os mesmos. Falta-lhe o espírito autoritário de Silvino. Apenas na hora dos combates é cegamente obedecido: todos creem na sua invicta estratégia de guerrilheiro caboclo.

Antonio Ferreira irmão de Lampião

Antônio Ferreira irmão de Virgulino também se acamaradava em excesso com os restantes componentes do bando. Um dia, Lampião mandou que o mano e mais quatro homens fossem à casa dum seu protetor, e esperou no mato que regressassem. No alpendre da casa em questão havia uma rede armada. Os cinco bandidos, empurrando-se violentamente, disputavam o gozo de alguns momentos na tipoia. Nesse ruge-ruge de encontrões um fuzil cai no solo e dispara, prostrando morto Antônio Ferreira, atingido pelo tiro no mamilo esquerdo.

Compungidos, os quatro criminosos voltaram imediatamente à presença de Virgulino. Conduziram o cadáver e narraram a casualidade da fatal ocorrência. Lampião ouviu-os silencioso. A cabroeira, solidária com o chefe, censura os recém-vindos, lembrando que “por via duma dessas” é que o povo diz que brincadeira de homem cheira a defunto”. Sabino Gomes, mais perverso, insinua que a história está mal contada”...

Lampião decide: não quer mais a companhia dos autores da vadiação em que morreu o Antônio. Expulsa-os do grupo. O armamento, porém, era seu, dele. Exige imediata restituição. E apenas os quatro se haviam despojado das armas. Lampião, auxiliado por Sabino, os liquida, a tiros e facadas...

Um Precursor de Lampião

O cangaceiro Lucas da Feira

Na primeira metade do século passado, um negro foi o terror do sertão baiano. Era o “Lucas da Feira”, assim chamado por ter sido o município de Feira de Santana teatro de toda a sua atuação delituosa.

Durante vinte anos, Lucas foi o assombro, o pesadelo dos sertanejos. Contavam-se por centenas as suas vítimas. O negro salteador, ladrão e assassino, raptou e violentou inúmeras donzelas, matando-lhes os pais e irmãos, se estes ofereciam resistência à sua lubricidade.

Há uma lenda, segundo a qual Lucas começou a esmorecer no seu fadário repelente, depois que, ao passar pela sepultura duma virgem que assassinara e enterrara no mato, sentiu um perfume delicioso e viu de cima da cova levantar o voo um bando garrulo de pombas brancas. Isso lhe teria, desde então, irremediavelmente quebrantado o ânimo feroz.

As façanhas desse precursor de Lampião perduram na tradição oral dos feirenses. Quando entre eles estive, não me foi difícil reunir as notas que estão propiciando o tracejamento destas linhas.

O velho tabaréu, a quem perguntei se Lucas era valente, deu um muxoxo e contestou:

- “O que ele era era um grandíssimo desalmado. Era perverso, era levado de não sei-sei-que-diga, mas era frouxo: urinou-se todo na hora da morte...”

Não lhe quis obtemperar que a micção não é estranhável nas mortes por enforcamento. Preferi deixa-lo desatar a língua, a seu modo:

- Lucas foi o diabo em figura de cristão. Deus o perdoe! Aquilo não era gente. Uma vez ele agarrou um negro beiçudo na estrada e sabe que é que fez com ele? Prendeu com um prego caibral o beiço do infeliz numa árvore. Quando acabou disse ao suplicante que ia não seu não seu aonde e mais tarde voltaria para o castrar. Foi ele se afastar, o negro fez finca-pé, rasgou o beiço e ganhou o mundo na carreira, porque só assim se livrava da outra ameaça, a mais perigosa... E sabe? o Lucas estava escondido numa moita e se rindo: ele queria era que o negro mesmo rasgasse o beiço... Doutra feita, batendo palma e cantando, ele fez uma mulher grávida dançar, dando umbigadas nos estrepes dum pé de mandacaru. Aquele Lucas foi o cão em pintura de gente! 

Encontrando-se, um dia, com um miserável que vinha aqui para Feira, trazendo uma carga de chicotes para vender, ele fez o desgraçado botar a carga abaixo e com cada chicote deu-lhe quatro, cinco, lapadas de arrancar couro e cabelo. Quando cansou o braço explicou: - “Isso é pra quando você tiver de vender os seus chicotes, poder garantir de ciência própria que eles são bons.”

- E foi fácil prender o Lucas da Feira?

- Qual fácil! foi o diabo! O governo da Província chegou a prometer um prêmio de não sei quando contos de réis a quem desse conta dele vivo ou morto. Mas o negro, para se esconder, tinha pauta com o capiroto! Quando ele foi preso houve um festão que durou três dias, aqui na Feira de Santana. Gente que nunca tinha dançado desenferrujou as canelas. Na ocasião em que ele, com as pernas amarradas por baixo da barriga dum cavalo, entrava na cidade, os sinos das igrejas tocavam que parecia chegada de bispo, o foguetório estralava nos ares, não ficou ninguém dentro das casas, e deu-se até o milagre de um paralítico, um entrevado, sair correndo de rua afora, só para ir ver o Lucas...”

- E quem foi que o conseguiu prender?

- “Foi o Cazumbá. Esse Cazumbá era um oficial de justiça criminoso, que, com a promessa de perdão do crime e com o olho no dinheiro do prêmio, perseguiu e prendeu o Lucas. Na hora da prisão, deu-lhe dois tiros no braço esquerdo. O braço arruinou e os médicos tiveram de o cortar. Dizia o finado meu avô que foi uma coisa engraçada... Depois da operação um menino pegou o braço de Lucas e saiu correndo pra rua, pra mostrar ele ao povo. Um sapateiro correu em casa, trouxe uma palmatória e esmagou com “bolos”, de sustância a mão de Lucas, o povo todo achando graça nisso, satisfeito...” 

E a sorrir também, e como que a despertar reminiscências, o velho feirense concluiu:

- “Sim! eu ia me esquecendo: sabe quem foi o carrasco do Lucas, na hora de ele ser pendurado na força do Campo do Gado? Pro senhor ver as voltas que o mundo dá! A justiça de Deus tarda, mas não falta. Quem faz neste mundo, aqui mesmo paga. O carrasco de Lucas foi um rapaz cujo pai o Lucas tinha assassinado e cujas três irmãs o Lucas tinha desonrado, quando esse rapaz ainda era meninote...

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