Marciano Girão e Manoel Severo
Foi uma tarde noite pra lá de especial. O dia 30 de março de 2019, nos salões lotados da primeira academia de letras do Brasil; fundada antes mesmos da Academia Brasileira de Letras; no Palácio da Luz, sede da Academia Cearense de Letras tomava posse a nova diretoria da ACLA - Academia de Ciência, Letras e Artes de Columinjuba, que tem como patrono o "Príncipe dos Historiadores do Brasil" o mais que ilustre e festejado Capistrano de Abreu.
Paulo Roberto Neves, novo presidente da ACLA preside a solenidade de Posse
Manoel Severo é empossado e recebe seu Título das mãos do empresário Marciano Girão
Na oportunidade da posse da nova diretoria que tem como Presidente o empresário e intelectual Paulo Roberto Neves, tomou posse como membro efetivo do sodalício da terra de Capistrano de Abreu o Curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo Gurgel Barbosa na Cadeira Número 7 - Letras, que tem como patrono "Luiz de Abreu". A solenidade que lotou o Palácio da Luz, levou aos Salões da Academia Cearense de Letras representantes dos mais significativos segmentos das letras, cultura e artes, como também do meio político e empresarial cearense.
"Nosso sentimento navega entre a vaidade; à qual me entrego de forma desvairada; pois compreendo humildemente o imerecimento de tão grande honra e a grande e entusiasmada responsabilidade de integrar os quadros de sodalício tão importante e de tanto relevo para o desenvolvimento das ciências,letras e artes do Ceará. Da augusta terra de Capistrano de Abreu estaremos nos dedicando com o que temos de melhor no cumprimento de nossas novas missões" revela o mais novo imortal da ACLA, Manoel Severo. "Foi um dia especial e inesquecível, fazer parte de mais uma conquista do meu amor, sendo empossado como membro da ACLA - Academia de Ciências, Letras e Artes de Columinjuba. Acompanhei toda sua emoção e felicidade em se tornar "Imortal" a partir da cidade que ama." complementa Ingrid Rebouças.
Manoel Severo, Ingrid Rebouças, Luana Lira e Pedro Barbosa
Brener Cavalcante, Manoel Severo, Ministro Ubiratan Aguiar
Ingrid Rebouças, Marciano Girão e Eveline Correia
A ACLA - Academia de Ciências, Letras e Artes de Columinjuba foi criada em 21 de junho de 1992, no Sítio Columinjuba, na cidade de Maranguape, na região metropolitana de Fortaleza. A data de sua inauguração homenageia o nascimento de Antonio de Abreu, primeiro dentre os Patronos a ter um livro publicado. Seu primeiro presidente foi o intelectual Américo de Abreu, escolhido por suas virtudes, raras qualidades e reconhecido saber cultural. Por ocasião de criação deu-se a solenidade de posse da primeira Diretoria Executiva e do seu Conselho Fiscal, além da posse dos primeiros Membros Titulares da ACLA, assim, plantada a semente de um sodalício em um aprazível local, berço de figuras exponenciais cujas principais virtudes sempre foram a honra, a disposição para o trabalho e, principalmente, o sentimento de fraternidade.
Governador Gonzaga Mota ao lado do jornalista Paulo Tadeu
Luana Lira, Ministro Ubiratan Aguiar e Pedro Barbosa
Manoel Severo e Brener Cavalcante
A ACLA tem como seu Presidente de Honra , João Capistrano Honório de Abreu; o Príncipe dos Historiadores Brasileiros; que nasceu neste mesmo sítio Colominjuba, sede da ACLA, na cidade de Maranguape no Ceará em 23 de outubro de 1853. Capistrano de Abreu realizou seus primeiros estudos em rápidas passagens por várias escolas para em 1869, viajar para Recife, onde cursou humanidades e retornando ao Ceará dois anos depois fundou a Academia Francesa, órgão de cultura e debates, progressista e anticlerical, que durou de 1872 a 1875. Mudando para o Rio de Janeiro foi aprovado em concurso público para a Biblioteca Nacional. Em 1879, foi nomeado oficial desta mesma Biblioteca, lecionou Corografia e História do Brasil no Colégio Pedro II e foi nomeado por concurso em que apresentou tese sobre O descobrimento do Brasil e o seu desenvolvimento no século XVI.
Capistrano de Abreu, Príncipe dos Historiadores do Brasil, Presidente de Honra da ACLA
Dedicou-se ao estudo da história colonial brasileira, elaborando uma teoria da literatura nacional, tendo por base os conceitos de clima, terra e raça, que reproduzia os clichês típicos do colonialismo europeu acerca dos trópicos, invertendo, todavia, o mito pré-romântico do «bom selvagem». Morreu no Rio de Janeiro, aos 73 anos, em 13 de agosto .
Ezequias Meneses, Afrânio Gomes e Manoel Severo
Manoel Severo, Paulo Victor e Pedro Barbosa
Malvinier Macedo, Manoel Severo e Rosa Firmo
Manoel Severo e Alberto George
Ingrid Rebouças e Arlindo Barreto
Capistrano de Abreu mudou o cenário da historiografia brasileira, no final do século XIX e começo do século XX. Ele é considerado um dos primeiros grandes historiadores do Brasil e o responsável pela entrada do nosso país no mundo da historiografia moderna. Uma de suas grandes obras foi o livro Capítulos da História Colonial (1500 – 1800), que foi publicado em 1907 atuou também nas áreas de Etnografia (método antropológico de coleta de dados) e Linguística (estudo científico da linguagem) , hoje, as obras do historiador são vistas como grandes fontes de fatos e informações, que fizeram parte da História brasileira.
Posse da ACLA - Palácio de Luz,
Academia Cearense de Letras
Fortaleza, Ceará
30 de Março de 2019
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