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sexta-feira, 16 de março de 2018

ACABA A GREVE NA UERN. LUTA POR DIGNIDADE CONTINUA.


Em uma assembleia extremamente concorrida e que contou com uma das maiores participações da categoria nos últimos anos, foi definido o fim do movimento grevista dos docentes da UERN, iniciado no dia 10 de Novembro de 2017.

A decisão foi apertada e deixa clara a importância do debate interno e do confronto de ideias promovido pelo sindicato durante todo o movimento grevista. Foram 175 votos a favor do fim da greve, 161 pela sua continuidade e três abstenções.

O debate travado durante a assembleia de hoje (16) explicitou o sentimento de toda a categoria de que é preciso continuar lutando pela universidade, pela regularização dos salários (pagos em atraso desde janeiro de 2016) e pela defesa da educação pública, gratuita e de qualidade. As falas de professores e professoras como um todo defenderam a manutenção de um estado de vigilância e mobilização permanente.

A categoria aprovou a criação de um comando permanente de mobilização que irá dar continuidade as ações propostas pelo Comando de Greve docente, garantindo que a luta por condições dignas de trabalho e de estudo não se encerrará com o fim do movimento grevista.

A ADUERN enviou na última terça-feira (13), uma proposta para garantir a regularização dos salários dos professores e professoras da universidade. A proposta já se encontra com o executivo estadual e a negociação segue sendo pauta prioritária da direção sindical.

Os professores da UERN ainda aguardam pelo recebimento do salário de Fevereiro e do 13º referente ao ano de 2017.

Calendário – A direção da ADUERN destacou que remeterá a decisão da categoria para a administração da universidade, que nos próximos dias deverá realizar os trâmites burocráticos e apresentar um novo calendário acadêmico com as datas do semestre que se iniciará.


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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ENCERRADA A GREVE DOS PROFESSORES/AS DA UERN.


 Por ADUERN – ANDES

URGENTE: Por 175 votos a 161 (3 abstenções), docentes da UERN decidem voltar às salas de aula.



Assembléia da ADUERN começou com um minuto de silêncio em memória da Vereadora Marielle Franco (RJ), brutalmente assassinada na noite da quarta-feira.


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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'TATU' A PAIXÃO DE LAMPIÃO NO PAJEÚ DAS FLORES


Por Sálvio Siqueira

Na saga cangaceira, referindo com exclusividade à época da lampiônica, já lá pelos anos de 1929, o “Rei do Cangaço”, Virgolino Ferreira, o cangaceiro Lampião, enamora-se da cabocla da Malhada da Caiçara, município, hoje de Paulo Afonso, BA, Maria Gomes de Oliveira, que, mais tarde, a imprensa carioca a chama de ‘Maria Bonita’, alcunha pela qual torna-se conhecida, mundialmente, até os dias atuais.

Nos primeiros anos da vida como chefe cangaceiro, o bando do ‘Rei Vesgo’ pratica inúmeros estupros e suas ações são com um toque a mais de maldades em suas vítimas. Porém, é fato de que, talvez pela maneira que eram tratadas em suas casas, pelos seus familiares, as moças tinham sonhos de estarem com seus corpos envolvidos pelos braços dos bandoleiros. As notícias, divulgadas pelo meio de comunicação da época, jornal escrito, e mesmo a propalada oralmente de boca em boca, de pessoa a pessoa, não as faziam temer estarem com eles. Claro que não podemos generalizar, dizer que eram todas, talvez as que assim sonhavam, pensava, fossem a exceção. Sendo uma ilusão de ‘libertarem-se’ da maneira, modo, como eram ‘tratadas’ no seio familiar.

A história, descrita por vários autores, nos traz Maria de Déa como sendo a pioneira em adentrar, fazer parte, de um bando de cangaceiros nos sertões nordestino. Outros ainda nos trazem a história de uma outra baiana, Anésia Cauaçú, Anésia Adelaide Cauaçu, que fora uma cangaceira que viveu na região de Jequié, interior da Bahia, no início do séc. XX. Só que essa era a líder dos bandoleiros, e não uma simples companheira como foram ‘Maria Bonita’, ’Dadá’, ‘Sila’, ‘Adília’, ‘Quitéria’, ‘Cristina’, ‘Lídia’, ‘Durvinha’... e tantas e tantas outras sertanejas.

Pois bem, voltando no tempo, muito antes dos anos em que se deu o encontro de Lampião com Maria Bonita em território baiano, deu-se um caso amoroso entre ‘ele’ e uma jovem cabocla alagoana no Vale do Pajeú das Flores. Admira-me que, embora vários autores saibam, porém, não citam uma linha se quer sobre o caso em suas obras. Já outros, nem de longe imaginam tal fato, aí é impossível dizerem algo. No entanto, esse episódio, o caso, é fruto de narração oral colhida pela pesquisa de campo de um pesquisador sério da cidade de Calumbí, PE, onde nos relata claramente, minuciosamente, no livro “A Maior Batalha de Lampião”, Lourinaldo Teles Pereira Lima, 1ª Edição, 2017, nosso amigo Louro Teles, o qual, também, estranha a falta de insistência, ou assistência ao caso, de outros pesquisadores do tema sobre tal citação.

Nas andanças constantes dos cangaceiros, eram nômades, eles raramente comiam bem, mas, sempre que possível, faziam uma refeição decente. Esse alimento não era, na maioria das vezes, preparado por eles. Sempre eram feitos por algum coiteiro e levado para onde o bando estava acampado. Outras vezes, os próprios cangaceiros chegavam às moradias dos sertanejos e pediam para que fosse feito comida. Lampião sempre pagava, e bem, por esses serviços prestados. Não que ele fosse bonzinho, mas, por que pagando, tinha um aliado a seu serviço, sempre, e fora mais uma tática usada por Virgolino que deu bons resultados.

Em 1924/25 a caterva do ‘cego’, chega a uma simples moradia situada na zona rural de Mata Grande, AL. Lampião se apresenta e pede para o dono da casa preparar comida para a cabroeira. Enquanto esperam aprontarem a refeição, os ‘cabras’ começam a prosearem entre si. Alguns começam a jogarem cartas embaixo de alguma árvore que tinha no aceiro do terreiro. Outros apenas proseiam, contando suas aventuras para os amigos e, outros ainda, apenas descansam.

O chefe proseia com o Patriarca da família. Escondida em algum lugar, escolhido por ela, estava a jovem Maria Ana da Conceição que não perdia um movimento se quer de Lampião. O pernambucano percebe o insistente olhar daquela jovem sobre ele. Chegando a jovem, aproveita oportunidade, para prosear com ela. Ela, naturalmente está com o seu jovem corpo todo a tremer, não com medo, mas por está loucamente apaixonada por o fora-da-Lei, e o mesmo estar ali, diante dela.

Virgolino gosta da moça e depois de uma longa prosa com ela, pergunta se ela que ir junto com ele, fugir de casa, ir embora. De supetão a moça concorda. Parecia estar esperando aquela ‘cantada’.

Lembremos aqui que os cangaceiros tinham suas companheiras, suas namoradas e até mesmo suas esposas, não compondo os bandos, como ocorreu a partir de 1929, onde elas passam a fazerem parte dos próprios, mas, em algum local escolhido e mantido, financeiramente, por eles.

Citaremos, como exemplo, o caso do cangaceiro alagoano da região, segundo Érico de Almeida em sua obra “Lampeão-Sua História” (págs. 63 a 68), de 1926, próxima a Olho D’água do Casado, AL, município que faz limites ao Sul com o de Piranhas, AL, e ao Norte com o, hoje, de Delmiro Gouveia, AL, que nascera por volta de 1902, Antonio Augusto Feitosa, de alcunha Meia Noite. Meia Noite ao topar de frente Lampião e seus dois irmãos, os cangaceiros ‘Esperança’ e ‘Vassoura’, respectivamente Antônio e Livino Ferreira, onde diz que o segundo tinha lhe roubado nove contos de réis, logo após o ataque a cidade paraibana de Sousa, em 27 de julho de 1924, recebe do próprio Lampião quantia equivalente e é mandado embora do grupo. Por ter sido um dos que mais fizerem arruaças em Sousa, PB, conta-se que andou montado de esporas no juiz daquela comarca, Meia Noite passa a ser muito perseguido pela Força Pública da Paraíba, pelos homens, jagunços, do coronel José Pereira, de Princesa Isabel, PB e pelos próprios cangaceiros de Lampião.

Virando um cangaceiro solitário, Meia Noite começa a ‘visitar’, sorrateiramente e a noite, várias fazendas na região de Patos do Irerê, pedindo guarida. Logicamente, pagando bem, por uma noitada num celeiro, engenho ou casa de farinha. O detalhe é que ele levava a ‘tira-colo’ sua amante, namorada, companheira, chamada Zulmira, que no fogo da fazenda Tataíra, passa a noite recarregando as armas, enquanto seu companheiro enfrentava, sozinho, mais de oitenta homens.

Em certo momento, quase ao romper da aurora, o cangaceiro pede garantias de vida para sua companheira Zulmira, pois achava que não escaparia daquela arapuca, no que é atendido. Essa é presa e em pouco tempo solta. Desse cerco ele escapa, apesar de ter sido ferido em uma das pernas e, ao pular uma cerca, ter quebrado um dos braços, porém em pouco tempo é descoberto e assassinado por dois homens a mando do coronel Zé Pereira. Contaremos essa passagem da história, da valentia do negro Meia Noite, em outra oportunidade.

“(...) Depois de conversarem um pouco, Lampião disse:
“- Tem coragem de ir embora comigo?”
Ela, imediatamente, respondeu:
“- Tenho”. (Ob. Ct.)

Fizeram os preparativos. Sabia o pernambucano que teria que ter os cuidados redobrados com a presença de uma mulher no bando. Partem pala madruga em direção ao Leão do Norte, mais especificamente para um aglomerado de casas, hoje um povoado, denominado Roças Velhas, próximo ao distrito de São Serafim, hoje, município de Calumbi, PE.

“(...) Eles partiram pela madrugada em direção ao estado de Pernambuco, caminharam alguns dias e vieram sair em Roças Velhas, hoje um povoado pertencente ao município de Calumbi, mas naqueles dias eram apenas algumas casas isoladas no centro da caatinga, um dos redutos da família Teles. Roças Velhas foi fundada por Vitor Teles(...).” (Ob. Ct.)

Chegando ao novo ambiente, é providenciado uma choupana, palhoça, ou algo parecido, para que o ‘casal’ se aconchegasse. Depois de vários dias, curtindo a vida, Lampião recebe a informação de que as volantes estão rondando nas proximidades. Chega para sua namorada e diz o que fará nos próximos dias, principalmente em relação a segurança dela.

“(...) Lampião percebendo o perigo falou para Maria:

- Olhe Maria, vou ter que me afastar por um tempo, mas quando as coisas acalmar eu volto!
Respondeu Maria:
- Mas como é que eu vou ficar aqui? O dono da terra vai butá eu pra fora, e para onde eu vou?
Lampião colocou a mão no bornal, tirou dele um frasco redondo com tinta, uma pena e um papel e escreveu dizendo:

- Eu já medi um pedaço de terra, fiz o documento! Tome, guarde e pode dormir sossegada que daqui ninguém lhe tira! (...).” (Ob. Ct.)

O local escolhido pelo “Rei do Cangaço” para sua namorada ficar, era estratégico. Em sua volta ficavam vários esconderijos, em várias propriedade e fazendas, usadas por ele, tais como: “A Serra Grande, a Pedra D’água nos Barreiros, a Fuxico, o Saco dos Campos e As Pedreiras”. Mesmo que ele não pudesse ir ao casebre onde ela estava, ele enviaria um recado por algum de seus ‘cabras’ ou coiteiro, e a mesma iria até onde ele se encontrava.

Essas terras em que fora alojada a moça que veio das Alagoas, nas Roças Velhas, ainda hoje pertencem aos descendentes da família de Maria Ana da Conceição. Como em quase todos existem alcunhas, aqui pelo sertão, Maria Ana ganha o apelido de ‘Tatu’, e assim torna-se conhecida em toda região. O inevitável aconteceu, Maria Ana engravidou e pariu um feto vivo do sexo masculino, o qual deu o nome de Elizeu. Essa criança nasce em agosto de 1926, porém, Lampião, para despistar futuras investigações, acresce a idade da mesma, ordenando que se coloque em seus documentos uma data anterior ao seu início na saga. Assim é feito. A documentação da criança é feita como se ela tivesse nascida em princípios de 1917.

 “(...) antes de ir embora preparou o documento de Elizeu como ele queria que ela fizesse e mandou registrá-lo com o nome de Elizeu Florentino dos Santos, filho de Laurentino de Campos e Maria Ana da Conceição nascido no dia 10 de janeiro de 1917. Fez assim para confundir a polícia. O menino nasceu em 1926. Tatu dizia que no tiroteio da Serra Grande Elizeu tinha três meses de idade. Esta versão foi contada a mim por Josefa Bernardo, esposa de José Florentino dos Santos, neto de Tatu(...).” (Ob. Ct.)

‘Tatu’ tinha uma amiga, Josefa Bernardo, a qual morou por muitos anos na mesma casa em que morava a namorada de Lampião. Ela referia sempre os comentários da amiga quando citava suas ‘aventuras’ com o “Rei dos Cangaceiros’, quando estavam no terreiro da casa, em Roças Velhas.Outros moradores do povoado Roças Velhas, no município de Calumbi, PE, como “dona Guilhermina Francisca da Conceição”, que tinha o apelido de ‘Guiler’, e o senhor José Francelino de Souza, foram algumas, das várias pessoas que relataram sobre esse namoro entre Lampião e a jovem alagoana 'Tatu, Maria Ana da Conceição.

Assim, levamos ao conhecimento dos senhores (as), mais um caso envolto pelos mistérios da saga do Fenômeno Social Cangaço. Na obra/fonte pesquisada, há referências de testemunhas, as quais relataram ao pesquisador todas essas informações e outras mais. Esse livro é de primordial importância ter-se em nosso acervo literário.

Fonte "A Maior Batalha de Lampião" - LIMA, Lourinaldo Teles Pereira. 1ª Edição. Paulo Afonso, BA, 2017.

Foto Ob. Ct.
tokdehistória.com

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"A RAPOSA DO PAJEÚ"



Caros amigos! "A Raposa do Pajeú" - Obra escrita numa parceria entre os pesquisadores Helvécio Neves Feitosa e Venicio Feitosa Neves, que compartilham o gosto pela história do Nordeste, mormente do sertão nordestino. Trata-se de uma pesquisa histórica, biográfica e genealógica, que tem como personagem central o Capitão (e depois Tenente Coronel da Guarda Nacional) Simplício Pereira da Silva, figura lendária no sertão pernambucano. O Capitão Simplício, também conhecido entre os desafetos pela alcunha de "Peinha de Mão" (uma referência à baixa estatura), participou de todas as lutas importantes de sua época (primeira metade do século XIX), na Ribeira do Pajeú de Flores e no Cariri cearense. Foi o Senhor absoluto de "famosas legendas guerreiras e árbitro da elegância belicosa de seu tempo". Não se tem conhecimento de outro sertanejo mais célebre em sua época do que Simplício Pereira, cuja história e estórias não tem fim no sertão. Não há registro de nenhuma rebelião, de nenhuma luta famosa em sua época, da qual o Capitão Simplício Pereira não tenha tomado parte, a começar das brigas em sua Fazenda Cachoeira, com os índios Mináus, Xocós ou Cariris. Além do enfrentamento com os índios, em lutas de aldeamento e de ocupação de terras, Simplício Pereira entrou firme na política rude de seu tempo. Comandou um bando de cabras do Pajeú, contra o Coronel de milícias Joaquim Pinto Madeira, caudilho cearense, protagonista da famosa "Insurreição do Crato", conhecido como o homem da Caluna e do Altar, que sonhou, um dia, restaurar D. Pedro I ao trono. Em sua atividade guerreira, o Capitão Simplício teve papel decisivo no desencantamento dos fanáticos sebastianistas da Pedra do Reino, em 1838. Dez anos depois, voltou a colocar suas invictas táticas guerreiras em Flores e na Serra Negra, no combate a Francisco Barbosa Nogueira Paz e seus seguidores, conflito vinculado aos desdobramentos políticos, para o Pajeú de Flores, da Rebelião Praieira, que estava acontecendo em Recife. Tais eventos históricos estão descritos com detalhes no livro, composto por 440 páginas, encerradas por amplo levantamento genealógico dos descendentes diretos de Simplício Pereira da Silva (tetravô dos autores), com farta documentação fotográfica. Os Autores.

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Informação: Os autores não informaram como adquirir esta obra.

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MARIETA LIMA 1ª MULHER DE MOSSORÓ A USAR MACACÃO PARA EXERCER ARTES PLÁSTICAS


Nascida em 12 de janeiro de 1912 em Mossoró, filha de Maria Lima Rocha e João Lima Rocha, Marieta Lima passou a sua infância na fazenda do Carmo. Onde foi criada na histórica Casa Grande, a primeira casa de Mossoró construída pelos Carmelitas. Frades que na época catequizaram os índios Monxorós.Seus primeiros traços artísticos se manifestaram em carvão. Posteriormente, ao receber aulas no Colégio das Freiras na década de 1920, aos 11 anos, teve aulas de piano. Por ter as mãos pequenas, desistiu de tocar. As freiras perceberam habilidades artísticas visuais e ela começou a desenhar com lápis de cera com a Irmã Inês. Era chamada apenas no colégio de MARIA. Sua primeira obra foi aos 12 anos, em 1924, com o desenho de A Madona. Assinou como Maria Lima, como as freiras determinaram. No final da década de 1930, começou a pintar óleo sobre tela e restaurar imagens. Suas pinturas eram sacras e tendenciadas ao clássico europeu. Seus principais temas eram a religiosidade e a natureza morta. Casou-se em 1931, teve quatro filhos. Dois dedicaram-se. Na década de 1940 restaurava o teto das igrejas e logo após a segundo guerra mundial foi a primeira mulher na cidade a usar macacão para conseguir exercer o ofício nas artes. Por ser inovadora e solidária com o próximo, pertenceu às Damas de Caridade. Distribuía alimentação e roupas para os mais carentes. A experiência de estar mais próxima das comunidades e realizar muitas viagens pelo interior do Rio Grande do Norte começou a focar sua arte com temas regionais e de sua terra. Como a caatinga, o vaqueiro, o amanhecer e o pôr-do-sol, os carnaubais e as mais variadas manifestações folclóricas da alma nordestina começaram a ser contadas em suas telas. Já na década de 1950, começou a lecionar na Escola Normal ensinando a cadeira de artes plásticas. Para acrescentar a renda confeitava bolos, cortava cabelos, decorava festas para a alta sociedade. Entre 60 e 70, participou ativamente da vida política da cidade. No tempo das campanhas de Aluizio Alves foi uma das senadoras. Já em suas artes, foram espalhadas por varias regiões do Brasil, como São Paulo, Rio, Salvador, Pernambuco, entre outros Estados. Por ser referência na cidade e por pintar a regionalidade, suas obras foram vendidas para Holanda, Estados Unidos, Itália e Portugal. Em seu ateliê que funcionava em sua residência, ensinou para Boulier e Varela. Entre as suas obras estão: A Sagrada Família, A Menina na Janela, O Vaqueiro, As Fofoqueiras, A Sarça Ardente, O Menino da Esperança Esfarrapada, A Grande Queimada, O Preto Velho, Os Carnaubais, As Caeiras, Lampião e Maria Bonita. Entre 1980 e 1990, inovou ao usar cores fluorescentes e tintas em relevo em suas telas. Mesmo tendo perdido uma de suas visões, continuou pintando. No decorrer de 2000 recebeu homenagens como uma sala de artes com seu nome na Estação de Artes e Biblioteca Pública de Mossoró. No ano de 2008 foi considerada imortal pela academia de letras e artes plásticas de sua cidade.A maioria das obras de Marieta Lima não se sabe ao certo quem ainda as possui. Sabe-se que parte delas encontra-se nos principais Órgãos públicos do Estado do Rio Grande do Norte, famílias tradicionais e com seus familiares.

FONTE; JORNAL DE FATO, EDIÇÃO DO DIA 8 DE JANEIRO DE 2012 (DOM)

http://jullyetth-artistasplasticos.blogspot.com.br/2012/01/marieta-lima-1-mulher-de-mossoro-usar.html

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