Por José Mendes Pereira
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quinta-feira, 30 de dezembro de 2021
NOVO LIVRO NA PRAÇA.
LIVRO.
Por Raquel Negreiros
NA SEGUNDA EDIÇÃO DO MEU LIVRO TERÁ MAIS:
1- Fotos.
2- Um capítulo dedicado às Mulheres Ferradas.
3- Um capítulo chamado Zé Baiano Castigado pelo Racismo.
4- Falarei também sobre o preconceito com relação ás Mulheres de Cabelo curto no Brasil e do penteado Chamado Coco a La Garçone ou A Lá Home no qual eu falarei um pouquinho sobre uma das pioneiras do Feminismo no Brasil: Anayde Beriz Paraibana, contemporânea do Cangaço e envolvida na Revolução de 1930.
5- Falarei um pouco sobre o Romance de Afrânio Peixoto chamado também de Maria Bonita.
6- Falarei também sobre o Umbuzeiro da Bandida.
O que vocês acham? Deixem a opinião de vocês.
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TRILOGIA DO ESCRITOR JOSÉ BEZERRA LIMA IRMÃO.
Por José Bezerra Lima Irmão
Diletos amigos estudiosos da saga do Cangaço.
Nos onze anos que passei pesquisando para escrever “Lampião – a Raposa das Caatingas” (que já está na 4ª edição), colhi muitas informações sobre a rica história do Nordeste. Concebi então a ideia de produzir uma trilogia que denominei NORDESTE – A TERRA DO ESPINHO.
Completando a trilogia, depois da “Raposa das Caatingas”, acabo de publicar duas obras: “Fatos Assombrosos da Recente História do Nordeste” e “Capítulos da História do Nordeste”.
Na segunda obra – Fatos Assombrosos da Recente História do Nordeste –, sistematizei, na ordem temporal dos fatos, as arrepiantes lutas de famílias, envolvendo Montes, Feitosas e Carcarás, da zona dos Inhamuns; Melos e Mourões, das faldas da Serra da Ibiapaba; Brilhantes e Limões, de Patu e Camucá; Dantas, Cavalcanti, Nóbregas e Batistas, da Serra do Teixeira; Pereiras e Carvalhos, do médio Pajeú; Arrudas e Paulinos, do Vale do Cariri; Souza Ferraz e Novaes, de Floresta do Navio; Pereiras, Barbosas, Lúcios e Marques, os sanhudos de Arapiraca; Peixotos e Maltas, de Mata Grande; Omenas e Calheiros, de Maceió.
Reservei um capítulo para narrar a saga de Delmiro Gouveia, o coronel empreendedor, e seu enigmático assassinato.
Narro as proezas cruentas dos Mendes, de Palmeira dos Índios, e de Elísio Maia, o último coronel de Alagoas.
A obra contempla ainda outros episódios tenebrosos ocorridos em Alagoas, incluindo a morte do Beato Franciscano, a Chacina de Tapera, o misterioso assassinato de Paulo César Farias e a Chacina da Gruta, tendo como principal vítima a deputada Ceci Cunha.
Narra as dolorosas pendengas entre pessedistas e udenistas em Itabaiana, no agreste sergipano; as façanhas dos pistoleiros Floro Novaes, Valderedo, Chapéu de Couro e Pititó; a rocambolesca crônica de Floro Calheiros, o “Ricardo Alagoano”, misto de comerciante, agiota, pecuarista e agenciador de pistoleiros.
......................
Completo a trilogia com Capítulos da História do Nordeste, em que busco resgatar fatos que a história oficial não conta ou conta pela metade. O livro conta a história do Nordeste desde o “descobrimento” do Brasil; a conquista da terra pelo colonizador português; o Quilombo dos Palmares.
Faz um relato minucioso e profundo dos episódios ocorridos durante as duas Invasões Holandesas, praticamente dia a dia, mês a mês.
Trata dos movimentos nativistas: a Revolta dos Beckman; a Guerra dos Mascates; os Motins do Maneta; a Revolta dos Alfaiates; a Conspiração dos Suassunas.
Descreve em alentados capítulos a Revolução Pernambucana de 1817; as Guerras da Independência, que culminaram com o episódio do 2 de Julho, quando o Brasil de fato se tornou independente; a Confederação do Equador; a Revolução Praieira; o Ronco da Abelha; a Revolta dos Quebra-Quilos; a Sabinada; a Balaiada; a Revolta de Princesa (do coronel Zé Pereira),
Tem capítulo sobre o Padre Cícero, Antônio Conselheiro e a Guerra de Canudos, o episódio da Pedra Bonita (Pedra do Reino), Caldeirão do Beato José Lourenço, o Massacre de Pau de Colher.
A Intentona Comunista. A Sedição de Porto Calvo.
As Revoltas Tenentistas.
Quem tiver interesse nesses trabalhos, por favor peça ao Professor Pereira – ZAP (83)9911-8286. Eu gosto de escrever, mas não sei vender meus livros. Se pudesse dava todos de graça aos amigos...
Vejam aí as capas dos três livros:
DUAS IMPORTANTES TESTEMUNHAS QUE CONFIRMARAM A MORTE DO EZEQUIEL FERREIRA DA SILVA, IRMÃO DE LAMPIÃO..
Por José Mendes Pereira
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SERRA TALHADA O APARECIMENTO DO SUPOSTO EZEQUIEL FERREIRA. PARTE II.
Por Cangaçologia
HISTÓRIAS DO SERTÃO
Histórias do
sertão. Quando dois baluartes se encontram a conversa corre solta, e as
gargalhadas também https://youtu.be/W1dqLXun5ns
https://www.facebook.com/photo/?fbid=10227512807912464&set=a.10201628255614834
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SILVINO LIBERALINO: DE SUBDELEGADO A REFÉM DE LAMPIÃO
Do acervo do pesquisador José João Souza
Conforme
comprova documento abaixo, no dia 29 de dezembro de 1911, o cidadão Silvino
Nunes de Souza, conhecido apenas por Silvino Liberalino, foi nomeado
Subdelegado de Vila Bela (atual Serra Talhada PE).
No amanhecer
do dia 25 de novembro de 1926, Silvino Liberalino é surpreendido com presença
de bando de Lampião em frente de sua casa, no Sitio Poço Redondo, no distrito
de Varzinha. Logo que viu a tropa, Silvino não percebeu que estava diante dos
comandados de Lampião, pois, naquela época, as roupas dos cangaceiros eram
iguais às da polícia. Então, saltou na calçada, com um rifle na mão, e fez a
seguinte pergunta:
– É Lampião ou
é Força?
O bando
respondeu:
– É a Força
Volante.
Silvino
Liberalino se sentiu mais seguro e disse:
- Então podem
entrar. Se fosse Lampião, ia comer bala.
Os cangaceiros
entraram e pediram água para beber, quando Silvino colocou a mão no pote para
retirar água, os cangaceiros o seguraram e se identificaram:
– Você está
falando é com Lampião, cabra. E o prendera.
Silvino foi
amarrado e levado para Serra Grande, onde presenciou a maior batalha da
história do cangaço. No percurso, Lampião deu uma parada para tomar um café na
casa de Senhozinho Estevão, o qual em conversa particular pede a Lampião pela
vida de Silvino, porém o capitão automaticamente responde: "não vou
mata-lo, mas Silvino é um homem muito malcriado, vou leva-lo e depois eu
solto". A missão que Lampião deu para Silvino durante o combate da Serra
Grande foi encher as cabaças dos cangaceiros em um olho dágua existente em cima
da serra. Após certo tempo de tiroteio, Silvino já cansado de carregar água,
então falou para Lampião: "se você tiver um rifle sobrando, eu também sei
atirar, e o capitão responde: "fiquei quieto homem e vai pegar água".
O livro
"Pernambuco no tempo do Cangaço", de Geraldo Ferraz de Sá Torres
Filho, descreve alguns telegramas recebidos pelo o Sr. Desembargador Chefe de
Polícia, enviado de Vila Bela pelo Major Theophanes Torres.
No Boletim
Geral n° 260, dia 29 de novembro de 1926, apareceu dentre outras a seguinte
narrativa (grafia da época): "Força luctou com verdadeiro heroismo sem
querer recuar diante inqualificavel abysmo impossivel ser transposto até que
teve sua munição quasi totalmente esgotada. Bandidos dispondo olho d'agua em
cima da Serra todas as posições em quanto nossos soldados apanhava agua com
quasi duas leguas durante todo dia combate. Amanhã darei resultado completo nome
mortos, feridos, extraviados. Saudações. Major Theophanes Torres. Comandante
Geral Forças do Interior".
Possivelmente
o telegrama acima foi passado depois do depoimento de Silvino Liberalino a
polícia.
Após o
combate, Silvino é libertado ainda em cima da Serra, mas Lampião lhe faz a
seguinte advertência: "vai por cima das Serras, só desça quando chegar em
suas terras. Cuidado, lá em baixo está cheio de macacos, se eles te pegar vão
te matar". Silvino Liberalino chegou em casa o dia já estava amanhecendo,
com as roupas todas rasgadas, da camisa sobrou apenas o colarinho.
Fonte:
História oral contada pela família.
OBS: Silvino
Liberalino era irmão de minha bisavó
https://www.facebook.com/groups/545584095605711
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FAZENDA PITOMBEIRA E O LENDÁRIO BARÃO DO PAJEÚ NO CARIRI CANGAÇO 2022
Luiz Ferraz Filho esclarece: "A Pitombeira era propriedade do coronel Andrelino Pereira da Silva, o Barão do Pajeú, que daqui comandava toda a política de Serra Talhada e região, na segunda metade do século XIX e início do século XX. Foi aqui que dentre outros importantes momentos, o Barão hospedou várias autoridades e personalidades sertanejas, tais como o Padre Cícero Romão Batista na viagem que fez para Roma-ITA e o juiz de direito paraibano, Augusto Santa Cruz."
A Fazenda Pitombeira era um grande latifúndio de 12 mil hectares, que compreendia as Fazendas Caiçara, Ipueira, Cedro e Belém, esta última herança que o Barão do Pajeú recebeu do seu pai, o comandante-superior Manoel Pereira da Silva, o mesmo, responsável pelo ataque aos fanáticos da Pedra do Reino em maio de 1838. Por ocasião da visita, a caravana Cariri Cangaço foi recebida brilhantemente pelo atual proprietário; Antônio Alves Filho, seu Antônio Caiçara; empresário serra-talhadense do grupo Pajeú Nordeste ; ao lado de sua esposa dona Zélia Pereira, neta e herdeira do major Isidoro Conrado de Lorena e Sá; ex-prefeito de São José do Belmonte e que comprou a Fazenda Pitombeira em 1911 ao coronel Antônio Andrelino Pereira da Silva, filho do Barão do Pajeú.
Recorremos ao site oficial da Família Pereira, em texto de Helvécio Neves Feitosa: (https://familiapereira.net.br/) para trazer um episódio que ilustra bem a presença forte da Fazenda Pitombeira no cenário histórico local da época em todo o Pajeú:
"Ulysses Lins de Albuquerque, em seu livro “Um Sertanejo e o Sertão“, conta que, em 1916, teve que voltar a Triunfo, de onde seguiu para Serra Talhada, Flores e Belmonte, na condição de coletor federal, quando arrecadava impostos de patentes de registro. Estava na companhia do cargueiro Manuel Salina. Naquela ocasião, relata a visita ao Coronel Antônio Pereira à fazenda Pitombeira. Informa o autor que Vila Bela estava agitada em virtude da questão surgida entre as famílias Pereira e Carvalho, rivais há quase um século. E, de 1905 até aquela data, alguns choques entre membros das duas famílias reacenderam o facho das discórdias.
Nas palavras do autor: "Viajando de Vila Bela para Belmonte, tive de almoçar na fazenda Pitombeiras, do coronel Antônio Pereira, filho do barão de Pajeú — coronel Andrelino Pereira da Silva. Fui muito bem tratado e admirei a agudeza de espírito da esposa do coronel Pereira — senhora inteligente e enérgica.
O coronel mostrou-me o seu paiol de armas — mais de uma centena de bacamartes de espoleta, senão mais, guardados no sótão, com as respectivas cartucheiras. [Naquele tempo, havia poucos rifles no sertão e as armas antigas eram muito usadas]. Aqueles velhos arcabuzes — alguns de boca-de-sino — tinham a sua história: participaram muitos deles dos combates travados pelo coronel Manuel Pereira da Silva [pai do barão do Pajeú] e seu irmão Simplício, contra os liberais chefiados por Francisco Barbosa Nogueira Paes, na vila de Flores e na Serra Negra, numa luta que durou dez anos ou mais...
Pernoitei no povoado de Bom Nome, onde era intenso o comércio de borracha de maniçoba, cultivada em larga escala no município de Belmonte, onde existia em abundância aquela seringueira, em estado nativo. Uma riqueza que alguns anos depois entraria em colapso, com a queda vertical do preço do produto."
O Barão do Pajeú casou duas vezes: a 1ª com Maria Osséria de Santo Antônio e a 2ª com a Baronesa do Pajeú, Verônica Pereira da Silva. No tempo do apogeu e esplendor da Fazenda Pitombeira, na larga varanda da velha casa de vivenda, sentada sobre um couro de boi curtido, passava horas a fio a Baronesa do Pajeú, matando o seu tempo numa almofada bastante abaulada fazendo renda de bilro. Certo dia, tendo encerrado uma conversa um pouco acalorada com Dona Marica Pereira, sua nora, falou a baronesa: “Olhe Marica, quando eu morrer, vou deixar o meu dinheiro para você queimar.”
O Barão do Pajeú faleceu a 30 de dezembro de 1901. Tempos depois, já doente e em tratamento com o afamado “Tio Cornélio de Sá” de Salgueiro, na época, o doutor de toda aquela região, não resistindo a uma forte infecção intestinal faleceu a Baronesa do Pajeú. Depois da sua morte, Dona Marica Pereira, julgando o que não teria mais importância e nem serventia resolveu queimar os pertences da baronesa. Entre os objetos destinados ao fogo, estava a velha almofada de fazer renda. Quando as chamas iam velozmente reduzindo tudo a cinzas, uma preta, antiga cozinheira da fazenda percebeu que junto com os resquícios chamuscados do enchimento da almofada, estava parte da fortuna da baronesa, ora detectada através de pedaços de algumas cédulas, já soltos no ar, dentro da fumaça escura se elevando no espaço. Entre os valores dos dez réis e dos mil réis, dos vinténs, dos tostões e dos cruzados, de uma enorme quantidade em dinheiro de cédulas da baronesa, foi tudo devorado pelo fogo. E cumpriu-se então o que a baronesa havia dito tempos antes: “Marica, quando eu morrer, vou deixar o meu dinheiro para você queimar.”
E completa Valdir Nogueira: "nos tempos do Barão do Pajeú e do seu filho Coronel Antônio Pereira, a Fazenda Pitombeira continuava próspera e produtiva e se destacava, além da região do Pajeú como em todo alto e árido sertão pernambucano pela sua importância política, econômica e social. Opulento criador, a título de curiosidade a relação dos nomes de alguns animais deixados pelo fidalgo sertanejo, de acordo com seu testamento feito a 27 de agosto de 1901. Cavalos: Bebedor, Borborema, Borboleta, Bordado, Borrego, Cabeceira, Campina, Cravo-branco, Crumatá, Cruzeta, Cuidado, Dançarino, Lavandeira, Mancha, Marujo, Melado-bravo, Nevoeiro, Passarinho, Pensamento, Piáu, Pinto-macho, Raposão, Redondinho, Salvaterra, Tamborete e Vila-bela. Entre os burros: Beleza, Cajazeira, Castanhinho, Ceará, Cutia, Encardido, Enjeitado, Gazo, Pimpão, Quixaba e Tição. Entre as burras: Barra, Bonita, Castanha, Catolé, Fita-preta, Macaca e Praibana."