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quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

NOVO LIVRO NA PRAÇA.

     Por José Mendes Pereira


Recentemente o escritor e pesquisador do cangaço Guilherme Machado lançou o seu trabalho sobre o mundo dos cangaceiros com o título "LAMPIÃO E SEUS PRINCIPAIS ALIADOS". 

O livro está recheado com mais de 50 biografias de cangaceiros que atuaram juntamente com o capitão Lampião. 

Eu já recebi o meu e não só recebi, como já o li. Além das biografias, tem fotos de cangaceiros que eu nem imaginava que existiam. São 150 páginas. Excelente narração. Conheça a boa narração que fez o autor. 

Pesquisador Geraldo Júnior

Prefaciado pelo pesquisador do cangaço Geraldo Antônio de Souza Júnior. Tem também a participação do pesquisador Robério Santos escritor e jornalista. Duas feras no que diz respeito aos estudos cangaceiros.

Jornalista Robério Santos

Não deixa de adquiri-lo. Faça o seu pedido com urgência, porque, você sabe muito bem, livros escritos sobre cangaços, são arrebatados pelos leitores e pelos colecionadores. Então cuida logo de adquirir o seu! 

Pesquisador Guilherme Machado

Adquira-o através deste e-mail: 

guilhermemachado60@hotmail.com

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LIVRO.

  Por Raquel Negreiros


NA SEGUNDA EDIÇÃO DO MEU LIVRO TERÁ MAIS:

1- Fotos.

2- Um capítulo dedicado às Mulheres Ferradas.

3- Um capítulo chamado Zé Baiano Castigado pelo Racismo.

4- Falarei também sobre o preconceito com relação ás Mulheres de Cabelo curto no Brasil e do penteado Chamado Coco a La Garçone ou A Lá Home no qual eu falarei um pouquinho sobre uma das pioneiras do Feminismo no Brasil: Anayde Beriz Paraibana, contemporânea do Cangaço e envolvida na Revolução de 1930.

5- Falarei um pouco sobre o Romance de Afrânio Peixoto chamado também de Maria Bonita.

6- Falarei também sobre o Umbuzeiro da Bandida.

O que vocês acham? Deixem a opinião de vocês.

 https://www.facebook.com/groups/414354543685373

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TRILOGIA DO ESCRITOR JOSÉ BEZERRA LIMA IRMÃO.

  Por José Bezerra Lima Irmão

Diletos amigos estudiosos da saga do Cangaço.

Nos onze anos que passei pesquisando para escrever “Lampião – a Raposa das Caatingas” (que já está na 4ª edição), colhi muitas informações sobre a rica história do Nordeste. Concebi então a ideia de produzir uma trilogia que denominei NORDESTE – A TERRA DO ESPINHO.

Completando a trilogia, depois da “Raposa das Caatingas”, acabo de publicar duas obras: “Fatos Assombrosos da Recente História do Nordeste” e “Capítulos da História do Nordeste”.

Na segunda obra – Fatos Assombrosos da Recente História do Nordeste –, sistematizei, na ordem temporal dos fatos, as arrepiantes lutas de famílias, envolvendo Montes, Feitosas e Carcarás, da zona dos Inhamuns; Melos e Mourões, das faldas da Serra da Ibiapaba; Brilhantes e Limões, de Patu e Camucá; Dantas, Cavalcanti, Nóbregas e Batistas, da Serra do Teixeira; Pereiras e Carvalhos, do médio Pajeú; Arrudas e Paulinos, do Vale do Cariri; Souza Ferraz e Novaes, de Floresta do Navio; Pereiras, Barbosas, Lúcios e Marques, os sanhudos de Arapiraca; Peixotos e Maltas, de Mata Grande; Omenas e Calheiros, de Maceió.

Reservei um capítulo para narrar a saga de Delmiro Gouveia, o coronel empreendedor, e seu enigmático assassinato.

Narro as proezas cruentas dos Mendes, de Palmeira dos Índios, e de Elísio Maia, o último coronel de Alagoas.

A obra contempla ainda outros episódios tenebrosos ocorridos em Alagoas, incluindo a morte do Beato Franciscano, a Chacina de Tapera, o misterioso assassinato de Paulo César Farias e a Chacina da Gruta, tendo como principal vítima a deputada Ceci Cunha.

Narra as dolorosas pendengas entre pessedistas e udenistas em Itabaiana, no agreste sergipano; as façanhas dos pistoleiros Floro Novaes, Valderedo, Chapéu de Couro e Pititó; a rocambolesca crônica de Floro Calheiros, o “Ricardo Alagoano”, misto de comerciante, agiota, pecuarista e agenciador de pistoleiros.

......................

Completo a trilogia com Capítulos da História do Nordeste, em que busco resgatar fatos que a história oficial não conta ou conta pela metade. O livro conta a história do Nordeste desde o “descobrimento” do Brasil; a conquista da terra pelo colonizador português; o Quilombo dos Palmares.

Faz um relato minucioso e profundo dos episódios ocorridos durante as duas Invasões Holandesas, praticamente dia a dia, mês a mês.

Trata dos movimentos nativistas: a Revolta dos Beckman; a Guerra dos Mascates; os Motins do Maneta; a Revolta dos Alfaiates; a Conspiração dos Suassunas.

Descreve em alentados capítulos a Revolução Pernambucana de 1817; as Guerras da Independência, que culminaram com o episódio do 2 de Julho, quando o Brasil de fato se tornou independente; a Confederação do Equador; a Revolução Praieira; o Ronco da Abelha; a Revolta dos Quebra-Quilos; a Sabinada; a Balaiada; a Revolta de Princesa (do coronel Zé Pereira),

Tem capítulo sobre o Padre Cícero, Antônio Conselheiro e a Guerra de Canudos, o episódio da Pedra Bonita (Pedra do Reino), Caldeirão do Beato José Lourenço, o Massacre de Pau de Colher.

A Intentona Comunista. A Sedição de Porto Calvo.

As Revoltas Tenentistas.

Quem tiver interesse nesses trabalhos, por favor peça ao Professor Pereira – ZAP (83)9911-8286. Eu gosto de escrever, mas não sei vender meus livros. Se pudesse dava todos de graça aos amigos...

Vejam aí as capas dos três livros:


https://www.facebook.com/profile.php?id=100005229734351

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franpelima@bol.com.br

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DUAS IMPORTANTES TESTEMUNHAS QUE CONFIRMARAM A MORTE DO EZEQUIEL FERREIRA DA SILVA, IRMÃO DE LAMPIÃO..

 Por José Mendes Pereira


Acho que as informações mais corretas sobre a morte do irmão de Lampião, o Ezequiel Ferreira da Silva, foram contadas pelo o cangaceiro Ângelo Roque (Labareda), e pelo coiteiro de Zé Baiano, Antônio de Chiquinho. Se eles presenciaram a morte e o enterro do cangaceiro, não tem mais como duvidar. 

Se ambos viram e assistiram de perto o seu enterro, para que a gente ficar acreditando em conversas de pessoas que apenas queriam agradar o impostor? Invenções são fatos sem credibilidades. 

Veja no blog: 

http://cangacologia.blogspot.com/2019/02/quanto-mais-estudo-o-tema-cangaco-mais.html

https://tokdehistoria.com.br/2013/08/20/angelo-roque-a-regeneracao-de-um-cangaceiro/

A primeira testemunha, foi o ex-cangaceiro Ângelo Roque “Labareda”, chefe de subgrupo do bando de Lampião, que em depoimento afirmou ter presenciado a morte e o enterro de Ezequiel Ferreira nas terras da Fazenda Tanque do Touro, local onde ocorreu o combate. Ângelo Roque, inclusive afirmou ter visto Lampião chorar a morte do irmão, e dizer ter perdido o prazer de ser cangaceiro.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com/2014/11/antonio-de-chiquinho-o-matador-de-ze.html

A segunda testemunha, foi o famoso coiteiro de Zé Baiano, o senhor Antônio de Chiquinho, proprietário da Fazenda Tanque do Touro, que presenciou o enterro de Ezequiel Ferreira “Ponto Fino II” e dias depois, acompanhou a exumação do corpo a pedido de militares, que lá, deceparam a cabeça do ex-cangaceiro e a levaram como prova do ocorrido. Pouco tempo depois foi exibido em um jornal um crânio que supostamente seria de Ezequiel Ferreira “Ponto Fino”.

São esses os dois principais depoimentos que indicam a morte de Ezequiel Ferreira no combate da Lagoa do Mel (Fazenda Tanque do Touro).

Sem esquecer que na época apenas dois pesquisadores/escritores do cangaço tiveram acesso ao suposto Ezequiel Ferreira e conseguiram entrevistá-lo, foram eles; Magérbio Lucena e Hilário Luchetti, autores do sensacional livro “Lampião e o estado maior do cangaço”, que baseados em respostas às perguntas direcionadas e informações transmitidas, descartaram a possibilidade daquele cidadão ser Ezequiel Ferreira.

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SERRA TALHADA O APARECIMENTO DO SUPOSTO EZEQUIEL FERREIRA. PARTE II.

 Por Cangaçologia

https://www.youtube.com/watch?v=4hsLOSZnqZI

No ano de 1984 apareceu na cidade pernambucana de Serra Talhada um cidadão em busca de documentos e dizendo ser Ezequiel Ferreira, irmão de Lampião, que até então era tido como morto no combate da Lagoa do Mel (Fazenda Tanque do Touro), Baixa do Boi, localizado atualmente no município baiano de Paulo Afonso. Ocasião em que Lampião e bando atacaram a Força Policial Volante sob o comando do então Tenente Arsênio Alves de Souza. Saindo mortos desse confronto 19 soldados, números não oficiais, e dois cangaceiros, sendo um deles o cangaceiro Andorinha e supostamente Ezequiel Ferreira, irmão de Lampião.

Para finalizar a história o suposto Ezequiel Ferreira da Silva conseguiu “provar” na justiça a sua identidade e teve seu registro de nascimento expedido no dia 23 de novembro de 1984, no distrito de Vila de Pajeú no município de Serra Talhada no estado de Pernambuco. Serviram como testemunhas os senhores: Genésio Ferreira Lima (Primo) e Luiz Andrelino Nogueira.

Cinquenta e três anos se passaram até que o aparecimento do suposto Ezequiel Ferreira em Serra Talhada, Pernambuco, causou grande reboliço e trouxe novas interrogações para a já questionada história cangaceira e despertou a atenção de estudiosos e pesquisadores do tema, que sem medir esforços foram apurar os fatos in loco. Alguns chegaram à conclusão que há a possibilidade da história ser real, enquanto outros descartaram completamente tal possibilidade.
E vocês o que acham sobre esse assunto? Esse cidadão era ou não Ezequiel Ferreira da Silva irmão de Lampião?

Sem esquecermos que alguns amigos e familiares são categóricos em afirmar que aquele cidadão era realmente Ezequiel Ferreira.
Nessa segunda parte do cocumentário o senhor Pedro Ferreira Lima, primo de Lampião e filho de Alfredo Ferreira que recepcionou o suposto Ezequiel Ferreira em sua residência, continuará o seu depoimento a respeito da visita desse inesperado visitante no seio de sua família.
Deixem suas opiniões. INSCREVAM-SE TAMBÉM:
https://www.youtube.com/channel/UCjSU... Assistam e ao final deixem seus comentários, críticas e sugestões. INSCREVAM-SE no canal e ATIVEM O SINO para receber todas as nossas atualizações. Forte abraço... Cabroeira! Atenciosamente: Geraldo Antônio de Souza Júnior - Criador e administrador dos canais Cangaçologia e Arquivo Nordeste. Seja membro deste canal e ganhe benefícios: https://www.youtube.com/channel/UCDyq...

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HISTÓRIAS DO SERTÃO

Por Aderbal Nogueira

Histórias do sertão. Quando dois baluartes se encontram a conversa corre solta, e as gargalhadas também https://youtu.be/W1dqLXun5ns

https://www.facebook.com/photo/?fbid=10227512807912464&set=a.10201628255614834

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SILVINO LIBERALINO: DE SUBDELEGADO A REFÉM DE LAMPIÃO

 Do acervo do pesquisador José João Souza

Conforme comprova documento abaixo, no dia 29 de dezembro de 1911, o cidadão Silvino Nunes de Souza, conhecido apenas por Silvino Liberalino, foi nomeado Subdelegado de Vila Bela (atual Serra Talhada PE).

No amanhecer do dia 25 de novembro de 1926, Silvino Liberalino é surpreendido com presença de bando de Lampião em frente de sua casa, no Sitio Poço Redondo, no distrito de Varzinha. Logo que viu a tropa, Silvino não percebeu que estava diante dos comandados de Lampião, pois, naquela época, as roupas dos cangaceiros eram iguais às da polícia. Então, saltou na calçada, com um rifle na mão, e fez a seguinte pergunta:

– É Lampião ou é Força?

O bando respondeu:

– É a Força Volante.

Silvino Liberalino se sentiu mais seguro e disse:

- Então podem entrar. Se fosse Lampião, ia comer bala.

Os cangaceiros entraram e pediram água para beber, quando Silvino colocou a mão no pote para retirar água, os cangaceiros o seguraram e se identificaram:

– Você está falando é com Lampião, cabra. E o prendera.

Silvino foi amarrado e levado para Serra Grande, onde presenciou a maior batalha da história do cangaço. No percurso, Lampião deu uma parada para tomar um café na casa de Senhozinho Estevão, o qual em conversa particular pede a Lampião pela vida de Silvino, porém o capitão automaticamente responde: "não vou mata-lo, mas Silvino é um homem muito malcriado, vou leva-lo e depois eu solto". A missão que Lampião deu para Silvino durante o combate da Serra Grande foi encher as cabaças dos cangaceiros em um olho dágua existente em cima da serra. Após certo tempo de tiroteio, Silvino já cansado de carregar água, então falou para Lampião: "se você tiver um rifle sobrando, eu também sei atirar, e o capitão responde: "fiquei quieto homem e vai pegar água".

O livro "Pernambuco no tempo do Cangaço", de Geraldo Ferraz de Sá Torres Filho, descreve alguns telegramas recebidos pelo o Sr. Desembargador Chefe de Polícia, enviado de Vila Bela pelo Major Theophanes Torres.

No Boletim Geral n° 260, dia 29 de novembro de 1926, apareceu dentre outras a seguinte narrativa (grafia da época): "Força luctou com verdadeiro heroismo sem querer recuar diante inqualificavel abysmo impossivel ser transposto até que teve sua munição quasi totalmente esgotada. Bandidos dispondo olho d'agua em cima da Serra todas as posições em quanto nossos soldados apanhava agua com quasi duas leguas durante todo dia combate. Amanhã darei resultado completo nome mortos, feridos, extraviados. Saudações. Major Theophanes Torres. Comandante Geral Forças do Interior".

Possivelmente o telegrama acima foi passado depois do depoimento de Silvino Liberalino a polícia.

Após o combate, Silvino é libertado ainda em cima da Serra, mas Lampião lhe faz a seguinte advertência: "vai por cima das Serras, só desça quando chegar em suas terras. Cuidado, lá em baixo está cheio de macacos, se eles te pegar vão te matar". Silvino Liberalino chegou em casa o dia já estava amanhecendo, com as roupas todas rasgadas, da camisa sobrou apenas o colarinho.

Fonte: História oral contada pela família.

OBS: Silvino Liberalino era irmão de minha bisavó

https://www.facebook.com/groups/545584095605711

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FAZENDA PITOMBEIRA E O LENDÁRIO BARÃO DO PAJEÚ NO CARIRI CANGAÇO 2022

 

Cariri Cangaço visita a Fazenda Pitombeira, "feudo" do Barão do Pajeú

A tarde de 15 de dezembro de 2021; segundo dia de trabalho em Serra Talhada; marcaria um dos momentos mais marcantes do conjunto de visitas preparativas para o Cariri Cangaço Serra Talhada 2022. A Caravana liderada por Manoel Severo e Luiz Ferraz Filho seguiu para um dos cenários históricos mais emblemáticos de todo o Pajeú: A Fazenda Pitombeira, feudo do Coronel Andrelino Pereira da Silva, o famoso Barão do Pajeú. 

Luiz Ferraz Filho esclarece: "A Pitombeira era propriedade do coronel Andrelino Pereira da Silva, o Barão do Pajeú, que daqui  comandava toda a política de Serra Talhada e região, na segunda metade do século XIX e início do século XX. Foi aqui que dentre outros importantes momentos, o Barão hospedou várias autoridades e personalidades sertanejas, tais como o Padre Cícero Romão Batista na viagem que fez para Roma-ITA e o juiz de direito paraibano, Augusto Santa Cruz."

Coronel Andrelino Pereira da Silva, o Barão do Pajeú. Nasceu em 1823, proprietário fundador da fazenda Pitombeira, em Serra Talhada, filho do Comandante Superior Manuel   Pereira, a fazenda pitombeira foi destaque na história do Pajeú, aclamado Barão em dezembro de 1888, substituiu o pai no comando político local, foi primeiro Prefeito de Vila Bela, entre os anos de 1892 a 1895, faleceu no ano 1901.

A Fazenda Pitombeira era um grande latifúndio de 12 mil hectares, que compreendia as Fazendas Caiçara, Ipueira, Cedro e Belém, esta última herança que o Barão do Pajeú recebeu do seu pai, o comandante-superior Manoel Pereira da Silva, o mesmo, responsável pelo ataque aos fanáticos da Pedra do Reino em maio de 1838. Por ocasião da visita, a caravana Cariri Cangaço foi recebida brilhantemente pelo atual proprietário; Antônio Alves Filho, seu Antônio Caiçara; empresário serra-talhadense do  grupo Pajeú Nordeste ; ao lado de sua esposa dona Zélia Pereira, neta e herdeira do major Isidoro Conrado de Lorena e Sá; ex-prefeito de São José do Belmonte e que comprou a Fazenda Pitombeira em 1911 ao coronel Antônio Andrelino Pereira da Silva, filho do Barão do Pajeú.

Fazenda Pitombeira, imagens atuais do feudo que pertenceu ao 
emblemático Barão do Pajeú, coronel Andrelino Pereira da Silva.

"Da família a qual pertencia, sobressaiu-se Andrelino, agraciado com o título de “Barão de Pajeú” por decreto imperial de 1º de dezembro de 1888. O referido barão chefiou, desde o Império, o Partido Conservador em Vila Bela. Muito rico dizem que possuía nas velhas arcas de cedro da Fazenda Pitombeira, trezentas redes, com que haveria de hospedar qualquer caravana" comenta Valdir Nogueira.


Um Pouco dos personagens do Clã Pereira do Pajeú:

O capitão José Pereira da Silva (Cap. Zezinho) patriarca da maior parte dos Pereiras do Pajeú, é quem inicia essa saga do clã na região, que depois é exercida por muitos outros de seus descendentes, figuras como: Cap. Simplício Pereira da Silva, considerado por muitos o maior revolucionário do sertão; Vitorino Pereira da Silva, foi presidente da câmara em Vila Bela; Manoel Pereira da Silva, Coronel da Guarda Nacional, Comandante Superior das Ordenanças de Flores, Ingazeira e Vila Bela, Cavaleiro de Cristo e Comendador da Imperial Ordem da Rosa; Andrelino Pereira da Silva (Barão do Pajeú), primeiro prefeito de Vila Bela, hoje Serra Talhada-PE; Antônio Andrelino Pereira da Silva filho do Barão, terceiro prefeito de Vila Bela; Manoel Pereira da Silva Jacobina (Padre Pereira), segundo prefeito de Serra Talhada; Major Sebastião Pereira da Silva; Arcôncio Pereira da Silva, bacharel e primeiro deputado provincial da família; Tenente Coronel José Sebastião Pereira da Silva, primeiro prefeito de São José do Belmonte-PE; Antônio Cassiano Pereira da Silva, segundo prefeito de São José do Belmonte."

Manoel Severo, curador do Cariri Cangaço, ressaltou a importância da visita; "estamos muito gratos ao seu Antônio Caiçara e a dona Zélia por nos anfitrionarem de forma sensacional neste que sem dúvidas, é dos cenários mais preciosos de toda a história de Serra Talhada e gostaríamos de parabenizar a família por todo o zelo, cuidado e a espetacular manutenção deste extraordinário patrimônio histórico e arquitetônico, não só do Pajeú, nem de Pernambuco, mas de todo o sertão do Brasil. Parabéns !" 

Clênio Novaes, Adriano Carvalho, Junior Almeida, Antônio Caiçara,
Manoel Severo e Luiz Ferraz Filho.
Joaquim Pereira e Adriano Carvalho; representante dos dois clã se encontram na casa do Barão do Pajeú
Pesquisador José Francisco
Júnior Almeida

Palavras de Agradecimento do curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo, ao proprietário e anfitrião, senhor Antônio Caiçara, durante a extraordinária visita do Cariri Cangaço a Fazenda Pitombeira; outrora, morada do Barão do Pajeú.


Imagens gentilmente cedidas por: Adriano Carvalho
Fonte: CONVERSAS & CONVIDADOS - Canal You Tube

lém do coronel Andrelino Pereira da Silva, o Barão de Pajeú, que era tio avô de Sebastião Pereira da Silva, o Sinhô Pereira, único chefe de Virgolino Ferreira da Silva, Lampião; seu filho, o coronel Antônio Pereira da Silva, também da Fazenda Pitombeira, que nasceu aos 11 de setembro de 1863 e foi o terceiro Prefeito de Serra Talhada (1898 a 1901) desde muito cedo esteve também presente nas contendas envolvendo a família Pereira. Seu nome ficou estampado nos anais da história, destemido e rico, lutava e financiava partes da logística nos momentos mais críticos das lutas envolvendo seu clã, já empobrecido, mudou-se para o Ceará, deixando para trás seu torrão natal, faleceu no distrito do Carmo, município de Belmonte, aos 16 de outubro de 1948.

Manoel Severo apresenta o Cariri Cangaço e agradece a acolhida 
na casa do Barão do Pajeú a seu Antônio Caiçara
Cariri Cangaço e o Café na Casa do Barão do Pajeú
Moustafá Veras, Vilson da Piçarra, Joaquim Pereira e Clênio Novaes

Recorremos ao site oficial da Família Pereira, em texto de Helvécio Neves Feitosa: (https://familiapereira.net.br/) para trazer um episódio que ilustra bem a presença forte da Fazenda Pitombeira no cenário histórico local da época em todo o Pajeú:

"Ulysses Lins de Albuquerque, em seu livro “Um Sertanejo e o Sertão“, conta que, em 1916, teve que voltar a Triunfo, de onde seguiu para Serra Talhada, Flores e Belmonte, na condição de coletor federal, quando arrecadava impostos de patentes de registro. Estava na companhia do cargueiro Manuel Salina. Naquela ocasião, relata a visita ao Coronel Antônio Pereira à fazenda Pitombeira. Informa o autor que Vila Bela estava agitada em virtude da questão surgida entre as famílias Pereira e Carvalho, rivais há quase um século. E, de 1905 até aquela data, alguns choques entre membros das duas famílias reacenderam o facho das discórdias.

Nas palavras do autor: "Viajando de Vila Bela para Belmonte, tive de almoçar na fazenda Pitombeiras, do coronel Antônio Pereira, filho do barão de Pajeú — coronel Andrelino Pereira da Silva. Fui muito bem tratado e admirei a agudeza de espírito da esposa do coronel Pereira — senhora inteligente e enérgica. 

O coronel mostrou-me o seu paiol de armas — mais de uma centena de bacamartes de espoleta, senão mais, guardados no sótão, com as respectivas cartucheiras. [Naquele tempo, havia poucos rifles no sertão e as armas antigas eram muito usadas]. Aqueles velhos arcabuzes — alguns de boca-de-sino — tinham a sua história: participaram muitos deles dos combates travados pelo coronel Manuel Pereira da Silva [pai do barão do Pajeú] e seu irmão Simplício, contra os liberais chefiados por Francisco Barbosa Nogueira Paes, na vila de Flores e na Serra Negra, numa luta que durou dez anos ou mais...


Simplício Pereira, apontado pelo jornalista João Brígido, do Ceará, como autor de mais de 50 mortes, ficou indignado ao ler o artigo, e, quando a mulher — que o interpela pelo motivo da zanga — lhe diz que ‘contando com os caboclos, uns índios por ele trucidados, ‘talvez passasse de 50 mortes’. Então ele retruca: ‘Ora, que besteira! Eu falo é em gente batizada!” De Pitombeiras segui para Belmonte, e entre aquela fazenda e a da Carnaúba — esta de propriedade do coronel Manuel Pereira Lins, primo de Antônio Pereira – encontrei diversos homens armados, mas aquilo não me surpreendeu, pois sabia que viviam em estado de alerta.

Pernoitei no povoado de Bom Nome, onde era intenso o comércio de borracha de maniçoba, cultivada em larga escala no município de Belmonte, onde existia em abundância aquela seringueira, em estado nativo. Uma riqueza que alguns anos depois entraria em colapso, com a queda vertical do preço do produto."

Vilson da Piçarra, Joaquim Pereira, Luiz Ferraz, Manoel Severo, José Francisco, Amélia Araújo, Adriano Carvalho, Criscelio, Valdir Nogueira, Clênio Novaes e Moustafa Veras
Luiz Ferraz Filho, Manoel Severo, José Francisco, Amélia Araújo, 
Adriano Carvalho e Criscelio
Adriano Carvalho, Vilson da Piçarra, Manoel Severo e Joaquim Pereira
Valdir Nogueira

É o pesquisador e escritor Valdir Nogueira, Conselheiro Cariri Cangaço, que relata: "na lendária Vila Bela de outrora, na saga da fazenda Pitombeira, vicejam muitas histórias relacionadas com o seu primitivo proprietário, o Barão do Pajeú; conta-se que durante o novenário da Padroeira Nossa Senhora da Penha, o rico barão escolhia a cada dia o tipo de animal de montaria em que a caravana partindo da Pitombeira, entre proprietários, familiares, vaqueiros e moradores, seguiria para participar das novenas na Matriz de Vila Bela. Dizia o barão: “Hoje iremos todos à novena em cavalos pampas pretos... amanhã em cavalos pampas castanhos...depois de amanhã em cavalos brancos...depois em cavalos melados...”,e assim por diante... 

Baronesa Verônica Pereira da Silva

O Barão do Pajeú casou duas vezes: a 1ª com Maria Osséria de Santo Antônio e a 2ª com a Baronesa do Pajeú, Verônica Pereira da Silva. No tempo do apogeu e esplendor da Fazenda Pitombeira, na larga varanda da velha casa de vivenda, sentada sobre um couro de boi curtido, passava horas a fio a Baronesa do Pajeú, matando o seu tempo numa almofada bastante abaulada fazendo renda de bilro. Certo dia, tendo encerrado uma conversa um pouco acalorada com Dona Marica Pereira, sua nora, falou a baronesa: “Olhe Marica, quando eu morrer, vou deixar o meu dinheiro para você queimar.”

O Barão do Pajeú faleceu a 30 de dezembro de 1901. Tempos depois, já doente e em tratamento com o afamado “Tio Cornélio de Sá” de Salgueiro, na época, o doutor de toda aquela região, não resistindo a uma forte infecção intestinal faleceu a Baronesa do Pajeú. Depois da sua morte, Dona Marica Pereira, julgando o que não teria mais importância e nem serventia resolveu queimar os pertences da baronesa. Entre os objetos destinados ao fogo, estava a velha almofada de fazer renda. Quando as chamas iam velozmente reduzindo tudo a cinzas, uma preta, antiga cozinheira da fazenda percebeu que junto com os resquícios chamuscados do enchimento da almofada, estava parte da fortuna da baronesa, ora detectada através de pedaços de algumas cédulas, já soltos no ar, dentro da fumaça escura se elevando no espaço. Entre os valores dos dez réis e dos mil réis, dos vinténs, dos tostões e dos cruzados, de uma enorme quantidade em dinheiro de cédulas da baronesa, foi tudo devorado pelo fogo. E cumpriu-se então o que a baronesa havia dito tempos antes: “Marica, quando eu morrer, vou deixar o meu dinheiro para você queimar.”

Registro da Visita do Cariri Cangaço à Fazenda Pitombeira, do Barão do Pajeú

E completa Valdir Nogueira: "nos tempos do Barão do Pajeú e do seu filho Coronel Antônio Pereira, a Fazenda Pitombeira continuava próspera e produtiva e se destacava, além da região do Pajeú como em todo alto e árido sertão pernambucano pela sua importância política, econômica e social. Opulento criador, a título de curiosidade a relação dos nomes de alguns animais deixados pelo fidalgo sertanejo, de acordo com seu testamento feito a 27 de agosto de 1901. Cavalos: Bebedor, Borborema, Borboleta, Bordado, Borrego, Cabeceira, Campina, Cravo-branco, Crumatá, Cruzeta, Cuidado, Dançarino, Lavandeira, Mancha, Marujo, Melado-bravo, Nevoeiro, Passarinho, Pensamento, Piáu, Pinto-macho, Raposão, Redondinho, Salvaterra, Tamborete e Vila-bela. Entre os burros: Beleza, Cajazeira, Castanhinho, Ceará, Cutia, Encardido, Enjeitado, Gazo, Pimpão, Quixaba e Tição. Entre as burras: Barra, Bonita, Castanha, Catolé, Fita-preta, Macaca e Praibana."  

CARIRI CANGAÇO SERRA TALHADA 2022
11 a 14 de Novembro de 2022
Serra Talhada - Calumbi
PERNAMBUCO-BRASIL

Redação Cariri Cangaço
Fazenda Pitombeira - Serra Talhada-PE; 
15 de Dezembro de 2021