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sábado, 7 de dezembro de 2019

MAIS UM VÍDEO CARREGANDO NO CANAL "CANGAÇOLOGIA" (YOUTUBE).


Nesse documentário conheceremos as sepulturas dos Nazarenos Manuel de Souza Neto MANÉ NETO e de Manoel de Souza Ferraz conhecido como “Manoel Flor”.

Dois importantes personagens da história do cangaço que dedicaram anos de suas vidas ao combate ao banditismo e principalmente ao cangaço liderado e organizado por Virgolino Ferreira da Silva o “Lampião”, principal inimigo dos Nazarenos.


Assistam e deixem seus comentários, críticas e sugestões.

Link do canal:


Geraldo Antônio De Souza Júnior

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

CALÇADAS, CADEIRAS DE BALANÇO E TAMBORETES

*Rangel Alves da Costa


Idos de calçadas e tempos de saudade. O calor de agora, noutros tempos era refrescado do lado de fora da casa, nas calçadas. Banco de madeira, tamborete de três ou quatro pernas, cadeira de balanço, uma cadeira qualquer. Ou mesmo sentar ao chão para receber brisa boa. Quando uma esteira era deitada no cimento, logo o adormecimento chegava naquelas tardes fagueiras.
Portas batendo ao vento, folhagens sendo trazidas pelos ares, canções chegadas pelos zunidos dos horizontes. Aqui e acolá a poeira e o pó, mas tudo sem relevância ante o sossego daquelas horas boas do dia. Depois da luta, do corpo afadigado, nada melhor que uma caneca d’água para depois e se espalhar pela calçada, num balançar da cadeira ou no assento tomando em qualquer, desde que o sombreado já tenha chegado e os sopros venham açoitando sem pressa.
Mas tudo assim noutros tempos, num passado onde a paz ainda reinava nas cidades, nas casas e nas calçadas. A violência de hoje impede até mesmo que as pessoas sentem nas suas calçadas. Até mesmo na porta de casa ou da vizinhança, corre-se o risco de ser atormentado pela marginalidade que está por todo lugar.
Mas ainda assim muitas pessoas não desapartam de jeito nenhum de suas calçadas. Principalmente nas cidades interioranas, as portas de casa são como locais de alívio e repouso depois do trabalho do dia. Depois que o sol começa a baixar e qualquer fresca começa a soprar, então as cadeiras vão sendo arrastadas.
Cenas tão pitorescas como de feições interioranas. Certamente que as tardes e as bocas da noite seriam muito mais vazias e entristecidas se não houvesse as cadeiras pelas calçadas e pessoas conversando a palavra da hora. Qualquer conversa mesmo, desde a mocinha buchada que passa aos livros abertos dos velhos tempos.
As calçadas interioranas são os confessionários, os locais para debulhar angústias, os assentos para saudades e recordações. As cadeiras espalhadas pelas calçadas são como marcos de vidas que se mostram presentes naqueles instantes de todo dia. As pessoas que sentam nas cadeiras das calçadas, ou mesmo nos seus cimentos, são aquelas mesmas de tantas histórias e tantas lutas e que de repente ali se achegam para um instante de proseado.
Calçadas onde o tempo já tomou assento em outras vidas. Calçadas onde outras cadeiras já embalaram gerações inteiras. Calçadas onde as cadeiras também balançam sozinhas. Sim, sozinhas se embalam por que as ausências chamam à memória a mesma presença. Por isso que não raro imaginar que pessoas já partidas ainda tomam assento nas suas cadeiras ao chegar o entardecer.
Mas também calçadas onde não cabem somente as palavras, as cantigas, as recordações, as fofocas, as saudades, as palavras fáceis, os comentários sobre os acontecidos e os acontecentes. Avistam-se mãos com dedais e agulhas e panos. Enxergam-se cestas de feijão sendo debulhados. As bordadeiras estendem suas almofadas e logos os bilros começam a tilintar no percurso da marcação do bordado. O artesão vai dando forma e prumo ao santo de madeira ou ao seu barquinho de um saudoso rio.
E as calçadas das tardes sertanejas, das tardes matutas, nunca estão vazias. Mesmo sem nenhuma cadeira ali colocada, mesmo sem qualquer almofada jogada num canto, mesmo sem qualquer objeto esquecido por cima dela, ainda assim muito será avistado. Aquelas presenças que não saem da memória, as cocadas e os doces por cima dos umbrais das janelas, as palavras que coam como se saídas de vozes que ali deveriam estar presentes.
E quanta sabedoria surgida em cada calçada. Outro dia, esperei Seu João Capoeira sair à porta e sentar na sua cadeira na calçada e depois abrir o seu precioso de vida. De vez em quanto passo em frente à calçada de Neném de Quininha e ela está sentadinha no mesmo lugarzinho de todo entardecer. Reencontrei Dona Mariá se refrescando na sua calçada e sei muito bem o quanto dali eu ouviria acaso tivesse tempo para alongar o proseado.
É numa calçada que ainda encontro a melhor cocada do mundo. E agora doce de leite também. Na calçada de Naní, por cima de uma mesinha, o sagrado doce sertanejo. Difícil contentar apenas com uma porção, sempre se deseja mais um tiquinho. Mas na mesma calçada as amigas conversando, os proseados de cada dia. Era também ali ao lado que Dona Arací sentava com sua almofada de bilros e passava a manejar sua arte tão bela.
E assim as calçadas se estendem às margens das ruas. Debaixo do sol quente é como sequer houvesse calçada. As portas fechadas é como se escondessem as calçadas. Mas basta que chegue o entardecer ou anoitecer para que tudo se transforme. As calçadas ganham vida e os livros do passado e presente vão sendo abertos nas cadeiras e nas pessoas. Não mais como antigamente, mas as calçadas ainda guardam consigo as histórias do lugar.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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LANÇAMENTO DO DOCUMENTÁRIO ASSIM ERA DADÁ: A VIDA PÓS CANGAÇO DE SÉRGIA DA SILVA CHAGAS



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PRIMEIRO ENCONTRO COM DURVAL

Por Aderbal Nogueira

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92 ANOS DA INVASÃO DE LAMPIÃO A MOSSORÓ

Por Aderbal Nogueira
https://www.youtube.com/watch?v=7Qlio7b_FVE&fbclid=IwAR24svg6f1B1xCshGGlbvI2WHq5NJOwPqkwpBoswl2WfyGXoiR5PDCU1ivg&app=desktop

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O DESCANSO DO GUERREIRO. PADRE CÍCERO ROMÃO BATISTA. O PACIFICADOR DO NORDESTE.



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MEMÓRIAS DO CANGAÇO - AS MALDADES DE LAMPIÃO NO SERTÃO DA BAHIA

Por Cultura Popular Brasileira


O Cangaço, movimento armado iniciado final do século XIX por nordestinos nômades em torno de disputas de terras, vinganças e rebeldias, teve em Virgulino Ferreira, Lampião, um ícone cujo nome se perpetua Brasil e mundo afora, temperado pelo sempre rico imaginário popular que acentua maldades e mitifica benesses que faz do homem o mito de quem hoje ainda se escuta falar envolto em fantasias que o tempo só aumenta. Viver no Sertão permitiu-me o contato com idosos que ainda tinham uma memória viva de alguns acontecimentos e que com uma graça e um espanto que a distância permite, deram-me a saber. De outros ouvi apenas daquilo que se falava já "há muitos e muitos anos", como o saber dos talheres de ouro que o afamado cangaceiro usava de modo que o metal reagia com qualquer substância venenosa que por má intenção lhe fosse servida denunciando o articulador da tentativa homicida. Para hoje os relatos de Abdias e Maria Francisca ilustram o que ainda se sabe e se diz pelo paragens em que Lampião andou e do rastro de medo que semeou por onde o seu nome se fez ouvir. Do primeiro, o parente que, feito refém, serviu de guia ao cangaceiro pela região. Da segunda, a remota lembrança da maldade fisica de que Lampião era capaz de exercer com cruel gratuidade. Helenita Monte de Hollanda.

Categoria


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SEBASTIÃO PEREIRA DA SILVA O SINHÔ PEREIRA


Por José Mendes Pereira

Facínora famoso é sempre visto e admirado pela população, mesmo ela sabendo que ele é faca de dois gumes, não é pessoa confiável, pois basta um olhar desagradável em sua direção, aquele olhar poderá se tornar um bom motivo para uma vingança por parte do marginal.

Veja o que disse Sebastião Pereira da Silva o cangaceiro Sinhô Pereira a um jornalista. (O recorte de jornal que eu apanhei esta informação não tem o nome do repórter e nem o nome do jornal, apenas o endereço do blog que eu o adquiri -  http://meneleu.blogspot.com.br).


"- Todos queriam me ver - dizia Sebastião Pereira da Silva o  ex-cangaceiro Sinhô Pereira.  Achei engraçado! Pra todo lado que eu fosse tinha uns 40 olhos em cima de mim". 

Continua o ex-cangaceiro:

"- Prefiro ficar aqui (aqui que ele referia era o Estado de Minas Gerais) com meus netos, com minha farmácia. Aqui enterrei meu passado. Minha presença em Pernambuco pode reacender velhos ódios".

Veja leitor, que o ódio de um facínora famoso permanece sempre consigo. É possível que quando o Sinhô Pereira cedeu esta entrevista a um repórter ele já estava com a idade avançada (pela foto ver-se que a sua idade já passava dos 70 anos), porque só o encontraram em Minas Gerais depois de várias décadas passadas após o cangaço, mas mesmo assim, ele disse:

"Aqui enterrei meu passado. Minha presença em Pernambuco pode reacender velhos ódios". 

Continua o depoente:

"- Aqui recebi a notícia sem surpresa, a notícia da morte do compadre Virgolino. Quero morrer aqui com meus parentes e meus amigos. Não quero recordar o tempo do cangaço. Dele só poderia dizer como Virgolino: Só trouxe fome, sede e nudez".

O apelido de Lampião existem duas versões, mas sabemos que a mais provável é a que foi afirmada pelo cangaceiro Sinhô Pereira no ano de 1971, após 49 anos, quando visitou pela última vez sua terra natal "Serra Talhada" e deu entrevista ao seu primo Luiz Lorena e que fora prefeito de lá. - (http://lampiaoaceso.blogspot.com.br/2009/02/entrevista-c-o-ex-cangaceiro-sinho.html)

VEJA O QUE PERGUNTOU LUIZ CONRADO DE LORENA E SÁ AO EX-CANGACEIRO SINHÔ PEREIRA:

Luiz Lorena - "Por que Virgolino Ferreira da Silva ganhou o apelido de Lampião?"

Sinhô Pereira respondeu:

- "Num combate, à noite, na fazenda Quixaba, o nosso companheiro Dê Araújo comentou que a boca do rifle de Virgolino mais parecia um lampião. Eu reclamei, dizendo que munição era adquirida a duras penas. Desse episódio resultou o Lampião que aterrorizou o Nordeste".

O que disse Sinhô Pereira que era seu comandante sobre o apelido de Virgulino Ferreira da Silva para Lampião não há mais dúvida, porque quem prevalece é a primeira versão, pois ela foi afirmada pelo poderoso cangaceiro, e não é mais necessário falar  na 2ª, para evitar que complique a mente dos estudantes do cangaço que estão começando agora. 

Sebastião Pereira da Silva Sinhô Pereira faleceu numa manhã no final do ano de 1979, em Lagoa Grande, Estado de Minas Gerais, deixando para trás uma vida e uma história marcadas de angústia, dores e vontade de viver feliz com sua família e amigos.

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http://josemendespereirapotiguar.blogspot.com.br

FAMÍLIA CARIRI CANGAÇO

Por Manoel Severo
..., Manoel Severo e Mabel Nogueira

Em nossas muitas andanças por este maravilhoso sertão a fora e a dentro, vivemos, compartilhamos e celebramos muitos encontros; encontros de sonhos, de propósitos, de almas... Querida família Nazarena de nossa amada Nazaré do Pico, querida família de seu Chico Abel... querida Mabel Nogueira o Cariri Cangaço inteiro esta a seu lado. 

Avante ! Força !

Ingrid Rebouças e Mabel Nogueira.

Mabel Nogueira e Manoel Severo

Juliana Pereira e Mabel Nogueira

Manoel Severo e Mabel nogueira

Mabel Nogueira, ..., e Lili Neli

..., Manoel Severo e Mabel Nogueira

..., ... e Manoel Severo


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