Seguidores

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

NAQUELA MESA ESTÁ FALTANDO PAULO MARIANO


"Aquela mesa tá faltando ele e a saudade dele tá doendo em mim"
A mesa da comunhão da vida, da amizade ou do conhecimento não será a mesma sem Paulo Mariano. Quanta falta nos faz. Que lacuna imensa ele nos deixa. Não foi a toa que escolhi para título desse texto a letra da música de Sérgio Bittencourt imortalizada na voz de Nelson Gonçalves, "Naquela mesa". É assim, igual a música, sentado a mesa, que tenho as melhores lembranças dele e que ouvi e aprendi sobre assuntos diversos.
Podia ser a mesa de sua casa, ao som dos pássaros, comendo o doce de leite carrasquento ou o "doce de Emmanuel", como ele chamava e anotava na lista da feira. Eram sempre momentos de alegria e, fosse onde fosse, sua energia preenchia o ambiente.
Podia ser uma mesa de bar onde ele se tornava o centro das atenções e soltava piadas, gracejos e lorotas, além de muitas histórias. Fazia-nos rir e enchia tudo de alegria. Não importava a qualidade do lugar, tira gosto ou bebida. Valia a pena ouvi-lo.
Paulo Mariano e Emmanuel Arruda, em primeiro plano
Podia ser uma mesa de palestra ou lançamento de um livro. Paulo tinha o dom da palavra e o verbo fluía fácil. Dono de uma memória impressionante. Lembrava tudo com precisão. Defendia como ninguém a cultura e a história de sua terra natal, Princesa, assunto recorrente em 90% das conversas. A cidade perdeu seu defensor mais apaixonado. Um homem que se tornou grande não pelo que tinha ou cargos que ocupou. Ele era grande por ter construído, fora do padrão, sua própria história, sua coerência, sua honestidade e o amor com que defendia as causas que abraçava.
Conselheiro Cariri Cangaço Narciso Dias passa às mãos de Paulo Mariano o Diploma do Cariri Cangaço, em Princesa Isabel no Cariri Cangaço Princesa 2015
Podia ser uma mesa de restaurante, igual a foto que ilustra este texto. Feito no Mercado da Torre. Nosso ponto de encontro aos sábados. Local de compartilhar histórias e estórias. Sempre sob a maestria de Paulo, nosso último comunista.
De agora em diante toda mesa terá um lugar vazio. Sua ausência será sentida e sua história sempre lembrada. Cada amigo ou princesense ao sentar a mesa, seja do bar, seja de casa ou de um evento cultural vai lembrar Paulo Mariano e sua vida dedicada a seu torrão natal.
Hoje aquela mesa está faltando ele e, para não doer tanto, vou imaginar que esteja em outra entre as que citei, espalhando suas histórias e defendendo seus ideais.Foi só um desencontro!
Emmanuel Arruda, Princesa Isabel-PB
08 de Dezembro de 2018; Conselheiro Cariri Cangaço

Aldo Lopes e Paulo Mariano em Princesa Isabel

O pesquisador, historiador, memorialista e escritor Paulo Mariano, filho do município de Princesa Isabel, faleceu na madrugada do último dia 21 de novembro de 2018.
NOTA DE PESAR DA PREFEITURA DE PRINCESA ISABEL
PREFEITURA DECRETA LUTO OFICIAL DE 3 DIAS EM RAZÃO DO FALECIMENTO DE PAULO MARIANO
Responsável pela visão social e formação política de muitos jovens princesenses que sempre acompanharam os seus discursos revolucionários, Paulo Mariano foi pioneiro em contar a história de Princesa quando, ainda em 1991, lançou o livro “Princesa antes e depois de 30”, destrinchando fatos que ocorreram antes e depois da famosa revolução que colocou Princesa nas páginas de jornais e revistas do Brasil e do mundo.Pai exemplar, homem íntegro, ético, militante e lutador incansável, Paulo sempre se preocupou com a humanidade, sendo solidário, principalmente, com aqueles que se encontravam à margem, excluídos, que não eram enxergados por quase ninguém. Nascido em 04 de março de 1934, filho de um pequeno proprietário rural e de uma dona de casa, Joaquim Mariano e Lindaura Cordeiro Florentino, Paulo Mariano cursou o primário na escola da professora Maria Alice Maia e no colégio Monte Carmelo, em Princesa, e no Cristo Rei, em Pesqueira-PE. Completou a Instrução Básica Aeroterrestre qualificando-se Paraquedista Militar no Rio de Janeiro. Escreveu crônicas e contos em jornais e revistas da Paraíba. Publicou, em 1994, o livro de contos “Achados de Perdição” e participou da Revista da Literatura Brasileira LB-39, editada em São Paulo, com o conto “A Fugitiva”.Princesa perde hoje um de seus filhos mais ilustres, mas o seu nome se perpetuará junto com a história de Princesa, pois foi ele um grande e excelente colaborador da disseminação de nossa história. Um memorialista que não sairá de nossa memória jamais.
A prefeitura decretou luto oficial de 03 dias. 

FEIJÃO DE CORDA COM CARNE DE BODE

*Rangel Alves da Costa

Não sei por qual motivo ou mistério, mas a verdade é que logo cedinho me veio um cheiro perfumado e temperado de feijão verde de corda com carne de bode. E no cheiro da panela fervendo, da comida pronta, daquele tempero autenticamente sertanejo, também uma vontade danada de comer.
Que coisa mais estranha, aprazível e apetitosa. Mulher grávida é que de repente inventa de estar sentindo esses cheiros e logo vem com inesperados desejos. Belânio de Queremilda se viu feito doido quando em meio a madrugado a mulher grávida desejou comer sopa de cabelo de boneca de milho. Ele então disse que ia à roça e nunca mais voltou.
Tais coisas acontecem, é verdade. Mas comigo foi coisa de estranhar mesmo. Dependendo da fome, até que seria normal sentir cheiro de cuscuz, de tripa, de café, mas por que logo de feijão de corda com carne de bode, como alimentos únicos e inseparáveis naquele momento? E tão cedo era que ninguém da vizinhança poderia estar preparando aquele tipo de comida. Feijão de corda cozinha rápido, carne de bode não demora muito para ficar no ponto de comer e se lambuzar.
O problema era o cheiro, o aroma temperado tanto do feijão como da carne. Era como se eu estivesse numa cozinha e já destampando a panela para sentir pelo ar aquela quentura balsâmica subindo e subindo, sendo completamente tomado pelo prazeroso perfume sertanejo. Um cheiro verdoso, temperado, apetitoso. O outro cheiro oloroso, acentuado pelos temperos, enchendo a boca de água e o estômago desejoso de saborear.
Já imaginaram: feijão de corda verdinho, novinho, preparado no tomate e cebola e recebendo um pouco de coentro já em ponto de ser servido. Já imaginaram: uma carne de bode carnudo, recém-chegada da banca da feira, lavada e bem lavada, cortada e colocada na panela com todos os temperos existentes na cozinha sertaneja. Colorau, tempero, alho, cebola, pimentão, tomate, e mais e mais. E depois deixar que o fogão de lenha ou a gás cuide do resto.


Tanto o feijão de corda como a carne de bode é de cheiro inconfundível quando está cozinhando, e também depois de pronto para ser servido. Fácil demais comprovar. Basta levantar a tampa da panela uns dois minutos depois de o fogo já estar desligado. A pessoa come ali mesmo, só com o cheiro, sem precisar de prato, garfo, colher, nada. Muita gente até despeja numa xícara o caldo ralo do feijão e bebe de se fartar. Com tiquinho de farinha também desce bem.
 Mas naquela hora da manhã - bem antes das oito - era como se eu estivesse à mesa e tendo um prato já devidamente preparado com tais iguarias. E mais: com um tiquinho de pimenta ao lado para molhar e dar um sabor mais picante ao feijão. A pimenta, aliás, faz parte desse trio de gulodice: não há feijão de corda com bode sem que o molho de pimenta esteja intrometido. Para muitos, o verdadeiro sabor vem do caldo da pimenta logo ao lado.
O sertão conhece muito bem essa história. Os de mais idade (e talvez alguns jovens) algum dia já experimentaram o feijão de corda comido em bolo. O prato é preparado normalmente, com feijão, farinha e carne, mas ao invés do garfo ou colher, a pessoa mete a mão no prato e começa a amassar a comida até formar um bolo. Depois é só levar o bolo de feijão à tigelinha de pimenta amassada no caldo do próprio bode e comer. A coisa melhor do mundo.
Realmente, comida da terra, quando sertaneja mesmo de nascença, jamais deveria ser saboreada através de garfo, faca ou colher. Na mão mesmo, fazendo bolo, passando no caldo da pimenta e comendo. Por isso que o Velho Titó antes da assentada mandava preparar a rede na varanda. Fartava-se no feijão de corda com bode e pimenta, depois mordia um pedaço de rapadura e ia sonhar comendo mais na rede logo adiante.
Sim, mas voltando ao cheiro sentido esta manhã e o meu desejo crescente de comer feijão de corda com carne de bode, peço apenas que me convidem para um simples regabofe no próximo final de semana, a partir de sexta. Não precisa nem garfo, faca ou colher. Já sabem por que.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

EXCELENTE LIVRO!


É considerada a segunda biografia erudita publicada ainda em vida de Lampião (1897-1938), e isso em 1934. 

Há informações que apontam que o próprio biografado (Lampião), teria lido o aludido livro, e inclusive jurado de morte o autor (?)! 

Há quem diga que o cangaceiro Lampião, ao ser morto pela polícia em Angico, Sergipe, conduzia num de seus bornais um exemplar desse livro (?)! Talvez, apenas especulações.

Um outro livro erudito e biográfico sobre o Rei do Cangaço foi o Lampião, sua história, publicado pela Imprensa Oficial da Parahyba (grafia da época), em 1926, pelo escritor Érico de Almeida. Uma preciosidade, portanto.

Livros sobre o Cangaço e temas voltados a nossa história regional podem ser encontrados nas lojas da Livraria Imperatriz, no Recife, e muito especialmente na unidade situada na histórica Rua da Imperatriz, onde há uma linda seção de livros históricos sobre o Cangaço (alguns raros e até esgotados) e temas afins, e organizados pelo mais simpático vendedor de livros da capital pernambucana: Sergio Carolino, meu amigo.
Sérgio recebera a todos muito bem e avisa que chegará à loja uma boa remessa de exemplares do polêmico e aguardado livro Apagando o Lampião. Vida e Morte do Rei do Cangaço, publicado pela Global Editora, e de autoria de Frederico Pernambucano de Mello.

Boas compras a todos, e um forte abraço!

Informação: Eu perdi a fonte, isto é quem postou na NET. Desculpa-me, quando eu encontrar novamente eu registrarei o nome do autor e a fonte extraída.

Onde adquiri este: 

Não tenho certeza, mas eu acho que você irá adquiri-lo com o professor Pereira através deste e-mail: franpelima@bol.com.br

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

CANGACEIRA LÍDIA AMOR, TRAIÇÃO E MORTE


Por Manoel Belarmino  

Esta não é Lídia é a sua irmã Francelina segundo Ivanildo Silveira

Poucas pessoas de Poço Redondo sabem que ali nas Areias, perto do Riacho do Quatarvo, na antiga fazenda Paus Pretos de propriedade na época do coronel Antônio Cacheiro, perto de Poço Redondo, está enterrado o corpo da mais bela cangaceira do grupo de Lampião, a baiana Lídia.

No fim do ano de 1931, o cangaceiro Zé Baiano ficou doente de um tumor grande que impediu o bandoleiro de andar nas caatingas. Aí Lampião levou Zé Baiano para a casa de um antigo coiteiro chamado Luiz Pereira na localidade Salgadinho perto de Paulo Afonso. Ali o cangaceiro ficou 15 dias sendo cuidado por Luiz Pereira e dona Maria Rosa. Quando ficou curado o cangaceiro foi embora, levando Lídia, a sua filha mais nova. Lídia era uma linda menina mocinha de apenas 15 anos de idade quando deixou seus pais para acompanhar o terrível e cruel cangaceiro Zé Baiano.


O cangaceiro Zé Baiano

O cangaceiro Zé Baiano (foto) era loucamente apaixonado por Lídia. O cangaceiro mais apaixonado de todos. E Lídia a mais bela das cangaceiras. Zé Baiano era um dos cangaceiros mais cruéis do grupo de Lampião e o mais curioso com a sua amada Lídia.

Dizem os pesquisadores e coiteiros que Zé Baiano tinha muita riqueza, era agiota, possuía muito dinheiro emprestado a comerciantes e possuía uma quantidade grande de jóias valiosas, inclusive escondidas ou enterradas na forma de botija.

Havia no grupo de cangaceiros um rapaz da mesma região de Lídia e que já se conheciam desde antes de os dois entrarem no cangaço. Era Demócrito e que no cangaço tinha o nome de guerra de Bem-te-vi. Os dois se gostavam e, às escondidas, tinham um relacionamento. Sempre que Zé Baiano viajava Lídia se encontrava com o Bem-te-vi.

O cangaceiro Coqueiro se apaixonou por Lídia. E sempre a seguia e presenciava a cangaceira mais linda transando sob as moitas de cipó de leite com o seu amado secreto Bem-te-vi quando das viagens de Zé Baiano.

Naquele mês de julho de 1934, nas Pias das Panelas, nas proximidades do Riacho do Cartavo, quando Zé Baiano retornou de uma viagem do Alagadiço que havia feito com Lampião, o cangaceiro Coqueiro resolveu contar tudo, exatamente na hora da janta, no coito, no momento em que todos estavam reunidos. Ao ouvir a delação de Coqueiro, Zé Baiano ficou parado, estarrecido. Olhou para Lampião esperando alguma ordem. Um silêncio tomou conta do coito. Lampião tirou o chapéu... coçou o quengo. Levantou-se do cepo. Não quis mais comer. E continuou calado.

Depois de um tempo em silêncio, Lampião disse que Ze Baiano tomaria as providências de Lídia e os cangaceiros resolveriam o caso de Bem-te-vi e Coqueiro. Depois da sentença de Lampião, Zé Baiano mandou que o cangaceiro Demudado amarrasse Lídia num pé de umburana ali mesmo próximo das Pias onde estava o coito. E Lampião ordenou que o cangaceiro Gato matasse o cangaceiro traidor 'Bem-te-vi' e o delator 'Coqueiro'.

Rapidamente, Gato puxou a mauser e disparou contra Coqueiro que já caiu ali estirado, morto. Quando voltou-se para disparar contra o cangaceiro traidor, viu que este já havia fugido.

Zé Baiano baiano não conseguiu dormir naquela noite. Deitou-se separado dos outros cangaceiros, calado. Teria que matar a cangaceira mais linda já vista no mundo cangaceiro e a mulher que ele amava. Quando o dia amanheceu, antes de o Sol aparecer, Zé Baiana pegou um cacete de pau d'arco e com várias pauladas matou Lídia.

E sem pedir ajuda a ninguém, ele mesmo cavou a cova e enterrou o corpo da cangaceira. Ali mesmo embaixo do pé de umburana, nas proximidades das Pias das Panelas, no Riacho do Quartavo.

Observação de Ivanildo Silveira, que nos indicou a publicação: a fotografia que postamos junto a este texto não é de Lídia, mas de sua irmã Francelina. Segundo familiares de Lídia e alguns pesquisadores, esta foto é a que mais se aproxima dos traços fisionômicos do rosto de Lídia. Não há registro fotográfico da cangaceira Lídia.

http://lampiaoaceso.blogspot.com/search/label/Coqueiro

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

MOSSORÓ E SUAS HISTÓRIAS

Por José Mendes Pereira
Mossoró

Mossoró é uma cidade localizada no Alto Oeste do Estado do Rio Grande do Norte. Ela é conhecida pela cidade do sal, devido a grande produção de sal que juntamente com as cidades de Macau e Areia Branca são os maiores produtores do Rio Grande do Norte. 

O Rio Grande do Norte é o maior produtor de sal do Brasil! Devido à necessidade de suprir a demanda de sal marinho no mercado interno brasileiro, foi construído o Porto-Ilha de Areia Branca, em 1974. Todo o sal movimentado no porto é proveniente das salinas do Rio Grande do Norte.

Porto Ilha

Quem fala em Mossoró é possível que vem logo a lembrança de três momentos pioneiros que são: a abolição da escravatura, ficando negros livres, 


e o primeiro foto feminino da professora Celina Guimarães Viana 

Em 3 de novembro de 1930, o Brasil oficializou o direito de voto feminino. A data ficou conhecida como Dia da Instituição do Direito de Voto da Mulher. Professora Celina Guimarães Viana votando.

e a resistência do bando do sanguinário e perverso cangaceiro Virgolino Ferreira da Silva o Lampião, que tentou arrancar dinheiro da cidade, mas foi derrotado pelo prefeito Rodolfo Fernandes que havia preparado a cidade com homens armados para defender a cidade do famoso e respeitado bando de facínoras da Empresa de Cangaceiros & Cia do capitão Lampião lá cidade de Serra Talhada, no Estado de Pernambuco.


O capitão Lampião tinha toda certeza que sairia daqui com muito dinheiro nos bolsos, ma se enganou por completo, Mossoró estava bem armada. Vendo que não ganharia a guerra Lampião chamou os seus homens e se mandou desconfiado em direção ao Estado do Ceará. 

Se Lampião não tivesse avisado que entraria em Mossoró que entraria em Mossoró teria levado o que ele queria, porque o prefeito não teria tempo de formar um grupo de resistentes para defender a cidade. 

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

ACADEMIA DOS ESCRITORES MOSSOROENSES-ASCRIM ASSOCIAÇÃO DOS ESCRITORES MOSSORÓ -


RESOLUÇÃO ASCRIM Nº 013/2018
I - Na qualidade de Presidente da ASCRIM, conforme me faculta a alínea “a”, do § único do Art. 36, Albergado no Art. 35: item 1, inciso I, item 2 inciso II, item 1 da alínea “d” do inciso III , item 7 da alínea “e” do inciso III, combinados com o parágrafo único, todos do Estatuto da ASCRIM:  
1. CONSIDERANDO que, existem muitos assuntos IMPORTANTÍSSIMOS, inadiáveis que merecem ser tratados, PESSOALMENTE em ASSEMBLÉIA GERAL, com todo o corpo social, antes da reunião(prevista para meados de dezembro/2018-via conferência on-line) de  TRANSIÇÃO DOS ELEITOS DA DIRETORIA EXECUTIVA E CONSELHO FISCAL PARA O BIÊNIO 2019/2020, CUJA POSSE ACONTECERÁ EM MARÇO/2019,
2. CONSIDERANDO que, um considerável número de ACADÊMICOS da ASCRIM, tendem a distanciar-se, por motivos óbvios diversos, das atividades protagonizadas e/ou patrocinadas pela ASCRIM, em relação a não menos importantes eventos culturais realizados, bem como os iminentes, diminuindo, o fluxo de frequência média que caracteriza o interesse de participação espontânea de cada,
3. CONSIDERANDO que, urge esclarecer quais os óbices existentes e quais as medidas adequadas para resolver as situações de impasse, no interesse coletivo, sem descurar o pessoal, objetivando a tomada das decisões em uníssono com todos os ACADÊMICOS da ASCRIM, como verdadeiros areópagos(figurado).
4. CONSIDERANDO que, após a definição de infraestrutura funcional da ACADEMIA DOS ESCRITORES MOSSOROENSES-ASCRIM, ATIVAÇÃO oficialmente validada  pela RESOLUÇÃO Nº 005/2018, de 09 de junho de 2018, será publicado o EDITAL DE ABERTURA DE VAGAS, na mesma sintonia E SIMILITUDE dos interesse dos ACADÊMICOS da ASSOCIAÇÃO DOS ESCRITORES MOSSOROENSES,  
RESOLVO:
a. ENCAMINHAR, breve, EM CARÁTER PESSOAL, via email declarado na FICHA DE INSCRIÇÃO DE CADA ACADÊMICO, UM PRÉ-CONVITE/CONVOCAÇÃO PARA ASSEMBLEIA GERAL para tratar de temas da ORDEM DO DIA, ESTAMPANDO, também, OS TEMAS CONTEMPLADOS NESTA RESOLUÇÃO. NESSE DOCUMENTO SOLICITAREI, COMO SEMPRE, RESPOSTA DO ACADÊMICO DA ASCRIM, SE PODERÁ OU NÃO COMPARECER, ressalvado e respeitadas as decisões de caráter ético e de fórum íntimo, observado que:
1. AINDA, PARA ESTREITAR OS LAÇOS DE AMIZADE, QUE DEVEM FORTALECER A ASCRIM, CASO O ACADÊMICO DECLINE DA RESPOSTA ESPECÍFICA SOLICITADA, encarando a possibilidade de falha no sistema on-line, EMITIREI DOCUMENTO FÍSICO SALUTAR DE  ENTREGA PERSONALIZADA, QUE CERTAMENTE LOCALIZARÁ O ENDEREÇO DESTINATÁRIO, ATRAVÉS DO LIVRO CAPA VERDE, “ASCRIM PROTOCOLO ENTREGA DE OBJETO-APEO Nº   ALFA  /     ”(vide ,DETALHES NO ARQUIVO ANEXO), NOVO PRÉ-CONVITE/CONVOCAÇÃO PARA ASSEMBLEIA  GERAL, data a especificar.
2. APÓS os resultados de confirmações pelos ACADÊMICOS, sejam quais forem, levarei o assunto para discutir junto a DIRETORIA EXECUTIVA E CONSELHO FISCAL DA ASCRIM, para decisão suasória em benefício da unificação de todo o CORPO SOCIAL. Em seguida, ATO CONSENTÂNEO DE CONVOCAR ASSEMBLEIA GERAL definitiva para os assuntos da ORDEM DO DIA QUE DESIGNAR, encarecendo a indispensável participação de todos.  
TERMOS EM QUE SE EXPEDE E CUMPRA-SE, REVOGANDO-SE AS DISPOSIÇÕES EM CONTRÁRIO.

MOSSORÓ(RN), 10 DE DEZEMBRO DE 2018,

FRANCISCO JOSÉ DA SILVA NETO
-PRESIDENTE EXECUTIVO DA ASCRIM-

Enviado por Ascrim.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

O CIRCO ALEGRIA


Por Benedito Vasconcelos Mendes

Certo dia foi armado na Vila de Santo Antônio do Aracatiaçu um pequeno e rústico circo, de nome Alegria, cujo último destino tinha sido a cidade de Miraíma. O circo, de apenas dois mastros e sem lona de cobertura, com uma simples empanada circundante, tinha como principais atrações os Palhaços Pichilinga e Tanajura, o Trapezista Edson, o Bode Falador e a Cantora Dalva Brito. Os palhaços eram criativos, imorais e muito engraçados. As brincadeiras e piadas da dupla de palhaços eram sempre motivadas pela sabedoria e perspicácia do Pichilinga, em contraste com a inocência e a falta de inteligência do Tanajura, de modo que a conversa entre os dois tornava-se cômica e engraçada. O Pichilinga, por ser mais sabido e sagaz, era muito admirado e aplaudido pelo público.

O Trapezista Edson, embora demonstrasse muita coragem e perícia, não
inovava, apenas repetia as conhecidas apresentações de trapezistas aprendizes. Mesmo com exibições simples, como não usava rede de proteção, cada apresentação tinha um risco real de ele cair do trapézio e se acidentar gravemente.

A cantora e dançarina Dalva Brito era enaltecida pelo apresentador, como detentora de voz romântica e bela, mas bastava se ouvir uma única canção, para constatar que ela desafinava várias vezes. Ela se apresentava com roupas vistosas, com detalhes de plumas e paetês e decote generoso, que acentuava seus seios volumosos. Sua canção preferida era “Índia”, cantada em portunhol, cujo acompanhamento com sanfona, bateria, violão e saque sanfona dava imponência a apresentação. O som era de péssima qualidade, cuja fonte de energia eram duas baterias de caminhão. A bela e esbelta cantora, com sua dança provocante e sua voz suave, tornou-se a atração número um do espetáculo circense. Suas apresentações entusiasmavam o público masculino e desencadeavam uma onda de ciúmes nas mulheres da vila. Dengosa e sensual, ela sabia provocar a libido dos homens, principalmente dos mais velhos, que assistiam diariamente ao circo.

O Bode Falador, além de bodejar quando o adestrador mandava, ele subia e descia em uma escada inclinada. Quando ele atingia o topo da escada, ele se virava para descer de frente. Esta virada de corpo era a parte mais emocionante, pois a impressão é que ele não iria conseguir.

A arquibancada, feita de tábuas de construção e estacas de pau-branco,
amarradas com cordas de tucum, não apresentava nenhum conforto e nem segurança. O picadeiro de chão batido, com precário serviço de autofalante e sem iluminação elétrica, exigia da cantora e dos palhaços redobrada atenção. As sessões do circo eram de 4 às 5 horas da tarde e nos sábados e domingos duas apresentações, uma pela manhã e a outra à tarde. Os espetáculos do Circo Alegria eram anunciados pelos palhaços, que saiam à rua com pernas de pau, acompanhados pelos meninos da vila, que respondiam suas indagações. Os palhaços perguntavam: Hoje tem espetáculo ? A criançada respondia: Tem sim, senhor. Palhaços: A que horas da tarde? Criançada: Às quatro horas da tarde. Palhaços: Hoje tem marmelada? Criançada: Tem sim, senhor. Palhaços: O palhaço o que é? Criançada: Ladrão de mulher.

Os cachorros ficavam furiosos com aquelas pessoas de pernas longas e caras pintadas e reagiam com muitos latidos.

Em um certo domingo, meu avô solicitou ao meu tio Francisquinho que levasse, no seu Jeep, os vaqueiros e seus familiares para assistir ao circo, no Distrito de Santo Antônio do Aracatiaçu. Neste dia eu também fiz parte da comitiva da Fazenda Aracati que foi assistir ao espetáculo circense. No domingo anterior, tio Francisquinho já tinha levado meus avós e eu para presenciar o espetáculo do circo Alegria, portanto, além de eu ter presenciado a chegada e a montagem do referido circo, quando eu estava passando uns dias com um parente meu, na Vila de Aracatiaçu, eu fui espectador, por duas vezes, do espetáculo do citado circo.

O trabalho de armação do circo, como fixação dos mastros, montagem do trapézio, montagem das arquibancadas, feitura da cerca externa, com entrada e bilheteria na frente, e colocação da empanada, era pago com ingressos de entrada no circo.

No inverno (período chuvoso), o circo não funcionava, pois não tendo lona de cobertura não podia proteger seus espectadores das chuvas.

Enviado pelo professor e pesquisador do cangaço Benedito Vasconcelos Mendes.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

A FAZENDA PIA NOVA E AS MORTES DOS INOCENTES


Por Manoel Belarmino Belarmino

Depois da morte do cangaceiro Zepelin naquele fatídico combate da Fazenda Araras, em Poço Redondo, entre a volante de Zé Rufino e o subgrupo de cangaceiros de Mané Moreno, ocorrido em abril de 1937, os cangaceiros juraram vingar a morte do companheiro.

Naquele ano de 1937, o inverno começou com muita chuva. A caatinga estava verde, brejos, lama e as mutucas atacavam até no rosto dos cangaceiros e volantes. Costumeiramente, nesses tempos de inverno frio, as volantes se recolhiam na Serra Negra e os cangaceiros nas redes das fazendas. Mas aquele combate da Fazenda Araras martelava na cabeça dos cangaceiros que teria sido coisas de coiteiro dedo-duro.

Os cangaceiros já estavam na fazenda Alto Bonito, uma propriedade do pai da cangaceira Áurea Soares, lamentando a inconformada morte de Zepelin, e tentando entender qual coiteiro teria traído Mané Moreno. Logo, desconfiaram do coiteiro Chico Geraldo, último coito que tiveram antes do combate da Araras. E, de fato, foi mesmo Chico Geraldo que foi à Serra Negra denunciar a presença dos cangaceiros na Fazenda Salgadinho.

Na manhã do 2 de abril do mesmo ano, 1937, os cangaceiros retornam ao Salgadinho para tirar as dúvidas se realmente foi o coiteiro Chico Geraldo que teria ido informar a Zé Rufino da presença dos cangaceiros na sua fazenda.

Os cangaceiros interrogam o coiteiro Chico Geraldo que mente e nega que foi à Serra Negra falar com Zé Rufino. Diz que tem suspeita dos moradores da Fazenda Pia Nova. E cita os nomes de Firmino e Torquato, como os possíveis noticiadores da presença de cangaceiros ali. Depois de ouvir isso do coiteiro Chico Geraldo, os cangaceiros ansiosos por vingança se deslocam até a Fazenda Pia Nova e prendem Torquato e seu genro Firmino, e matam os dois ali mesmo na sede da fazenda. Firmino foi morto a tiros pela arma do cangaceiro Pancada e Torquato foi friamente assassinado pelo punhal do cangaceiro Cravo Roxo. Mais uma vez a mentira e a covardia faz derramar sangue no chão de Poço Redondo. Dois corpos de inocentes ficam ali estendidos no chão.

Os vaqueiros inocentes, Firmino e Torquato, foram enterrados no cemitério da Fazenda São Clemente, onde também foram sepultados, em 1932, outros dois inocentes vítimas do Cangaço, Zé Bonitinho e João de Clemente, ali próximo da Pia Nova, no Município de Poço Redondo.

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=2129054630449845&set=a.608577935830863&type=3&theater&ifg=1

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

“NÃO TROCO MINHA DIGNIDADE PELA MINHA LIBERTAÇÃO”, DIZ LULA EM CARTA

Rafaela Felicciano/Metrópoles
POLÍTICA -  AGÊNCIA ESTADO - atualizado em 11/12/2018

Preso há oito meses, ex-presidente aguarda julgamento de pedido de habeas corpus no STF

11/12/2018 7:00. atualizado em 11/12/2018 10:02

Oito meses após se entregar à Polícia Federal no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC em São Bernardo do Campo (SP), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escreveu uma carta para ser lida a apoiadores nesta segunda-feira (10/12), no mesmo local. O petista repetiu que é vítima de uma condenação injusta e manifestou desejo pelo dia do “reencontro” com militantes.

“Hoje tenho certeza de que tenho o sono mais leve e a consciência mais tranquila do que aqueles que me condenaram. Não quero favores; quero simplesmente justiça. Não troco minha dignidade pela minha libertação”, diz a carta de Lula, lida pelo ex-candidato do PT à Presidência Fernando Haddad.

MAIS SOBRE O ASSUNTO


No dia em que o presidente eleito, Jair Bolsonaro, foi diplomado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ex-presidente petista escreveu que é ele quem deveria ter sido eleito. “O Brasil e o mundo sabem que os procuradores da Lava Jato, o Sérgio Moro e o TRF-4 armaram uma farsa judicial para impedir que eu fosse eleito presidente mais uma vez, como era a vontade da maioria dos eleitores.” Lula disse, ainda, que pensa todos os dias no futuro do país e que a defesa dos direitos humanos vai continuar.

Apoiadores confeccionaram um tapete vermelho de 100 metros bordado com mensagens de apoio ao ex-presidente para, segundo Haddad, ser usado para Lula caminhar na saída da prisão em Curitiba quando for solto. No Supremo Tribunal Federal (STF), o julgamento de um pedido de habeas corpus da defesa do petista foi interrompido na semana passada.

https://www.metropoles.com/brasil/politica-br/nao-troco-minha-dignidade-pela-minha-libertacao-diz-lula-em-carta?utm_source=push&utm_medium=push&utm_campaign=push

http://blogdomendesemendes.blogspot.com