Rafaela Felicciano/Metrópoles
POLÍTICA - AGÊNCIA ESTADO - atualizado em 11/12/2018
Preso há oito meses, ex-presidente aguarda julgamento de pedido de habeas corpus no STF
11/12/2018
7:00. atualizado em 11/12/2018 10:02
Oito meses
após se entregar à Polícia Federal no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC em São
Bernardo do Campo (SP), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escreveu
uma carta para ser lida a apoiadores nesta segunda-feira (10/12), no mesmo
local. O petista repetiu que é vítima de uma condenação injusta e manifestou
desejo pelo dia do “reencontro” com militantes.
“Hoje tenho
certeza de que tenho o sono mais leve e a consciência mais tranquila do que
aqueles que me condenaram. Não quero favores; quero simplesmente justiça. Não
troco minha dignidade pela minha libertação”, diz a carta de Lula, lida pelo
ex-candidato do PT à Presidência Fernando Haddad.
MAIS SOBRE O
ASSUNTO
No dia em que
o presidente eleito, Jair Bolsonaro, foi diplomado pelo Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), o ex-presidente petista escreveu que é ele quem deveria ter
sido eleito. “O Brasil e o mundo sabem que os procuradores da Lava Jato, o
Sérgio Moro e o TRF-4 armaram uma farsa judicial para impedir que eu fosse
eleito presidente mais uma vez, como era a vontade da maioria dos eleitores.”
Lula disse, ainda, que pensa todos os dias no futuro do país e que a defesa dos
direitos humanos vai continuar.
Apoiadores
confeccionaram um tapete vermelho de 100 metros bordado com mensagens de apoio
ao ex-presidente para, segundo Haddad, ser usado para Lula caminhar na saída da
prisão em Curitiba quando for solto. No Supremo Tribunal Federal (STF), o
julgamento de um pedido de habeas corpus da defesa do petista foi interrompido
na semana passada.
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