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sexta-feira, 9 de setembro de 2022
LIVRO
Por Valdir José Nogueira
Com Prefácio do historiador e escritor Sérgio Augusto de Souza Dantas, Apresentação do artista plástico Manuel Dantas Suassuna, e Orelha do historiador e escritor Igor Cardoso, o presente livro, ora editado sob a chancela do CEHM – CENTRO DE ESTUDOS DE HISTÓRIA MUNICIPAL, promete trazer luz a um dos mais polêmicos episódios do cangaço, que no dia 20 de outubro do corrente ano completará 100 anos.
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SE LAMPIÃO TIVESSE ME OUVIDO, NÃO TERIA MORRIDO - CANAL CANGAÇO EM FOCO
Por Cangaço em Foco
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O DIA QUE O CANGACEIRO MORENO VISITOU O CARIRI CEARENSE - CANAL CANGAÇO EM FOCO
Por Cangaço em Foco
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GENEROSA LEÔNCIO E A FAMÍLIA FERREIRA.
Generosa
Pereira Leôncio, mais uma pernambucana natural de Triunfo que em épocas
passadas das grandes questões entre as famílias Pereira e Carvalho na ribeira
do Pajeú, procurou abrigo em terra cearense, onde estabeleceu nova morada no
então Distrito Macapá atual Jati-Ce, até seus últimos dias de vida.
Dona Generosa
era velha conhecida da família Ferreira lá do sítio passagem de pedras, onde
mantinha fortes laço de amizade. Na grande seca de 1915, recebe em sua
residência uma surpresa inesperada, a visita do casal Ferreira, José Ferreira e
Maria Sulene que, foram recebidos com bastante cordialidade, pois se tratava de
um encontro de velhos amigos. O casal Ferreira passava pelo Distrito com
destino a cidade de Juazeiro do padre Cícero Romão Batista. Em tempos passados
os padres eram procurados pelos fiéis para receber sua bênção, seus conselhos.
A viagem do casal não era diferente, procuravam o venerado sacerdote para pedir
conselhos, se vendiam o Sítio passagem de pedras, as criações de gado e caprino
que vinham sofrendo com problema da estiagem que assolava a região, e outro
problema maior que foi percursor da desgraça de toda família. Os primeiros
atritos dos jovens Ferreiras com os vizinhos Saturno Barros.
Em 02 março do
ano de 1926, Dona Generosa recebe em sua residência a visita de mais dois
Ferreiras, os irmãos Virgulino Ferreira da Silva, já configurado ( Lampião) e
Antônio Ferreira o Cangaceiro ( esperança). O encontro era mais uma
confraternização da amizade antiga, imediatamente Generosa preparou um almoço
especial para seus convidados: Lampião, Antônio Ferreira, Luiz Pedro, Sabino o
tenente Francisco das Chagas Azevedo e o Sargento Veríssimo Alves Gondim, que
receberam lampião ao adentrar no Distrito " como legalista ".
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ANTIGA CADEIA DA RELAÇÃO onde Zé do Telhado e Camilo Castelo Branco ficaram presos.
Cidade do PORTO - PORTUGAL
SEGUNDO PISO
CINZAS DE ANTÔNIO AMAURY DEPOSITADAS NO LEITO DO VELHO CHICO , O ÚLTIMO ADEUS NO CARIRI CANGAÇO PIRANHAS 2022
Quis o destino que o último adeus ao grande pesquisador e escritor do cangaço, Antônio Amaury Correa de Araújo, tivesse como palco o seu amado sertão, como cenário o território abençoado das caatingas nordestinas e como principal protagonista as águas caudalosas do Velho Chico. Eram cerca de 9 horas e 30 minutos da manhã do dia 30 de julho do ano da graça de 2022, quando o universo Cariri Cangaço testemunhou ; entre as margens sergipanas e alagoanas do Rio São Francisco; o momento solene quando Carlos Elydio; filho de Amaury; ao lado de Manoel Severo, curador do Cariri Cangaço e de representantes dos mais destacados grupos de estudos do cangaço do Brasil; depositou as cinzas do gigante imortal paulista de alma nordestina, no leito do rio que ele tanto amou... Mais de 300 pesquisadores deram seu último adeus a Antônio Amaury numa manhã histórica e memorável.
"Mestre, segundo o "Aurélio" significa: Professor de grande saber e nomeada, o que é versado em qualquer ciência ou arte, oficial graduado de qualquer profissão... Para mim, Mestre é tudo isso e mais: É aquele que coloca a alma, o coração e todos os seus talentos e esforços, naquilo em que acredita, naquilo pelo qual tem paixão, naquilo que faz o "olho brilhar". Abraços, cumprimentos, como vai esse ou aquele...o tempo está assim, aliás: assado... Os amigos , o governo, os transportes, as manifestações da praça da república, e... "Cangaço"! Pronto, os olhos daquele espetacular paulista de alma sertaneja começaram a brilhar; sem dúvidas, estava diante do Mestre."
Manoel Severo, curador do Cariri Cangaço, durante um de seus últimos encontros com Antônio Amaury, em São Paulo em Setembro de 2015.
Quando se estava construindo a agenda Cariri Cangaço para o ano de 2022, estabelecidas as sedes onde iriam ser realizados os eventos presenciais pós pandemia; Paulo Afonso, Piranhas e Serra Talhada; surgiu a imperiosa necessidade de homenagear o pesquisador e escritor Antônio Amaury Corrêa de Araújo, falecido ainda em 26 de fevereiro de 2021. Dessa forma, Manoel Severo, curador do Cariri Cangaço, entrou em contato a família, através de Carlos Elydio, filho de Amaury, para compartilhar o desejo do Cariri Cangaço e confirmar a agenda em que seria prestada a justíssima homenagem, foi quando Carlos Elydio confidenciou o desejo de que as cinzas de seu pai, fossem depositadas no território amado por ele e no qual passou boa parte de sua vida: O sertão do nordeste, a região do baixo São Francisco, o leito do Velho Chico.
"A emoção diante da revelação nos encheu de entusiasmo por ter a oportunidade de junto à família e a tantos amigos de tantos rincões brasileiros; admiradores do doutor Amaury, de seu trabalho e de sua paixão e entrega pelo tema cangaço; testemunharmos esse momento histórico e memorável para a historiografia do cangaço: depositar as cinzas do doutor Amaury no leito do rio São Francisco, ainda por cima, dentro de uma programação do Cariri Cangaço, empreendimento que ele, doutor Amaury, era um verdadeiro entusiasta desde seu primeiro momento. E assim logo a Comissão Organizadora do Cariri Cangaço Piranhas, tendo a frente nosso Conselheiro Celsinho Rodrigues, começou a preparar todas as providências logísticas para concretizarmos o sonho, e o dia chegou, eram por entre nove e nove e meia da manhã do sábado, 30 de julho de 2022, quando solenemente, Carlos Elydio, tendo como testemunhas, mais de 300 convidados, depositava as cinzas do Mestre no velho Chico" fala um emocionado Manoel Severo.
"Quando Severo me falou que iríamos realizar esse momento extraordinário das cinzas do Dr Amaury aqui no Cariri Cangaço Piranhas, com muita alegria e honra, imediatamente já começamos a nos movimentar para planejar a melhor forma de prestar essa última homenagem, pensamos em cada detalhe para que tudo pudesse correr bem e daí com a ajuda de Severo e do Conselho; com Dr Leandro Cardoso, Ângelo Osmiro, como também o Luiz Ruben; que não pôde comparecer; fizemos uma agenda completa de homenagem ao grande pesquisador, com conferências sobre sua vida, sua obra, as repercussões, enfim, além da Comenda de "Personalidade Eterna do Sertão" entregue nessa mesma noite pelos representantes dos Grupos de Estudos; dali nasceu a agenda em homenagem ao Dr Amaury no Cariri Cangaço Piranhas" afirma o Conselheiro Celsinho Rodrigues.
O Último Adeus...
Sábado, dia 30 de julho de 2022, com o sol já se posicionando como principal testemunha do que iria ocorrer, o horário marcado para a concentração e saída do Catamarã Delmiro Gouveia; uma cortesia da MFTur; do porto de Piranhas rumo ao momento onde teríamos o ato solene das cinzas, foi de 8 da manhã. Pouco a pouco pesquisadores, admiradores, convidados de todo o Brasil que lotavam a cidade de Piranhas, começaram a chegar. Perto das 9 da manha partiram o Catamarã com lotação esgotada e mais outras embarcações para atenderem ao grande público presente.
Exatamente no ponto estabelecido de partida para a Trilha do Angico, a embarcação atracou, os convidados e demais participantes foram convidados a desembarcar e acompanhar o momento histórico e solene das margens do rio. De nosso lado esquerdo o estado das Alagoas, do direito, o estado de Sergipe, e daí sob as orientações do curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo, as bênçãos de Padre Agostinho, as presenças dos representantes da SBEC, Leandro Cardoso; do GECC, Ângelo Osmiro, do GPEC, Narciso Dias, o protagonismo principal de seu filho, Carlos Elydio e o testemunho de centenas de admiradores, as cinzas de Antônio Amaury Correa de Araújo foram recebidas pelas águas da integração nacional, ali, sob o aplauso de uma legião de fãs; o rio e Amaury se tornaram um...
"No primeiro momento efetivamente sozinho após as tocantes homenagens ao meu pai Antônio Amaury, estava contemplando o Baixo São Francisco e evocando memórias de sua obra. Evocava as primeiras e fortes impressões acerca de Piranhas e Delmiro Gouveia passadas pelo documentário que deu início ao Globo Repórter, “O Último Dia de Lampião”, baseado no seu primeiro livro “Assim Morreu Lampião” tomaram a criança de 10 anos pela curiosidade e deslumbramento quando sou trazido ao presente, olhando na direção da grota do Angico, sobre o Velho Chico, um carcará que sobrevoava solitário, destacando-se no cenário. As primeiras palavras que pude ler de seus trabalhos, quando ele convida os leitores a se imaginarem um carcará sobrevoando esse mesmo lugar, vieram a mim com aquela sua voz calma, incisiva que convidava a todos a escutarem com interesse tudo quanto dizia. E nesse momento em que nos deparamos com os mistérios da vida e da morte, tive a visceral sensação de sua presença e sua benção na figura daquele ave altaneira. Não tenho como traduzir a profundidade desse momento e creio mesmo que só compreenderei isso ao longo dos anos vindouros. Que eu tenha competência e capacidade para cuidar e dar continuidade ao seu legado" Carlos Elydio...
Conselheiro Cariri Cangaço Leandro Cardoso
Fotos: Louro Teles, Ricardo Beliel, Heldemar Garcia e Helinho Santos
https://cariricangaco.blogspot.com/2022/09/cinzas-de-antonio-amaury-depositadas-no.html
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