Acervo do pesquisador do cangaço Beto Rueda
José
Tertuliano Pereira, o Cajueiro.
Filho de
Manoel Tertuliano Alves Brasil e Antônia Pereira da Silva. Pernambucano,
nascido na fazenda Campo Alegre, situada nas proximidades da Serra do Reino,
São José do Belmonte(PE).
Pertenceu aos
grupos de Sinhô Pereira de quem era parente e Lampião.
-Esteve no
famoso Fogo do Coité, vila de Coité, município de Mauriti(CE). Janeiro de 1922.
-Participou da
invasão do município de Catolé do Rocha, povoado de Jericó e das propriedades
dos coronéis Valdivino Lobo e Adolfo Maia, de onde roubaram grande quantidade
de dinheiro e ouro. Fevereiro de 1922.
-Atacou a
cidade de São José do Belmonte sob o comando de Lampião, onde desempenhou
importante papel. Outubro de 1922.
-Desapareceu
das hoste cangaceiras. Uma versão conta que foi para Goiás ao encontro do
antigo chefe Sinhô Pereira. Dezembro de 1922.
-Quando o
cangaço foi extinto, reapareceu em Vila Bela para visitar amigos e parentes.
Desapareceu novamente.
-Faleceu de
causas naturais em 02 de dezembro de 1979 no distrito de Lagoa Grande,
município de Presidente Olegário(MG).
José de Souza
Ferraz(Zé Dedé), o Baliza.
Filho De
Manuel de Souza Ferraz e Alexandrina Maria da Conceição. Nascido no município
de Flores(PE).
Acompanhou os
bandos de Antônio Matilde com os irmãos Ferreira, Gavião, Sinhô Pereira e
Lampião.
-Participou
com o grupo de Gavião(Tiburtino Inácio), do assalto a viúva do coronel Domingos
Furtado, no sítio Nazaré, município de Mauriti(CE). Janeiro de 1920.
-Esteve no
combate contra os cangaceiros de Cassimiro Honório, na Lagoa da Laje, onde foi
ferido Antônio Matilde. Março de 1920.
-Atacou a
fazenda Serra Vermelha em Vila Bela(PE), com Antônio Matilde, os irmãos
Ferreira e alguns homens de Sinhô Pereira, contra Zé Saturnino e os Nogueiras.
Incendiaram cercas e currais e mataram muitas cabeças de gado. Setembro de
1920.
-Sob o comando
de Sinhô Pereira atacou o arraial de Coité, município de Mauriti(CE). Antônio
Ferreira foi ferido. Janeiro de 1922.
-Esteve no
fogo da Fazenda Queimadas, no intenso tiroteio com as volantes cearenses
comandadas pelos sargentos Romão e Antônio MIguel, onde foram mortos cinco
soldados e três cangaceiros: Pitombeira, Lavandeira e Manoel Purvinha. Janeiro
de 1922.
-Participou do
ataque ao povoado de Jericó, município de Catolé do Rocha(PB). Fevereiro de
1922.
-Participou do
combate contra uma volante de aproximadamente cento e vinte homens comandada
pelos tenentes Zé Lucena e Enéias Barros com os grupos dos Porcinos, Antônio
Matilde e Lampião, na fazenda Poço Branco de José Mandu, próximo a Espírito
Santo, entre Pernambuco e Alagoas. Meados de 1922.
-Foi morto em
outubro de 1922 quando fazia parte do bando comandado por Lampião e Yoyô Maroto
que atacou a cidade de São José do Belmonte(PE), com o objetivo de cumprir um
pedido de Sinhô Pereira, a morte do comerciante e político local Luiz
GonzagaGomes Ferraz.
Além da versão
inicial que ele teria sido atingido pelos defensores, que atiraram de dentro da
residência do coronel, quando derrubava uma porta para que a casa fosse
invadida; há uma segunda versão, reforçada pelo depoimento do cangaceiro
Cajueiro em várias entrevistas, de que o mesmo teria sido vítima de fogo amigo
e atingido por um disparo de Antônio Rosa, que em meio a luta, já viera
contratado pela família dos Bernardino, do Estado de Alagoas, para eliminar
aquele cangaceiro por motivo de vingança.
Uma terceira
versão indica que foi Levino Ferreira o matador de Baliza, com o objetivo de
roubar a elevada quantia de 10 contos de réis, que o mesmo trazia nos seus
bornais, frutos dos últimos roubos por ele praticado.
Posteriormente
surgiu uma quarta versão para a sua morte, talvez mais confiável por suas
fontes. Baliza teria sido morto por um habitante da cidade e amigo do coronel,
de nome João Gomes de Carvalho, que depois entrou para a polícia de Pernambuco.
Abandonado
pelo grupo em fuga, seu corpo foi esquartejado e queimado por companheiros do
coronel assassinado.
Fonte:
MELLO,
Frederico Pernambucano de. apagando o Lampião: vida e morte do rei do cangaço. São
Paulo: Global, 2018.
OLIVEIRA,
Bismarck Martins de. cangaceiros de Lampião de A a Z. 2.ed. João Pessoa: Mídia,
2020.
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