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sábado, 25 de fevereiro de 2012

Devaneios

Por: Celso J. de B. Siébra
 
O pensamento estava firme e recordações lhe traziam vivas memórias.

Sua mente era a própria existência, seu corpo inerte apenas acompanhava o pulsar compassado do coração, enquanto a respiração lenta, quase nada, mantinha o sopro da vida.

Neste raro momento, absorvido pela relativização do espaço/ tempo, ele não estava ali.
Imagens eram sentidas e sensações de calor ou frio não estavam presentes naquele mágico instante.

Lá, estava ele: Adulto, porém Criança.

Sua infância, em projeção mental, estava sendo repassada como em uma fita de um longa metragem com movimentos e cores. 

Ela o observava e, intrigada, se perguntava: Onde estará ele? Aqui em realidade ou em sonhos e devaneios? Seria possível deixar de existir, ainda existindo? Seria apenas um processo mental ? Ou seria aquele o momento do espírito? O tornar-se presente e mostra-se, sem ser percebido ? 

Assim, possuída pelo pensamento, em sonhos ou devaneios, se projetava como personagem de investigação e se tornava a essência das idéias. Em seu mundo, abstraída da realidade material, não percebia o brilho nos olhos dele que nesse instante falava: 

Quero nesse momento voar em teu sonho
E no balanço do teu coração feliz ancorar
Em sensações que me levem risonho
Ao sublime êxtase de te encontrar.

Celso J.de B. Siébra
Postado por Claude Bloc

Subsídios para a História de Mossoró - 25 de Fevereiro de 2012

Por: Geraldo Maia do Nascimento

Em 1844 existia em Mossoró um só partido político denominado Sulista, depois Liberal, influenciado e apoiado por políticos do Assu e por pessoas daquele município que aqui residiam.
               
A Freguesia de Santa Luzia do Mossoró era pobre; o comércio quase nulo; os poucos negociantes que haviam trazia de Aracati, no Ceará, as mercadorias em costa de animais. A agricultura era quase nenhuma. A sua maior riqueza se constituia na indústrial pastoril, cujos principais fazendeiros eram os membros das famílias denominadas Camboa, Guilherme e Ausentes. Essas eram as familias mais numerosas do lugar, segundo a tradição.

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Autor:
Jornalista Geraldo Maia do Nascimento

Fonte:

Maranduba... e a Caravana Cariri Cangaço

Por: Manoel Severo
Aqui descansam os que tombaram em Maranduba

Quem pesquisa e conhece a história do cangaço, notadamente do ciclo de Virgulino Ferreira, confirma os três mais importantes confrontos ocorridos entre as forças volantes e o rei do cangaço: Serra Grande, Serrote Preto e Maranduba. Os três combates se notabilizaram por seus aspectos grandiosos e pela engenhosidade de um líder inconteste. Lampião à frente de seus cangaceiros, sempre em inferioridade numérica viria a alcançar três vitórias fragorosas, imprimindo vergonha às hostes governamentais e as volantes.

A Caravana Cariri Cangaço-GECC chegou a Maranduba por volta das 16 horas dessa segunda-feira de carnaval; pisar o solo de Maranduba, em território de Poço Redondo, outrora município de Porto da Folha, foi uma grande emoção para todos nós. Da rodovia que liga Canindé a Poço Redondo, percorremos cerca de 17Km de estrada de terra batida, passando por vários lugarejos e fazendas, inclusive pela casa da ex-cangaceira Adília. Vislumbrando ao longe a famosa Serra Negra, de João Maria e Zé Rufino, se chega a incomparável fazenda Maranduba, nosso guia: Alcino Alves Costa.

Os velhos Umbuzeiros, únicas testemunhas ainda presentes em Maranduba

Do cenário da batalha pouco se conservou, a casa da fazenda toda ruiu, a vegetação típica da caatinga da época virou uma grande roça, poucas pedras, as pias secas, apenas os enigmáticos umbuzeiros e a cruz que marca o local do sepultamento dos homens de Nazaré, testemunham contra o tempo, aquela que foi uma das mais significativas vitórias de Virgulino Lampião.

Aderbal Nogueira e as Pias da Maranduba

Múcio Procópio e Pedro Luiz em Maranduba

Da velha casa da fazenda Maranduba só restam as ruínas e os alicerces

Alcino Costa, João de Sousa Lima, Juliana Ischiara, Múcio Procópio; cada um a sua maneira ia palmilhando o local e nos trazendo detalhes importantes e imortais daquela grande e inusitada tática de guerra do maior cangaceiro da história. Conhecendo a Maranduba, vendo sua geografia, sua vegetação de origem, pisando aquele chão, vendo em loco como as tropas da policia se posicionaram e se aproximaram, o recuo estratégico dos cangaceiros; só assim vamos entender o quanto foi surpreendente o desempenho e a resistência dos 32 homens de Virgulino contra os mais de 150 homens das volantes, que tinham entre seus comandantes, o nazareno Manoel Neto e Liberato de Carvalho. 

Manoel Severo

Cariri Cangaço




A Cruz dos Nazarenos

Por: Manoel Severo
Maranduba em foto de Afrânio Cisne

O ano era 1932 e o Mês era janeiro, aqui na fazenda Maranduba, em Poço Redondo ocorria um dos mais espetaculares combates do cangaço lampiônico. As vitórias registradas em Serra Grande, em 1926, e tempos depois em Serrote Preto, voltaram como pesadelo na mente dos comandantes que vivenciaram essa batalhas homéricas contra o rei do cangaço. Entre esses estavam muitos Nazarenos e um de seus grandes: Manoel Neto.

O Nazareno Manoel Neto

O Tenente Manoel Neto, um dos mais destacados militares de Pernambuco, que dedicou toda sua vida ao combate ao cangaceirismo e a Lampião, bravo homem da força de Nazaré, afirmava "que nunca tinha visto tanta bala como viu ali”. Outro depoimento da época sobre a grandiosidade do combate da Maranduba nos traz que , “uma coisa que foi muito comentada e com curiosidade, foi que no local em que aconteceu o fogo de Maranduba, durante vários anos, das árvores e dos matos rasteiros não ficaram folhas. Tudo era preto, como se tivesse passado um grande fogo. As árvores ficaram completamente descascadas de cima abaixo, de balas”.

Lívio, Afrânio e Múcio, em Maranduba

Senhor Adriano, Manoel Severo e a Cruz dos Nazarenos, em Maranduba

O combate se deu perto do meio dia e se estendeu até o sol se por, os cangaceiros estavam se preparando para comer e as pias iriam fornecer a água necessária para os próximos caminhos. As volantes no encalço se aproximaram pela caatinga da Maranduba, e cometendo os mesmos erros de combates anteriores, acabaram envolvidos por várias linhas de tiros, engenhosamente armada por Lampião e seus cangaceiros. Ao final dentre os muitos que tombaram sem vida, constavam 4 homens de Nazaré: Hercílio de Souza Nogueira e seu irmão Adalgiso de Souza Nogueira (primos dos irmãos Flor), João Cavalcanti de Albuquerque (tio de Neco Gregório) e Antônio Benedito da Silva (irmão por parte de mãe de Lulu Nogueira, filho de Odilon Flor). Momento marcante da visita em Maranduba foi encontrar a Cruz que marca o local onde foram sepultados os Nazarenos e seus companheiros de farda.

Manoel Severo

Cariri Cangaço



Maranduba por Ângelo Roque...

Mandacaru "faceiro" sob o por do sol de Maranduba...

“... Nóis cheguêmo na caatinga de MARANDUBA, pru vorta di maio dia, i tratemo di discansá i fazê fogo prôs dicumê, i nóis armoçá. Mas a gente num si descôidava um tico, i nóis sabia qui as volante andava pirigosa. Inquanto nóis discansava, botemo imboscada forte, di déiz cabra pra atacá us macaco qui si proximasse. Nóis cunhicia us terreno daqueles mundão, parmo a parmo. Us macaco num sabia tanto cuma nóis. Todos buraco, pedreguio, levação, pé di pau, pru perto, nóis sabia di ôio-fechado, i pudia tirá di pontaria sem sê vistado..

Nisso, vem cheganou’a das maió macacada qui tivemos di infrentá. I us cumandante todo di dispusiçãoprá daná: MANUÉ NETO, qui us cangacêro tamém chamava MANÉ FUMAÇA, ODILON, EUCRIDE, ARCONSO I AFONSO FRÔ. Tamém um NOGUÊRA. Nesse bucadão di macaco tava u Capitão ou Tenente LIBERATO, du izérto. Dizia us povo qui ele era duro di ruê. I era mesmo. Brigava cuma gente grande, i marvado cumo minino. Mas porém, valente cumo u capêta.

Ex-cangaceiro Ângelo Roque, o Labareda, presente em Maranduba no fogo de 1932

Di nada sirvia a gente gostá i tratá com côidado um mano qui êle tinha na Serra Nêga. Essa FORÇA toda dus macaco si pegô mais nóis na MARANDUBA. Nóis era trinta e dois cabra bom. U CapitãoVirgulino tinha di junto, nessa brigada, us principá cangacêro: VIRGINO, IZEQUIÉ, ZÉ BAIANO, LUIZ PÊDO i seu criado LABAREDA. Dus maiorá só fartava mesmo CURISCO sempre gostô di trabaiá sozinho, num grupo isculido dicangacêro, mais DADÁ.

Briguemo na MARANDUBA a tarde toda i nóis cum as vantage cumpreta das pusição, apôis us macaco num pudia vê nóis. A volante di NAZARÉ deve tê murrido quaji toda. Caiu, tamém, matado di ua vêis, um dus FRÔ, qui si bem mi alembro, foi u AFONSO. Cumpade Lampião chegô pra di junto do finado i abriu di faca a capanga dêle, i achô um papé qui tinha iscrito um decreto dizeno qu ele já tinha dado vinte i quatro combate cum u cumpade Lampião. Veio morrê nu vinte i cinco. A valia qui tivemo nessa brigada foi us iscundirijo. Morrero, aí, trêiz cangacêro i trêiz ficô baliado. Us istrago qui fizemo nessa brigada foi danado ! Matemo macaco di horrô !”

Depoimento de Ângelo Roque a Estácio de Lima


Cariri Cangaço

Alcino Alves Costa e a Caravana Cariri Cangaço

Por: Manoel Severo
João de Sousa, Manoel Severo, Lívio Ferraz, Alcino Costa, Archimedes Marques e Antônio Vilela; em Piranhas

Aqueles que acompanham com certa constância as informações sobre o universo da pesquisa e estudo da temática cangaço sabem da grande luta travada pelo escritor Alcino Alves Costa para recuperar sua saúde. Nos últimos  anos Alcino vem cotidianamente se submetendo a um conjunto de exames e tratamentos com a bravura de um forte. Homem de fibra, o Caipira de Poço Redondo possui quatro grandes paixões: A família, o Poço Redondo, o Sertão Alegre e o Cangaço.

Alcino Costa é referencia e exemplo para todos nós...


O contato com as coisas do sertão é como o ar que respira


Fazenda Angico; palco de sua mais celebrada obra: Mistérios e Mentiras

Por qualquer uma dessas paixões o velho Decano é capaz de tudo, e foi com a vitalidade de um menino, mesmo enfrentando as limitações de  sua enfermidade, que Alcino veio ao encontro da Caravana Cariri Cangaço-GECC; sempre disposto, alegre, falante e principalmente cheio de amor para viver novamente momentos pelos quais dedicou boa parte de sua vida.

Grande amigo e Mestre, Alcino Alves Costa, Decano Caipira de Poço Redondo, mais uma vez você surpreende a todos e nos mostra o quanto é importante acreditar e fazer as coisas com amor e dedicação. Obrigado por ser exemplo e referência para todos nós.

Manoel Severo

Cariri Cangaço





Prof. Josivan Barbosa Menezes Feitoza

REITOR

Possui graduação em Agronomia pela Escola Superior de Agricultura de Mossoró (atualmente UFERSA) - 1986, mestre em Ciências dos Alimentos pela Escola Superior de Agricultura de Lavras (Atualmente UFLA) - 1992 e doutor em Ciências dos Alimentos (Fisiologia Pós-Colheita) pela Universidade Federal de Lavras (1996) . Foi coordenador do Programa de Pós-graduação em Agronomia – Fitotecnia (1997 a 1998) e coordenador de Pesquisa e Pós-graduação da ESAM (1998 – 2003). Foi Diretor da ESAM no período de Fevereiro de 2004 a Agosto de 2005. Conduziu o processo de transformação da ESAM em Universidade Federal. Foi Nomeado Reitor pro tempore da UFERSA a partir da sua criação em 1º. de Agosto de 2005.

Quando concorreu ao cargo de Dirigente Institucional era bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq. Atualmente é professor Associado II  do Departamento de Agrotecnologia e Ciências Sociais da UFERSA, ministrando a disciplina Introdução a Agronomia. É membro do Conselho Estadual de Ciência e Tecnologia (CONECIT) e do Conselho Técnico-Científico da Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN (EMPARN). Foi Presidente do CODESFE (Conselho de Desenvolvimento das Instituições Federais de Ensino Superior Isoladas e em Desenvolvimento) e atuou como membro externo no processo de seleção do Chefe Geral da Embrapa Agroindústria Tropical em janeiro de 2008. Além de dirigir a UFERSA, coordena na UFERSA o Centro Tecnológico do Negócio Rural do RN (CTARN). Foi nomeado pelo Presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva e pelo Ministro da Educação Fernando Haddad, como primeiro Reitor da UFERSA em 28 de fevereiro de 2008 e re-nomeado como primeiro reitor da UFERSA em 31 de julho de 2008.



Clique na imagem abaixo e conheça o Currículo na Plataforma Lattes do Magnífico Reitor



A MAIS BELA DE TODAS (Crônica)

Por: Rangel Alves da Costa*
Rangel Alves da Costa

A MAIS BELA DE TODAS

Incontestavelmente, sem a menor dúvida, ela é a mais bela de todas. Não somente a mais bela, como também a mais atraente, a mais agradável, aquela que proporciona prazer pela presença, é um encanto para os olhos e um bom sentir no coração.

Diante de tais afirmações, creio nem ser necessário esmiuçar sobre os seus dotes físicos, intelectuais, humanitários, apenas dizer em ligeira síntese o que é capaz de torná-la a mais bela de todas.

Em primeiro lugar, ela tem o dom especial de reconhecer o outro, jamais deixa de cumprimentar e nem esquece o nome. Ao citar o nome, logicamente que o outro se sente importante e fica receptivo a tudo o que ela quiser falar em seguida.

Em segundo lugar, ao se dirigir ao outro para falar ou ouvir, jamais baixa o olhar, leva-o para outra direção ou procura fingir que nem sente aquela presença. Encarando de olho a olho, de semblante a semblante, ela passa uma sinceridade pouco vista nas outras pessoas.

Em terceiro lugar, porque ela sabe ouvir, falar, não atropela as considerações do outro, espera o seu momento certo para arrazoar. E ao ponderar, jamais altera a voz nem excede nas suas palavras. Se o outro procura exagerar, gritar, dar um tom mais agressivo ao diálogo, ela simplesmente dá o assunto por encerrado e pede licença para sair. E sai.

Não permite que o diálogo se transforme em briga ou conflito, procura sempre colocar a conversa dentro dos limites do que seja importante ser tratado ali. Por consequencia, não tolera e nem admite que o outro faça de um momento de descontentamento a oportunidade para inventar, mentir, procurar ferir gratuitamente.

Não fala de boca cheia e nem enche demais a boca em qualquer situação. Se por acaso estiver se alimentando quando o outro chegar e a ela se dirigir, acena pedindo um momento e somente depois que estiver com a boca totalmente livre se dirige ao interlocutor.

Preza e prega a boa educação nas relações sociais e até no meio familiar e perante as pessoas mais íntimas. Não utiliza palavras chulas, e com isto já deixando claro que não aceita ouvir baixarias; não faz brincadeiras de mau gosto porque sabe respeitar o sentimento do outro, sua privacidade e sua honra; não pergunta além do necessário e jamais procurar entrar na seara daquilo que somente a pessoa deve resguardar.

Por ser adepta da boa educação, cumprimenta todos os conhecidos, sempre faz uma reverência especial aos mais velhos, está sempre disposta a ajudar no que for necessário. Corre ou grita para avisar quando vê alguém em perigo, se dirige até o local para prestar a assistência que for necessária e depois disso ainda procura acompanhar seu estado de recuperação, muitas vezes nascendo daí uma grande amizade.

Gosta de reafirmar as amizades oferecendo presentes aos amigos, mas nada de brindar com coisas caras e luxuosas. Suas lembrancinhas se resumem a pequeninas conchas do mar, diademas artesanais, folhas secas envernizadas e com poemas que ela mesma escreve, belas quinquilharias que encontra nas feiras de artesanato, incensos, um cartão, uma fotografia.

Escolhe dias em finais de semana especialmente para prestar serviços comunitários. E assim sobe favelas, visita morros, caminha por vielas empobrecidas, entra em pequenas salas, se dirige a pátios e ao sombreado de arvoredos para ensinar aos mais velhos os deliciosos mistérios da leitura e da escrita, para brincar de roda com crianças, para dar palestras sobre assuntos interessantes.

Por ser a mais bela de todas, gosta de andar toda pronta, perfumada, arrumada. E toda pronta com um vestidinho simples e folgado, uma calça jeans e uma blusinha, tendo aos pés uma sandália sem enfeites ou simplesmente uma havaiana, que é do que gosta mais. Sem usar qualquer maquiagem, solta o seu cabelo moreno e não há deusa do entardecer mais bela. O vento e a brisa lhes chegam e não passam, ficam rodopiando ao redor para sentir seu doce perfume de alfazema do campo.

Já escreveu um livro que continua guardado. Trata sobre a vida, os sonhos e os planos de uma menina de quinze anos, doce como a flor da mais bela estação, um anjo de candura e beleza, de quinze anos e de nome Brisa. Ou outro nome, que bem pode ser o seu.


Rangel Alves da Costa* 
Poeta e cronista
e-mail: rangel_adv1@hotmail.com
blograngel-sertao.blogspot.com

A PRIMEIRA NOTÍCIA SOBRE A BASE AÉREA DE NATAL – 70 ANOS DE MUITA HISTÓRIA

Por: Rostand Medeiros

A primeira página da edição de 3 de março de 1942 do jornal “A Republica” mostra em destaque a primeira notícia sobre a criação da Base Aérea de Natal (BANT), ou simplesmente “A Base” para os natalenses.

UM LUGAR SIMPLESMENTE CONHECIDO COM “A BASE”

Esta importante unidade militar, onde tantos potiguares serviram, ganhou um espaço na história durante a Segunda Guerra Mundial.

Brasileiros e norte-americanos trabalhando em conjunto no reabastecimento de aviões durante a guerra

Foi criada no dia 2 de março de 1942, e ativada em 7 de agosto do mesmo ano, pelo Decreto Lei nº 4.142, assinado pelo então ministro da Aeronáutica do governo do presidente Getúlio Vargas, Salgado Filho. Em novembro do mesmo ano, passaram a conviver no mesmo aeródromo duas unidades militares, uma norte-americana e outra brasileira.
A brasileira ficava localizada no chamado Setor Oeste do aeródromo, e a americana no Setor Leste. O local era conhecido como “Trampolim da Vitória”, assim chamado por ser ponto obrigatório de passagem das aeronaves aliadas que se destinavam ao Teatro de Operações da África e da Europa.

Militares dos Estados Unidos e do Brasil no portão principal da base aérea

No período da 2ª Guerra, a Força Aérea Brasileira e a Marinha atuavam nas missões de patrulhamento e de cobertura a navios ou comboios, em cooperação com as forças navais e aéreas norte-americanas.

Movimentação de grandes bombardeiros

Em 1946, com o término do conflito, a Bant passou a ocupar as instalações da base americana e, no decurso do tempo, a Organização teve diferentes finalidades: Centro de Instrução Militar e Centro de Formação de Pilotos Militares (CFPM), Centro de Aplicações Táticas e Recompletamento de Equipagens (Catre), e Comando Aéreo de Treinamento que, em 1° de janeiro de 2002, foi desativado e em seu lugar foi reativada a Base Aérea de Natal.
Subordinada ao Segundo Comando Aéreo Regional (Comar II), em Recife, órgão coordenador de todas as unidades da Força Aérea Brasileira na região Nordeste, a Base tem hoje a missão de apoiar as unidades de aeronáutica que nela operam.

Manutenção

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Extraído do blog: "Tok de História", do historiógrafo
 Rostand Medeiros

Contemplação (Poesia)

Por: Rangel Alves da Costa*
Rangel Alves da Costa

Contemplação
  

A minha alma é mítica
e se desprende e vai
e se eleva ao estado
de sua silenciosa alma
ao mesmo puro estágio
do que imagina e sente
por isso de repente
sou eu ainda em mim
e já estando em você
por isso de repente
você já estará dividida
entre a mulher que era
e a outra que é minha
numa só sem ser tanto
porque também sou parte
e não serei mais senão
sua mente e seu espírito
já afastado por contemplação
do meu corpo e alma
que já se foram em doação
ainda que os tenha
compartilhando seu coração.



Rangel Alves da Costa
 Poeta e cronista
e-mail: rangel_adv1@hotmail.com
blograngel-sertao.blogspot.com