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domingo, 28 de fevereiro de 2021

O MAESTRO MARCADO PARA MORRER APÓS FOTOGRAFAR LAMPIÃO EM RIBEIRA DO POMBAL

 Alcides Fraga, o homem que fotografou Lampião e sua esposa Rita de Cassia Cunha Fraga. (Foto: Acervo pessoal)

Alcides Fraga teve que fugir após registrar Virgulino Ferreira e seu bando em uma imagem que se tornaria icônica do cangaço.

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O mais temido nome do sertão, respeitado entre coronéis, bandoleiros e jagunços, interpretado como bandido, justiceiro ou até mesmo herói, sentou-se à mesa para comer um simples café com cuscuz.

O desjejum antecedeu uma das imagens mais icônicas produzidas na história do cangaço. No dia 17 de dezembro de 1928, depois de encher o bucho, Virgulino Ferreira, o Lampião, enfileirou seu reduzido bando e exigiu uma fotografia que, desde o definitivo clique, já nascia tão clássica quanto trágica.

Os oito odiados fotografados em Ribeira do Pombal: Lampião, Ezequiel (irmão de Lampião), Moderno, Luís Pedro, Antônio de Engrácia, Jurema, Mergulhão e Corisco (Foto feita por Alcides Fraga e restaurada por Rubens Antonio)

Adendo: 

Não tenho certeza, mas acho que a legenda seria esta: Lampião, Ezequiel, Moderno , Luiz Pedro, Mariano Corisco, Mergulhão e Arvoredo. (José Mendes Pereira).

Próximos da Igreja de Santa Tereza D’Ávila, no povoado de Vila do Pombal, então com cerca de 700 habitantes, os oito cangaceiros apoiaram seus rifles no chão e posaram sérios para a imagem. Quem bateu a chapa foi Alcides Fraga, rico e renomado alfaiate do povoado e maestro da conceituada filarmônica XV de Outubro.

Finalizado o registro, Fraga percebeu que estava em maus lençóis. Lampião exigiu o retrato. Cheio de dedos, o maestro argumentou que precisaria de, no mínimo, uma semana para enviar os negativos até Salvador e recebê-los de volta. O cangaceiro vaidoso não arredou. Disse que, dentro de três dias, enviaria um intermediário para buscar a revelação. Não queria desculpas e, sim, a fotografia.

Aflito, Fraga recorreu aos seus contatos diretos. Conseguiu um químico da região que elaborou uma mistura improvisada fixando a estampa em papel e, de quebra, garantindo o pescoço do fotógrafo preservado, no devido lugar.

“Quem teve acesso à fotografia original percebe que ela tem muitos problemas de definição, mesmo para a época que foi feita. Isso porque a revelação foi de maneira rústica e apressada, porque Fraga não estava preocupado com a qualidade, mas, sim, em salvar sua própria vida”, diz Rubens Antonio, escritor e pesquisador do cangaço. Foi ele o responsável pela restauração da imagem icônica, que ilustra esta reportagem.

Entre os volantes e o cangaço

Passado este percalço, a vida do maestro desafinaria por completo dali em diante. Nunca se soube exatamente como, mas uma cópia daquela mesma imagem foi parar nas capas dos jornais, noticiando algo que há muito tempo já corria como rumor pelos quatro cantos da Bahia.

“Aquela imagem é a primeira e única que se tem notícia de uma fotografia de Lampião na Bahia. Alcides foi muito habilidoso em enquadrar a igreja de Santa Tereza D’Ávila, porque, pra quem conhece a região, não tem dúvidas que a foto tenha sido feita em Pombal", diz Robério Santos, pesquisador do tema e dono do canal no youtube O Cangaço na Literatura.

"Antes disso, já circulavam muitas notícias que o bando de Lampião estava no estado, mas nenhuma delas era comprovada ou mesmo verdadeira. Ali, de fato, se pode confirmar a chegada do mais perigoso cangaceiro que se tinha notícia na época”, complementa.

Os jornais fizeram intenso rebuliço criticando as forças policiais volantes que deixavam Lampião andar livremente pelas veredas do norte, sem prendê-lo. Desaprovaram também o intendente (uma espécie de prefeito, à época) de Pombal, Paulo Cardoso de Oliveira Brito, por ter aberto as portas do seu sobrado e até oferecido um reforçado café da manhã para o bando. Até o padre Zacarias Mato Grosso, cicerone da visita, caiu em desgraça na pena implacável dos editorialistas.

“Depois dessa pressão, as forças policiais, então, foram atrás de Alcides para saber onde Lampião estava. O coitado disse que não conhecia o cangaceiro e só tinha feito a imagem porque era o único que tinha uma máquina fotográfica ali disponível. Os policiais não acreditaram muito e o colocaram na mira deles a partir daquele momento”, pontua Rubens Antonio.

Para o azar do maestro, a coisa toda ainda desandaria por completo. Em janeiro do ano seguinte, os policiais encontraram a rota dos cangaceiros e partiram no encalço da trupe. Um dos lugares-tenentes de Virgulino, o cangaceiro Mergulhão, morreria neste combate, no povoado de Abóboras. Lampião jurou vingança! E ficou possesso ao saber do burburinho que tinha sido encontrado após supostas informações passadas pelo fotógrafo de Pombal.

“Agora imagine a situação de Alcides Fraga? Estava na mira dos policiais volantes e jurado de morte por ninguém mais, ninguém menos, que Lampião. Isso sem ter ajudado nem um lado e nem o outro. Ele fez, então, a única coisa sensata que poderia. Pegou tudo que tinha e partiu embora com a esposa. Era um homem com uma boa condição social e respeitado em Pombal, mas abandonou tudo para sobreviver”, afirma Rubens.

Alcides Fraga passou a levar uma vida errante. Migrava de cidade em cidade esperando a poeira baixar para poder, definitivamente, voltar para casa. Neste ponto, a história se ramifica em muitas versões. Uns dizem que ele nunca mais regressou à vila, perdendo a esposa e se entregando completamente ao álcool. Perderia toda a fortuna e levaria a família à falência.


Outros afirmam que o maestro, sim, conseguiu voltar para casa, após driblar o cangaceiro rancoroso, àquela altura com outras preocupações prementes na reorganização do seu bando. Há, porém, um consenso entrelaçando estas duas narrativas: o maestro jamais teria sido capturado, impedindo a consumação da vingança.

Cidade hospitaleira

O historiador Oleone Coelho Fontes, autor do livro “Lampião na Bahia”, enxerga na imagem feita em Pombal um recorte ilustrativo da nova etapa na vida do cangaceiro dali em diante.

“Em 1926, Lampião vai sofrer uma das mais importantes derrotas da sua trajetória, em Mossoró, no Rio Grande do Norte. A partir dali, ele reorganiza suas forças e passa a adotar bandos menores. Antes, eram 150, 100 homens seguindo ele. Depois dessa derrota, passa a se organizar em grupos menores e subgrupos. Na foto de Alcides, dá pra ver que ele é seguido apenas por sete cabras, alguns muito famosos, como seu irmão Ezequiel, Mergulhão, Arvoredo e Corisco. A chegada dele na Bahia representa este novo momento”, analisa.

Para os moradores do povoado ficaria a fama de um lugar hospitaleiro. Anos depois, a vila cresceria tanto até se tornar a cidade de Ribeira do Pombal, no norte da Bahia, emancipada em 1933.

“Eu costumo brincar que o povo pombalense é tão acolhedor que até o bando de Lampião, que tocava o terror em todo sertão, foi bem recebido aqui. Esse é um traço nosso, do nosso jeito de ser. O próprio Lampião teria ficado encantado com essa recepção. Meu avô mesmo, na época tinha 11 anos, me contava que pediu a bênção a Lampião e ele deu uma moeda em troca”, diz Osvaldo Rocha, ex-secretário de cultura da cidade.

O lugar onde os cangaceiros posaram hoje é a fonte luminosa da Avenida Getúlio Vargas, principal via da cidade. Rocha conta que, durante os anos 1970 e 1980, os moradores questionaram a própria recepção calorosa oferecida pelos antepassados.

Local onde os cangaceiros posaram para a foto hoje é uma fonte luminosa, na Avenida Getúlio Vargas, em Ribeira do Pombal (Foto: Reprodução/Google Street View)

“Durante muito tempo, os moradores mais novos questionaram se foi certo receber os cangaceiros de forma tão hospitaleira. Afinal, eram foras da lei que cometerem crimes terríveis. Meu próprio avô, que pediu a bênção a Lampião quando criança, depois passou a defender aquilo como um erro. Mas é difícil julgar”, diz.

Este embate polêmico cancelou um projeto de construção de oito estátuas, cada uma representando um dos cangaceiros, enfileiradas no exato local onde a foto de Alcides foi batida. A ideia era explorar o potencial turístico da icônica imagem. 

Por enquanto, o que permanece mesmo intacta, e garante o retorno dos visitantes, é a hospitalidade do povo pombalense.

***

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XAXANDO FEIJÃO

 Clerisvaldo B. Chagas, 26 de fevereiro de 2021.

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.478

Na região do semiárido o sertanejo não perde tempo. Mal chegaram as trovoadas em pleno mês de fevereiro, notamos a grande animação nos roçados, através das novas tecnologias. São dezenas e dezenas de vídeos na Internet mostrando a alegria sertaneja em relação ao campo. Agricultores cortando terras, plantando feijão e milho, tangendo gado pelos campos imensamente verdes e até mesmo xaxando o feijão.  Xaxar em nosso torrão é fazer uma das limpezas no feijoeiro, geralmente à base da enxada. Consiste em limpar os arredores do pé de feijão e ao mesmo tempo puxar a terra do entorno para os vegetais. Esse movimento faz um ruído característico da enxada na terra, um onomatopaico xá, xá, xá...

Daí ter se criado o termo “xaxá feijão”, isto é, ouvir o som da enxada na terra: xá, xá, xá...

No sertão de Alagoas, grande parte dos que cultivam o feijão e o milho, trabalha ainda no sistema arcaico do arado.  Um cidadão guiando uma parelha de bois ou garrotes puxa o arado enquanto outro homem denominado rabisqueiro equilibra atrás esse mesmo arado em terreno fofo ou pedregoso. A necessidade mexe com as ideias e tem gente utilizando até cavalo e jumento no lugar das parelhas bovinas. Tem agricultor usando lanterna adaptada à cabeça e outra adaptada à barriga para o trabalho de semeadura à noite e não perder tempo nessa época do plantio. Até mesmo para xaxar o feijão, teve agricultor inovando fazendo esse serviço que é individual com enxada, agora utilizando um jumento nas carreiras entre os feijoeiros adaptando uma enxada ao arado, puxado pelo animal asinino. O jegue não pisa nos pés de feijão e usa uma espécie de burga no focinho para não comer a lavoura ainda verde.

Pelo jeito, o sertanejo alagoano continua o preceito do padre Cícero Romão Batista quando o sacerdote mandava plantar assim que chovesse, sem esperar época fixa para esse fim.

Vem por aí boa quantidade de feijão-de-corda para vender e ser devorado com galinha de capoeira e manteiga de garrafa, compadre! Aprecia? Aguardemos.

Euforia geral no Sertão! Bênçãos merecidas.

ROÇADO DE FEIJÃO (CRÉDITO: PIXABAY)


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NOTA DE PESAR E SOLIDARIEDADE!

 Por Wasterland Ferreira

Há pouco recebi a triste notícia, infelizmente confirmada, dando-me conta do falecimento do meu querido e inesquecível amigo, Dr. Antônio Amaury Corrêa de Araújo, considerado por muitos como a maior autoridade no estudo da história do Cangaço no Nordeste brasileiro.

Dr. Antônio Amaury e Wasterland Ferreira Leite

O doutor Amaury, paulista de nascença, mas que no dizer de outro gigante nos estudos e pesquisas sobre o cangaceirismo, o escritor e historiador Frederico Pernambucano de Mello, era - "o mais nordestino de todos os paulistas, aliás, mais nordestino do que muitos de nós próprios".

O odontólogo Antônio Amaury escreveu e publicou cerca de 15 livros - alguns em parceria com outros escritores ou como co-autor - sobre Lampião e o Cangaço, além de haver produzido mais de 7 mil entrevistas com remanescentes daquele fenômeno histórico e sociológico, quer sejam ex-cangaceiros, ex-coiteiros e/ou policiais militares que participaram das forças volantes engajadas na campanha militar movida pelos Estados nordestinos na repressão ao banditismo Cangaço nas décadas de 1920 e 1930, por exemplo, e isso ao longo dos mais de 70 anos de sua vida dedicados ao estudo do tema. Portanto, o Dr. Antônio Amaury Corrêa de Araújo tornara-se o mais longevo dos estudiosos e pesquisadores do ciclo épico e histórico quê foi o Cangaço.

Pelo exposto acima e por muito mais, venho em meu nome e no do Grupo de Estudos do Cangaço de Pernambuco (GECAPE), e também representando o professor e pesquisador

Eraldo Tavares

, vice-presidente do GECAPE, externar os nossos profundos sentimentos diante de tão incomensurável perda, como também emitir das nossas condolências à família enlutada.

Também envio do meu abraço e solidariedade ao estimado amigo Carlos Elídio, filho do Dr. Antônio Amaury Corrêa de Araújo, com a certeza de que este presenteou a todos nós, seus eternos discípulos, além da sua vasta produção literária, um precioso e frutífero legado de obstinação, verdade, honestidade, bom caráter, amor e zelo pela nossa história, à do Nordeste, e quiçá do Brasil.

Wasterland Ferreira Leite

Presidente do Grupo de Estudos do Cangaço de Pernambuco.

https://www.facebook.com/wasterland.ferreira

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EXCETO ATIRAR, QUE QUEM ATIRA MUITO, SEMPRE PROCURA APOIAR O JOELHO AO CHÃO. ÚNICO MOMENTO QUE OS CANGACEIROS E LAMPIÃO AJOELHAVAM-SE QUANDO REZAVAM.

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FAZENDA PIÇARRA DE ANTÔNIO TEIXEIRA LEITE, SEU TONHO DA PIÇARRA.

Por Luís Bento de Sousa

Refúgio seguro de Virgulino Ferreira " Lampião ". Chuvoso inverno de março do ano de 1928, chegará a fazenda Piçarra de seu Tonho, duas Volantes Pernambucanas: uma comandado pelo Tenente " Arlindo Rocha, outra por " Manuel de Souza Neto, Mané Neto ". E comunicam que vieram prender Lampião em sua propriedade Piçarra. Só tinha duas alternativas: ou seu Tonho, os levavam até o esconderijo ou morriam todo mundo. Seu Tonho, não teve ou saída, foi obrigado a concordar com o plano de Arlindo Rocha e Mané Neto. " Não foi uma traição, como muitos dizem, foi uma situação forçada entre a vida e a morte ".

A fazenda Piçarra, onde mora seu neto, seu filho e afilhado VILSON, é um centro histórico da região, sempre visitado por um numeroso contigente de repórteres, pesquisadores e historiadores de todo Brasil, a procura de esclarecidas histórias que antigamente eram narradas por seu Tonho, hoje esclarecidas por seu neto VILSON

A fazenda Piçarra, é palco de um grande cenário de toda história do Cangaço, onde

envolveu Antônio da Piçarra, Lampião e a morte do Cangaceiro lugar tenente Sabino Gomes em março do ano de 1928. Lampião e Antônio da Piçarra, eram grandes amigos, a Piçarra era esconderijo seguro de Lampião, mas a morte de seu fiel Cangaceiro Sabino, destruiu o laço de amizade de Lampião com seu Tonho da Piçarra.

Fonte. Lampião, figura controvérsia. Pág 39,40. Escritor LUÍS BENTO DE SOUSA

Foto

Casa 🏡grande da fazenda Piçarra

Banco, onde encontram=se sentados Luis Bento e VILSONTeixeira, por várias vezes foi ocupado por Lampião e Antônio da Piçarra para por em práticas os assuntos.

 https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste

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UM NORDESTINO, SIM, SENHOR!

Por Frederico Pernambucano de Mello 

Historiador / da Academia Pernambucana de Letras

Não ignoro a origem caipira de Antônio Amaury Corrêa de Araújo e sua naturalidade paulista, no momento em que Robério Santos me faz chegar a notícia de sua morte aos 87 anos. 

Dr. Antônio Amaury e Alcino Alves Costa

A reflexão que me vem à mente nessa hora é a de não ter existido nordestino mais visceral do que ele, por adoção espontânea das constantes de caráter presentes no homem do trópico setentrional brasileiro, notadamente o do sertão. Tomou-se de tal encanto pelo palco e pelo drama do homem da caatinga, por seus cantos, por seus contos, religiosidade, mitos, lendas, causos, assombrações, aventuras, sobretudo pelas aventuras, que se mudou para o sertão em espírito, embora mantivesse os pés fincados no São Paulo de berço. E passou a estudar tudo isso, a ponto de desafiar com sucesso um programa de televisão em que respondia a pesado interrogatório sobre os fatos do cangaço e a vida de seu protagonista maior, o Capitão Lampião.

Pesquisador Robério Santos

Seus livros são de consulta necessária para quantos estudem o sertão e as correrias que se desenrolaram ali. A violência presente em nosso processo colonial, a bravura do vaqueiro, abrindo o pasto para o assentamento dos currais de gado, o plantio de subsistência nos pés de serra, nas ipueiras e nos brejos de altitude, a resistência não menos valorosa das tribos indígenas na defesa de seus campos, todo o universo de que provém o que tenho chamado de Ordem do Cangaço.

Nesses estudos, guloso dos detalhes, colecionou particularidades sem-fim, filiando-se à corrente positivista da ciência histórica. Fiel ao mestre Auguste Comte, deu as costas às conquistas mais recentes trazidas pela antropologia, pela psicologia, pelo imaginário, pelas mentalidades, por tudo quanto enriqueceu a disciplina histórica no Século XX. Um convicto no seu sistema de estudos.

Dr. Antônio Amaury e o pesquisador Pedro Motta Popoff.

Vá em paz, Amaury, o Nordeste sentirá sua ausência, atenuada pela leitura das páginas que produziu e que irão permanecer. O chão que adotou não lhe negará o aceno!

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste

Página do Kiko Monteiro

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EXPEDIÇÃO - FOGO DAS GUARIBAS (94 ANOS)

 Por Bruno Yacub

https://youtu.be/sEpyrDgWMjw

Cultura Brejo Santo

A Prefeitura de Brejo Santo, através da Secretaria Municipal de Cultura, Turismo e Eventos, em parceria com a Prefeitura de Porteiras, através do Departamento Municipal de Cultura realiza live temática sobre os 94 Anos do episódio histórico do Fogo das Guaribas e a saga de Chico Chicote.

https://www.facebook.com/groups/471177556686759/?multi_permalinks=1147990765672098%2C1148063192331522%2C1147885905682584&notif_id=1614500754147981&notif_t=group_activity&ref=notif

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FOI EMBORA O HOMEM, FICOU O MITO.

 Por Adauto Silva

É com enorme pesar que levo a triste notícia do falecimento do nosso amigo e professor Antônio Amaury.

https://www.facebook.com/photo?fbid=2891296657813388&set=gm.3872517529471858

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CANGAÇO - TRIBUTO A ANTÔNIO AMAURY

 Por Aderbal Nogueira

https://youtu.be/SEwxBqaLNdU

Fizemos esse vídeo na passagem dos 86 anos do amigo e professor Antônio Amaury. É essa a imagem que devemos guardar do velho amigo, vibrante, entusiasmado, direto e acima de tudo profundo conhecedor do tema Cangaço.

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