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quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

RETRIBUINDO

Por Paulo Britto*

Amigo Pereira e família,

Obrigado pela lembrança.

A vida tem nos colocado lado a lado, no dia a dia. Os anos passam e nós mudamos em muitas coisas. As preocupações eram umas, hoje outras.

Compartilhamos alegrias e tristezas. Comentamos nossas dúvidas, objetivos, metas, aconselhamos e somos aconselhados.

Nos preocupamos se ficamos sabendo que alguém adoece, e nos aliviamos quando as dificuldades são superadas.

O que levamos dessa vida são os momentos bons, dos amigos que nos abraçam, que nos acolhem. E com o passar do tempo, ficam as marcas...

No futuro teremos boas histórias para contar. Lembraremos com muito carinho das conversas, de episódios, de feitos, principalmente dos engraçados.

Não sabemos quem são os autores, mas gostaríamos de deixar duas frases para a reflexão deste início de ano:

· A abelha atarefada não tem tempo para a tristeza...
· Repare na natureza: trabalha continuamente e em silêncio...

O tempo fortalece as amizades e somos gratos a Deus por vocês, amigos queridos, existirem nas nossas vidas.

Que tenhamos um ANO NOVO/2015 de muita paz, saúde, proteção e a serenidade para conduzirmos com maestria os dias que virão e que torcemos para que sejam muito felizes, junto a todos que nos querem bem, principalmente, com a presença de Deus nas nossas vidas que, assim, nada nos faltará.

Feliz ANO NOVO/Feliz 2015.

Com o abraço apertado dos amigos.

Ane, Paulo e toda família Ranzan de Britto.

Recife, 2014/2015.

*Paulo Britto é filho de Cyra Britto e do tenente João Bezerra da Silva, o homem que na madrugada de 28 de Julho de 1938, na Grota de Angico, no Estado de Sergipe (Brasil),  conseguiu eliminar das caatingas do nordeste brasileiro, o maior fora-da-lei, o cangaceiro Lampião.

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TESTAMENTO DE PADRE CÍCERO NA ÍNTEGRA (INCLUINDO TERMO DE ABERTURA) - PARTE I


1934
Juizo Municipal de Joazeiro, do Estado do Ceará O Escrivão do 2º Ofício,:interino:
Machado
Execução do Testamento do Padre Cícero Romão Batista.
Testamenteiro:
- Cel. Antônio Luiz Alves Pequeno

Autoação

Aos vinte e sete dias do mês de Julho do ano de mil novecentos trinta e quatro (1934), nesta cidade do Joazeiro, na comarca do Crato, do Estado do Ceará, em meu cartório, autoei o Testamento com o termo respectivo de abertura que adiante se vê; do que fiz este termo. O 2º Escrivão Intº.

Antônio Machado
Em nome de Deus Amen.

Eu, Padre Cícero Romão Baptista, achando-me adoentado, mas sem gravidade, e em meu perfeito juízo, e na incerteza do dia da minha morte, tomei a resolução de fazer o meu testamento e as minhas ultimas disposições, para o fim de dispôr dos meus bens, segundo me permitem as leis do meu paiz.

E como, devido ao meu actual incommodo, não posso levar muito tempo apurado em escrever este longo documento, nem quero fazer um testamento publico, mas sim um testamento cerrado, de accordo com o artigo mil seicentos e trinta e oito e seus paragraphos do Codigo Civil Brasileiro, pedi ao meu amigo Luiz Theophilo Machado, segundo Tabellião de Notas desta comarca, que por mim escrevesse este meu testamento em minha presença, e por mim ditado, reservando-me para assignal-o com o meu proprio punho.

Declaro que sou filho legítimo dos fallecidos Joaquim Romão Baptista e Dona Joaquina Vicencia Romana e nasci na cidade do Crato, neste Estado do Ceará, no dia vinte e quatro de março de mil oitocentos e quarenta e quatro (1844).

Como profissão, adoptei o Ministério Sacerdotal, de accordo com as Ordens que me fôram conferidas pelo então Bispo do Ceará Dão Luiz Antonio dos Santos, de saudosa memoria, exercendo-o, conforme a minha vocação, com amor, dedicação e bôa vontade, e desejando assim continuar em quanto o Bom Deus, pela sua Divina Misericórdia me conceder força e consciencia dos meus actos.

Declaro mais que desde minha Ordenação, mesmo durante o pouco tempo que fui Vigario da Parochia de São Pedro do Crato, nunca percebi um real sequer pelos actos religiosos que tenho praticado como Sacerdote Catholico.

Declaro ainda que todos os dinheiros que me fôram e continuam a ser dados, como offertas a mim unicamente, os tenho distribuído em actos de Caridade que estão no conhecimento de todos, bem como em grandes e vantajosas obras de agricultura, cujo resultado tenho apliccado em Bens, que ora deixo, na mór parte para a Benemerita e Santa Congregação dos Salesianos, afim de que ella funde aqui, no Joazeiro, os seus Collegios de educação para crianças de ambos os sexos.

Desde muito cêdo, quando comecei a ser auxiliado com esmolas, pelos romeiros de Nossa Senhora das Dores que aqui chegavam, a par do auxilio efficaz por mim feito para o desenvovimento desta terra, resolvi applicar parte das mesmas esmolas recebidas em propriedades, visando assim fazer um patrimônio para ajudar uma Instituição Pia e de Caridade que podesse aqui continuar a sua Obra Bem fazeja.

E por que, dentre todas as existentes, nenhuma se me afigura mais benemerita e de acção mais efficaz e de Caridade mais accentuada do que a dos bons e santos discipulos de D. Bosco, os Benemeritos Salesianos, a elles deixarei quase tudo que possúo, conforme adiante declaro.

E rogo a esses bons e verdadeiros servos de Deus, os Padres Salesianos que me façam esta grande Caridade, instituindo nesta terra uma obra completa.

Estou certo, não só por que conheço a indole deste povo aqui domiciliado, assim como das populações sertanejas que aqui frequentam e que por meio de bons conselhos tenho educado na pratica do Bem e do Amor a Deus e mais ainda por que o pedido que faço, estou certo, repito, que todos os romeiros aqui domiciliados ou de pontos distantes, como prova de estima e amizade a mim e em louvor e honra a Virgem Mãe de Deus, continuação a frequentar este meu amado Joazeiro, com a mesma assiduidade, e audiliarão aos Benemeritos Padres Salesianos, como se fôsse a mim proprio, para manutenção aqui da sua Obra de Caridade Christã, isto é, dos seus collegios, cuja existência desses mesmos Collegios nesta terra para todo e sempre, será a maior tranquilidade para minha alma na outra vida.

CONTINUA...

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Cangaceiros e cangaceirólogo


Dois ex-guerreiros das caatingas nordestinas, o velho Manoel Dantas Loyola, o cangaceiro "Candeeiro", e José Alves de Matos, o cangaceiro "Vinte e Cinco", em companhia do cangaceirólogo, cineasta e pesquisador do cangaço "Aderbal Nogueira".

Fonte: facebook

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MOVIMENTO DE PAU DE COLHER


O Movimento de Pau de Colher foi um fenômeno messiânico e milenarista ocorrido na Bahia (Brasil) na primeira metade do século XX, e que culminou com o massacre de seus participantes (chamados pela imprensa e populares de "fanáticos" ou "caceteiros") por forças policiais militares de Pernambuco.

Iniciado em 1934 e com término em 1938, teve por principal figura o beato José Senhorinho, seguidor das ideias religiosas do beato paraibano Severino Tavares, por sua vez ligado ao movimento religioso do beato José Lourenço, líder do movimento cearense do Caldeirão e que, junto a outros muitos sertanejos, se instalaram no lugar de nome Pau de Colher no município de Casa Nova, nas divisas baianas com o Piauí e Pernambuco.

Contexto histórico e geográfico

Padre Cícero, líder católico e coronelista, causa primeira dos movimentos religiosos que culminaram no "Caldeirão" e "Pau de Colher".

O Brasil mergulhava na ditadura Vargas quando o país assistiu a uma urbanização crescente, incremento da produção industrial, êxodo rural e instalação da nova ordem política com o fim do coronelismo e seu poder político.1


Na Bahia grande repercussão teve o assassinato do Coronel Horácio de Matos no começo da década, bem como a campanha contra Lampião durante todos os anos 30; no breve período de restauração democrática de 1934-1936 o estado esboçou uma normalidade institucional, mas não houve solução de continuidade no governo do interventor nomeado, Juracy Magalhães, que comandou o estado de 1931 a 10 de novembro de 1937, quando instala-se o Estado Novo, e é nomeado interventor interino o coronel Antônio Fernandes Dantas; este impõe forte repressão policial na capital do estado, procede à queima de livros considerados subversivos (como as obras de Jorge Amado ou Gilberto Freyre) e prende o líder opositor Nestor Duarte, ficando no cargo até janeiro de 1938, quando assume Landulfo Alves e ocorre o desfecho de Pau de Colher.2

No Ceará ocorre o fenômeno religioso que gravita em torno da memória do Padre Cícero (morto em 1934),3 com a figura de beatos, como a que se reunira num lugar chamado Caldeirão da Santa Cruz do Deserto, próximo à cidade do Crato, cuja figura principal foi o beato José Lourenço; este núcleo foi perseguido (ou, segundo alguns, massacrado, embora isto não possua qualquer comprovação factual) em 1937, fazendo com que vários de seus remanescentes migrassem para o lugar da Bahia chamado de Pau de Colher, próximo à cidade de Casa Nova.4

A fazenda Pau de Colher deve este nome à árvore pau-de-colher nota 1 ali abundante e que foi utilizada para a confecção do "cacete" usado pelos sertanejos, donde também serem chamados pelos locais de "caceteiros". Tal instrumento era por eles considerado importante para a salvação,3 e era torneado em forma de cruz na parte superior, sendo empunhado com a mão direita.2

Casa Nova era a terra natal e domínio familiar do político Luís Viana; situa-se na região do baixo-médio São Francisco, às margens do riacho do mesmo nome e que aflui para aquele rio.3 O lugar era produtor de sal, produto essencial para a culinária e pecuária, cujo comércio fez surgir o povoado e, em 1873, permitiu a emancipação da Vila de São José de Casa Nova.3 nota 2

Ressalta-se que no interior do Nordeste a imensa maioria da população era rural, iletrada e vivia sob um rígido sistema patriarcal - o que equivale dizer sob o jugo de poderosas famílias.1 Ainda dividida entre as forças emergentes urbanas, com as velhas oligarquias rurais, o país assistia a uma divisão de forças que se confrontavam pois, nos anos 1930, as populações (urbana e rural) eram equivalentes.1

Os "fanáticos" do Pau de Colher

Diz o historiador Dias Tavares que tudo teve início no Caldeirão: "Essa manifestação do catolicismo brasileiro foi exterminada em setembro de 1936 pela PM do Ceará e chegou à fazenda Pau de Colher com o beato cearense Severino, em data imprecisa, mas não antes de 1935-1936".6 Contudo vários historiadores registram que o local, muito antes disto (1932-1934), fora alvo das preleções de um peregrino chamado Severino Tavares, que ali esteve no começo daquela década, causando forte impressão nos moradores do lugar.7

Severino Tavares, um paraibano (e não cearense, como afirmou Dias Tavares) nascido por volta de 1885, profetizava uma "chuva de sangue" que inundaria o sertão e somente os escolhidos poderiam se salvar. Mais tarde se fixou em Juazeiro do Norte, onde conheceu José Lourenço Gomes da Silva, cujo grupo religioso praticava a autoflagelação e possuía grande aproximação ao Padre Cícero.7

Severino então realiza peregrinações proféticas a Pau de Colher, dizendo-se ele próprio ser o Espírito Santo e manifestando transes extáticos; recomenda que os fiéis efetuem romarias até o Caldeirão, onde se estabelecera o beato Lourenço, a fim de combaterem o anti-Cristo.7 Ali tem grande aceitação por parte de Senhorinho, um dos proprietários da fazenda Pau de Colher que, quando o beato se foi, passa a reunir-se com outros aos domingos, ocasião em que procedia à leitura da Bíblia e da Missão Abreviada.8

Viviam os "fanáticos" de Pau de Colher um modo de vida que chocava a população urbana, alvo principal da imprensa ao compor o quadro do lugar: vestiam-se de preto em sinal de luto pela morte do Padre Cícero,8 abandonavam suas casas, plantações e criatórios; passavam a viver então em "latadas"nota 3, comendo apenas feijão na água e sal, e rezando todo o dia para alcançarem a salvação - num claro confronto com a ordem social que então se construía.1

Ritualística

Jornal da época: "Quando o fuzil e a metralhadora realizam a obra do professor e do livro".

Em Pau de Colher o principal dirigente era Senhorinho; ele quem conduzia os rituais, as rezas; já bem cedo acordava os demais cantando quadrinhas como:3

Alevanta pecador
Da cama em que está deitado
Vamos ver Jesus em tormentos
Pelos nossos grandes pecados.3
Ou:
Alevante pecador
Trata do que há de fazer
Vamos cuidar em nossa vida
Antes de morrer2

Estes rituais foram ensinados ali por Severino Tavares e tinham início no santuário que ficava na casa de Senhorinho, situada no ponto mais elevado do lugar. Durante a madrugada, em fila (mulheres à direita e homens à esquerda), tinha lugar a primeira oração; Senhorinho percorria entre as filas, pulando sobre um só pé, girando um rosário; então fazia uma pregação onde lembrava sua condição de "perdido", "cachaceiro", antes de estar salvo; orações católicas intercalavam no meio do rito, como a "Ave Maria", "Credo" ou o "Ato de Contrição". As rezas se repetiam ao meio-dia e no cair da noite.3

Regras rígidas, tinham ainda de obedecer a princípios de irmandade, aos preceitos do catolicismo e também a sérios preceitos morais, além da abstinência quanto aos vícios e pleno respeito durante os atos religiosos (como, por exemplo, nunca falar durante as preleções).3

Havia ainda um ritual de salvação, sob um pé de juazeiro, quando Senhorinho mandava que ali subissem para ver a nuvem que levaria a todos até Caldeirão: "Quem não dependurava não ia pro céu", como disse uma sobrevivente.3

Evolução do movimento

O combate feito aos religiosos do Caldeirão, em 1936, ainda hoje suscita controvérsias. Segundo o pesquisador Domingos Sávio Cordeiro, que entrevistou vários remanescente, nenhum fala em mortandade e ainda que o principal alvo da ação policial se safara do cerco facilmente; segundo ele, o beato “Zé Lourenço passou pelos policiais pedindo licença. Ele era um ancião e não foi reconhecido. Ninguém fazia ideia de que o temido beato era apenas um velhinho já cansado”; mas vários integrantes de uma ONG sustentam que houve um massacre, sendo o mesmo até noticiado pela imprensa sulista da época.4

O fato foi que em Pau de Colher, no final do ano seguinte (1937), um outro beato chamado "Quinzeiro" ("Seu Joaquim", ou ainda "Seu Quim") apareceu, manifestando a ideia de reerguer aquela missão cearense; ele anunciava a morte do Beato Zé Lourenço, mas não teve maior importância para o movimento, pois não era carismático.7

Surgiu a partir disto entre os moradores de Pau de Colher o mito de que deveriam erguer em terras cearenses um "Paraíso Terreno", que receberia o novo Messias. Este fato fez com que muitos historiadores tratassem os fatos de Pau de Colher como um prosseguimento dos eventos ocorridos no Ceará, uma mera "etapa" e não um fato próprio, o que seria um erro pois ambos coexistiam desde 1934.7

Peregrinar até Caldeirão passou a ser uma demonstração de compromisso de fé; aqueles que discordaram eram considerados impuros, hereges; começam a surgir reações violentas contra aquilo que diziam ser uma interferência do demônio.7 Por outro lado o povoado continuava a atrair grandes contingentes de sertanejos, causando perturbação entre os produtores rurais da região.2 7

A figura carismática de Senhorinho, a religiosidade extrema do sertanejo, atraíam mais e mais pessoas que ali chegavam todos os dias, e armavam suas "latadas", abraçando aquele modo de vida de penúria e abnegação, confiantes na promessa de uma nova vida.3

Senhorinho dividia as tarefas religiosas com o José Camilo, Luiz Dentão, João Damásio, Pedro Benvenuto, Anjo Cabaça e com as mulheres “santas”.3

A 5 de janeiro de 1938 há relatos de que os religiosos atacaram, no Piauí, a fazenda de um tal Janjão, ali matando cerca de 20 pessoas. O ex-prefeito de Casa Nova, Raimundo Estrela, autor de um livro sobre o massacre, e que havia atuado como médico do exército na campanha de Pau de Colher, registra que foram 12 os mortos ali, dois dos quais crianças.9

O combate aos "fanáticos"

Criança ferida no ataque a Pau de Colher.
"Aí menina chega estrondou tudo."
—Maria Nascimento, sobrevivente.3

No dia 10 de janeiro de 1938 o pequeno grupamento policial de Casa Nova, composto pelo sargento Geraldo Bispo dos Santos, um cabo e quatro policiais procede a um ataque a Pau de Colher. Reagindo, os religiosos cercam os soldados e os matam a pancadas.2

Já o governo federal programara uma reação, através do Destacamento do Vale do São Francisco, e se passou a estudar um ataque ao reduto que, informara-se, era de seguidores do comunismo. Tropas também são mobilizadas em Salvador e, no deslocamento, apreendem pessoas que informam tratar-se de um fenômeno de psicose coletiva, que acometia aos que ouviam Senhorinho.3

Quando chegam ao lugar, contudo, este já fora atacado pelo destacamento da polícia militar de Pernambuco, sob o comando do capitão Optato Gueiros. Este cercara Pau de Colher com seus homens, procedendo ao morticínio dos que lá estavam. Em telegrama, dado o elevado número de mortos, Gueiros informava seu "êxito": "Impossibilitado sepultamento determinei incineração. (...) Fiz vasculhamento circunvizinhança encontrando apenas crianças e mulheres indefesas”3

Relatos do massacre

O cerco da polícia pernambucana, tropa composta por 97 homens, durou 3 dias: de 19 a 21 de janeiro de 1938. Dentre os homens que acompanharam os agentes do estado estava um pistoleiro, Norberto Pereira, que num certo momento retirou uma criança que estava no colo da mãe, assassinada pelo intenso tiroteio; mulheres se atiravam na frente dos fuzis, tentando salvar seus filhos, pois ninguém escava às balas contra os religiosos.9

Em seu relatório, o Capitão Optato registrou 157 mortos no povoado de Pau de Colher, e ainda 40 por uma patrulha piauiense.9

Consequências

O interventor Landulfo Alves, ao tomar ciência a incursão de agentes do estado vizinho em território baiano, reagiu mandando um ofício a Agamenon Magalhães, seu congênere em Pernambuco. Este respondeu com uma defesa veemente, na qual demonstrava que assim agira por conta de um convênio celebrado ainda nos tempos de Juracy Magalhães, que assegurava o livre trânsito das tropas sob seu comando sem se importar com fronteiras.2

As crianças órfãs ou cujos pais foram presos, eram levadas para as "carroças da salvação" e enviadas para a capital baiana onde seriam usadas para o trabalho doméstico, em regime de escravidão.9 nota 4

Episódio ainda obscuro na história nordestina, no final do século XX pesquisadores procuraram registrar depoimentos dos seus remanescentes. Num claro exemplo de que o episódio deixara marcas indeléveis em seus protagonistas, o sobrevivente José Camilo declarou, na sua fala simples, que "Não há interesse, eu não conto porque pra eu contar, invés de eu aliverá minha situação, vai me servir de perseguição".8

Sobre as vítimas, na historiografia de Dias Tavares, apenas o registro de que "resultou elevado número de mortos".2

Notas e referências
Notas
Ir para cima↑ Peschiera lacta (pau-de-colher ou bom-nome) é uma árvore provida de látex, da família das apocináceas que ocorre no Brasil em mata pluvial e na restinga5 .
Ir para cima↑ Com a construção, em 1971, daBarragem de Sobradinho, a antiga cidade de Casa Nova e outras vieram a ser inundadas pelas águas do rio S. Francisco.3
Ir para cima↑ Trempe de paus com uma cobertura simples de marmelo, sem qualquer parede.
Ir para cima↑ Do porto de Casa Nova eram as crianças embarcadas num vapor do S. Francisco até Juazeiro e, dali, enviadas de trem para Salvador, com objetivo de serem entregues a famílias ricas para os serviços domésticos destas.9
Referências
↑ Ir para:a b c d Gilmário Moreira Brito. Pau de Colher: na letra e na voz. [S.l.]: PUC/SP, 1999. p. 48-51. ISBN 8528301729.
↑ Ir para:a b c d e f g Luís Henrique Dias Tavares. História da Bahia. [S.l.]: Edufba, 2006. p. 378-413. ISBN 8523202390.
↑ Ir para:a b c d e f g h i j k l m n o Ana Lúcia A. L. Leandro (2003). O MOVIMENTO DE PAU DE COLHER NA PERSPECTIVA DOS ATORES SOCIAIS UFPE. Visitado em 11/11/2013.
↑ Ir para:a b Daniel Aderaldo (06/08/2011). Ceará tenta desvendar mistério do massacre do Caldeirão ultimosegundo.ig. Visitado em 12/11/2013.
Ir para cima↑ Dicionário Aurélio, verbete pau-de-colher
Ir para cima↑ TAVARES, op. cit., pág. 426
↑ Ir para:a b c d e f g F. P. Monteiro (2013). Peregrinação, violência e demonofobia em Pau de Colher ABBR (PLURA, Revista de Estudos de Religião, vol. 4, nº 1, p. 62-92). Visitado em 12/11/2013.
↑ Ir para:a b c Gilmário Moreira Brito (novembro de 1998). Memórias de e sobre Pau de Colher: como os sujeitos se lembram Proj. História PUC. Visitado em 12/11/2013.
↑ Ir para:a b c d e s/a (19 de dezembro de 2010). Guerra de Pau de Colher O Estado de S. Paulo. Visitado em 14/11/2013.
Bibliografia complementar[editar | editar código-fonte]
Commons possui uma categoriacontendo imagens e outros ficheiros sobre Movimento de Pau de Colher
Além das obras usadas para referenciar o verbete, poderá consultar:
DAMASCENO, Marcos Oliveira. Guerra de Pau de Colher: massacre à sombra da ditadura Vargas, ed. Zodíaco.
ESTRELA, Raimundo. Pau-de-Colher, um pequeno Canudos: Conotações políticas e ideológicas
MALVEZZI, Roberto. História de Pau de Colher - o último grande movimento messiânico do Brasil, ed.Diocese de Juazeiro.
OLIVEIRA, Ruy Bruno Bacelar de.De Caldeirão a Pau de Colher: A guerra dos caceteiros, ed. Engeo, Vitória da Conquista, 2001.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_de_Pau_de_Colher

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O MASSACRE DE CALDEIRÃO DE SANTA CRUZ DO DESERTO

Beato Zé Lourenço

Uma comunidade religiosa, liderada por um “beato” é brutalmente massacrada. Estamos falando de Canudos? Não, trata-se de Caldeirão de Santa Cruz do Deserto, localizada no município de Crato (Brasil), Cariri Cearense.

A comunidade – que chegou a ter mais de duas mil pessoas – era liderada pelo beato José Lourenço, descendente de negros alforriados e discípulo de Padre Cícero, que ousou desafiar o poder dos latifundiários. Ele propôs um sistema de trabalho coletivo e divisão dos lucros para a compra de remédios e querosene, que alimentava as lamparinas em um tempo em que ainda não havia luz elétrica. Além disso, acolhia os flagelados da seca de 1932, que assolou o Nordeste.

O massacre

Isso, claro, incomodou os coronéis da região, que exigiram providências do governo Getúlio Vargas. Havia o medo que o beato José Lourenço se transformasse em um novo Antônio Conselheiro. Os jornais, então, iniciaram uma série de denúncias contra a comunidade, acusando-os de profanos e fanáticos. Em 1936, o Caldeirão foi invadido pelas tropas do tenente José Góis de Campos Barros que, com muita violência e excesso, expulsaram todos os moradores, saquearam e destruíram o sítio. José Lourenço conseguiu fugir, se refugiando na Serra do Araripe com outros camponeses.

Severino Tavares, membro da comunidade, foi preso, mas jurou vingança. Dito e feito: quando saiu da prisão, juntou alguns ex-moradores do Caldeirão e atacou as tropas comandadas pelo capitão José Bezerra. Isso foi o estopim para o conflito. Em 1937, tropas de todo o Estado foram enviadas para a serra do Araripe e até aviões foram usados para bombardear a Serra. O número de mortos é estimado entre 700 a 1000 camponeses.

José Lourenço conseguiu escapar do bombardeio e, após muitas negociações, voltou para o Caldeirão. Mas não ficou muito tempo, os padres salesianos o expulsaram e ele foi morar em Exu, Pernambuco (Brasil), onde faleceu em 1946, vítima da peste bubônica.

http://super.abril.com.br/blogs/historia-sem-fim/o-massacre-de-caldeirao-de-santa-cruz-do-deserto/

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O QUE FOI A GUERRA DE CANUDOS?

por Roberto Navarro - Edição 39
Arma a matadeira  - canhão inglês Withworth - pt.wikipedia.org

Foi um conflito no sertão baiano (no Brasil) ocorrido em 1896 e 1897, que terminou com a destruição do povoado de Canudos - daí o nome da Guerra. Houve várias batalhas entre tropas do governo federal e um grupo de sertanejos liderado por um líder religioso, Antônio Vicente Mendes Maciel, o Antônio Conselheiro (1828 - 1897). 


Na época, a população miserável da região agregou-se em torno do beato Conselheiro, que havia passado anos pelo sertão pregando uma mistura de doutrina cristã e religiosidade popular. Em 1893, os sertanejos fundam o arraial de Canudos, um povoado muito pobre que chegou a ter 5 mil casas e de 20 mil a 25 mil habitantes. "Canudos era regido pelo trabalho coletivo e pelos ensinamentos religiosos de Conselheiro. 

www.hiperativo.com

Além desse caráter messiânico, o movimento criticava a República e contestava as inovações surgidas com ela, como o casamento civil", diz o historiador José Carlos Barreiro, da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Assis (SP). 


As relações do povoado com o governo começaram a se complicar ainda em 1893, quando os moradores rebelaram-se contra a cobrança de impostos e queimaram documentos emitidos pelo governo. Aos olhos dos governantes, Canudos começou a ser visto não só como um arraial de fanáticos religiosos, mas também como um ninho de rebeldes monarquistas e perigosos, que precisavam ser eliminados. 

www.gentedanossaterra.com.br

Para acabar com os revoltosos, o governo lançou a tal "guerra" - que consistiu, na verdade, de quatro expedições militares. Nas três primeiras, o Exército tomou um pau dos sertanejos. Na terceira delas, o massacre foi tão grande que até o comandante das tropas federais foi morto em combate. Na quarta e última campanha, cujos momentos decisivos a gente apresenta nestas páginas, o Exército conseguiu finalmente riscar Canudos do mapa. Pelo menos 30 mil pessoas morreram na batalha final.

E o sertão virou mar... de sangue na tomada de Canudos, o Exército matou pelo menos 25 mil rebeldes.

1 - A Guerra de Canudos aconteceu entre 1896 e 1897 e incluiu quatro expedições do Exército para destruir o povoado. Nas três primeiras, os sertanejos levaram a melhor. Na última, iniciada em 31 de julho de 1897, cerca de 6 200 militares saem de Queimadas e iniciam uma marcha de quase cem quilômetros em direção ao acampamento principal de Canudos

2 - A ofensiva contra Canudos começa com um bombardeio. A principal arma é o canhão inglês Withworth, usado para atacar as torres das duas igrejas do povoado, de onde atiradores alvejam as tropas oficiais. Em 24 de agosto, a torre de uma delas é derrubada, mas o canhão pifa logo em seguida.

3 - Mesmo com o chabu do canhão, o Exército intensifica o cerco e isola Canudos: ninguém entra e ninguém sai do povoado. Encurralados, os sertanejos não têm como repor nem socorrer seus homens. No dia 6 de setembro, a artilharia derruba as torres da segunda igreja, minando a resistência dos revoltosos.

4 - Durante o bombardeio, a situação do povoado se agrava: faltam remédios, água, alimentos e munição. Os mortos apodrecem, facilitando a disseminação de doenças. Com sermões inflamados, o líder Antônio Conselheiro tenta reanimar seus seguidores, mas sua saúde piora por causa de uma diarreia.

5 - Vencido provavelmente por uma disenteria aguda, Antônio Conselheiro morre em 22 de setembro. Seu cadáver é mantido insepulto por vários dias — seus seguidores esperavam que ele pudesse ressuscitar. Quando o corpo do beato começa a feder, os sertanejos o enterram. Enquanto isso, o cerco do Exército prossegue cada vez mais rigoroso.

6 - No dia 1º de outubro, as tropas do governo iniciam o ataque final, avançando até tomar a vila. No dia seguinte, 300 mulheres e crianças se rendem, enquanto os homens resistem com as poucas armas que têm, incluindo foices, pedras e pedaços de pau. Mais bem equipados, os militares vencem a batalha e matam os últimos rebeldes em 5 de outubro.

7 - Depois da invasão, as ruínas da vila são destruídas e dinamitadas pelos militares. No final, de 25 mil a 35 mil rebeldes morreram nos combates. Entre os soldados, o total de baixas chegou a 5 mil. O corpo de Conselheiro foi desenterrado e sua cabeça foi levada como um troféu do Exército para Salvador, simbolizando o fim de Canudos.

http://mundoestranho.abril.com.br/materia/o-que-foi-a-guerra-de-canudos

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JOSUÉ DE CASTRO E AS FERIDAS ABERTAS QUE OS PODEROSOS INSISTEM EM NÃO CURAR – Parte Final

Por José Romero Araújo Cardoso –UERN-Mossoró-RN e Benedito Vasconcelos Mendes - UERN-Mossoró-RN

Quando o calendário marcar o dia vinte e quatro de setembro de 2013 assinalar-se-á a triste cronologia referente aos quarenta anos de falecimento no exílio na França do médico, geógrafo, sociólogo e cidadão do mundo Dr. Josué Apolônio de Castro.

O célebre autor de Geografia da Fome (1946) e Geopolítica da Fome (1951) integrou a lista dos cassados políticos pela Ditadura Militar quando da publicação do Ato Institucional Número Um (AI-1), o qual, além de Josué de Castro, trazia ainda nomes que também foram banidos do país e que tiveram grande importância política, social e intelectual no Brasil antes do advento do militarismo, a exemplo de Leonel Brizola, Juscelino Kubitschek de Oliveira, Jânio Quadros, João Goulart, Neiva Moreira, Pelópidas Silveira, Miguel Arraes, entre outros.

Josué de Castro recebeu convites de diversos países para que cumprisse o exílio de dez anos imposto arbitrariamente pela junta militar que assumiu o poder em primeiro de abril de 1964 em nosso país. Escolheu a França para vivenciar sua desdita, tendo em vista que era muito apegado às raízes, ao solo pátrio, ao nordeste brasileiro e ao Estado de Pernambuco.

O grande cientista que presidiu o Fundo das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) em duas oportunidades (1952-1954 e 1954-1956), tendo sido laureado com significativas honrarias, como o Prêmio Internacional da Paz e o Prêmio Roosevelt da Academia de Ciências dos Estados Unidos, pela publicação do clássico livro Geografia da Fome, além de indicado duas vezes para concorrer ao Prêmio Nobel da Paz, considerava-se injustiçado pelos militares quando de sua cassação e exílio.

Josué de Castro passou a sofrer graves crises depressivas em seu ostracismo em terras estrangeiras, não obstante ter intensificado a luta humanista e voltado a lecionar em renomadas Instituições de Ensino Superior Francesas, como a Sorbonne e Vincennes.

No Brasil, suas obras estavam censuradas, seu nome proibido e vítima de espetacular processo de exclusão da memória nacional, a qual ainda, infelizmente, perdura como resquício das imposições ditatoriais dos militares, cuja visão reacionária vislumbrava Josué de Castro como “inimigo da pátria”, um verdadeiro “traidor” dos ideais alicerçados na Ordem e no progresso, tendo em vista a forma incisiva como meteu o dedo na ferida das desigualdades, denunciando a fome como um flagelo fabricado pelos homens contra seus próprios semelhantes e não resultado de “causas naturais” como era pensado pela Ciência distorcida que orientava a construção social em sua época.

Mesmo no exílio, Josué de Castro era monitorado pela Ditadura Militar, a qual o enxergava como “notório comunista”,pois suas idéias, independência e ousadia eram vistas como ameaças ao sistema instituído em abril de 1964, cuja ideologia desenvolvimentista primava pelo privilégio de uma minoria historicamente beneficiada em detrimento das necessidades da imensa maioria deserdada ao longo da evolução Histórica e Social Brasileira.

As crises depressivas da maior inteligência brotada em solo brasileiro intensificaram-se em razão das constantes negativas da Embaixada Brasileira em dar visto em seu passaporte, o que garantiria retorno à sua terra natal. O Embaixador Brasileiro na França que se notabilizou pela intransigência de não permitir o retorno de Josué de Castro ao Brasil era o General Aurélio Lyra Tavares.

Faltando menos de sete meses para que se cumprisse o tempo de exílio determinado pelo AI-1, no caso dez longos anos, falhava irremediavelmente o coração do velho batalhador pelas justas causas da humanidade.

Josué de Castro faleceu em seu apartamento na capital francesa. Mesmo morto, os militares ainda viam em Josué de Castro ameaça à ordem estabelecida, pois houve uma série de exigências, como a proibição de fotografias, para que se efetivasse a permissão dos militares para que seu corpo fosse enterrado no cemitério São João Batista no Rio de Janeiro.

A atualidade do pensamento de Josué de Castro ainda assusta a elite dominante, tendo em vista que ainda permanece desconhecido de grande parte da população brasileira por quem tanto batalhou e empenhou sua vida a fim de lutar por melhores condições de vida para um povo sofrido que, mais do que nunca, espera por melhores dias que possam permitir usufruto de existência digna dentro dos padrões humanitários que foram intensamente pregados pelo valente pernambucano que nas décadas de cinquenta e sessenta do século passado tornou-se uma das mais importantes personalidades do planeta graças a defesa célebre da valorização do gênero humano em todas as dimensões.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:

CARDOSO, José Romero Araújo; MENDES, Benedito Vasconcelos. “Discutindo a Importância da Atualidade do Pensamento de Josué de Castro em Escolas das Redes Estadual e Municipal de Ensino do Município de Mossoró - Estado do Rio Grande do Norte”.Mossoró/RN, PROEX/UERN, 2008 (Projeto de Extensão)
CASTRO, Anna Maria de (org.). Fome:um tema proibido - últimos escritos de Josué de Castro. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003
CASTRO, Josué Apolônio de. Geografia da Fome – O dilema brasileiro – Pão ou Aço. 10 ed. Revista. Rio de Janeiro: Edições Antares, 1984
_____. Geopolítica da Fome – Ensaio sobre os problemas de alimentação e de população no mundo. 4 ed. Revista e aumentada. São Paulo: Editora Brasiliense, 1957, vol. 1 e 2
____. O livro negro da fome. São Paulo: Editora Brasiliense, 1957.
_____. Ensaios de Geografia Humana. São Paulo: Editora Brasiliense, 1957
_____. Ensaios de Biologia Social. São Paulo: Editora Brasiliense, 1957
_____. Homens e Caranguejos. Porto: Editora. Brasília, 1967
MENEZES, Francisco R. de Sá. Josué de Castro: Por um mundo sem fome. São Paulo: Mercado Cultural, 2004. 120p. il. (Projeto Memória, 8)
CASTRO, Josué de. Disponível em .< http://www.josuedecastro.org.br/jc/jc.html.> . Acesso em 22 de janeiro de 2013
"Geografia da Fome", de Josué de Castro, faz 60 anos. Disponível em <http://www.fomezero.gov.br/noticias/geografia-da-fome-de-josue-de-castro-faz-quarenta-anos.> Acesso em 22 de janeiro de 2013
TENDLER, Sílvio. Josué de Castro - Cidadão do Mundo.[Vídeo–documentário]. Rio de Janeiro: Bárbaras Produções, 1996

JOSÉ ROMERO ARAÚJO CARDOSO

Especialista em Geografia e Gestão Territorial (UFPB-1996) e em Organização de Arquivos (UFPB - 1997). Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (2002). Atualmente é professor adjunto IV do Departamento de Geografia/DGE da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais/FAFIC da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte/UERN. Tem experiência na área de Geografia Humana, com ênfase à Geografia Agrária, atuando principalmente nos seguintes temas: ambientalismo, nordeste, temas regionais. Espeleologia é tema presente em pesquisas. Contato: romero.cardoso@gmail.com.

BENEDITO VASCONCELOS MENDES

Graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal do Ceará (1969), Mestrado em Microbiologia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa (1975) e Doutorado em Agronomia (Fitopatologia) pela Universidade de São Paulo (1980). Atualmente é professor adjunto IV da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte.Ex-presidente da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), ex-chefe geral da EMBRAPA MEIO NORTE, em Teresina-PI, ex-presidente da Fundação de Pesquisa Guimarães Duque e atual Superintendente Federal de Agricultura no Estado do Rio Grande do Norte. Publicou vários livros sobre o desenvolvimento regional, entre eles: Alternativas tecnológicas para a agropecuária do Semi-Árido (Ed. Nobel, São Paulo), Plantas e animais para o Nordeste (Ed. Globo, Rio de Janeiro) e Biodiversidade e desenvolvimento sustentável do Semiárido (editado pela SEMACE, Fortaleza-CE).

Fim.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com