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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

URCA e Cariri Cangaço 2011 !

Curador do Cariri Cangaço Manoel Severo, Pró Reitor da URCA, Fábio Rodrigues e alunos do Curso de Artes, responsaveis pela Exposição Cangaceiros.

A Gratidão do Cariri Cangaço aos Estudantes do Curso de Licenciatura Plena em Artes Visuais do Centro de Artes Reitora Violeta Arraes, da Universidade Regional do Cariri - URCA, Carlos Roberto, Fábio Tavares, Francisco dos Santos, Jaildo Oliveira, Orismídio Duarte, sob a coordenação do Pro-Reitor de Extensão da URCA - Universidade Regional do Cariri, Professor Fábio Rodrigues, responsáveis pela montagem da Exposição Cangaceiros, durante o Cariri Cangaço 2011.

O coronel Manoel de Sousa Neto

Por: José Mendes Pereira


Manoel de Sousa Neto ficou muito famoso pelos inúmeros combates travados contra os cangaceiros chefiados por Virgulino Ferreira da Silva.

  Quem se arrisca em dizer qual é a marca da bebida que
 Lampião segura com uma das mãos? 

Afirmam que as pessoas da época sempre referenciavam à coragem  do coronel Manoel Neto. E além dele, tinha os  primos: Euclides Flor, Manoel Flor, Odilon Flor, Davi Jurubeba, Antônio Capistrano, Hercílio Nogueira e dos irmãos Arconso Flor e Afonso Flor.

Manoel Neto foi um dos principais líderes das Forças Volantes de Nazaré. Foi também Comandante Geral das Forças de Combate contra o Banditismo.


Manoel de Souza Neto nasceu nas terras da antiga fazenda Algodões, município de Floresta, no dia 1º de novembro de 1901. Cresceu ao lado dos parentes, os “nazarezistas”. Ao lado deles, se engajaria numa luta ingrata, dura, heróica. Virgulino Ferreira da Silva - o futuro Lampião - ali chegara muito cedo, instalando-se com a família na fazenda Poço do Negro, nas imediações de Nazaré, e logo se indispôs com os filhos da terra, fazendo uma história já conhecida e que levou luto a muita gente da região. Parte do texto escritor Leonardo Ferraz Gominho - "Coronel Manoel de Souza Neto", publicado no blog: "Lampião Aceso" no dia 13 de agosto de 2010.


Manoel de Sousa Neto faleceu no ano 1979, e está sepultado na sua terra natal, Nazaré. Manoel de Sousa Neto não conhecia a palavra medo.

O Cariri Cangaço de volta a Capital Federal


Por: Elosia Farias
Eloisa Farias e Manoel Severo

Amigo Severo, o Cariri Cangaço é de fato uma família no sentido mais profundo da palavra. É muito bonito perceber o quanto os sentimentos de amizade, carinho e consideração permeiam as relações entre os membros que fazem esse grandioso evento acontecer. Como é bom saber que fazemos parte de um grupo tão coeso! Um grupo que se compromete com o respeito à sua cultura e com a democratização do conhecimento dela originário.

Na medida em que o Cariri Cangaço vai expandindo suas frentes de atuação, sejam elas referentes ao campo da produção científica (diversidade temática) ou às linhas de demarcação geográfica (participação de diversas Prefeituras Municipais), o evento vai paulatinamente traçando o mapa da cultura nordestina, fato que contribui de maneira significativa para a divulgação da história cultural do sertão, mais especificamente da região do Cariri. É possível perceber o quanto a participação cidadã vem sendo incentivada através da realização do Seminário Cariri Cangaço, pois o evento não se restringe apenas ao seus colaboradores. Ele tem dado oportunidade para vários grupos dedicados à cultura nordestina (grupos de teatro, dança e outros) demonstrarem seus talentos e abrilhantarem ainda mais o Seminário.

Além disso, tem se demonstrado uma alternativa de lazer para os moradores das cidades por onde passa a caravana de pesquisadores, visto que todas as nossas conferências são abertas ao público em geral. Cabe frisar, ainda, o importante papel que o Cariri Cangaço tem assumido nesses 3 anos de atuação: o de servir de exemplo para os órgãos públicos cujos trabalhos giram em torno da cultura brasileira. Com muito esforço, dedicação e raça, conseguimos apresentar anualmente um Seminário sério e comprometido com sua cultura. Nos mostramos muito mais ativos e preocupados com a questão cultural, do que aqueles que deveriam incentivá-la, promovê-la e fomentá-la por meio de suas políticas públicas.

Somos assim... Somos arretados...! Somos a Família Cariri Cangaço!

Obrigada, Manoel Severo, pelo carinho e pela consideração!
 
ELOISA FARIAS - Brasília DF
Nota Cariri Cangaço: Neste último mês de Outubro ,estivemos em audiência no Ministério da Cultura quando fomos recebidos pela querida Eloisa Farias, da Secretaria de Cultura Digital. Na pauta do encontro, os documentários do Cariri Cangaço 2009 e 2010, e para em breve, mais novidades Cariri Cangaço 2012, com a inauguração da Tv Digital Cariri Cangaço.
 

Notícias sobre a saúde do escritor Alcindo Alves da Costa

 Por: Juliana Ischiara
Juliana Ischiara, Alcino Costa e Aninha Granja

Olá queridos amigos da família Cariri Cangaço, boa tarde; graças a Deus, Alcino está bem, ainda está na UTI, mas com previsão de sair hoje à noite ou amanhã pela manhã. No geral a cirurgia foi boa.

Juliana Ischiara

ADENDO

Se você ainda não adquiriu este maravilho trabalho do escritor Alcindo Alves da Costa, é bom que adiquira logo, para depois não se arrepender.



Agora, através da ação do amigo Pereira, da cidade de Cajazeiras, Paraíba, está pronta a terceira edição desta obra.


Lampião além da versão – Mentiras e mistérios de Angico. 
Autor: Alcino Alves da Costa
 Nº. de páginas - 410
 Valor: R$ 50,00 (Com frete incluso).  

Contatos para aquisição:

Francisco Pereira – franpelima@bol.com.br,
tel. (83) 9911 – 8286 / 8706 2819 (Cajazeiras – PB).
Ou com o próprio Alcino Alves da Costa
alcino.alvess@gmail.com – tel. (79) 8852 – 7661
(Sergipe).

Não perca esta oportunidade de adquirir um maravilhoso trabalho.

Você vai conhecer todas as maldades que os cangaceiuros fizeram durante as suas andanças no nordeste.

HISTÓRIAS
* Você vai ler o encontro de Lampião e o coronel Joaquim Resende
* A bagunça que fizeram no coito de Lampião
* A terrível morte de Brió
* A perseguição das volantes para assassinarem Zepelin
* o sofrimento do cangaceiro Vulcão
* As explorações de Corisco e Lampião a Manoel do Brejunho
* A morte de Santo da Mandassaia
*As vinganças feitas pelos cangaceiros: Zé Fortaleza, Limoeiro, Suspeita e Medalha
    * A morte dos tropeiros
* A morte de Adelaide e sua irmã Rosinha...
E tantas outras.

Quando você começa a leitura, não quer que a história termine.

http://cariricangaco.blogspot.com/

AS IMAGENS SÃO FORTÍSSIMAS - SE EU FOSSE VOCÊ EU NÃO QUERIA VÊ-LAS

Em João Pessoa-PB

Detento é morto e esquartejado e partes do seu corpo foram jogadas no pátio do presídio Róger na capital paraibana

Atenção: Imagens fortíssimas

Um crime com requintes de crueldade foi registrado no presídio Róger em João Pessoa capital da Paraíba, quando o detento identificado como Henrique da Silva de 19 anos, mais conhecido como Rickson foi morto e decapitado e teve olhos, língua e orelhas arrancadas.


O crime aconteceu nesta quarta-feira(26), dia de visita íntima, que foi suspensa no meio da tarde, após a descoberta do assassinato.


Informações dão conta, que outro detento seria morto, ele foi amarrado, mas a Polícia conseguiu intervir e impedir que ele fosse assassinado.


Ainda não se sabe detalhes do crime, mas a hipótese é que eHenrique da Silva  pertencia a uma facção criminosa de João Pessoa denominada Estados Unidos e tenha sido morto pela Al Qaeda (facção inimiga).


Fonte e fotos: Focando a Notícia

Homem executado a tiros próximo a Central do Cidadão no bairro Aeroporto I em Mossoró


A Polícia Militar registrou na tarde de ontem mais um assassinato ocorrido no bairro Aeroporto I, onde um homem foi executado a tiros, próximo a Central do Cidadão. Hudson Herbert Eufrásio da Silva, 27, conhecido como "Rudinho", que residia no conjunto Abolição IV, sofreu cinco tiros quando estava na rua Camilo Paula.
Segundo informações, por volta das 13h30 a vítima dirigia um Gol de cor prata, momento em que dois elementos em um veículo escuro encostaram na lateral e o carona efetuou os disparos. "Rudinho" ainda foi levado por populares para o Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), mas não resistiu.
A vítima era filho de um policial militar, que morreu no ano passado.
O crime será investigado pela 2ª Delegacia de Polícia Civil, do bairro Nova Betânia.

Notícias do Caipira

 Por: Juliana Ischiara

Juliana Ischiara, Alcino Costa e Aninha Granja

Olá queridos amigos da família Cariri Cangaço, boa tarde; graças a Deus, Alcino está bem, ainda está na UTI, mas com previsão de sair hoje à noite ou amanhã pela manhã.
No geral a cirurgia foi boa.

Juliana Ischiara


http://cariricangaco.blogspot.com/
http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Os maiores repentistas da história do Brasil

Por: João de Sousa Lima


Grande é a nação dos violeiros e repentistas do nordeste, os estados de Pernambuco e Paraíba são os dois maiores celeiros de cantadores, estados que deixaram nos anais da história, nomes imortalizados, criadores dos perfeitos motes e construtores das amais perfeitas rimas.
Dos nomes que conheci não esqueço de Louro do Pajeú, Dimas, Tacílio, Cancão, Jó Patriota e Pinto do Monteiro.


Cancão veio em 1970, trazido por meu irmão primogênito Zezé, para que ele conseguisse com Pedro Ferreira (proprietário da empresa SACOL), um patrocínio para imprimir um livro de poesias, hoje tenho guardado a sete chaves uma cópia desse livro.


A famosa tríade formada pelos irmãos Otacílio, Dimas e Louro, nessa foto estão acompanhados de um dos gigantes do improviso: Pinto do Monteiro.
Estive algumas vezes com Louro, em 1986 tomamos muitas caipirinhas no famoso CALABAR (bar na rua principal de São José do Egito).
Com Pinto estive três vezes em sua residência em companhia do primo João Piancó e de Pinto ganhei uma fotografia onde ele recebe um prêmio por sua trajetória de sucessos.

 

 Louro: O Rei do Trocadilho.


Louro do Pajeú, um dos mais autênticos e grandiosos artistas do improviso.


Louro e Jó Patriota


Otacílio (no centro da foto)


 Os irmãos Dimas e Otacílio


 Tríade: Dimas, Otacílio e Louro do Pajeú.


O velho Pinto do Monteiro.

Extraído do blog do escritor e pesquisador do cangaço
João de Sousa Lima

 

Romaria lembra o martírio da menina Benigna em Santana do Cariri

A menina Benigna que poderá virar Santa

Rememorando os 70 anos do martírio da jovem Benigna Cardoso, considerada santa na região do Cariri, foi realizada a oitava Romaria de Benigna, no distrito de Inhumas, em Santana do Cariri, a 550 quilômetros de Fortaleza. Este ano, o evento teve como o tema “Menina Benigna: heroína da castidade rumo à beatificação”.

O dia 24 de outubro é lembrado como a data do assassinato de Benigna, quando tinha 13 anos. Ela foi morta a golpes de faca, em 1941, por um rapaz que queria namorar com ela e foi rejeitado. Pouco depois de sua morte, começaram as romarias ao local onde ela foi assassinada. Segundo estimativa da organização, cerca de cinco mil pessoas participaram do evento. Sandro Cidrão, organizador do movimento pela beatificação de Benigna, afirma que o número foi quase o dobro da romaria do ano passado, quando a cidade recebeu três mil romeiros.

O santuário de pedra erguido pelos romeiros, o túmulo da santa e um vestido guardado como relíquias são os principais itens de veneração (IGOR DE MELO)

Para ele esse é um evento ainda sem precedentes no Estado, já que os fiéis têm esperança de ver a “mártir da pureza” reconhecida pela Igreja Católica como a primeira beata do Ceará. “A santidade de Benigna já existe há 70 anos, o que a Igreja vai fazer é reconhecer isso”.

“Há muita fé e devoção por ela”, afirma o organizador. Segundo ele, a veneração a Benigna acontece durante todo o ano, e atrai pessoas de Santana do Cariri e de cidades vizinhas. O santuário de pedra erguido pelos romeiros, o túmulo da santa e um vestido guardado como relíquias são os principais itens de veneração. A demanda pela beatificação de Benigna já existe há bastante tempo, e o pedido de reconhecimento pelo Vaticano já foi iniciado. De acordo com o organizador, o monsenhor Vitaliano Mattioli foi nomeado pela Diocese do Crato para representar a causa no departamento de Santidade em Roma.

Um dossiê foi preparado para solicitar a beatificação da menina. Em março, segundo Sandro, o processo deve ser iniciado oficialmente. “Ela morreu de forma heroica para salvar a própria virgindade, e isso é a razão que inspira muitos devotos”, explica Sandro. A romaria de Benigna é realizada há oito anos em Santana do Cariri. Lá, viveu a menina que é considerada santa pela população e que foi morta aos 13 anos, vítima de um rapaz que a cortejava. A data de sua morte é celebrada pelos romeiros há 70 anos.

Fonte: O POVO Online/OPOVO/Ceará

A Donzela e o Cangaceiro

Por: Cacá Araujo
 

Segunda, dia 31 de outubro e Terça, dia 1ª de novembro de 2011
Teatro Rachel de Queiroz, Crato-CE - 20h
Entrada: R$ 5,00 (meia e antecipada) - R$ 10,00 (inteira)
Indicação: 12 anos

A ambição desmedida do homem rico, a ganância cruel do norte-americano e a trama infernal vinda das trevas ameaçam o Sítio Fundão, importante reserva ecológica brasileira. As forças do mal, lideradas pelo Bode-Preto, entram em disputa ferrenha pelo domínio da área, mas são enfrentadas pela legião do bem, liderada pela Caipora, deusa protetora da natureza. Somente o amor pode salvar o sítio da destruição total. Um enigma, proferido pela esfinge de Seu Jefrésso, contém todo o segredo do universo, capaz de restabelecer a paz e a harmonia.

Donzela Flor, símbolo de pureza, precisa ser desencantada. O cangaceiro Edimundo Virgulino, valente e destemido, luta com bravura para salvar o sítio e conquistar o coração da donzela.
 
Produtor, Diretor e Ator, Cacá Araujo

"A DONZELA E O CANGACEIRO"
 
!!!Mais uma superprodução da Cia. Cearense de Teatro Brincante!!!
 
Ao abordar a ecologia e o meio ambiente a partir de motivo factual doméstico, neste caso a luta pela preservação do Sítio Fundão, importante reserva ecológica na zona urbana na cidade do Crato-CE ameaçada de extinção, o espetáculo "A Donzela e o Cangaceiro" amplia o foco ao propor uma leitura da gana imperialista capitaneada pelos EUA, usurpadores das riquezas alheias. Envereda também pelo universo histórico e mítico do homem nordestino e universal, revisitando o cangaço e o mito da Caipora numa história fantástica, mas embrenhada “na” e “de” realidade.

"A Donzela e o Cangaceiro", obra premiada pela Funarte em 2007, é um projeto teatral que dá prosseguimento à determinação do dramaturgo Cacá Araújo em buscar a afirmação de uma dramaturgia nordestina e universal alinhada ao resgate e à difusão da cultura tradicional popular, fundada na expressão do imaginário do povo, nas lendas, nos mitos, nos causos, nas aventuras, nos romances, na história, nos mistérios que habitam a alma afoita e brincante do sertanejo, cujo sangue saltitante se perpetua no riso e na dor, na graça e no sofrimento, na desventura e na esperança.


Cacá Araujo
Produtor, Diretor e Ator
Crato-Ce
 


VÃO-SE CATAR


A mensagem dos BRIC foi clara  —  Vão-se catar! Em português e em nome dos quatro (Brasil, Rússia, Índia e China), Dilma disse o óbvio: Por que haveria de ajudar se eles [a Firma] não ajudam? Foi assim que a cimeira do G20 terminou. A História reservará a Sarkozy uma breve nota de pé de página: Anfitrião da cimeira em que a Itália pediu em directo a ajuda do FMI. Ao pé disto, a fronda ateniense é um acto de soberania. A propósito: Papandreou ganhou a moção de confiança.

[Na imagem, Dilma Rousseff com o presidente chinês Hu Jintao, em Cannes.]
 
Extraído do Blog de Portugal - "Da Literatura"

O GRANDE FOGO DA CAIÇARA – INÍCIO DA RESISTÊNCIA AO BANDO DE LAMPIÃO NO RN

Photo

TEXTO – Angelo Dantas - http://coronelangelodantas.blogspot.com/


O episódio acima citado, ocorrido no dia 10 de junho de 1927, na então Vila Vitória, atual Município de Marcelino Vieira/RN, precisamente no lugar denominado Caiçara dos Tomáz, está muito bem relatado por Carlos Rostand França de Medeiros, no blog Lampião Aceso e pelo Sargento Gama no blog Toxina.
Mas ainda tem muita novidade sobre tal ocorrência.
Em razão de o soldado  José Monteiro de Matos ter sido cruelmente assassinado pelo bando do célebre cangaceiro Virgolino Ferreira da Silva, o Lampião, naquele fatídico dia, o Governador Juvenal Lamartine autorizou a construção de um túmulo em sua memória, conforme lei que segue abaixo.


Embora deva ser considerado como um dos seus maiores heróis, pouca coisa a PM tem feito para enaltecê-lo.
Diante disto, estou concluindo um projeto para que seja criada a Medalha de Bravura  da PM-RN, cuja denominação será CRUZ DE BRAVURA SOLDADO MATOS.
Conforme tratado na 1ª parte, em 1928 o governador Juvenal Lamartine autorizou a construção de um monumento em memória do destemido soldado José Monteiro de Matos.

Placa do antigo monumento. Repare a data errada (16-06-1927). Foto do autor - março/2007

Com a construção do açude de Marcelino Vieira, cuja lâmina d’água encobriu o local onde ocorreu o grande confronto travado com o bando de Lampião o monumento teve que ser relocado. Acreditamos que isto ocorreu no governo de Dinarte Mariz. Possivelmente tenha sido mandado fazer uma outra placa de bronze com os dizeres necessários. E erraram exatamente a data do episódio. A placa permaneceu exibindo a data 16 DE JUNHO DE 1927 por muitos anos até que, no inicio de 2007, por iniciativa deste pesquisador e apoio do prefeito Francisco Iramar o equivoco foi sanado.
No dia 10 de junho de 2007, no transcurso dos “Oitenta Anos do Grande Fogo da Caiçara” o monumento foi mais uma vez relocado, assunto que será tratado mais adiante.
De acordo com os autos do histórico processo crime movido contra Virgolino Ferreira e seu bando  na Comarca de Pau dos Ferros, sentenciado no ano 2002, pelo MM Juiz de Direito João Afonso Morais Pordeus, o cadáver do soldado da PM-RN José Monteiro de Matos fora examinado no dia 11 de junho de 1927, na povoação de Victória, atual Município de Marcelino Vieira/RN, cujo lado pericial, manuscrito, compõe o caderno  processual.
 
Antigo monumento ao soldado Matos. Foto do autor - março/2007

Como sou um ferrenho defensor de que o bravo soldado Matos é um verdadeiro herói e mártir da nossa querida corporação achei por bem publicar as peças atinentes à referida perícia. Tal documento é um dos diversos embasamentos do anteprojeto de decreto que estamos elaborando, com vistas a ser instituída a medalha de bravura da PM-RN e me foi generosamente cedido em forma de cópia pelo colega Epitácio de Andrade Filho, capitão médico e cangaceirólogo.





No dia 10 de junho de 2007 comemoramos solenemente o transcurso  dos 80 anos do primeiro confronto travado entre o bando de Lampião e a polícia em solo potiguar, cujo evento ficou conhecido como O Grande Fogo da Caiçara, ocorrido no atual Município de Marcelino Vieira. Lá padeceu o destemido soldado José Monteiro de Matos, jovem policial que ainda não havia completado 40 dias de serviço.
A fim de bem marcar tão significativo acontecimento, elaborei e apresentei ao Dr. Iramar de Oliveira, respectivo prefeito municipal, uma proposta de Medalha Comemorativa, o que foi plenamente aceito e aprovado.
 
Medalha Fogo da Caiçara

Contando com a importante colaboração do sargento PM Francisco das Chagas Alves, meu colega de corregedoria, a arte da referida medalha ficou assim definida:
I – Insígnia: formada por um escudo redondo, dourado, medindo 40mm de diâmetro, tendo ao centro um octógono encravado num circulo, carregado pela representação da Serra do Panatis. Em contra-chefe, duas setas horizontais apontando em sentidos opostos e, logo acima, à destra, duas garruchas em santor, e à sinistra um chapéu de cangaceiro,  encimados pela representação do  monumento erigido em memória do Soldado José Monteiro de Matos. Circundando a bordadura da medalha,  as inscrições PMMV, acima, e COMEMORATIVA DOS 80 ANOS DO FOGO DA CAIÇARA, abaixo, e entre estas dois ramos de folhas de carvalho. No reverso, a inscrição “10 de junho de 2007 – 80 anos”.
II – Fita: confeccionada em gorgorão de seda chama lotada, com listras nas cores verde, azul, amarela, branca, azul e verde, medindo 35m de largura por 45mm de comprimento útil.
III – Barreta: confeccionada com o mesmo tecido e cores da fita, medindo 10mm de altura por 35mm de largura.
IV – Diploma: confeccionado em papel apergaminhado, de acordo com o modelo em apenso.
Simbologia
A simbologia  da Medalha  é a seguinte:
I – Octógono: Representa o algarismo “8”;
II – Círculo: lembra o algarismo “0”, de 80 anos.
III – Serra do Panatís; Simboliza o Município de Marcelino Vieira;
IV – Monumento tipo cruzeiro: evoca o Soldado José Monteiro de Matos, morto durante o Fogo da Caiçara;
V – Chapéu de cangaceiro: significa o fenômeno social que assolou os sertões nordestinos, sobretudo na década de 1920.
VI – Garruchas cruzadas (em santor): representa a força legal que combateu aos cangaceiros no povoado Caiçara, da qual fazia parte o bravo Soldado José Monteiro de Matos;
VII – Cores azul, amarela e verde: predominantes da bandeira de Marcelino Vieira;
VIII – Setas em sentidos opostos: indicam que houve combate entre as duas facções;
IX – Folhas de carvalho: simbolizam força, coragem e intrepidez;
Foi muito interessante e proveitoso o engajamento de diversas pessoas e Órgãos durante aquele movimentado mês de junho do ano 2007, quando foram realizados alguns eventos que marcaram o transcurso dos 80 anos da investida de Virgolino Ferreira em terras norte-rio-grandenses.
 
Descerramento do memorial do cangaço
 
Em Marcelino Vieira, onde ocorreu verdadeiramente o 1º confronto de Lampião com a polícia potiguar, houve durante toda a tarde daquele 10 de junho inúmeras comemorações. A prefeitura municipal mandou erigir uma espécie de memorial do cangaço e eu tive a satisfação de descerrar a respectiva placa, em companhia do então prefeito municipal, o meu amigo Francisco Iramar.
A entrega solene da medalha acima descrita ocorreu na tarde daquele 10-junho-2007, ao lado do monumento erigido em memória do soldado José Monteiro de Matos, com a presença de diversas autoridades , convidados e pessoas do povo.

2º Sgt PM Francisco das Chagas Alves e Ten Cel Angelo

Cerca de 30 personalidades foram agraciadas, dentre autoridades, pesquisadores, militares estaduais e parentes de policiais que participaram do combate.
No dia 10 de junho de 2007, em significativa solenidade, o Dr. Francisco Iramar de Oliveira, prefeito de Marcelino Vieira concedeu a cerca de 30 pessoas a Medalha Comemorativa dos 80 Anos do Grande Fogo da Caiçara.
O evento marcou os oitenta anos da passagem do bando de Lampião pelo lugar.

Da esq. p/ dir.: TC PM Angelo, pesquisador Rostand Medeiros, juiz e escritor Sérgio Dantas, cap médico Epitácio de Andrade Filho e maj PM Romualdo

Naquele distante 10 de junho de 1927, Lampião e seus cabras  travaram ferrenho combate com uma fração de tropa da PM, resultando mortos o soldado José Monteiro de Matos e o cangaceiro Azulão.
As pessoas agraciadas foram indicadas em face de suas valiosas e destacadas contribuições para com o resgate da história do Município de Marcelino Vieira.

Todos os direitos reservados

É permitida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de
comunicação, eletrônico ou impresso, desde que citada a fonte e o autor.


Extraído do blog do Neto
http://afnneto.blogspot.com/
http://blogdomendesemendes.blogspot.com


LAMPIÃO CONTINUA ATERRORIZANDO

 Por Zózimo Lima

Lampião continua a ser um caso não resolvido.

Já se vê que eu não quero me referir à seção inegavelmente eficiente das forças estaduais. Estas têm feito tudo quanto pode; e ai de nós se não fossem elas que vêm montando guarda às nossas cidades sertanejas. Os governos de Bahia, Sergipe e Alagoas têm feito tudo quanto lhes é possível na defesa dos seus Estados.

Já tem sido feitas, entretanto, por parte do general Távora, tentativas de organização miliciana, com o título de expedição especial, para a captura do terrível bandoleiro, aliás não levada a efeito por não permitir, no momento, a situação
financeira do país.

Soldados da ativa e da reserva, marinheiros, ocupados e desocupados, médicos sem clínica e bacharéis sem clientela, funcionários aposentados administrativamente e desembargadores postos em disponibilidade pela força discricionária do
executivo, abatedores, rastejadores, aviadores e até mavórticas representantes do feminismo desiludidas das delícias conjugais, tem se apresentado às redações das gazetas, ao Ministério da Justiça, ao então ex-chefe da fracassada expedição Chevalier, oferecendo os seus serviços patrióticos em defesa das populações nordestinas perseguidas pelo mais feroz bandido brasileiro deste século.

Agora, porém, o governo acaba de ter um oferecimento que não deve recusar por ser milagrosamente
econômico.

O tenente João Pinheiro, da força pública paranaense, que prendeu vários detentos evadidos da penitenciária de Curitiba, garante que prenderá Lampião, exigindo unicamente o direito de escolher apenas dois soldados de confiança pertencentes ao seu batalhão.

Poderia o bravo miliciano contar com a certeza da vitória se o proprietário de Serra Negra não levantasse protesto contra a violação daquelas terras " homizio antigo e certo do famigerado bandoleiro.
"A Tribuna" 07/07/31
  
Autor:  Zózimo Lima
 
Extraído do Blog: "Cangaço em Foco", do delegado da Polícia Civil do Estado de Sergipe. Dr. Archimedes Marques.
 
 
 

"SACRIFÍCIO DE JESUS NA CRUZ: UMA PROVA DE AMOR RADICAL !!!"

Por: Kátia Regina Corrêa Santos 

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“SACRIFÍCIO DE JESUS NA CRUZ:
UMA PROVA DE AMOR RADICAL !!!”

Obs: imagem extraída do site:  http://www.independenciano.com.br/

O sacrifício de Jesus na cruz, não somente curou, libertou e salvou a humanidade... o sacrifício de Jesus na cruz é a maior prova de amor que alguém poderia ter feito: “DOAR SUA PRÓPRIA VIDA EM RESGATE DE NOSSAS VIDAS !!!”

A atitude de amor de Jesus por nós demonstra o quanto nós somos importantes para Ele, e o quanto Ele nos ama...Jesus com seu sacrifício veio preencher o vazio deixado pela falta de amor em nossos “corações carentes”... afinal somos obras da “TRINDADE SANTA”, Pai Filho e Espírito Santo (Gênesis 1,26)... e fomos feitos por amor, para sermos amados e para amar !!!

O sacrifício de Jesus na cruz é uma declaração de amor profunda, que cada ser humano precisa compreender, para poder viver plenamente livre e realizado... porque na nossa essência o que nos realiza é somente o amor verdadeiro de Jesus !!!

Em comunhão com meus irmãos em cristo, ouço histórias de vidas, experiências de sofrimento, de rejeição, de traição, de decepção, de procura de um amor verdadeiro, de busca de ser correspondido no amor, de ser valorizado por aqueles que amam...nestes relatos, eu consigo sentir nestas almas uma enorme carência de amor... uma carência que leva a infelicidade, a tristeza, a angústia, a depressão, a crise existencial !!!

Uma carência que provoca um vazio na alma e leva muitos a procurar preencher com outras coisas (drogas, sexo, escravidão dos vícios, etc)...uma carência que acredito eu, só pode ser suprida e preenchida com um amor curador, libertador e salvador que somente se encontra no: “SACRIFÍCIO DE JESUS NA CRUZ: UMA PROVA DE AMOR RADICAL !!!”

Autora: Kátia Regina Corrêa Santos – Escrito em: 06.07.2011


AS APRESENTAÇÕES DO POETA ASSUENSE RENATO CALDAS EM NATAL E ARACAJÚ

O poeta Renato Caldas nasceu na cidade de Assú no dia 8 de outubro de 1902, sendo considerado o maior representante da poesia matuta no Rio Grande do Norte.
Ficou conhecido como o “poeta das melodias selvagens”, por seus versos apresentarem de maneira simple e espontânea, para alguns até mesmo rude, mas sempre original, aspectos do amor, da simplicidade da vida do homem do campo, da natureza sertaneja e da beleza feminina.

7 de agosto de 1937

Homem expansivo, o poeta Renato Caldas era um grande boêmio e um apreciador das cantigas populares.
A sua obra mais conhecida é o livro de poesias “Fulô do Mato”.
O jornalista Franklin Jorge (http://almadobeco.blogspot.com/2005/02/renato-caldas.html) nos mostra que ele era um “Autor de uma verve espontânea, irreverente e fecunda, que por muitos anos surpreendeu e deliciou gerações”.
Em 1987, este jornalista entrevistou longamente o poeta para o Caderno de Domingo, suplemento que então se publicava no jornal natalense “Tribuna do Norte”. Neste trabalho Jorge encontrou o velho homem de letras já “bastante alquebrado pela doença e pela velhice”, mas ainda memorioso, lúcido e frequentando um bar em Assú.
O jornalista comenta que em 1993, pouco tempo depois da morte de Caldas, o então prefeito de Assú, Lourinaldo Soares desejava construir um memorial em honra do poeta. Coube a Franklin Jorge a tarefa de organizar e classificar os papéis de Renato Caldas.
Infelizmente em sua busca, ele encontrou algumas poucas cartas e fotos. Segundo o jornalista “Não havia nenhum livro, nenhum manuscrito; nada, enfim, que justificasse a criação de um memorial. Da sua copiosa produção, dispersa ao longo dos anos, não restara nada”.
É uma pena que nada tenha sido encontrado. Li “Fulô do Mato” e considero uma obra verdadeiramente maravilhosa.

Renato Caldas - Fonte-Recantodasletras.com
 
Fui à busca de algum material sobre este poeta nos meus arquivos e encontrei duas interessantes reportagens sobre apresentações realizadas por Caldas.
Em 1937, no dia 7 de agosto, um sábado, o jornal “A Republica” trazia na sua terceira página o anúncio “O sertão na cidade – O que será o recital de Renato Caldas”. Neste jornal o poeta era apresentado como “magnífico intérprete da poesia matuta”.
A apresentação de “O sertão na cidade” aconteceria às oito e meia da noite, no então Teatro Carlos Gomes, atual Alberto Maranhão, no bairro da Ribeira. Para aqueles que se fizessem presentes, o jornal anunciava que a apresentação traria “tudo que o sertão tem de beijo, através dos versos esplêndidos de Renato Caldas”, que era designado pelo jornal como sendo um “folklorista”.
O poeta é apresentado de forma solene e exuberante. Mostrando que parecia estar em uma fase muito positiva de sua carreira e com uma enorme aceitação por parte da sociedade natalense.
Naquela noite de sábado, antes de Renato Caldas começar a declamar seus versos, subiu ao palco do Carlos Gomes o também poeta Genar Wanderley, que logo se tornaria radialista e seria conhecido como o “Cacique do Rádio Potiguar”. Genar fez uma apresentação sobre a vida de Caldas e enalteceu a sua poesia.
Também se apresentou o músico e cantor Santos Lemos, ou Santos Lins (Devido ao estado do jornal não foi possível ter uma certeza deste nome). O jornal informava que este era o “Cantor que todos conhecem”.
Sobre o recital de Renato Caldas propriamente dito, encontramos basicamente a informação que ele foi realizado com “muita expressão” e que o poeta aproveitou e contou “várias anedotas”.
Vemos que o relato da apresentação, publicado em 10 de agosto, foi uma nota extremamente curta e econômica nas informações. Se compararmos com a nota que informava sobre o mesmo espetáculo, percebemos uma nítida diferença.
Devido à qualidade da poesia de Renato Caldas, acho difícil que o público presente ao Carlos Gomes não tenha gostado do que viu e ouviu. O que talvez justificasse uma nota informativa tão limitada.
Não sei se o poeta de Assú, talvez ao contar suas piadas, tenha se excedido perante os rigores da sociedade natalense da época. Não podemos esquecer que era 1937, o ano da implantação do Estado Novo, onde os ideais apregoados pela ditadura Vargas em relação a moral, os bons costumes e o civismo eram extremamente rígidos.
Apesar de não havermos conseguido maiores informações sobre o desenrolar deste evento, vamos encontrar informações de outro espetáculo de Renato Caldas. Mas desta vez seu palco foi em Aracaju, Sergipe.
Quase um ano depois do evento em Natal, no dia 22 de julho de 1938, uma Sexta-Feira, Caldas fazia uma apresentação na Biblioteca Pública de Aracajú.


Na primeira página do periódico “O Nordeste”, de 23 de julho, temos a  manchete “Folklorista Renato Caldas”. A nota trás a informação que na Biblioteca Pública, localizada próximo ao palácio do governo, no centro da cidade, o potiguar realizou duas apresentações.
Para a plateia local ele veio como “Um verdadeiro caipira”, provocando no público “Desopitantes gargalhadas”. O jornal afirmou que Caldas soube trazer a alma do matuto ao som de sua viola e dos seus versos.
O poeta José Maria Fontes (1908-1994), precursor do Modernismo em Sergipe, foi quem realizou a apresentação do vate de Assú ao público presente.

Antiga Biblioteca Pública de Aracaju, atual Câmara de Vereadores 
Fonte - http://aracajuantiga.blogspot.com
 
Renato Caldas vinha se apresentando em outras capitais nordestinas, pois o poeta Fontes comentou que o mesmo não era um “Neófito”, que já tinha “Seu nome aureolado pelas plateias dos estados nordestinos”. Sobre esta informação, Segundo Fernando Caldas, blogueiro nascido em Assú (http://blogdofernandocaldas.blogspot.com/2007/10/sobre-o-poeta-de-ful-do-mato.html), informa que o autor de “Fulô do Mato” realizou viagens pelo Nordeste, onde se apresentava em palcos de cinemas, teatros e outros locais improvisados, declamando suas poesias irreverentes, amorosas, cantando emboladas e modinhas que também sabia produzir a seu modo.
Estas reportagens mostram que Renato Caldas conseguiu seu espaço fora do Rio Grande do Norte, mostrando a qualidade dos versos que o consagraram. Não sei se devido ao seu espírito irreverente, sua boêmia, sua inquietude, ele não tenha alcançado um espaço mais amplo e merecedor da qualidade do seu trabalho.

Renato Caldas faleceu em 26 de outubro de 1991.
Rostand Medeiros-Pesquisador e escritor  

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