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sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

MENTIRAS COM LAMPIÃO FORAM CRIADAS ATÉ POR ALGUNS JORNAIS DA ÉPOCA.

 Por Reinaldo Antiquário

Como Lampião era a galinha dos ovos de ouro dos jornais de sua época, publicavam muitos boatos e fantasias sobre ele. Disseram até que ele foi um... soldado da polícia. Foi essa a notícia publicada no jornal recifense Diário da Manhã em 31 de agosto de 1932.


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ATRIZ MATY HUITRÓN ANDANDO PELAS RUAS DA CIDADE DO MÉXICO, 1953.

 Por Fotos de Fatos

https://draft.blogger.com/blog/post/edit/1718124674750994237/2734173099445171736

Martina Guitrón Porto (Cidade do México30 de janeiro de 1936 — 14 de janeiro de 2019) foi uma atriz mexicana de telenovelas, e mãe da produtora Carla Estrada.

Maty Hiutrón tem uma longa carreira como atriz, já atuou em várias telenovelas de grande sucesso, entre elas a telenovela Amor Real de 2003, que foi produzida pela sua filha a renomada produtora Carla Estrada, Maty também trabalhou em outra telenovela de sucesso produzida por sua filha, que foi O Privilégio de Amar em 1998, ambas tiveram como protagonista a atriz Adela Noriega, uma das atrizes preferidas nos castings de Carla.

Maty Hiutrón morreu em 14 de janeiro de 2019, aos 82 anos.[1]

Telenovelas

Pasión (2007) … Francisca de Salamanca

Amor Real (2003) … Madre Superiora

La otra (2002) … Tia Fabiana Morales

O Privilégio de Amar (1998) … Bárbara Rivera

Vivo por Elena (1998) … Simona

Desencuentro (1997) … Lídia

Bendita Mentira (1996) … Ramona

Lazos de Amor (1995) … Ana Salas

María José (1995) … Dra. Juárez

Madres Egoístas (1991) … Mina Báez

Dias sín Luna (1990) … Magdalena

Muñeca (1974)

Corazón de dos ciudades (1969)

https://pt.wikipedia.org/wiki/Maty_Huitr%C3%B3n

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ENCONTRO DO GENERAL RONDON COM PADRE CÍCERO NO JUAZEIRO DO NORTE-CE.

 Por Fotos de Fatos

O então general Rondon e padre Cícero se encontram em Juazeiro do Norte no Ceará, em 11/1922, rodeados pelos outros 2 integrantes da Comissão de Inspeção de Obras do Nordeste, o ministro Ildefonso Lopes e o ex-deputado Paulo Barros (sobrinho do ex-Presidente Prudente de Moraes).

https://twitter.com/FotosDeFatos/status/1213105958236368896

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O CONSELHO QUE O PADRE CÍCERO DEU A LAMPIÃO

 Por Kinko Peregrine.

https://www.youtube.com/watch?v=n21viSUvFDg&ab_channel=NoRastroDoCanga%C3%A7o

O conselho que o Padre Cícero deu a Lampião quando ele veio ao Juazeiro do Norte VEJA OUTROS TEMAS https://www.youtube.com/channel/UCPtq... 

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ONDE O PADRE CÍCERO PASSOU A NOITE DE NATAL HÁ 150 ANOS?

Escrito por Paulo Henrique Rodrigues, em 24 de Dezembro de 2021. 

Legenda: Excertos do livro 'Padre Cícero: Poder, Fé e Guerra no Sertão', de Lira Neto

Na vida do Padre Cícero, realidade e mito se misturam. E, às vezes, a crença se sobrepõe a qualquer evidência histórica.

Há exatos 150 anos, Cícero Romão Batista presidia a Missa do Galo no então vilarejo do Crato chamado Tabuleiro Grande, o primeiro nome de Juazeiro do Norte. Depois dessa celebração, o jovem padre de 27 anos ainda teve um sonho revelador: Jesus Cristo aparecia para pedir a Cícero que morasse naquela vila e cuidasse daquele povo.

A história da primeira missa do Padim foi consagrada no relato de Amália Xavier, afilhada do padre e autora do clássico O Padre Cícero Que Eu Conheci. Mas eis que surge uma controvérsia: a historiadora Fátima Pinho afirma que, naquela noite de Natal de 1871, o Padim estava há mais de 600 quilômetros de distância do Cariri.

Fátima Pinho defende a tese com documentos da própria Igreja Católica, como registros de batismo, casamento e óbito. Eles mostram que, entre outubro de 1871 e janeiro de 1872, o Padre Cícero trabalhava em Trairi e nas comunidades circunvizinhas do vilarejo localizado no Norte do Estado.

A afirmação contesta a narrativa fundadora de Juazeiro do Norte. Exagerando, é como dizer que o Menino Deus nasceu em Jerusalém e não em Nazaré. É um detalhe que faz diferença.

Legenda: Registro de batismo de 3 meninas em Trairi em 25 de dezembro de 1871, quando o Padim deveria estar aqui em Juazeiro do Norte

Mas, afinal, quando o Padre Cícero teria celebrado pela primeira vez em Juazeiro do Norte? Para a historiadora, é possível dizer que ele só chegou ao vilarejo em abril de 1872. No dia 13, inclusive, celebrou mais de uma dezena de batismos.

Além disso, a decisão de morar em Juazeiro do Norte estaria ligada mais à necessidade financeira do Padre Cícero do que a um sonho profético. Ele tinha que sustentar quatro pessoas: a mãe, duas irmãs e ainda Maria do Padre, mulher escravizada liberta que morava com a família Romão Batista. O vilarejo estava sem vigário. Era uma oportunidade de emprego.

Não é a primeira vez que um fato da vida do Padre Cícero é apontado como erro histórico. Em 2018, foi revelada que a data de nascimento seria outra: 23 e não 24 de março, que é feriado na cidade fundada por ele. Aliás, mesmo depois da correção histórica, a data continua sendo celebrada no dia 24.

E aí está a diferença do Cearense do Século para qualquer outro brasileiro biografado. Na vida do Padre Cícero, realidade e mito se misturam. E, às vezes, a crença se sobrepõe a qualquer evidência histórica. 

Os romeiros convivem com essas contradições sem sofrimento, atribuindo muitos milagres ao santo popular. O primeiro e mais evidente é o de ter transformado um vilarejo de 30 famílias em uma cidade com quase 300 mil habitantes.

https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/opiniao/colaboradores/onde-o-padre-cicero-passou-a-noite-de-natal-ha-150-anos-1.3174196?fbclid=IwAR157o_myJ4rnefPoH-9m9kOWL5AheC0rOY0ttBxHzkLfSkNIgfMwVmu3Jo

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SEM RONDA NOTURNA, JESUÍNO BRILHANTE ATACA CADEIA VELHA DE POMBAL-PB.

 

1874 - 19 de Fevereiro, às duas horas da manhã, numa quinta-feira, chovendo bastante, não havendo ronda noturna, Jesuíno Brilhante, seu irmão João Alves Filho, o cunhado Joaquim Monteiro e outros, perfazendo um total de oito cangaceiros, todos montados a cavalos, atacaram de surpresa a Velha Cadeia de Pombal, que na época era guarnecida por um cabo, onze soldados da Guarda Nacional e um da Polícia. A finalidade era liberar seu irmão que estava preso.

Fonte: http://lentescangaceiras.blogspot.com.br/search/label/A%20Cadeia%20Velha%20de%20Pombal%20%28Verneck%20Abrantes%29

O PESQUISADOR DO CANGAÇO ÂNGELO OSMIRO ESCREVEU SOBRE O CANGACEIRO ROMÂNTICO JESUÍNO BRILHANTE:

Jesuíno Alves de Melo Calado ou simplesmente Jesuíno Brilhante, o cangaceiro romântico. Nasceu no sítio Tuiuiú nas proximidades de Patu no Estado do Rio Grande do Norte. Agricultor e criador até os vinte e cinco anos, era um homem pacato. Segundo o grande folclorista potiguar Câmara Cascudo que por sua vez ouvira do padre Antônio Brilhante, Jesuino era de estatura baixa, robusto, pele clara, arruivado e de olhos azuis, falava manso e tato; exímio atirador tinha grande pontaria sendo ainda ambidestro. Casou-se com uma prima, chamada Maria Carolina C. de Mello com quem teve cinco filhos.

Um verdadeiro “Robin Hood” do sertão, roubava dos ricos para distribuir aos pobres, tendo como fato que durante a grande seca que assolou o sertão nordestino em 1877, uma das mais catastróficas da história, ele e seu bando saqueavam os comboios enviados pelo governo transportando alimentos. Distribuía aos flagelados a seu critério; era aquele que protegia as donzelas ultrajadas, fazendo casamentos, principalmente de filhos de poderosos que abusavam das filhas dos sertanejos humildes, achando que não seriam punidos ou obrigados a casar.

A entrada de Jesuíno Brilhante no cangaço deu-se em razão de uma desavença com uns vizinhos da família Limão, esses ligados ao partido Conservador, então dominante da política local, em contra partida a família de Jesuíno estava ligada ao partido Liberal, “em baixa” como se dizia na época. Este fato em especial viria causar a perseguição de Jesuíno por parte de um governo tendencioso.

Após um roubo de cabras na fazenda dos Calados, praticados por membros da família Limão, a briga esquentou, tendo um irmão de Jesuíno de nome Lucas Alves, levado uma surra de Honorato Limão na “rua” de Patu. O fato revoltou Jesuíno Brilhante que se dirigiu à localidade em busca de vingança, tendo encontrado o agressor em um bar, zombando e mandando abrir uma garrafa de cachaça em “honra do morto”. Jesuíno invadiu o estabelecimento comercial e matou Honorato Limão a golpes de faca, fato ocorrido precisamente no dia 25 de dezembro de 1871, noite de natal.

Outra versão é que um menino da família Limão teria desrespeitado o patriarca da família, o major João Alves de Mello Calado. Zé Limão cumprindo ordens de seu patrão José Lobo, fora à fazenda Tuiuiú devolver uma junta de bois que João Alves havia emprestado a seu patrão. Desgostoso com a ordem, o moleque foi a contragosto e chegando a propriedade dos Calados, não tratara com o devido respeito ao velho fazendeiro. Naquele mesmo instante chegava à fazenda Jesuíno, filho de João Alves que presenciou toda a cena e pediu respeito para com seu pai, o menino atrevidamente respondeu ao filho de João Alves e puxou uma faca para agredi-lo, sendo desarmado e dominado por Jesuíno, acabou levando uma surra. A família Limão passou a jurar vingança pela sova levada pelo caçula.

A partir do assassinato de Honorato Limão, Jesuíno Alves de Melo Calado passaria a ser Jesuíno Brilhante, o nome era uma homenagem a um tio, que havia abraçado a vida bandoleira anteriormente.Sua vida foi repleta de histórias extraordinárias, como a que uma vez, chegando à fazenda de um conhecido seu, pediu ao fazendeiro cavalos, viveres e dinheiro, tendo este negado, dizendo que dar não daria se quisesse que levasse, Jesuíno respondeu-lhe que era cangaceiro sim, ladrão não, montou em seu cavalo e saiu sem mais nada dizer ou fazer. Outro fato famoso de sua vida bandoleira deu-se no assalto a cadeia de Pombal na Paraíba, com o intuito de soltar seu irmão que estava preso naquela cidade. Assim como também o ataque à cadeia de Martins no Rio Grande do Norte, quando, enquanto tiroteava com seus inimigos ia furando buracos nas paredes das casas conjugadas, indo sair na última casa da rua, deixando seus adversários atônitos com sua astúcia. Nesta ocasião deu fuga a 43 presos conforme consta no processo aberto para apurar o caso.

Jesuíno entrou na vida bandoleira aos vinte e cinco anos, passando cerca de dez anos vivendo em baixo do cangaço, porém jamais foi assalariado para cometer qualquer tipo de crime, tinha orgulho de dizer que nunca havia matado para roubar.Dentre as histórias heróicas da tradição oral atribuída a Jesuino Brilhante, conta-se que certa vez pedindo pouso em uma fazenda, foi atendido pela mulher do fazendeiro, pois este estava viajando. Aflita, a mulher pede socorro, um valentão do lugar havia mandado avisar que ela se preparasse àquela noite, pois ele viria dormir com ela. Jesuino orientou a mulher a sair de casa e tomou seu lugar no quarto. Brilhante esperou o valentão, que apareceu à noite e adentrou no quarto pensando encontrar a pobre mulher indefesa. Pouco tempo depois o homem saiu gravemente ferido e veio a falecer. Ao amanhecer a mulher voltou para casa, encontrou Jesuino que a tranqüilizou, dizendo ter resolvido o problema, o valentão não voltaria mais, pois havia viajado.

Também no Ceará, o cangaceiro romântico fez das suas. Após sua esposa e seu pai sofrerem severas humilhações praticadas pelo Alferes Sá Leitão no Rio Grande do Norte, o militar agressor tentou refugiar-se nas redondezas da cidade de Russas, onde para seu azar, moravam vários familiares do cangaceiro. Não demorou muito para que Jesuíno Brilhante fosse avisado pelos parentes do paradeiro de seu inimigo.Deslocou-se para as terras jaguaribanas acompanhado somente do cabra conhecido por Pajeú. Sabendo de todos os passos do militar, Jesuíno preparou uma emboscada e feriu mortalmente seu opositor, após o ocorrido voltou oculto para o território potiguar.

Sua saga foi romantizada pelo grande escritor cearense Rodolfo Teófilo, através do livro “Os Brilhantes”. Escritor nascido na Bahia, entretanto dizia ser cearense por opção.Algumas histórias de gentil homem são atribuídas hoje em dia ao cangaceiro Lampião, o que cria de certa forma uma áurea de herói para o cangaceiro do Pajéu, o que na realidade Lampião não foi, algumas dessas atitudes foram mesmo protagonizadas pelo cangaceiro herói potiguar, esse sim um cangaceiro romântico. Outras histórias sequer existiram, sendo pura criação do imaginário popular.

A vida de Jesuíno Brilhante foi heróica, e sua morte não poderia ser diferente. Sendo atacado pela polícia comandada por um seu inimigo da família Limão, vendo-se acuado montou em seu cavalo e partiu célere em direção dos seus perseguidores disparando seu bacamarte, mas foi ferido mortalmente pelo inimigo. Jesuino foi ainda carregado pelos companheiros, vindo a falecer no lugar Palha, no meio do mato, onde foi enterrado. Anos depois seu amigo o médico Francisco Pinheiro de Almeida Castro exumou o esqueleto, levando a caveira para Mossoró, daí para a cidade do Rio de Janeiro de onde não se sabe hoje seu paradeiro. Jesuíno Brilhante o verdadeiro Cangaceiro Romântico.

*Ângelo Osmiro Barreto é Historiador e Pesquisador do Cangaço, atual presidente da SBEC - Sociedade brasileira de estudos do cangaço

http://cariricangaco.blogspot.com/2010/01/jesuino-brilhante-o-cangaceiro.html

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CANGAÇO: ZÉ SERENO ENCONTRA O EX-SOLDADO ADRIANO

 Por Fatos na História

https://www.youtube.com/watch?v=U_GyWD6V4k4

O que ocorre quando dois homens decidem esquecer suas rixas depois de três décadas do último encontro bélico entre eles? O soldado Adriano e o cangaceiro Zé Sereno, nos contam nesse histórico e eletrizante encontro ocorrido em um restaurante em São Paulo, promovido pela jornalista, historiadora e pesquisadora do cangaço, Christina Matta Machado, no ano de 1968, 30 anos depois da morte de Lampião no ataque das volantes a seu coito na Grota do Angico(...). Zé Sereno é o primeiro a chegar. Não estranha a presença da companheira Sila. Agora vem Marinheiro, irmão de Sila, cunhado de Zé Sereno. Depois chega Criança. Os abraços são apertados, de longa saudade. Risos, lágrimas. Criança é o que estivera mais tempo afastado dos outros nestes trinta anos. A conversa agora é entre amigos íntimos. Casos e histórias são repassados. Um fala, outro completa a narrativa, corrige ou acrescenta um pormenor. Ao grupo se junta agora um estranho que é posto frente a frente com Zé Sereno. Adriano. O antigo volante. Os dois se olham... Referências: ."A vida depois do Cangaço" - Revista Realidade, Janeiro de 1969 (transcrição de Raul Meneleu) ."O encontro de Zé Sereno e o ex-soldado Adriano".

Blog Lampião Aceso. Acervo Geziel Moura.

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LUCAS DA FEIRA, A FERA DO JACUÍPE

Por Beto Rueda

Lucas Evangelista dos Santos, filho de Jejes Maria e Ignácio, nasceu no dia 18 de outubro 1807, na fazenda Saco do Limão, arredores da freguesia de Nossa Senhora dos Humildes, Bahia.

Escravizado, pertenceu a D. Anna Pereira do Lage. Após o falecimento dela, passou ao domínio do padre José Alves Franco. Cresceu em meio ao terrível drama da servidão e sofreu repetidas crueldades dos feitores. Era negro, forte e canhoto.

Devido a sua rebeldia, foi enviado pelo seu proprietário a sede do Arraial de Santana para aprender o ofício de carpinteiro pelo mestre criolo João Batista Pereira. Entretanto, não satisfeito, correu para as matas tornando-se um fugitivo. Em meados do ano de 1828, juntou-se a uma quadrilha formada por Flaviano, Nicolau, Bernardino, Januário, José e Joaquim.

Em pouco tempo passou a liderar o seu próprio bando formado por negros e mulatos, todos escravos fugidos e sedentos por vingança. Por quase vinte anos agiram nas estradas próximas e na região da fazenda Santana dos Olhos D'água. Atacavam tropeiros que iam e vinham das Feiras de Gado, roubavam e raptavam mulheres, inclusive filhas de comerciantes e fazendeiros, o que era considerado uma ousadia para a época.

Quando invadiu a as terras de Francisco Correia, desvirginou suas três filhas, além de matá-lo quando tentou defendê-las. Entre todos os membros da família, apenas o filho do fazendeiro de nome Joaquim Cordeiro, não foi molestado.

O bando de Lucas da Feira era muito temido, um assombro e pesadelo para os sertanejos da região. O Governador da Província estipulou um prêmio de quatro mil réis pela sua captura e morte. Segundo estudiosos, seus atos incitavam outros negros a se rebelarem contra os seus senhores, inspirando mais tarde os movimentos abolicionistas.

Com o passar do tempo e a constante atividade, depois de muitos combates com as forças policiais e a repressão dos fazendeiros, seu grupo foi diminuindo com a morte de alguns, prisões e deserções de outros e acabou por extinguir-se. Lucas acabou sozinho.

Um dia foi traído por seu amigo e compadre Cazumbá. Este, foragido depois de ter matado um homem na "Ladeira do Nage", com a promessa de perdão do crime e de olho no dinheiro do prêmio, o perseguiu. No combate, Lucas foi atingido por um tiro no braço esquerdo, mas conseguiu fugir para a localidade da Tapera, em uma gruta próxima de São Gonçalo. Depois de alguns dias foi feita uma nova emboscada no local chamado Poço Gurunga. Lucas, atingido novamente no mesmo braço, depois de muito resistir, foi capturado no dia 12 de janeiro de 1849 e conduzido a Vila do Arraial de Feira de Santana.

Considerado chefe quadrilha, permaneceu preso até o enfrentar o Tribunal do Juri, onde foi condenado à morte. Por medida de segurança foi levado para Salvador.

Na prisão em Salvador, devido ao agravamento dos ferimentos, seu braço esquerdo teve que ser amputado.

Enquanto aguardava a sua execução, o Imperador D.Pedro II ouviu falar de sua fama e manifestou o desejo de conhecê-lo. Em segredo foi enviado ao Rio de Janeiro para satisfazer a vontade do Regente do Brasil.

No dia 26 de setembro de 1849, Lucas da Feira foi executado em praça pública no Campo do Gado, na Vila do Arraial de Feira de Santana, aos 41 anos de idade. Seu carrasco foi Joaquim Cordeiro, o único sobrevivente da família de Francisco Correia.

Dizem que nesse dia, aliviados e em êxtase, os comerciantes locais deram uma grande festa, distribuíram bebidas e soltaram fogos.

REFERÊNCIAS:

AMARAL, Braz Hermenegildo do. História da Bahia do Império à República. Salvador: Imprensa Oficial do Estado, 1923.

MOTA, Leonardo. No Tempo de Lampião. 2.ed. Fortaleza: Imprensa Universitária do Ceará, 1967.

FERREIRA, Vera ; ARAÚJO, Antônio Amaury Corrêa de. De Virgolino a Lampião. São Paulo: Idéia Visual, 1999.

 https://www.facebook.com/groups/1995309800758536

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A EMBOSCADA DE ÂNGELO ROQUE.

 Vídeo do Aderbal Nogueira

https://www.youtube.com/watch?v=D0nmdqkQon0

Quer ajudar nosso canal? Nossa chave Pix é o e-mail: narotadocangaco@gmail.com Nesse segundo vídeo, João da Lavra dá continuidade ao seu relato sobre o encontro com os cangaceiros Labareda e Saracura. 

Fala ainda sobre a emboscada que Labareda tentou fazer ao volante Juvininho. Para melhor compreensão, assista ao vídeo 1, no link abaixo. 

Link do vídeo 1: https://youtu.be/trNeJb0hjwI 

Link desse vídeo: https://youtu.be/D0nmdqkQon0

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FREI MIGUELINHO - CASA ONDE O CANGACEIRO ANTÔNIO SILVINO FOI PRESO.

Por Cangaçologia 

https://www.youtube.com/watch?v=sqMPfqV-tf0

Filmagem detalhada do interior da casa onde o cangaceiro Antônio Silvino o Rifle de Ouro foi preso ao se entregar à polícia pouco tempo após ter sido baleado em um confronto contra a Força Policial Volante comandada pelo então Alferes Theophanes Ferraz Torres no dia 27 de novembro de 1914, nas terras da Fazenda Lagoa da Laje que na época dos acontcimentos pertencia ao município de Taquaritinga do Norte, Pernambuco, atualmente pertencente ao município de Frei Miguelinho no supracitado estado. Uma casa histórica que guarda sua arquitetura original da época. Conheçam! 

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BARRO - A SAGA DE SINHÔ PEREIRA E LUIZ PADRE E O TRÁGICO FIM DO MAJOR ZÉ INÁCIO DO BARRO.

Por Cangaçologia
https://www.youtube.com/watch?v=rmXqh0eqFjA

A epopéia de Sinhô Pereira e Luiz Padre pós-cangaço e o fim trágico do Major Zé Inácio do Barro - Ceará. Um depoimento importantíssimo que coletamos do escritor e pesquisador Sousa Neto (Barro - Ceará), considerado um dos grandes especialistas ao que se refere aos estudos e pesquisas sobre o cangaceirismo no estado do Ceará e em especial aquele ocorrido na região de Barro (Ceará), sua terra natal. 

Assistam e ao final deixem seus comentários, críticas e sugestões. 

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