Quixabeira
Cabo verde
espigado, de músculos ágeis. Granjeou renome. Era, como Corisco, de Salgado de
Melão, município de Santo Antonio da Glória, região das mais férteis em
facínoras, viveiros de criminosos. Formava ao lado de Volta-Seca e de Zé
Baiano, na crueldade fria. No raso da Catarina, sangrou 6 pobres caçadores
profissionais que ali andavam atrás de peles de animais selvagens.
Notabilizou-se
também no horrendo massacre da família Salina, vindo a morrer, depois, às mãos
do único sobrevivente.
Mariano, Pai Veio e Pavão
Pai Velho
Rijo homem de
70 anos, encorreado de sol e duro que nem amago de aroeira. Possui missão
freudiana na súcia: raptar raparigas para gozo dos camaradas.
Foi preso
próximo à Cachoeira Paulo Afonso, em companhia de Maria da Conceição, cabrocha
de 17 anos, forte e vistosa, raptada por ele. Confessou ela ser a namorada de
Meia-Noite e que dera a luz, na caatinga, um filho, fugindo à aproximação da
força.
Três crianças
de meses já foram encontradas pelas volantes, abandonadas na precipitação da
fuga.
Uma delas está
sendo criado pelo coletor estadual de Jeremoabo, Antonio Socorro.
Adendo
- Na foto à direita, está escrito Zepelin, mas este foi assassinado em
outro combate. Quem escreveu o nome como sendo o cangaceiro Zepelin,
equivocou-se.
Segundo o Dr. Ivanildo Alves Silveira pesquisador e colecionador do cangaço, informou-me que é mesmo o cangaceiro Pavão.
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Moderno é o segundo que está sentado da esquerda para direita
Moderno
É o cunhado e
compadre de lampião. É seu homem de maior confiança.
Toda a afeição
que o chefe tinha aos irmãos parece dedicar agora ao parente e companheiro
fiel. Serve-lhe de secretário, confiando-lhe todos os negócios de importância.
Nas vilas, quando lhe entregam o tributo de dinheiro exigido, ele vira-se e diz
satisfeito, como qualquer homem de negócios.
Procure o meu
secretário, o Moderno.
Adendo - Algumas pessoas afirmam que o cangaceiro Moderno era da cidade de Alexandria, no Estado do Rio Grande do Norte
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Mariano
Negro sanhudo,
de torso hercúleo e sobrecenho carregado. Tem como especialidade dar bolos,
trazendo pendente do cinto grossa e pesada palmatória, com a qual, a mando do
chefe, castiga homens, mulheres e crianças.
Em Sergipe, em
uma usina nas proximidades de Capela, aplicou alguns em velha e respeitável
senhora e em uma sua neta de poucos anos. Quando esta lhe estendeu a mão
pequenina e rosada, o negro apiedou-se, sentindo irromper de dentro do peito,
todo instintividade, um sentimento bom. Mas Lampião fiscalizava e exigiu o
cumprimento da pena. E ele obedeceu. Mas finge que emprega força e aplica os
bolinhos suaves que já foram dados pelo braço poderoso.
A estes se
devem acrescentar as figuras de: Medalha, Gato,
Beija-Flor, Cajueiro, Fortaleza, Pó Corante, Bemtevi, Avião, Jurema, Criança,
Revoltoso, Azulão, Luiz Pedro, José de Lydia, Portugal, etc.
Mulheres que
os acompanham:
Maria Déa,
Lydia, Lió, Ignacinha, Anna, etc.
São
personagens às dezenas para a representação do drama infindável..
(Texto transcrito da obra: LAMPIÃO/Ranulfo Prata/Traço Editora)
http://lampiaoaceso.blogspot.com.br/2009/10/os-cabras-de-lampiao-ranulfo-prata.html
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