O cangaceiro
Antônio Ferreira (irmão de Lampião) foi baleado duas vezes na época que esteve
no bando de Sinhô Pereira. A primeira foi na fazenda Abóboras, do cel. Marçal
Diniz, onde o cap. Zé Caetano e, entre outros, o tenente Ibraim, cercaram a
casa da propriedade. Brigaram 5 horas e ali Antônio Ferreira foi ferido no
braço e na coxa.
- Mas eles não
aguentaram o tiroteio e deram o fora, conta Sinhô Pereira.
A segunda vez
ocorreu em um combate no estado do Ceará, onde o major José Inácio do Barro,
aparentado da família de Sinhô Pereira, havia arranjado uma encrenca com o
Padre Lacerda, do Arraial do Coite, e o mandara chamar.
- Cercamos os
cabras do Padre com 70 homens. Eles eram 50. O tiroteio começou cedo e durou
até a tardinha. Ali eu perdi 4 homens, sendo 3 do major e um meu. Antônio
Ferreira saiu outra vez ferido no braço. Antes de entrar para o meu grupo já
havia sido ferido numa perna e na mão direita, onde tinha dois dedos que não
mexiam. Depois que chegaram mais 15 ou 16 homens para o grupo deles, comandados
pelo sargento Romão, nós demos o fora, pois não estávamos levando vantagem.
Isso foi no dia 20 de janeiro de 1921.
Da série de
entrevistas concedidas por Sinhô Pereira a Osvaldo Amorim e publicadas no
Caderno B do Jornal do Brasil, a partir de 25/02/1969.
Fonte: VILA
BELA, OS PEREIRAS E OUTRAS HISTÓRIAS.
De: Luís
Wilson
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