Por João Filho de Paula Pessoa
Colorida pelo professor e pesquisador do cangaço Rubens Antonio
Em Outubro de 1939, com Lampião morto, o bando de Corisco, o Diabo Loiro,
embora menor e com dificuldades ainda resistia e estava a caminho de Lagoa da
Serra/Se para visitar sua filha com Dadá, que lhe seguia fielmente no bando. Ao
chegarem próximo de seu destino, foram surpreendidos por uma volante que abriu
fogo contra os cangaceiros, Guerreiro foi atingido na nuca e caiu, Roxinho abriu
fogo bravamente mas também foi atingido e morreu, Corisco e Dadá e os outros
seguraram o fogo contra as volantes. Dadá guerreou ferozmente até ficar sem
balas, continuando na luta jogando pedras nos soldados.
Corisco ao tentar
recarregar seu fuzil foi atingido por uma rajada de metralhadora que atingiu
seus dois braços ao mesmo tempo, dilacerou o osso de seu braço direito que
ficou pendurado por fiapos de carne e feriu gravemente seu braço esquerdo que
ficou inutilizado, momento em que cai e grita por Dadá mostrando a desgraça em
seus braços.
Os demais cangaceiros ao verem aquilo fogem e Dadá corre para
acudir seu companheiro. Pega seu fuzil, recarrega e segue lutando contra os
soldados até eles debandarem e conseguir fugir resgatando Corisco, aleijado dos
braços e fora de combate.
Dadá reagrupa o bando mais na frente e assume a
liderança em virtude da impossibilidade de Corisco, tomando as decisões
necessárias, no entanto os demais cangaceiros não aceitaram ser liderados por
uma mulher e os abandonaram, restando assim, somente Dadá, cuidando de Corisco
em todos os sentidos e em todas a necessidades, seguindo em frente.
(João Filho
de Paula Pessoa, Fortaleza/Ce.) 18/12/2019.
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