Por:
Elisonaldo Câmara
Mossoró é
conhecida como a única cidade do Nordeste a expulsar Lampião com o seu bando
sem a ajuda das forças militares e unicamente com a coragem e a participação do
povo da cidade que se armaram e abateu um dos mais importantes bandos do
cangaço do Nordeste, a cidade era uma das mais prósperas cidades do Rio
Grande do Norte.
O coronel
Rodolfo Fernandes, o prefeito, já havia alertado, nos últimos dias, sobre o
perigo do ataque do rei do cangaço ao município, Lampião tinha 53 cangaceiros
no seu bando. Não imaginava, porém, que iria enfrentar pelo menos 150 homens
armados na defesa da cidade.
Dia 13 de Junho
de 1927, após dizer não a Lampião, que cobrou 400 contos de reis para não
invadir a cidade, começava um tiroteio entre moradores da cidade e os
cangaceiros, que se dividiram em 03, forçando a cidade a levantar várias
trincheiras, sendo as principais:
telescope.blog.uol.com.br
a Estação Ferroviária, hoje uma casa de
cultura;
a sede da prefeitura, hoje Palácio da Resistência e a trincheira no
Campanário da Capela de São Vicente de Paula, que Lampião denominou de “Igreja
da Bunda Redonda”.
http://telescope.blog.uol.com.br/arch2010-09-01_2010-09-30.html
No ataque, o
bando perdeu importantes cabras, outros foram capturados e presos, Colchete
teve parte do crânio esfacelado por balas, e Jararaca, depois de capturado, foi
praticamente enterrado vivo.
Adendo:
"Apenas um
cangaceiro foi morto no momento da tentativa de invasão à Mossoró pelos cangaceiros, e foi preso o cangaceiro Jararaca, mas a prisão foi feita no dia seguinte, e foi covardemente assassinado na noite do dia 19 de Junho de 1927, mais ou menos às 11horas".
Acesse o site abaixo para você conhecer melhor a história
sobre a morte do cangaceiro Jararaca -
http://www.blogdogemaia.com/geral.php?id=665
Em menos de
uma hora após o início da luta, o capitão do sertão como era conhecido, sentiu
que dominar a cidade seria praticamente impossível. Ordenou então a retirada da
tropa, para evitar a perda de mais homens e não manchar ainda mais sua
reputação. Deveria ter pensado duas vezes antes de tentar invadir e ser
expulso de forma humilhante, assim historicamente a cidade ligou seu nome ao
famoso personagem Virgulino Ferreira da Silva, Lampião, a exemplo de Juazeiro
do Norte, que jamais ousou invadir, pois temia Padre Cícero com seu poder
religioso e político.
O mito do
Lampião invencível caíra por terra, o que reanimou a força policial, que passou
a enfrentar o rei do cangaço com menos temor. Era o começo do declínio da
carreira de Virgulino. Por causa do desastre no Rio Grande do Norte, as
deserções no grupo foram consideráveis. Mossoró, cidade conhecida por marcas
pioneiras (como quando foi o primeiro município brasileiro a admitir o voto
feminino, em 1934), passaria também à história por esse acontecimento que
assombrou todo o Nordeste. Até hoje, os filhos daquela terra se orgulham do
feito de braveza ao contar que seus antepassados “botaram Lampião para correr”.
Os inimigos do cangaceiro, entretanto, ainda teriam que esperar mais 11 anos
pela morte do capitão, assassinado somente em 1938, na chacina da gruta de
Angicos, em Sergipe.
http://elisonaldohistoria.blogspot.com.br/2013/09/mossoro-restiu-ao-bando-de-lampiao.html
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
É verdade Elisonaldo Câmara, o sertão nordestino ainda teve que aturar Lampião por mais ONZE anos após a tentativa de invasão à Mossoró e, creio que com muito maior intensidade - especialmente durante os DEZ anos que ele atuou nas Terras de Sergipe e Bahia após abandonar o outro lado do Velho Chico e passar a agir deste nosso lado: Sergipe/Bahia.
ResponderExcluirAbraços caro Mendes
Antonio Oliveira - Serrinha-Bahia