Por Graça Nobrega
A preservação
das cabeças embalsamadas de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, e Maria
Bonita ainda gera questionamentos e discussões entre legistas, antropólogos e
historiadores. Antropólogos do Museu Nacional, da Universidade Federal do Rio
de Janeiro, querem agora desvendar em que condições as cabeças foram manuseadas
e embalsamadas.
O então
professor da Faculdade de Medicina e diretor do Instituto Médico Legal Nina
Rodrigues na década de 50, Estácio de Lima, confirmou na ocasião da matéria de
O Cruzeiro que as cabeças haviam sido conservadas pelo método egípcio de
mumificação. Elas representam “documentos inestimáveis” de uma época da
criminalidade brasileira, comentou.
“As
informações que existem é que foram usadas técnicas egípcias. É exatamente isso
que queremos descobrir. Por que usar como parâmetro a técnica egípcia?
Provavelmente não foi usada a técnica completa, inclusive porque ela não é
conhecida detalhadamente”, contou à História Viva a antropóloga biológica
Cláudia Carvalho, diretora do Museu Nacional no Rio.
Sabe-se que o
processo de mumificação no antigo Egito envolvia uso de resinas, essências
aromáticas, limpeza com água do Nilo, retirada do cérebro pelo nariz, dos
fluidos corporais e uma cobertura de sal por um longo período.
“Acho muito
difícil que tenham sido seguidas essas técnicas. As cabeças foram aparentemente
salgadas num lugar e levadas para outro. A temperatura e a umidade controladas
não eram uma possibilidade naquela época. Não dá para saber se o resultado da
técnica foi bom ou não”, admitiu Cláudia, ao duvidar que as sofisticadas
técnicas milenares tenham sido utilizada no Nordeste na década de 1930.
Fonte: facebook
Página: Graça Nobrega
Grupo: O
Cangaço
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