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domingo, 10 de abril de 2016

"SE, PARA MUITOS, LAMPIÃO FOI UM BANDIDO SANGUINÁRIO, PARA MUITOS OUTROS FOI UM HERÓI E CONTINUA A SER UMA FASCINANTE E LENDÁRIA FIGURA.”


A preservação das cabeças embalsamadas de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, e Maria Bonita ainda gera questionamentos e discussões entre legistas, antropólogos e historiadores. Antropólogos do Museu Nacional, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, querem agora desvendar em que condições as cabeças foram manuseadas e embalsamadas.

O então professor da Faculdade de Medicina e diretor do Instituto Médico Legal Nina Rodrigues na década de 50, Estácio de Lima, confirmou na ocasião da matéria de O Cruzeiro que as cabeças haviam sido conservadas pelo método egípcio de mumificação. Elas representam “documentos inestimáveis” de uma época da criminalidade brasileira, comentou.

“As informações que existem é que foram usadas técnicas egípcias. É exatamente isso que queremos descobrir. Por que usar como parâmetro a técnica egípcia? Provavelmente não foi usada a técnica completa, inclusive porque ela não é conhecida detalhadamente”, contou à História Viva a antropóloga biológica Cláudia Carvalho, diretora do Museu Nacional no Rio.

Sabe-se que o processo de mumificação no antigo Egito envolvia uso de resinas, essências aromáticas, limpeza com água do Nilo, retirada do cérebro pelo nariz, dos fluidos corporais e uma cobertura de sal por um longo período.

“Acho muito difícil que tenham sido seguidas essas técnicas. As cabeças foram aparentemente salgadas num lugar e levadas para outro. A temperatura e a umidade controladas não eram uma possibilidade naquela época. Não dá para saber se o resultado da técnica foi bom ou não”, admitiu Cláudia, ao duvidar que as sofisticadas técnicas milenares tenham sido utilizada no Nordeste na década de 1930.

Fonte: facebook
Página: Graça Nobrega
Grupo: O Cangaço

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