Novo
Tempo é o nº 4
Vasculhando nosso HD na sessão de velhos textos encontramos este episódio
envolvendo o cabra Novo Tempo do sub grupo de Zé Sereno. Foi
transcrita pelo coronel Geziel Moura de Belém do Pará.
No município de Porto da Folha (SE) existia a fazenda Lagoa de Crauá de João Domingos que também era coiteiro de Lampião e Zé Sereno. Numa certa feita os cabras tiveram um tiroteio com as volantes de Zé Rufino e Cabo Besouro. Dentre mortos e feridos Novo Tempo foi alvejado no braço e logo retirado do campo de batalha e colocado no mato pelos seus amigos. Após o combate os cangaceiros fogem sendo avisado por Zé Sereno que tal cabra não se encontrava entre eles. Novo Tempo andou vagando uns dois dias pelas caatingas sergipanas procurando auxilio, já tendo seu ferimento do braço em lastimável estado inclusive com larvas e inchaço causando fortes dores.
Leônidas, o filho da dona da fazenda Pedra D’água foi quem avistou Novo Tempo se aproximando de tal fazenda, gravemente ferido e começou a cuidar do cabra a base de creolina pois as larvas (varejeiras) já se espalhavam pelo corpo todo e logicamente se concentrando no braço lesado que inclusive já cheirava mal. Após este tratamento inicial Novo Tempo pede um cavalo e mesmo ferido parte com destino a fazenda Cuiabá com grande dificuldade durante dois dias no mato.
Esses dois cangaceiros vieram devido aos tiros que ouviram e perguntaram para Antônio o porquê do tiro e também por Novo Tempo. O coiteiro mentiroso falou aos cangaceiros que foi uma cobra que acabara de matar e que Novo Tempo estava ali próximo, vale lembrar que esses dois cabras vaziam parte do sub grupo de Zé Sereno, que como já se sabe era cunhado de Novo Tempo, e que este chefe de cangaceiro tinha mandado várias patrulhas para tentar encontrar seu cunhado.
Os dois cabras foram em busca de Novo Tempo e o coiteiro aproveitou e montou seu cavalo e fugiu para a fazenda Santa Filomena também de Antônio Carvalho pois sabia que ali se encontrava seu patrão. Juriti e Balão ao chegar no lugar indicado pelo coiteiro já pensava em levar o cadáver do amigo mas quando Alçi chegou não encontrou o corpo do cangaceiro só sangue fresco no local e marcas de alguém que se arrastara pelo mato feito cobra. Mais adiante os cabras encontraram Novo Tempo saciando sua sede.
Os cabras pegaram o amigo e foram pegar seus cavalos e perceberam que o coiteiro não mais estavam ali. Novo Tempo mais morto que vivo foi levado para a fazenda Mandassaia onde era o coito de Zé Sereno sendo tratado pelo próprio cunhado se alimentando apenas de alimento liquido. Dias depois Zé Sereno pergunta para Novo Tempo:
- O ferimento do braço foi na fazenda de João Domingos e esse buraco na cabeça?
Novo tempo não conseguia se expressar direito devido a lesão na cabeça mas conta ao cunhado tudo o que aconteceu com Antônio José, o coiteiro traidor. Quando Antônio José chega na presença de Antônio Carvalho e conta todo o ocorrido, o coiteiro-mor diz:
- Você se meteu em desgraça pois saia dela, de sua família eu cuido, mas para vc não dou um tostão furado.
Este coiteiro ainda ficou escondido pelo mato algum tempo, mas não aguentando volta para sua casa na Fazenda Pau Preto. Zé Sereno chega em tal fazenda pega o Judas e o leva para o mesmo lugar onde tentou matar Novo Tempo, penduram Antônio de cabeça para baixo e começa a balançar o corpo do coiteiro e no vai e vem os punhais são usados pelos cangaceiros de Zé Sereno que matam Antônio José desta forma. Muito tempo depois logo após as entregas Sereno disse ao cunhado:
- Cunhado, você não está estranhando este caroço no pescoço,
Novo Tempo responde:
- Estou sim...
Zé Sereno então diz que é a bala de Antônio dos Pau Preto e pergunta se Novo Tempo quer que ele extraia a bala com o consentimento do cunhado Zé Sereno pega uma faca de lâmina bem afiada derrama cachaça e extrai a bala que entrou pelo ouvido e que cujo projétil o corpo estava rejeitando.
Vale ressaltar que Novo Tempo morreu de velho em algum lugar de Minas Gerais.
No município de Porto da Folha (SE) existia a fazenda Lagoa de Crauá de João Domingos que também era coiteiro de Lampião e Zé Sereno. Numa certa feita os cabras tiveram um tiroteio com as volantes de Zé Rufino e Cabo Besouro. Dentre mortos e feridos Novo Tempo foi alvejado no braço e logo retirado do campo de batalha e colocado no mato pelos seus amigos. Após o combate os cangaceiros fogem sendo avisado por Zé Sereno que tal cabra não se encontrava entre eles. Novo Tempo andou vagando uns dois dias pelas caatingas sergipanas procurando auxilio, já tendo seu ferimento do braço em lastimável estado inclusive com larvas e inchaço causando fortes dores.
Leônidas, o filho da dona da fazenda Pedra D’água foi quem avistou Novo Tempo se aproximando de tal fazenda, gravemente ferido e começou a cuidar do cabra a base de creolina pois as larvas (varejeiras) já se espalhavam pelo corpo todo e logicamente se concentrando no braço lesado que inclusive já cheirava mal. Após este tratamento inicial Novo Tempo pede um cavalo e mesmo ferido parte com destino a fazenda Cuiabá com grande dificuldade durante dois dias no mato.
As moscas varejeiras retornam ao ferimento do cabra e mais larvas surgem em tal
lesão, já no sexto dia resolve procurar socorro na fazenda Pau Preto de Antônio
Carvalho grande coiteiro sergipano. Novo Tempo encontra um vaqueiro da fazenda
chamado Antônio José quase sem força e o mesmo se prontifica para ajudá-lo
levando-o até um lugar no mato bem fechado e tirando o revólver 32 do próprio
Novo Tempo encosta o cano da arma no ouvido do pobre cangaceiro e dispara.
Quando o falso coiteiro ia começar a rapinagem dos bens de Novo Tempo chega
Juriti e Balão.
Esses dois cangaceiros vieram devido aos tiros que ouviram e perguntaram para Antônio o porquê do tiro e também por Novo Tempo. O coiteiro mentiroso falou aos cangaceiros que foi uma cobra que acabara de matar e que Novo Tempo estava ali próximo, vale lembrar que esses dois cabras vaziam parte do sub grupo de Zé Sereno, que como já se sabe era cunhado de Novo Tempo, e que este chefe de cangaceiro tinha mandado várias patrulhas para tentar encontrar seu cunhado.
Os dois cabras foram em busca de Novo Tempo e o coiteiro aproveitou e montou seu cavalo e fugiu para a fazenda Santa Filomena também de Antônio Carvalho pois sabia que ali se encontrava seu patrão. Juriti e Balão ao chegar no lugar indicado pelo coiteiro já pensava em levar o cadáver do amigo mas quando Alçi chegou não encontrou o corpo do cangaceiro só sangue fresco no local e marcas de alguém que se arrastara pelo mato feito cobra. Mais adiante os cabras encontraram Novo Tempo saciando sua sede.
Os cabras pegaram o amigo e foram pegar seus cavalos e perceberam que o coiteiro não mais estavam ali. Novo Tempo mais morto que vivo foi levado para a fazenda Mandassaia onde era o coito de Zé Sereno sendo tratado pelo próprio cunhado se alimentando apenas de alimento liquido. Dias depois Zé Sereno pergunta para Novo Tempo:
- O ferimento do braço foi na fazenda de João Domingos e esse buraco na cabeça?
Novo tempo não conseguia se expressar direito devido a lesão na cabeça mas conta ao cunhado tudo o que aconteceu com Antônio José, o coiteiro traidor. Quando Antônio José chega na presença de Antônio Carvalho e conta todo o ocorrido, o coiteiro-mor diz:
- Você se meteu em desgraça pois saia dela, de sua família eu cuido, mas para vc não dou um tostão furado.
Este coiteiro ainda ficou escondido pelo mato algum tempo, mas não aguentando volta para sua casa na Fazenda Pau Preto. Zé Sereno chega em tal fazenda pega o Judas e o leva para o mesmo lugar onde tentou matar Novo Tempo, penduram Antônio de cabeça para baixo e começa a balançar o corpo do coiteiro e no vai e vem os punhais são usados pelos cangaceiros de Zé Sereno que matam Antônio José desta forma. Muito tempo depois logo após as entregas Sereno disse ao cunhado:
- Cunhado, você não está estranhando este caroço no pescoço,
Novo Tempo responde:
- Estou sim...
Zé Sereno então diz que é a bala de Antônio dos Pau Preto e pergunta se Novo Tempo quer que ele extraia a bala com o consentimento do cunhado Zé Sereno pega uma faca de lâmina bem afiada derrama cachaça e extrai a bala que entrou pelo ouvido e que cujo projétil o corpo estava rejeitando.
Vale ressaltar que Novo Tempo morreu de velho em algum lugar de Minas Gerais.
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