Por: Francisco Carlos Jorge de Oliveira
Estado do Rio
Grande do norte, Mossoró 27 de junho de 1927. A cidade está em estado de sítio,
a população agitada num clima de guerra procura entrincheirar-se; todo o
policiamento e os cidadãos hábeis no manuseio de uma arma de fogo encontram-se
a postos, e até mesmo aqueles que não possuem tal traquejo mostram seu valor e coragem
abrigados em algum lugar seguro, com boa visibilidade para disparar e abater
sem piedade, todos aqueles que infringidos a lei, tentarem invadir suas casas
para roubar seus bens e molestar suas famílias. Uma linda jovem passeia por uma
rua vicinal, sem saber o perigo que está por vir, mesmo assim caminha elegante
com seus trajes estranhos aos daquela época, e também nem imagina que o homem a
qual sorriu em saudação, era o cangaceiro mais temido do nordeste.
Naquele
instante, seu olho sadio, Luzia mais que o sol cálido que castiga as caatingas,
enquanto o doente; apenas lacrimeja, é amor á primeira vista, o que sente o rei
do cangaço.
Então, logo
após a derrota, Lampião e seus cabras arribam-se humilhados e feridos para
outras bandas, e além da derrota, ele leva como bagagem no seu coração, a dor
de uma tórrida paixão, que como a flor do mandacaru que desabrocha entre os
espinhos, ficou protegida na terra do povo mais intrépido do que ele, e seu
fuzil já confrontou. Tranqüilo na segurança de seu coito á algumas léguas de
Jeremoabo.
Lampião chama
Pó Corante e Arvoredo, os cangaceiros violeiros, e após contar-lhes a causa de
sua paixão, ordena que nas rimas de um cordel, o acompanhem nos acordes de seus
instrumentos. Assim foi:
Se vocês não
me conhecem./agora vou me apresentar./sou Virgulino "Lampião"/e hoje
vim pra prosear./o porque sou foragido./nas caatingas a vagar./brigando com as
volantes./hoje vou-lhes explicar.*me tornei um cangaceiro./ porque resolvi
vingar./quem matou covardemente./meu pai para-lhe roubar.*suas roças, nossas
terras./onde nós ia plantar./milho,arroz e feijão./pra na feira negociar.*os
tribunais da cidade./só ajudam quem pagar./mas nos fóruns dos sertões./a
justiça faz pagar.*os ladrões e assassinos./num veredito exemplar./no punhal e
na peixeira./fiz seus sangue derramar./*sou cangaceiro e poeta./que nos versos
vou contar./ da semente da paixão./que em meu peito foi brotar.*conheci uma
linda moça./a onde eu vou falar./seus encantos sacudiram./meu coração de
jaguar.*no correio da cidade./seu nome ouvi falar./Luzia Paiva Fernandes./numa
carta pra postar.*era linda igual lagoa./numa noite de luar./mais bonita que Maria./que
mais eu fazia par.*era mais bela que as flores./dos vasos pra enfeitar./a Santa
Virgem Maria./La no alto do altar.
Se ela a mim
propusesse./de comigo se ajuntar./deixaria o cangaço./ pra com ela ir morar.*em
uma estância no sul./e nos pampas se instalar/criando gado de corte./para a
carne charquear.*mas sentido que Luzia./iria me recusar./então decidi de vez./
a cidade atacar.*e sequestrar aquela jovem./e a força lhe levar./pro meu
castelo no sertão./e a meu lado reinar.*brigamos de todo jeito./fiquei surdo de
atirar./perdi dois cabras da peste./na refrega de lascar.*vi Colchete e Jararaca./que
tombaram no lugar./Ponto Fino e Catingueira./não paravam de sangrar.*foi tiros
pra todo lado./as balas cortavam o ar./e as que mais acertavam./vinham Lá da
"Catedral". Não tinha um canto seguro./para os cabras se
amoitar./parecia que até os santos./queriam nos alvejar.*foi por Luzia que
eu./dei ordem pra recuar./pois temia que um projétil./nela fosse acertar.*seria
um desperdício./que nem gosto de pensar./de ver tanta formosura./num repente se
findar.*sô macho, mas tive cisma./daquele povo lutar./reuni a cabrueira./e
resolvemos parar.*neste dia senti./a morte me rodear./jurei então não pisar./mais
em terras potiguar.*meu Deus! Quanta vontade./de pra Mossoró voltar./e procurar
por Luzia./ pra poder desabafar.*falar de tudo que sinto./e de como vou lhe
amar./lhe tratando como Deusa./num paraíso sem-par.*hoje aqui em Pernambuco./no
meu coito a lastimar./ás vezes fico tão triste./que da vontade de chorar.*a
urutau aboia a lua./vendo ela despontar./mas a dor que surge em meu peito./só Luzia
faz sarar.*Maria me acaricia./tentando me animar./mas ela não faz ideia./em que
estou a pensar.*se ela soubesse do amor./que está a me machucar./me machucaria
também./ na ponta do seu "punhar".*eu quero esquecer Luzia./mas nem
adianta tentar./meu esforço só consegue./fazer a dor aumentar.*foi Deus quem
fez o amor./por isto é gostoso amar./o diabo criou a paixão./como dói se
apaixonar.*Corisco meu velho amigo./venha cá me consolar./se eu não resolver
este caso./sou capaz de me matar.*se eu não encontrar um jeito./deste martírio
acabar./lá pro Rio Grande do Norte./pretendo me arribar.*me encontrando com Luzia./vou
com ela conversar./e explicar a razão./de minha vida arriscar.*enfrento até o
exercito./e a polícia militar./encaro até mil canhões./só pra um cheiro lhe
dar.*se eu não a convencer./e ela me ignorar./a vida pra mim então./sem sentido
vai ficar.*serei mais um infeliz./nestes sertões a vagar./até que uma
volante./venha a´me localizar.*dai então farei questão./de peito aberto
brigar./até que os malditos macacos./de balas iram me arrendar.*mas se Luzia
por ventura./minha proposta aceitar./vai haver muitas festanças./sete dias sem
parar./e na igrejinha da serra./nos iremos se casar./e meu santo "Padim Ciço"./a
missa vai celebrar.***
Desculpa-me a
brincadeira, Luzia. Não leve a mal este paranaense que tanto admira o povo
nordestino e principalmente os potiguares; e você Mendes; aguarde-me,
amigo.
Enviado pelo autor:
Cabo Francisco Carlos Jorge de Oliveira, do Estado do Paraná
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
Olá, Francisco!
ResponderExcluirZé Mendes, meu cunhado, havia me mostrado seu comentário, e hoje li seu cordel e fiquei emocionada.OBRIGADA! Quero te dizer gosto muito do seu nome FRANCISCO, está na minha história. Sou apaixonada pela história de São Francisco. Já estive em Assis, na Itália. Sim, nome de um dos meus filhos é Francisco.
Deixo aqui o meu abraço
Luzia Paiva Fernandes
Olá, Francisco!
ResponderExcluirZé Mendes, meu cunhado, havia me mostrado seu comentário, e hoje li seu cordel e fiquei emocionada.OBRIGADA! Quero te dizer gosto muito do seu nome FRANCISCO, está na minha história. Sou apaixonada pela história de São Francisco. Já estive em Assis, na Itália. Sim, nome de um dos meus filhos é Francisco.
Deixo aqui o meu abraço
Luzia Paiva Fernandes
Obs: Enviei o e-mail no email de Zé Mendes, pois estou na casa da minha irmão e o PC não reconheceu o meu e-mail.
"A POESIA É COMO UMA FONTE PERENE QUE FLUI DA ALMA DOS POETAS,E NO AUGE DA INSPIRAÇÃO EM SEU FANTÁSTICO MUNDO DE SONHOS;SÓ ELE É CAPAZ DE CRIAR ATRAVÉS DA IMAGINAÇÃO A SUA VERDADEIRA HISTORIA, IDENTIFICANDO-SE COM ELA NA MAIS SUBLIME REALIDADE".
ResponderExcluirLUZIA FIQUEI MUITO FELIZ EM SABER QUE VOCÊ GOSTOU DO MEU TRABALHO, POIS ESTE RECONHECIMENTO, É O ALIMENTO QUE NUTRE O NOSSO DESEJO PELA LITERATURA.E VOCÊ LUZIA,ALÉM DE UMA PESSOA MARAVILHOSA,É UMA EXTRAORDINÁRIA FONTE DE INSPIRAÇÃO.
E VOCÊ MENDES? MEU AMIGO! TU NEM IMAGINAS O TRABALHO QUE ESTOU PREPARANDO PARA LHE POSTAR.VOCÊ NÃO SABE MAS EU SOU PERITO EM ARMAS,E ATRAVÉS DE UMA PROFUNDA E MINUCIOSA PESQUISA, VOU LHE ENVIAR UM TRABALHO ILUSTRADO COM AS FOTOS DE TODOS OS TIPOS DE AMAMENTOS, ORIGENS E RESPECTIVOS CALIBRES, TANTO DOS CANGACEIROS COMO OS O DAS VOLANTES MILITARES,VOCÊ VAI ADORAR O CONTEÚDO.MANDAREI MEU E-MAIL COM FOTOS MINHAS E DE MEUS FAMILIARES, TEREMOS MUITO TEMPO PARA NOS COMUNICAR,AGUARDE.
VIRGULINO E A ASSOMBRAÇÃO DO CAÇADOR
ResponderExcluirPOR :FRANCISCO CARLOS JORGE DE OLIVEIRA
PERNAMBUCO VERÃO DE 1910, VIRGLINO FERREIRA DA SILVA O “LAMPIÃO” ESTAVA PRESTES A COMPLETAR TREZE ANOS DE IDADE, ERA AINDA UM ADOLESCENTE, MAS SEMPRE FORTE, ESPERTO E LIGEIRO, POIS SEU CORPO DELGADO E ESGUIO LHE PROPORCIONAVA GRANDE AGILIDADE E DESTREZA, MAS ALEM DO SEU INCRÍVEL TRAQUEJO NA LIDA COM O GADO, O QUE IMPRESIONAVA MESMO ERA SUA HABILIDADE COMO VAQUEIRO QUE CAUSAVA INVEJA A QUALQUER UM. ESTE GAROTO MORAVA JUNTO DE SEUS PAIS, QUE ERAM HUMILDES AGRICULTORES DONOS DE UMA PEQUENA PROPRIEDADE NA ZONA RURAL LA PRAS BANDAS DO PAJEÚ.
NAQUELE TEMPO COMO EM TANTOS OUTROS, A SECA; A MAIOR INIMIGA DOS SERTANEJOS MAIS UMA VEZ PUNIA SEVERAMENTE OS SERTÕES. UM DIA, A MÃE DE VIRGULINO O CHAMOU E LHE ORDENOU QUE ABATESSE UMA, DENTRE AS POUCAS GALINHAS QUE HAVIA NO TERREIRO PARA SE ALIMENTAREM NO JANTAR. VIRGULINO PEDIU Á SUA GENITORA PARA NÃO SACRIFICAR AQUELA CRIAÇÃO, QUE AGUARDASSE UM POUCO QUE ELE IRIA ATÉ SUA CEVA NA CABECEIRA DO RIACHO, ESPERAR POR UMA PACA, UM TATU, OU A QUALQUER UM OUTRO TIPO DE CAÇA, ENTÃO APÓS SUA MÃE CONCORDAR COM A IDEIA ELE PEGOU UMA VELHA ESPINGARDA DE ANTECARGA ,O BORNAL DE MUNIÇÃO E SAIU PARA CAÇAR, JÁ ESTAVA NA BOCA DA NOITE QUANDO ELE CHEGOU NO BARREIRO QUE FICAVA EM UMA CLAREIRA NA BEIRA DO CÓRREGO.DAI APÓS SUBIR EM UM JUAZEIRO, ASSENTOU E SE AJEITOU-SE EM UM DE SEUS GALHOS OBLÍQUOS, CARREGOU A ARMA COM UMA CARGA DE MAIS OU MENOS QUATRO DEDOS COM CHUMBO MÉDIO, E JÁ FICOU ATENTO NA TOCAIA.
ENTÃO POUCO A POUCO FOI ESCURECENDO, E A LUA CHEIA DE ESPLENDOR, COM SEUS RELUZENTES RAIOS PRATEADOS, CLAREAVA A TERRA COMO SE FOSSE DIA,E DEIXAVA O NEGRO CÉU DE INÚMERAS ESTRELAS; MAIS INFINITO AINDA. VIRGULINO ESCUTOU UM BARULHO, CONSTATOU QUE ERA UMA PACA, ARMOU O CÃO DA ARMA E MIROU NO BICHO E JÁ ESTAVA PARA APERTAR O GATILHO QUANDO UMA VOZ LHE FALOU: NÃO ATIRE QUE ESTE É PEQUENO ESPERE POR UM MAIOR. A PACA SAIU NA CARREIRA, E ELE OLHOU ASSUSTADO E VIU BEM AO SEU LADO UM HOMEM BARBUDO, DE CHAPÉU E ROUPAS PRETAS SENTADO NO MESMO GALHO E COM UM RIFLE PAPO AMARELO DE TRAVESSADO NO SEU COLO. VIRGULINO INGÊNUO IGNORANDO A SITUAÇÃO, VOLTOU AO SEU INTENTO. DALI A POUCO OUVE-SE BULHAS, E UMA VARA DE CAITITUS SE APROXIMA, ELE VISA O MAIS GORDO E QUANDO IA DISPARAR... O TAL HOMEM TORNA A DIZER: NÃO ATIRE QUE ESTE É PEQUENO, ESPERE POR UM MAIOR. E OS PORCOS SOMEM ASSUSTADOS. APÓS ALGUM TEMPO VIRGULINO VÊ CHEGAR ALI UM ENORME CATINGUEIRO E QUANDO ELE FAZ A PONTARIA, O HOMEM ESTRANHO TORNA A REPETIR A MESMA COISA, E O VEADO SAI EM DISPARADA. VIRGULINO JÁ IRRITADO COM A SITUAÇÃO DIZ: MEU SINHÔ MINHA FAMÍLIA TA PRICISANDU DI CUMIDA, I U SINHÔ TÁ MI ATRAPAIANDO A CAÇADA, IEU JÁ PERDI TRÊIS BICHO BÃO DI CUME, PORQUE QUI U SINHÔ TÁ FASENDU ISTU? E O HOMEM RESPONDEU: TÓ! PEGUE MEU RIFLE QUI A PRÓXIMA CAÇA VOCÊ NÃO VAI CONSEGUIR MATAR COM ESTA ESPINGARDA CHUMBEIRA, E EU AGORA EU NÃO VOU TE ATRAPALHAR MAIS.
SEM QUESTIONAR,VIRGOLINO PEGOU O RIFLE DO HOMEM, MANOBROU LEVANDO UM BALA NA CÂMARA E VOLTOU AS VISTAS AO BARREIRO, DEPOIS DE UMA MEIA HORA, O RAPAZ ATÉ DEU UMA COCHILADA MAS QUANDO OLHA NOVAMENTE , SEU SANGUE GELA NAS VEIAS AO VER EXPLÍCITA EM SUA FRENTE UMA ENORME ONÇA PINTADA, ATÉ SUAS MALHAS ERAM VISÍVEIS Á LUZ DO LUAR. ELE DIRECIONA O WINCHESTER PARA O RUMO DA FERA, MIRA E DISPARA. COM O BARULHO DA EXPLOSÃO, A ONÇA DÁ UM SALTO SOBRE A FUMAÇA MAS, DE NADA ADIANTA; POIS ESTA MORTALMENTE FERIDA, O TIRO ATINGE EM CHEIO SUA PALETA ESQUERDA, E MESMO ASSIM NA ÂNSIA DA MORTE ELA FURIOSA CRAVA AS PRESAS NO TRONCO DA ÁRVORE, E ARRANCA UMA LASCA DE BAIXO ATÉ EM CIMA.DAÍ REPENTINAMENTE UMA NUVEM OBUMBRA O BRILHO DA LUA, ELES PERMANECEM EM CIMA DA ÁRVORE POR UM BOM TEMPO, E APÓS; CAUTELOSOS VIRGULINO DESCE DA ÁRVORE JUNTO AO HOMEM ESTRANHO QUE PISANDO NA CABEÇA DAQUELE ANIMAL FEROZ DIZ : DEMOROU MAIS TE PEGUEI BICHO INFELIZ! E VOCÊ RAPAZ! É UM CABRA DE CORAGEM, ATIRA MUITO BEM E PELO JEITO GOSTOU DO MEU RIFLE, NÃO É? VIRGULINO AFIRMA COM UM GESTO, E O HOMEM CONTINUA A PROSA: POIS É, INTÃO PODI FICAR COM ELE, AGORA ME ESCUTE BEM MOÇO MEU NOME É SEBASTIÃO ANÁSIO RIBEIRO MAIS CONHECIDO COMO “ TIÃO DOS COUROS” EU ERA UM GRANDE CAÇADOR, ATÉ SER SURPREENDIDO, ATACADO, MORTO E COMIDO POR ESTE BICHO AMARDIÇUADO QUI VOCÊ ACABA DI MATAR. VIRGULINO NÃO DISSE NADA PERMANECENDO EM SILÊNCIO MAS; SE ARREPIOU TODO SENTINDO EM SEGUIDA UM CALAFRIO, ENQUANTO AQUELA ASSOMBRAÇÃO JÁ LEVITANDO AINDA DISSE: OBRIGADA RAPAZ! POR TER ME LIBERTADO DESTE SUPLÍCIO, AGORA EU POSSO DESCANSAR IM PAIZ, SÓ LHE PEÇO QUE NÃO CONTE ISSO A NINGUÉM TÁ?E TERMINANDO A CONVERSA, AQUELA VISÃO SE DISSIPOU NO AR COMO UMA SOMBRA QUE SE ESCUSA NO ÂMAGO DA NOITE ESCURA.
ResponderExcluirVIRGULINO VOLTA PRA CASA BEM NO ALVORECER DO DIA E CONTA SUA PROEZA Á SEUS FAMILIARES QUE JÁ ESTÃO ACORDADOS E QUE NÃO ACREDITAM DE FORMA ALGUMA QUE ELE TENHA ABATIDO UMA ONÇA PINTADA; MAS ELE INSISTE EM DIZER QUE PRECISA DA AJUDA DELES PARA BUSCAR O BICHO QUE FICOU LÁ NO BARREIRO, ELES SÓ ACREDITARAM DEPOIS QUE CHEGARAM NO LOCAL E VIRAM A GRANDE FERA INERTE, SEM VIDA E AINDA QUENTE ESTIRADA SOB O CHÃO. DEPOIS DE ESFOLAREM A RAINHA DOS SERTÕES, CURTIRAM O SEU BELO COURO QUE FOI VENDIDO Á UM COMERCIANTE DA CIDADE POR UM EXCELENTE PREÇO.
UM DIA DEPOIS DE MUITO TEMPO,VIRGULINO PERGUNTOU A UM VELHO E ANTIGO MORADOR DAQUELA REGIÃO, UM SENHOR POR NOME EMERENCIANO FLORIPE CAETANO, SE ELE CONHECEU UM HOMEM POR NOME DE SEBASTIÃO ANÁSIO RIBEIRO. O CABRA ARREGALOU OS OLHOS E RESPONDEU A VIRGULINO: CLARU QUI IEU CUNHECI ESSE TAR SUJEITO, SEU APILIDU ERA “TIÃO DUS CORUS” ESTE CABOCLO ERA O MAIOR CAÇADOR DESTI LUGA, ELE TINHA UMA TRELA DI CACHORROS AMERICANUS QUI DAVA GOSTO DI VER ELES LATINDO NO RASTO DA CAÇA, IEU ISTAVA CAÇANDO JUNTU DELE NU DIA QUI UMA ONÇA PEGO ELE I SUMIU CUM U SEU CORPU CAATINGA A DENTRO, E NUNCA MAIS NOIS ACHO ELE, I ÓIA QUI NÃO FOI FARTA DI PRECURÁ. VIRGULINO SE DESPEDIU DO VELHO E SAIU,MAS TODA AS VEZES QUE FAZIA A MANUTENÇÃO NO RIFLE,ELE SE LEMBRAVA DESTE CASO.