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terça-feira, 19 de junho de 2018

A GENIALIDADE DE LAMPIÃO


Por Marcos de Carmelita e Cristiano Ferraz

Após a chacina na fazenda Tapera dos Gilo, Lampião saiu conduzindo seis cangaceiros baleados. Três deles estavam mortos. Ao chegar no Jacurutu, na propriedade do sobrinho de Gilo Donato do Nascimento (patriarca da família Gilo), Manoel Maneca, ela capturou seis trabalhadores que estavam em um corte de madeira e os obrigou a carregar os mortos e baleados, adentrando as caatingas do Tamboriu. 

Cristiano Ferraz, André Gercino (guia) e Marcos De Carmelita Carmelita , na sepultura dos cangaceiros. Foto tirada por Betinho Numeriano, ex-vereador do município e pai de Bia Numeriano, vereadora atual.

Logo mais a frente, ele liberou os rapazes e enterrou em uma só cova, os corpos dos companheiros. Para despistar as volantes, a genialidade do rei do cangaço aflorou quando ele demarcou o local colocando seis pedaços de madeira, simbolizando que todos tinham sido abatidos e não seguia com os feridos, sendo que somente três tinham sido sepultados.

 Marcos De Carmelita Carmelita e Dona Cicera Rezadeira.



Como explicar tamanha inteligência e estratégia do Rei do Cangaço? 

Dona Cicera Rezadeira, ainda viva e lúcida, residindo em Floresta, conheceu esse local na sua juventude e viu os seis pedaços de madeira que Lampião deixou enterrados.

Extraído do livro - As Cruzes do Cangaço - Os fatos e personagens de Floresta. (Marcos De Carmelita Carmelita e Cristiano Ferraz).

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