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terça-feira, 8 de junho de 2021

HISTÓRIAS QUE NÃO CONDIZEM COM A VERDADE NO CANGAÇO

 Por José Mendes Pereira


Existem algumas histórias sobre o cangaço que não condizem com a verdade, mas isso faz parte de quem algo estuda, e às vezes, se empolga tanto que imagina, escreve e depois joga em livros ou mesmo nas redes sociais, fazendo com que o que escreveu venha se tornar verdade. Mas o mais correto é colocar uma observação, que o que escreveu é ou são suas imaginações, e sem nenhum valor histórico para determinado assunto. 


É o caso do suposto apelido de Lampião, quando foi jogado aos estudiosos do tema cangaço, e quem o jogou, ninguém sabe, que teria nascido de forma totalmente diferente do que contou o Sinhô Pereira, quando entrevistado pelo senhor Luiz de Lorena, na cidade de Vila Bela, atual Serra Talhada, em 1971, quando de seu retorno, 50 anos depois de sua ida para Goiás. Dizem (contrário ao Sinhô Pereira), que o apelido surgiu quando certa vez Lampião deu tiros de espingarda para iluminar a noite, para que um amigo achasse um cigarro.

Mas vamos ver o que disse Sinhô Pereira ao Luiz de Lorena:

Lorena perguntou-lhe: 

- Por que Virgolino Ferreira da Silva ganhou o apelido de Lampião?

Sinhô Pereira respondeu-lhe:

 - Num combate, a noite, na fazenda Quixaba (ele não revela o Estado desta fazenda), o nosso companheiro Dê Araújo, comentou que a boca do rifle de Virgolino mais parecia um lampião. Eu reclamei, dizendo que munição era adquirida a duras penas. Desse episódio resultou o Lampião que aterrorizou o Nordeste.

Então, não precisamos mais falar nesta outra hpótese, porque o ex-patrão de Lampião disse como isso aconteceu.

Maria Bonita e Zé de Neném

Outro assunto é relacionado a José Miguel da Silva o Zé de Neném, ex-esposo de Maria Bonita, quando afirmam que Lampião teria levado a sua mulher na sua presença. 

Aderbal Nogueira

Assistindo  um vídeo do cineasta e pesquisador do cangaço Aderbal Nogueira, fala sobre isso (e que não coloquei o vídeo, porque não o encontrei no meio de tantos outros dele).

João de Sousa Lima

Mas o escritor e pesquisador do cangaço João de Sousa Lima fala claramente que, certa vez, entrou em contato com Zé de Neném (e que me parece ele residia em São Paulo), através de um sobrinho dele, e marcaram um encontro para fins de pesquisas sobre a sua separação com a Maria. Ele concordou, mas disse logo que de jeito nenhum falaria sobre cangaço, porque ele não tinha conhecido Lampião. Infelizmente o Zé de Neném morreu antes da data marcada entre ele e o João de Sousa Lima. 

Então, precisamos dar fim a este assunto que Zé de Neném viu a partida da esposa com o facínora Lampião. 

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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