Robin Hood (conhecido
em Portugal como Robin
dos Bosques) é um herói mítico inglês, um fora-da-lei que roubava da nobreza para dar aos
pobres. Teria vivido no século
XIII, aos tempos do Rei Ricardo Coração de Leão, e das grandes
Cruzadas. Era hábil no arco e flecha e vivia na floresta de Sherwood, onde
era ajudado por um bando de amigos, do qual faziam parte; João Pequeno, Frei Tuck, Allan Dale e Will Scarlet
entre outros moradores do bosque. Prezava a liberdade, a vida ao ar livre, e o
espírito aventureiro. Ficou imortalizado como "Príncipe dos ladrões"[1]. Tenha ou
não existido tal como o conhecemos, "Robin Hood" é, para muitos, um
dos maiores heróis da Inglaterra.
Origens e
versões[editar | editar código-fonte]
A história
mais famosa e repassada à respeito de Robin Hood conta a respeito de um homem
chamado Robert Locksley. Este, após servir ao lado do Rei Ricardo em uma grande
Cruzada, retorna para casa. Ao chegar, encontra seu feudo devastado pela
tirania dos regentes, além de leis abusivas, e a proibição da caça como
sustento ao homem comum. Indignado, ele se recusa a aceitar a situação, e é
declarado fora da lei. Aproveitando seu conhecimento em cavalaria, arquearia e
combate adquirido na guerra, ele une um grupo de foras da lei, e inicia um
combate à tirania da nobreza, roubando dos ricos para dar aos pobres.
Na História,
Robin Hood, que ganha o apelido por usar um hood (tipo de chapéu com
pena) vence o príncipe John e casa-se com Maid Marian, sobrinha de Ricardo. No
fim da história, Ricardo Coração de Leão reaparece após sua derrota em terras
estrangeiras e nomeia Robin Hood cavaleiro, tornando o nobre novamente.
Em outra
versão, conhecida, escrita por Howard Pyle, Robin Hood era um rapaz que, quando
se dirigia para um concurso de arco-e-flecha na cidade de Nottingham, se meteu
em uma confusão com guardas, e acabou matando um deles, se tornando um
criminoso. O livro conta em oito partes como Robin Hood reuniu um bando de
homens alegres, que só roubavam de nobres arrogantes e clérigos abastados. É
uma obra interessante, ricamente abastecida de baladas e cantigas da época, o
que nos mostra bastante sobre os costumes.
Se existiu de
fato, viveu durante o século XIII d.C., provavelmente entre 1250 e 1300. Uma
das primeiras referências a tal personagem é o poema épico Piers Plowman,
escrito por William Langand por volta de 1377. A compilação Gesta de Robin
Hood, datada de 1400, sugere que as histórias que compõem a lenda já circulavam
bastante e eram de conhecimento público anos antes, pelo menos desde 1310.
Para quem vive
hoje em Nottingham, cidade no centro de Inglaterra que serve de cenário à
maioria das baladas iniciais, Robin continua a existir. Além das estátuas, há
as ruas batizadas com o seu nome ou o festival anual que lhe é dedicado. E há
também o que resta da Floresta de Sherwood, onde é possível encontrar a árvore
em redor da qual o bando de Robin se reunia em conselho. É claro que, caso
tenha vivido em Yorkshire, a floresta não era a de Sherwood
mas a de floresta de Barnsdale. No convento de Kirklees, hoje em ruínas, existe
também aquela que se pensa ser a sua campa e onde se pode ler: "Aqui jaz
Robard Hude".
"Robin
Hood" é, desde sempre, por motivos que as versões às vezes alteram, um
fora-da-lei. As referências históricas que sustêm as várias teorias da sua
existência prendem-se, aliás, na maior parte dos casos, com registos de
comparência em tribunais. Por Robin ter existido como "Robin Hood",
por a lenda ser já contada ou por simples coincidência, parece ter havido antes
de 1300, na
mesma região, pelo menos cinco homens acusados de actividade criminal
conhecidos pela alcunha de "Robinhood".
Existem muitos
candidatos a ter em conta, e se quiser acreditar que Robin existiu. De acordo
com a investigação de Joseph Hunter, em 1852, Robin era Robert
Hood e tornou-se fugitivo por ter ajudado o Conde de Lancaster, que se
rebelara contra a cobrança abusiva de impostos do Príncipe João, que por sua vez, usurpara o
trono de seu irmão, o Rei Ricardo (apelidado de "Coração de Leão",
desaparecido numa cruzada).
Em 1998, Tony Molyneux-Smith publicou
um livro onde sustenta que a origem da lenda é Sir Robert Foliot, lorde de uma
família que escolheu usar o nome de "Robin Hood" para esconder a sua
verdadeira identidade como protecção numa sociedade violenta. Para dar ênfase a
essa suposição, no final da obra de Pyle, quando Robin é morto no Convento de
Kirklees, em sua lápide há a seguinte inscrição: "Sob esta lápide Jaz
Robert, conde de Huntington Pessoa tão boa como alguém pode ser, Robin Hood
fora da lei como ele e seus homens A Inglaterra jamais verá. Morreu em 24 de
dezembro de 1247"
Em todos os
casos, o herói escolheu a vida clandestina da floresta depois de ter sido
injustiçado e a sua opção faz escola, acabando por formar um exército com o
qual se opõe à maldade que o rodeava.
Os pobres
vêem-no como livre e generoso, os governantes poderosos temem-no. Na história
de Pyle, tal como em muitas outras, Robin veste de verde, maneja o arco como
ninguém, não teme nada e vive livre e feliz, rodeado de amigos que se ajudam a
cada nova ameaça.
A lenda
espalhou-se primeiro nas baladas medievais,
passou aos poemas e
chegou ao teatro.
A história foi escrita, ilustrada, encenada e filmada vezes sem conta até se
tornar eterna e versão mais conhecida, provavelmente seja a com texto e
ilustrações de Howard Pyle. Mas como notou o escritor Roger Lancelyn Green, foi
só no final do século XVIII, depois de as baladas, romances e peças antigas
serem coligidas e reimpressas por Joseph Ritson, um amigo de Walter
Scott, “que Robin dos Bosques entrou realmente na literatura” (R. L. Green, As
Aventuras de Robin dos Bosques , publicações Dom Quixote, Lisboa, 1990,
p. 10). Note-se que Ritson, um conhecido escritor e antiquário, fornecia
ao próprio Walter Scott material para escrever os seus romances históricos,
notavelmente Ivanhoé. O escritor francês Alexandre Dumas escreveu dois romances
sobre o herói: Le prince des voleurs e Robin Hood le proscrit.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Robin_Hood
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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