Por José Gonçalves
não
ouço mais o estouro
da terrível “Matadeira”,
já não vejo mais os homens
se baterem na trincheira,
tampouco sinto o cheiro
da fumaça e da poeira.
da terrível “Matadeira”,
já não vejo mais os homens
se baterem na trincheira,
tampouco sinto o cheiro
da fumaça e da poeira.
sinto
o cheiro tão somente
da flor do manjericão,
vejo homens a correr,
mas nas festas de mourão,
e estouro, só dos rojões
nas noitadas de São João.
da flor do manjericão,
vejo homens a correr,
mas nas festas de mourão,
e estouro, só dos rojões
nas noitadas de São João.
ouço
os sinos da igreja,
chamando pra Ave Maria,
ouço a cantiga do povo,
celebrando o novo dia,
ouço Antônio Peregrino,
pregando sua profecia:
chamando pra Ave Maria,
ouço a cantiga do povo,
celebrando o novo dia,
ouço Antônio Peregrino,
pregando sua profecia:
“o
sertão vai virar mar,
o mar vai virar sertão,
as águas vão virar leite,
as pedras vão virar pão,
a terra será de todos,
nela todos plantarão”.
o mar vai virar sertão,
as águas vão virar leite,
as pedras vão virar pão,
a terra será de todos,
nela todos plantarão”.
"não
haverá mais o medo,
não haverá mais temor,
e a palavra de ordem,
agora será amor;
os campos da maldição
viraram campos de flor".
não haverá mais temor,
e a palavra de ordem,
agora será amor;
os campos da maldição
viraram campos de flor".
vejo
as roças de feijão
a florirem na invernada,
vejo cabritos felizes
a pularem na malhada,
vejo rios de água doce
deslizando na baixada.
a florirem na invernada,
vejo cabritos felizes
a pularem na malhada,
vejo rios de água doce
deslizando na baixada.
a
bandeira da vitória,
livre de todo estorvo,
tremula no horizonte,
acenando para o povo,
sinalizando o começo
do sonhado sertão novo.
livre de todo estorvo,
tremula no horizonte,
acenando para o povo,
sinalizando o começo
do sonhado sertão novo.
José Gonçalves
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