Por Antônio Corrêa Sobrinho
Trata-se, a matéria, da transcrição de uma votação que ocorrera na Câmara Federal do Império, de uma resolução referente ao financiamento de padres missionários para catequese e civilização dos índios brasileiros, onde o deputado Albuquerque, no seu voto, diz o seguinte:
"Na minha província mesmo onde não há índios selvagens, onde o idioma
indígena é até já absolutamente desconhecido por esses mesmos de pura raça
indígena que existem: aí mesmo estou certo de que importantíssimos serviços
farão os missionários; e é por igual convicção que a assembleia provincial na
sessão do ano passado decretou certa soma para despesas de transporte de alguns
missionários capuchinhos: TENHO FÉ DE QUE ELES PODERÃO OBTER POR SUAS PALAVRAS
O QUE SE NÃO TEM CONSEGUIDO POR MEIO DAS AUTORIDADES ARMADAS DE TODO RIGOR DAS
LEIS; tenho uma lisonjeira esperança de que muita GENTE QUE VIVE COMO ERRANTE,
CARREGADA DO COMPETENTE “CANGAÇO” (PERMITA-ME A EXPRESSÃO, POR SER PRÓPRIA E
MUITO USADA NO SERTÃO) DISPA SUA ARMADURA, CONHEÇA SEUS ERROS, SE ARREPENDA, E,
FAZENDO UMA VERDADEIRA CONTRIÇÃO, SE TORNEM CIDADÃOS ÚTEIS. Enfim, senhor
presidente, eu tenho um tal entusiasmo por esta medida, que voto pelo artigo
tal qual, e até votaria ainda por mais amplitude, se lhe pudesse
dar."
Já a palavra CANGACEIRO, dos jornais que consegui acessar, o seu mais antigo registro está no JORNAL CEARENSE, de 10 de dezembro de 1850. (A caixa alta nas letras é nossa).
Xilogravura/internet/Escola
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