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quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

VIVI MINHA ADOLESCÊNCIA E JUVENTUDE ENTRE OS IGAPÓS E ALAGADIÇOS DO PARAÍBA, DOS PEREIROS E DO ALTO DA CONCEIÇÃO.

Por José Mendes Pereira

Foi por aqueles belos bairros de Mossoró que vivi a minha adolescência e juventude juntamente com tantos outros que comigo moravam numa Instituição de Menores. Quem já passou por instituições apoiadoras de menores é que sabe o quanto é divertida, faz viver, crescer, educar-se, e lá, não forma, mas informa a vida como ela deve ser vivida por qualquer adolescente que pensa no futuro.

Uma vida crescida numa repartição desta erra se quiser, porque os cuidados pelos seus hóspedes estão presentes a todo instante. Cada educador está de olho no aluno interno, justamente para que ele não erre nunca. Se errar, será punido, mas uma punição que não deixará o interno com o fator psicológico arreado.

Lembro-me dos valiosos apoios que eu recebi de todos aqueles funcionários que trabalhavam naquela repartição educacional. Todos de bons comportamentos, nenhum abuso, nenhuma ignorância e nenhuma violência praticada contra internos.

Do meu tempo e do tempo dos manos Raimundo Feliciano, do Railton Melo, do Jorge Braz, do João Augusto Joao Augusto Braz, do Francisco José Caldas da Silva, do Manoel Flor de Melo, do Francisco Mauricio Gurgel, do Walter, do Francisco de Sousa (já falecido) do Tigá (Wilame), do Zé Lira (já falecido), do Galdino meu primo, do França, do Batista e do padre José de Anchieta, além de outros, tínhamos como pessoas do nosso convívio que faziam tudo para nós (mas lembrando que nenhum deles era nosso empregado, apenas era servidor do Estado), como a Maria Beatriz de Melo, a dona Maria de Lourdes de Medeiros (já está na casa do Senhor), dona Maria engomadeira que ainda está aqui conosco, o seu Néo que sempre o visito, inclusive em companhia do mano Raimundo Feliciano, o Vicente que nunca mais o vi, a Joselita que também não tenho notícias dela, A Terezinha (Tetê) tia do Francisco Gurgel e do Walter, o José Fonseca que também foi visitar o nosso pai celestial, a dona Joana que há anos foi participar do ministério do criador,... e mais outros funcionários, todos estes eram pais e mães para nós, que mesmo fazendo parte da nossa educação, e se um errasse, jamais entregariam o erro daquele aos superiores. Mas um erro praticado por um interno jamais foi cabeludo. Praticava apenas como uma maneira de disfarçar a ausência de familiares, principalmente aqueles que eram totalmente órfãos de pais e parentes.

Lembro-me quando o inverno era farto e o rio Mossoró enchia tanto que transbordava aos arredores dos bairros e avançava também pelo centro da cidade, dificultando o bom movimento do comércio e da indústria. Na Rua Benício Filho cruzamento com a Presidente Dutra, na grande Ilha de Santa Luzia, formava um rio raso com correnteza forte, e atrapalhava a quem se deslocava para o centro da cidade e assim vice-versa.

No bairro Paraíba as águas cobriam todo chão da Rua Cunha da Mota, invadindo os bairros Pereiros e uma boa parte do bairro Alto da Conceição, mas neste último, só eram atingidas as casas que ficam mais próximas do rio.

Lembro-me que ali, alguns alunos da Casa de Menores saíam sem permissão, digamos assim, “às escondidas”, para verem de perto as águas preenchendo os espaços de algumas ruas. Ali, pela Churrascaria “O Sujeito”, mesmo à beira do rio, o seu assoalho já estava totalmente coberto pelas águas, mas em pequena quantidade.

Descendo para o bairro Paredões já na região Norte de Mossoró, aqueles que moravam bem próximos ao leito do rio, as águas já tinham dispensados quase todos os moradores, e através da Prefeitura Municipal de Mossoró eram levados para os órgãos públicos, escolas do município e do Estado.

Mas posteriormente, o prefeito Dr. Jerônimo Dix-huit Rosado Maia acabou com este problema, não todo, mas uma boa parte, contratou uma empresa para aprofundar o leito do rio e dos córregos que passam por dentro da cidade, fazendo com que os mossoroenses que sofriam com este problema ficassem tranquilo quanto às enchentes do rio Mossoró.

http://defato.com/mossoro/79112/mp-recomenda-que-pmm-se-abstenha-de-autorizar-novas-construes-em-reas-de-risco

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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